Quase Memória

Quase Memória Carlos Heitor Cony




Resenhas - Quase Memória


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Jefferson 04/01/2018

Quase memória
Boa narrativa. Interessante a forma como o autor trabalha suas lembranças e inspira a criação de um gênero literário híbrido e bem original.
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Meirelles 03/01/2018

Fraquinho
Poderia ser melhor, esperava mais de quem tem esta fama
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Gabriela 08/12/2017

Primeiro, queria dizer que o projeto gráfico deste kit da TAG (o de setembro) ficou impecável. A caixa representa o embrulho que o narrador recebeu e que é toda a motivação da história do livro. A manga na capa também lembra o pai que tinha uma "tara" pela fruta a ponto de fazer o narrador passar a maior vergonha no seminário, ou pelo menos é o que ele nos diz.

Quanto à história, eu gostei bastante. Tudo começa quando o narrador/autor recebe um embrulho que só pode ter sido enviado pelo seu pai. Só tem um problema: o pai está morto há 10 anos! Então, o narrador vai nos contando porque ele tem tanta certeza de que o embrulho foi enviado pelo pai, apesar de: (1) o homem está morto e (2) não tem o remetente e ele ainda está reticente em abrir o pacote.

O narrador vai nos contando suas histórias sobre o pai no ritmo em que elas vão voltando à memória. Então, a narrativa não tem um fluxo linear. Uma hora ele fala de algo que ocorreu na adolescência, depois se lembra de algo da infância, então vai para outra memória de quando ele já era adulto... Eu achei esse recurso interessante, pois fica mais natural. É assim que uma pessoa se lembra das coisas: enquanto nós contamos uma lembrança, algo nela traz à tona outra lembrança que pode ser um tempo completamente diferente.

Dessa forma, a narrativa tem aquele jeito de conversa com o narrador. É uma leitura flui rapidamente, mas que nos faz refletir em alguns momentos, nos faz pensar na nossa relação com nossos pais e nesse nosso jeito imperfeito de amar. Percebemos o quanto o narrador amava (e ainda ama) o pai e quanto foi influenciado por ele. E também percebemos, por tudo que o pai fez, o quanto ele amava os filhos, nos pequenos gestos e surpresas que ele gostava de fazer para os filhos.

É um livro bonito e que eu recomendo a todos. Só fiquei doida para saber quais partes das lembranças são reais e o que foi inventado/incrementado pelo autor. Pois o narrador é ele mesmo, Carlos Heitor Cony, e o pai é o seu pai, Ernesto Cony, mas além do embrulho (que na vida real foi só um sonho) ele admite que inventou umas coisinhas a mais:

"Portanto, não deveria ser uma produção de memória, mas uma quase memória na qual eu poderia inventar mentiras, saudades e sonhos que nunca se realizaram." (o autor na dedicatória aos associados da TAG)

site: https://bibliomaniacas.blogspot.com.br
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Gláucia 30/11/2017

Quase Memória - Carlos Heitor Cony
É uma espécie de livro de memórias (ou quase), em que Cony é o narrador, tendo como foco a figura de seu pai, o também jornalista (obscuro) Ernesto Cony. Aliás, que figurinha carimbada. Pai amoroso e sempre presente, cheio de ideias mirabolantes, o autor traz ao leitor suas lembranças junto a ele, presença ostensivamente marcante.
O livro se inicia com a entrega de um misterioso pacote a Cony que, apesar de não ter identificação traz todos os sinais de ter sido deixado pelo pai. O inusitado é que ele havia falecido havia 10 anos. Ele então se fecha em seu escritório, frente a frente com esse embrulho e a partir daí essas doces (outras nem tanto) lembranças vão aflorando.
Esse livro é tão gostoso quanto manga roubada do cemitério, segundo Cony-Pai as mais saborosas. Quanto sentimento de nostalgia me despertou. Mesmo se tratando das recordações de outra pessoa a narrativa acabou despertando também as minhas...
Nem tudo aqui é real, há uma mistura de ficção e realidade e pode ser encarado como um desafio distinguir uma da outra. Mas isso não fez diferença pra mim, o importante da memória é o doce e amargo sentimento que a nostalgia nos desperta.

"Amanhã faremos grandes coisas."
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Dib 26/11/2017

Quase memória
Uma viagem pelas memórias (nem sempre iguais aos fatos descritos) do autor sobre a vida e sua convivência como pai.
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Andressa 12/11/2017

As quase memórias de um herói do cotidiano
O que você faria se recebesse um envelope direcionado a você, mas com a letra, o cheiro e o jeito que somente uma pessoa tem. Mas essa pessoa já morreu há 10 anos. É assim que começa Quase Memória, do jornalista Carlos Heitor Cony. A obra transita entre o romance, a memória e a biografia sem, no entanto, ter todas as características de nenhum desses gêneros literários.

A partir desse pacote, fechado com um nó que somente seu pai sabia fazer, e com uma perfeição que lhe era característica, Carlos Heitor Cony começa a rememorar a vida do pai. As lembranças são claras ao narrador, assim como é claro em sua memória o exagero do pai. Isso faz com que, muitas vezes, ele mesmo duvide da história que está contando, em detalhes, fazendo o leitor viajar nesse mundo imaginário.

A descrição das histórias é detalhada a tal modo que é quase como se o leitor estivesse lá, no início do século XX, sendo expectador privilegiado das façanhas do também jornalista Ernesto Cony Filho, o pai do Carlos Heitor. Caracterizado pelo próprio filho como um homem de gestos muito exagerados, ele sempre dizia, antes de dormir: ?amanhã farei grandes coisas?. Essas grandes coisas podiam ser uma viagem à Itália ? spoiler ? que nunca aconteceu, mas foi descrita em detalhes para os amigos e pessoas próximas de Ernesto, ou um balão de festa junina.

Os balões, aliás, eram sua marca registrada. Feitos com papel especial, comprado em resmas sempre na mesma loja, os balões de Cony pai tomavam proporções homéricas. O filho, sua plateia mais fiel e encantada, ajudava na confecção dos balões, desde os menores até o maior de todos. O rei dos balões. A cola devia ser sempre cola de trigo, já que as compradas não teriam a mesma aderência e durabilidade, segundo o pai.

O cheiro do embrulho lembra as mangas, que o pai roubava no cemitério. E lembra também a destreza com que ele se infiltrava nos lugares para estar sempre próximo do filho, dando sinal de sua presença ou colocando, sorrateiramente, um sanduíche no bolso da batina, quando este estudava no seminário. Em uma das passagens, no velório do cardeal, o pai surge ?magicamente? entre os túmulos, durante o momento mais solene, carregando um prato de botequim enrolado em guardanapo, para o filho.

As histórias do jornalista/professor/assessor/vendedor de rádios se misturam também com a história do Brasil. Ele desempenha sua função durante boa parte do século XX e passa por grandes momentos, como a ascensão de Vargas ao poder, crise econômica da década de 1930, tomada do poder e invasão do jornal pelos militares, mudança da capital Federal do Rio de Janeiro para Brasília e a mudança nas relações da imprensa com o poder. Tudo isso vai aparecendo no livro de forma sutil, como pano de fundo às memórias dos grandes feitos de Ernesto Cony.

O livro é leve, divertido e sagaz. Uma ode à figura paterna, que gera identificação imediata do leitor. Ao final das contas, o pai, pintado como um herói pelo filho, não é nada mais do que um brasileiro comum, que precisa se virar quando perde o emprego, e vai vender rádios. Um brasileiro que faz uma peregrinação até outra em busca da cura para um problema de saúde, quando soube dos milagres de padre Antônio, o Taumaturgo de Urucânia. E um brasileiro que faz grandes coisas para sobreviver, diariamente, sempre contando com o seu jeitinho especial de resolver os problemas dos cotidiano.
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Victor Vale 04/11/2017

Como resgate de lembranças o autor nos faz devagar na intimidade de sua memória em um fluxo inconsciente de memórias, ficção ou um misto dos dois. O irreal mistura-se ao real, pequenas coisas se tornam grandes e grandes coisas esquecidas. Termino o livro encanto pelo pai e conhecendo de perto o filho que expôs todos os tijolos de sua construção. A caixa não foi aberta, mas o conteúdo nos foi revelado.
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Oseas.Carlos 04/11/2017

Quase memória, quase romance, quase crônicas...
Livro que registra a volta de Cony à escrita literária e remonta através de uma autificcao os relatos das ações pitorescas realizadas por seu pai. Livro bom mas que contrariando Ruy Castro não mudou em nada a minha vida, uma vez que capítulos que mais se assemelham à crônicas a cerca do pai do autor não trouxeram inovação nem propiciaram alteração no modo eu-leitor de ver e agir no mundo. Foi para mim uma quase autobiografia que nos insere em algum contexto histórico no Brasil, Rio, do século XX.
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Barreto.Romariz 29/10/2017

Livro muito bom!
O jornalista Carlos H. Cony conta suas mesmórias, sua infância e todas as aventuras vividas pelo pai, seu maior ídolo. Leitura fluida, bem gotosa. Mas, eu li até o fim esperando saber mais informações sobre um ponto que é arrastado durante toda a narrativa e essas informações não vieram.
Adonai 29/10/2017minha estante
Tbm gostei bastante desse livro!




Ronnayse 28/10/2017

O livro apresenta uma leitura mansa, mas o desenrolar das memórias nos faz viajar.
As memórias que são revividas sobre seu pai pelo simples fato de receber um pacote vem comprovar o que muitos dizem: "Ninguém morre enquanto permanece vivo no coração de alguém" - e, no caso, na memória.
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25/10/2017

Amanhã farei grandes coisas...
Frase dita pelo pai do escritor Carlos Heitor Cony que dá a dica de como o livro traz a influência da família, principalmente de um pai presente na vida dos filhos.
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Tellys 20/10/2017

Os encantos de uma vida vivida e detalhes de um cotidiano extraordinariamente comum.
Estava no meio da leitura de Ragtime. Três dias atrás o esqueci dentro do carro. A noite, antes de dormir, peguei Quase Memória para ler apenas o primeiro capítulo...
A história me cativou. Acabara de ler Stoner e encontrei em Quase Memória outra narrativa de vida que arrebata desde o primeiro momento. As experiências de Carlos Heitor Cony com seu pai, também jornalista, sejam todas elas verdadeiras ou não, me levaram numa viagem no tempo e me fizeram passear por um cotidiano rico e bem vivido, por experiências triviais, frugais, algumas efêmeras, porém que, ao fim e ao cabo, constituem aquilo que dá sentido a nossa existência, que nos molda e nos dá identidade. Nosso primeiro herói, talvez seja também o único. Pena que quase sempre ao fim da caminhada é que nos damos conta disso.
Das melhores leituras que já fiz!
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Rai 18/10/2017

Quase memória
O livro é uma declaração de amor do autor para o pai. Cony se permite amar e expor esse amor para nós, seus leitores. É um livro apaixonante!
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