Quase Memória

Quase Memória Carlos Heitor Cony




Resenhas - Quase Memória


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ToniBooks 28/01/2024

Entre a memória e a ficção
Publicado em 1995, "Quase memória" marcou a volta de Cony às grandes narrativas depois de mais de vinte anos. Rompendo limites entre gêneros e situado em algum ponto entre a ficção e a memória.
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Leitorconvicto 13/01/2024

A memória
A mistura de ficção e memória é bem trabalhada nesse livro q brinca de forma incrível com os formatos
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Elis 07/01/2024

O livro tem uma "pegada" poética muito gostosa e realmente te absorve em um processo de mergulho nas memórias de pai e filho. Em alguns momentos pode trazer uma escrita mais lenta e é necessário que a leitura se adapte. Tive um pouco de dificuldade com as referências, citações e atos históricos que o livro cita, mas nada que atrapalhe a leitura e/ou compreensão da história.
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Ariella.Nowak 27/12/2023

Desde o primeiro capítulo me prendeu
O que me fez ler este livro foi o primeiro capítulo. Uma encomenda misteriosa que foi enviada pelo seu pai chega em seu escritório. Mas seu pai morreu havia 10 anos, então, o que tem dentro e quando foi enviado?

Essas são as perguntas que o personagem faz. Quem é o personagem? O próprio autor, Carlos Heitor Cony. Todo o livro gira em torno dessa encomenda, e a partir daí ele revive memórias com seu pai. O que chama a atenção é que o autor diz logo na apresentação que não se tratam de memórias 100% fiéis à realidade. Ali no meio tem uma pitadinha de ficção. Agora, o que é ficção? Essa é a graça.

A escrita encantadora desse escritor te prende com extrema facilidade. Tudo ali é feito de modo sutil e delicado. A transição da realidade para uma memória é tão sutil que você nem percebe que aconteceu.

A riqueza de memórias do pai faz você se sentir íntimo. Detalhes minuciosos, como de uma memória fotográfica. As memórias variam de momentos bons e leves para alguns mais tocantes, principalmente da morte dele.

Você vai querer saber da vida desta pessoa que você nunca soube que existiu. Você se sente íntimo com o autor e com o pai dele. E se tudo que foi contado é realmente verdade é um mistério.
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anahelena.blasilemos 22/09/2023

QUASE MEMÓRIA – de Carlos Heitor Cony
Meu pai nasceu em 1921 e faleceu em 1996. Muito cedo!
No dia em que completaria 100 anos, 30 de março de 2021, uma saudade maior do que a de todos os dias me fez escrever sobre ele, meu pai, maior exemplo, meu guru, meu tudo de bom.
Escrevi. Feito uma crônica.
Mais tarde, com os descendentes reunidos, foi lido o que eu havia escrito. Parafraseando meus pais, ‘quem não chorou, ficou bicudo’.
Ou seja, nos emocionamos todos. Rememoramos e celebramos a felicidade de termos convivido intimamente com aquele homem gigante. Tim tim, papai!
Agora, me caiu nas mãos esse livro do CHC, cujo mote - a partir de um acontecimento aleatório e surpreendente - é exatamente a reconstituição de lembranças de sua vida familiar, sempre a partir da figura central de seu pai, o também jornalista Ernesto Cony.
Um tipo de 'auto ficção', pois a recomposição desse tipo de acontecimentos pretéritos, quando amorosos, ganha nuances talvez fantasiosas, ‘quase’ romantizadas, bastante saudosistas.
Por isso se desconfia das autobiografias.
A leitura fácil e bem humorada despertou em mim uma nostalgia boa, ativou gatilhos (bons) de meus tempos de infância e juventude, a vida seguindo seu curso despreocupada, com alegrias e percalços, repleta de ‘causos’ deliciosos.
As histórias são diferentes e no entanto parecidas, memórias de meninice num tempo sem tanto alarido, casa com jardim, frutas colhidas da árvore, cozinhas desgourmetizadas, brincadeiras ao relento, mais família em volta da mesa, menos telas, telinhas, telões.
Cada época com seus prós e seus contras.
Diferente do meu, esse pai do livro é de espírito rebelde tendo pautado sua vida entre altos e baixos, barulhentamente.
O meu pai era uma pessoa extremamente afável, mas reservada e estável.
De comum há o que deveria haver em todas as casas: um marido e pai bom, presente, carinhoso, preocupado com o melhor para a família, respeitado e respeitador.
Fecho o livro com vontade de escrever minhas próprias ‘quase memórias’.
PERSONAGEM: Ernesto Cony
CITAÇÃO: “... amanhã será outro dia e o ontem se juntará a outros ontens. O que seria um amanhã agora? Tudo fora um amanhã e tudo já era ontem".
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sabinesuffert 23/04/2023

Achei o livro em si bem bom, gostei bastante da escrita... só achei meio arrastado em algumas partes
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Lilian 30/01/2023

O talento do escritor
O livro mostra o enorme talento do escritor, pois são quase 300 páginas do personagem olhando para um embrulho e divagando sobre as memórias e a gente gosta!
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Arlete 04/01/2023

Carlos Heitor Cony (1926-2018) escreveu Quase Memória depois de 22 anos afastado dos romances, apesar de uma robusta e constante produção Literária.
O tempo de espera foi recompensado com uma Obra Prima da Literatura Brasileira, quase romance, quase biografia, Quase Memória é um carinho na alma do leitor atento, cheio de momentos intensos em que não importa o absurdo cometido por Carlos Heitor Cony, o pai, é absolutamente factível no contexto apresentado.
O livro nos leva a viajar para as lembranças cheias de cores e cheiros, tornando impossível passar incólume pelas mangas do Bairro Caju ou pelo cheiro dos moveis resgatados da Baía de Guanabara. O livro se entrelaça a acontecimentos da história nacional e nos carrega para seu universo com uma facilidade que espanta e nos faz esquecer que diante de nosso personagem principal tem um pacote vindo diretamente do passado para fazer-lo lembrar dos detalhes mais sutis do grande amor de sua vida, este é um ponto belo de se perceber, o amor mais verdadeiro que o autor parece ter experienciado na vida é aquele que sentia por seu pai e por cada gesto e detalhe da vida que o faziam ser quem era.

Seja realidade ou ficção Cony marca tão profundamente o Leitor que será impossível ver um balão e não pensar em Quase Memória.
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Marília 12/11/2022

Esse livro tem uma leitura gostosa que vai levando a gente. Lembrou o livro Os soldados de Salamina onde fala que as pessoas continuam vivendo enquanto são lembradas.
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22/12/2021

Que coisa mais linda esse livro... o poder da nossa memória de manter vivos aqueles que amamos.
Fiquei fascinada com a figura de Ernesto Cony, que se recusava a passar pela vida da mesma maneira que todos os outros. Assinava tudo o que fazia de maneira tão singular que marcou permanentemente a memória do filho, e, agora, a minha também.
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Gisa 27/11/2021

Quase ficção, quase não-ficção, quase autobiográfico, quase memória.

Um homem de meia idade recebe um embrulho que com certeza foi embrulhado pelo pai (letra, papel escolhido, laço do pacote) porém o pai está morto já há 10 anos. O embrulho desencadeia uma série de memórias e recordações no narrador personagem que passa a reconstruir a imagem do pai através da narrativa.

Belíssimo e muito bem escrito, o romance nasceu de um sonho de Carlos Heitor Cony onde o pai lhe entregava um pacote, sonho que se deu após 10 anos da morte de Ernesto Cony.

Achei uma bonita homenagem à memória, aquela que fica quando todos se vão.
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Rafael 02/11/2021

Quase memória (paterna)
Alguns livros possuem a excepcional capacidade de, além de serem bem escritos, terem um enredo deslumbrante. Quase memória está entre eles. Uma grata surpresa descobrir a potência da literatura criada por Cony. Com um texto limpo e simples, mas não desprovido de sentido e significado, Cony é um autor que merece ser lido. Não que aqui se pretenda reduzir a obra à escrita, isto é, limitá-la ao rótulo de livro muito bem escrito. Mas isso, por si só, já é um baita motivo para conhecer a produção de Cony e, em especial, Quase memória. Nunca tinha me deparado com algo tão sofisticado quanto a escrita de Cony. Ela é lúcida, certeira, sem rodeios, desprovida de frescuras e hipérboles. Um texto muito bem construído com palavras basilares. Um arroz com feijão que será digerido por toda a vida e, ainda assim, manterá seu sabor. E que sabor. Por isso, repito, leia Cony, pois, se o enredo não te conquistar (o que será difícil), a escrita, por si só, valerá a pena. Para além disso, Quase memória é um espécime da mais elegante genialidade. Rememorando acontecimentos de sua vida, especialmente daqueles que envolveram a figura paterna, Cony conta, não só parte de sua estória pessoal, mas, também, de sua família e da sociedade em que cresceu e se viu inserido. Um exercício fantástico daquilo que se pode chamar de memória, esse pequeno fragmento de vida que, por uma razão ou outra, acaba por se tornar indelével em nossa alma. Só um gênio como Cony seria capaz de fazer algo como Quase memória, já que nossas memórias, ao longo do tempo, assumem as feições mais diversas, ainda que mantenham, em certa medida, sua essência. O livro, que é quase um romance, quase uma biografia e quase qualquer coisa, se torna obrigatório para podermos compreender mais uma faceta da nossa condição humana. Ele não se limita a um arranjo de memórias dispersas sobre a vida de Cony e seu pai, mas nos convida a refletir sobre nossa própria existência, a buscarmos memórias perdidas no nosso inconsciente. Uma pena que a quase memória de Cony se concentrou na figura paterna. Seria muito interessante e prazeroso poder conhecer, além do pai, todas as memórias que o irmão, a mãe, as esposas e os amigos deixaram nele. Enfim, uma leitura imperdível.
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Frank 15/09/2021

Quase memória trata-se de uma quase autobiografia ficcional, onde o autor narra sua vida após o recebimento de um embrulho que trás recordações de seu pai. A cada capítulo o autor disseca, sem abrir, o cheiro, o nó, o formato, a caligrafia, relacionando cada aspecto do embrulho a seu pai, visto que aquele embrulho só poderia ter sido enviado por ele, entretanto o pais já havia falecido a uma década.
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@gezaine_ 09/09/2021

Um pacote misterioso recebido pelo narrador o remete a várias memórias relacionadas ao pai.
A premissa é muito legal, mas, em certos momentos, ficou um pouco cansativo pra mim.
No geral, gostei. Bom livro.
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Maira Giosa 16/08/2021

Existem tantos autores brasileiros bons, que às vezes me pergunto "como é que nunca ouvi falar nessa pessoa antes?". No caso de Carlos Heitor Cony - que eu sabia ser jornalista - foi quase o oposto. Eu sequer imaginava que ele havia escrito não um, mas uma dezena de livros de sucesso! Não sabia dos livros, nem que ele foi membro ativo da Academia Brasileira de Letras (até o começo deste ano, quando infelizmente faleceu) e muito menos de sua capacidade narrativa.

Mas como jornalista da velha guarda, dá para imaginar. Neste livro, Quase Memória (nessa edição especial e linda), o autor conta uma espécie de autobiografia, uma espécie de romance, uma espécie de conto - daí o "quase" do título. Embora tente se encaixar em um único estilo, Cony flutua entre todos de maneira elegante e deliciosa.

Os fatos misturam-se à ficção, e a única coisa da qual temos certeza, no final, é que não importa se os personagens e as situações não foram reais: Cony as fez sê-lo. O pai, protagonista inconteste, pode ter sido inventado ou não, e suas peripécias mais, mas o autor não deixa de transmitir uma infindável sensação de nostalgia e um quê de melancolia, que permanece com o leitor como o misterioso pacote permanece com ele.

É uma visita ao passado daquela família curiosa, de personagens muito reais (como a ditadura) e um retrato dos jornais, jornalistas e do Rio de Janeiro como não se lembra mais, nos idos dos anos 40 e 50. Leitura agradável, fácil e de uma descoberta daquelas que não tem mais volta: preciso ler mais de Cony - e assistir à adaptação pro cinema!

site: https://www.instagram.com/livrosdamaira/
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