Os Cinco do Ciclo

Os Cinco do Ciclo Elias Flamel




Resenhas - Os Cinco do Ciclo


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-Koraline 08/03/2021

Um livro sobre intolerância religiosa
Nesta história, acompanhamos Yosef, líder do vilarejo Keltoi, em sua busca por preservar suas terras da destruição de fanáticos religiosos. Com uma escrita bastante descritiva e um tanto poética, o livro não segue a fórmula de outras tantas sagas de ficção fantástica da minha estante, deixando pouco espaço para deduções, mas ao mesmo tempo não possui clímax em seus 70%.
Apesar de bastante calma, intolerância religiosa e fanatismo são temas que com certeza não devem parar de ser discutido, e o autor traz esse assunto com uma perspectiva bastante diferentes e interessante, mas o que me incomoda nesta história é a falta de personagens femininas fortes e independentes. Entendo que o protagonista é o líder do vilarejo, mas isso não significa que as mulheres que o cerca devem ser submissas e inferiorizadas. Ainda assim, o final do livro é ousado e surpreendente, sendo uma boa opção para aqueles que buscam uma ficção um pouco diferente.
Elias Flamel 08/03/2021minha estante
Agradeço pela leitura e por toda a sinceridade nas suas palavras. Busca a identidade como artista e ela sempre me leva a fazer o diferente. Sinto-me realizado desta maneira.

Você captou todas as criticas do livro e o ponto mais climático do livro eu deixei para o final (tenho que melhorar este ponto).

Em relação a representação feminina, ela melhorou muito na continuação deste livro. Fiz a personagem Morgiana e Guilda e tentei ao máximo dar importância na trama para elas e construir até mesmo um arco. A evolução é uma constante na escrita e devo me arriscar mais nesse quesito.


-Koraline 09/03/2021minha estante
Foi uma leitura muito agradável, Elias, e estou ansiosa pela continuação.


Miriam 09/03/2021minha estante
Fiquei ainda mais curiosa agora


Elias Flamel 09/03/2021minha estante
Como disse o mestre André Vianco, se o leitor quer ler o próximo livro então o escritor atingiu o objetivo.


Elias Flamel 09/03/2021minha estante
Que a curiosidade se transforme em muita leitura, Miriam ;)


Lujan.Cabral 09/03/2021minha estante
Curiosíssima tb... lerei em breve.


Elias Flamel 09/03/2021minha estante
Muitas curiosas ???


Lutty1 20/08/2021minha estante
Que resenha realista! Meu próximo deve ser este. Te conto! Bom final de semana, se cuida!!!


Kewllyta 21/09/2022minha estante
Eu gosto muito desse livro mas não consigo ler pela tela do celular, está realmente muito difícil. Gostaria de saber se tem algum lugar que posso comprar ele físico?


Elias Flamel 21/09/2022minha estante
Marcia, aqui é o autor do livro.
Infelizmente Os Cinco do Ciclo não tem uma versão física. É um sonho que quero realizar. Espero conseguir logo logo para você não ter que ler na tela do celular.


Kewllyta 22/09/2022minha estante
Assim que lançar avisa aqui, por favor? É muito caro pra torná-lo físico? Já pensou em fazer uma vaquinha ou um apoia-se, por exemplo? ?




jordanpessanha1 13/11/2021

Uma das ótimas leituras que fiz no ano! ?
Comecei a ler esse livro após receber um convite do próprio autor para conhecer a sua sua obra.

De início eu não esperava muito, até porque esse foi o primeiro contato com algo feito pelo Elias.

Nos primeiros momentos de leitura tive certa dificuldade em me acostumar com a escrita e com o ritmo da história, mas depois que me habituei ficou bem mais tranquilo.

Sobre a história, não vou falar muito, pois vale muito a pena ter a experiência de ir sem saber muito da trama. Vou só passar uma visão geral para, quem sabe, despertar seu interesse.

A história começa numa vila chamada Keltoi, que tem como líder um homem chamado Yosef: um cara que ama muito o seu povo, que tem como principal fonte de renda a produção do centeio.

Só que essa vila está a mercê do Império, que cobra uma parte de toda a produção de centeio, como uma espécie de taxa tributária.
O que piora a situação da vila é a ascenção da religião do Deus Único, que é a religião do povo do Império, e esse por sua vez pretende expurgar as outras religiões de seus domínios. Isso põe Keltoi em constante perigo, pois essa possui uma religião diferente da do império.

Nessa história tem vários personagens bem marcantes, como por exemplo: o carpinteiro Harum, o navegador Hodar, a velha Guilda, o velho Dagda, Vizir, Morgiana, Hitalo, Yohan, Lucien, entre outros.

Essa foi uma experiência literária bem diferente que me surpreendeu bastante ao decorrer da história, que só cresceu e me cativou mais e mais até às últimas palavras.

Posso dizer que esse livro foi uma das ótimas leituras que fiz esse ano, principalmente se tratando de literatura nacional, que não consumo com muita frequência.

Um livro que vale muito a pena, principalmente se você está procurando uma história diferente das habituais. Fora que esse é um ótimo livro nacional, valendo ainda mais conferir e apoiar para valorizar nossa literatura. Recomendo demais. ?
fl.gil 13/11/2021minha estante
Show, já li!


Elias Flamel 13/11/2021minha estante
Emocionado de ver alguém que gostou do meu livro e ver a minha obra sendo associada a uma boa descoberta da literatura nacional. Sinto que essas história e, principalmente, os personagens vão estar presentes na sua memória por muito tempo.


mpettrus 14/11/2021minha estante
Estou muito curioso pra ler esse romance. E agora com sua resenha, fiquei mais na vontade ainda.


jordanpessanha1 14/11/2021minha estante
Muito bom esse Gil. Pretendo ler a continuação ano que vem!


jordanpessanha1 14/11/2021minha estante
Ah com certeza Elias, foi uma leitura que me marcou demais! Aproveitei muito o meu ciclo com esse livro, e já estou ansioso pra ler O Herdeiro do Ciclo.


jordanpessanha1 14/11/2021minha estante
Lê sim mpettrus! Recomendo demais!




Lutty1 10/10/2021

Leitura Diferente
Leitura diferente. Tinha tudo para ser uma ótima história sobre os deuses mas o autor não se aprofundou. Só em 41% do livro descobri os nomes dos Cinco do Ciclo: Vernum, Talaham, Mahalul, Síolta, Herba e Nyhaya. Mas só os nomes, nada sobre a divindade, seus poderes, suas origens, sua influência sobre a comunidade de Keltoi. As descrições são cansativas e confusas. Não se sabe se Yosef está sonhando, dormindo ou acordado ou se são devaneios. Mas percebe-se a união da comunidade guiada por um grande líder que tem suas limitações. Um livro diferente de tudo o que já li. Valeu o aprendizado.
Elias Flamel 10/10/2021minha estante
Obrigado pela leituras e por suas pontuações. Primeiro vou falar da questão dos Deuses e do aprofundamento do mito criado.

Toda a cultura criada na vila de Keltoi gira em torno dos Deuses do Ciclo. Trata-se de uma comunidade que vive graças ao plantio e todo ato de plantar gira em torno de pedir e agradecer aos deuses. É dito no livro que Os Cinco servem a Destino, criando uma noção de hierarquia. É demonstrado uma cultura que acredita em novos ciclos (em novos tempos, em novas colheitas e até mesmo na esperança de uma vida melhor) e viver é caminhar por esses ciclos. No livro é mencionado a questão do pós vida e de forma sucinta é falado a origem do mito, segue o trecho em questão:

" Aprendi com os mais velhos, que neste mesmo pedaço de terra, os Cinco deuses do Ciclo dançaram e cantaram, para comemorar o primeiro nascer da vida, o primeiro ciclo criado por Destino. Quando os Cinco entregaram a vida para os homens, eles deixaram este palco na floresta para a tradição sempre ser continuada."

Não é algo poético ou uma grande construção com várias páginas, mas esta aí. É como alguém do campo com instrução, mas com uma personalidade humilde, falaria da origem das divindades dele.

O meu desejo não é entregar tudo no primeiro livro ou fazer algo complexo como o Tolkien. Sei das minhas limitações e tentei fazer um mito coeso com as seguintes bases:

Primeira base: divindades associadas à terra, a fertilidade e a agricultura. Foram inspirados nos Vanir da mitologia nórdica. São deuses condizentes com o modo de vida de Keltoi.

Segunda base: um deus superior antigo que controla ou deu origem aos outro deuses. Em muitos panteões vi esta figura primordial (Ymir e Cronos). Destino é essa figura e foi uma grande homenagem a um dos perpétuos do Sandman.

Terceira base: um paraíso, que no livro é mencionado diversas vezes como "Terras Verdejantes". Como também existe algo parecido com o inferno que é chamado de "Terras Secas". E a morte recebe o nome de Nihaya.

Os Deuses do Ciclo, por serem divindades de um polvo do cultivo de grãos, não são bélicos com armas e poderes. Entretanto, cada um deles possui uma representação. Seguem trechos retirados do próprio livro:

"O vento, o deus Vernum, assobiará a sua chegada, e quando chegar, a sua mão inquieta levará o dourado para esquerda e para a direita."

"Cresceram pisando na terra de Talaham e debaixo do céu de Vernum". - Nesse trecho mostro como Talaham representa a terra e reforço o ponto que tudo que envolve o céu está associado a Vernum.

"O Sol de Keltoi, o meu deus Mahalul, sempre entrega a sua luz com alegria.

"Antes do meu sono, a deusa Síolta cantou e me guiou, e também deixou que eu pisasse em suas sementes e em suas pétalas". - Não está explicito, mas subtende-se que Síolta é a deusa das sementes, das plantes e das flores.

"É Herba, a imagem infantil da deusa Síolta e nem a pedra da qual foi feita diminui a sua alegria". - Este trecho é explícito.

"? Esta velha pede uma nova colheita, deusa Nihaya ? escuto, logo que me aproximo.
? Ela sempre foi a sua deusa favorita, não é mesmo, Guilda. A deusa da morte, da noite e do renascimento".

Desculpe, mas é muito estranho você ter descoberto os nomes dos deuses só em 41% do livro. Segue uma frase retirada da terceira página do primeiro capítulo:

"? Mahalul, o nosso deus, já avisa com o Sol que o trabalho deve ser iniciado."


Elias Flamel 10/10/2021minha estante
Sobre as descrições não há o que falar, respeito a sua opinião e tentarei melhorar.

Alguns leitores falaram de uma suspeita sobre o final do livro ser um sonho. Quem fez esse apontamento deixou claro que essa suspeita foi gerada devido a gravidade do ocorrido e não devido a falhas na escrita. De qualquer forma, obrigado pelas pontuações.

Feliz por você ter apreciado a união da comunidade e por ter a minha obra descrita como sendo diferente.


Elias Flamel 10/10/2021minha estante
Espero ter feito os esclarecimentos necessários e estou à disposição para qualquer esclarecimento.


Lutty1 10/10/2021minha estante
Obrigada! Esclareceu sim. Como eu disse é bem diferente e agora acrescento sutil. Parabéns por seu trabalho! E cabe parte dois, três...


Elias Flamel 11/10/2021minha estante
A continuação já foi lançada. Se quiser dar uma olhada, segue o link:

https://amzn.to/39RYgmb

Deu um alívio ver que tudo foi esclarecido e gosto de ser sutil.
Agradeço pelo elogio.




Cirlei oliveira 09/10/2021

Yusef de Keltoi
Obrigada Elias flamel por me oferecer esta leitura, foi totalmente diferente do que imaginei, apesar de levar muito tempo para ler devido as dificuldades do dia a dia.

Um fantasia sem heróis, um líder, um pai, um marido, Yusef é um homem que se preocupa com o bem estar de todos, um homem fiel com as obrigações com o governo.

Logo descobre que a sua fé nos deuses está sendo ameaçado pelo fanatismo das pessoas que segue ao Deus único e parte para a capital em busca de ajuda.

A política, foi bem retrada nesta fantasia, manipuladores, mentirosos que trabalha para seus próprios benefícios, para a decepção de Yusef. Até aquele momento, ele não conhecia os bastidores da capital.

Achei o enredo bem lento, houve momentos que tive dificuldade de ler devido ao cansaço e a correria de conciliar trabalho e faculdade. Percebi que a história concentrou somente em Yusef.

Acredito que o segundo volume, será maravilhoso. Nossos autores nacionais estão caprichando na escrita.
Arya4 09/10/2021minha estante
Adoro esse livro. Preciso terminar o segundo livro...


Elias Flamel 09/10/2021minha estante
A minha obra tem uma carga dramática e descritiva muito grande. Espero que ela tenha fornecido conforto em meio a sua jornada dupla (trabalho e faculdade). Tem em mim que o protagonista te conquistou. Se isso aconteceu, posso me considerar um artista de sorte. Sobre o universo criado, acredito que ele te fez pensar nos políticos brasileiros, né?

Você vai amar a continuação. Estudei bastante sobre o ritmo na narrativa e o segundo volume está bem mais rápido. Além disso, depois daquele final, as coisas serão mais intensas e focadas na ação.

Abraços e obrigado não só pela leitura como também pela resenha.


Elias Flamel 09/10/2021minha estante
Não precisa agradecer, eu que agradeço. Você poderia ler o segundo junto com a Iva. Já pensou? ???


Cirlei oliveira 13/10/2021minha estante
Pior que pensei mesmo nos nossos políticos, rsrsrs.. amei o protagonista, homem que luta pelo que acredita, pela família, pelos amigos. Vou adorar ler o segundo, só não prometo que será com a Iva.


Elias Flamel 14/10/2021minha estante
huahuahauhauahu sempre acho que será feito uma associação com os políticos do nosso país. Tudo bem e acredito que a Iva lerá em algum momento.




Clio0 23/02/2021

Os Cinco do Ciclo tem um estilo de escrita interessante, indo por um viés intimista, quase lírico, que chama a atenção. Porém, a prosa poética cobra um preço alto e a narrativa perde um pouco da agilidade.

Como a história se revolve em torno de um conflito que se passa em um mundo específico, o autor tem cuidado em tentar formar uma cultura própria. Isso toma forma especial na maneira peculiar de fala dos personagens. Os mesmos também são excessivamente prolixos, muitas falas acabam se tornando redundantes - coisa comum em narrativas esmiuçadas.

Houve uma certa confusão também, eu já tinha lido em torno de oitenta páginas e ainda não tinha certeza do que se tratava o livro. Novamente, isso não é problema quando o seu foco é somente a parte técnica da escrita (Clarice Lispector é assim), mas Elias Flamel tinha uma história pra contar... e eu boiei numa boa parte dela.

Por fim, o personagem principal, Yosef, parece ser um cara muito legal. Muito gente fina mesmo. O tipo de cara que eu adoraria ter como vizinho. Mas que não me chamou a atenção na leitura. Eu não senti conflito ou desenvolvimento até bem depois no livro... Contudo, alguns personagens foram melhor retratados. Eu gostei da Morgiana, achei ela mais interessante do que ele.

Por último, não tenho certeza da faixa etária. Muitos autores tentam abranger o maior público possível, mas isso é bobagem, ao escrever algo você deve ter um público em mente para que a mensagem possa ser melhor executada. Eu fiquei boa parte vacilando, em dúvida se era um infanto-juvenil ou um livro para adultos.

Enfim, é um livro mediano, provavelmente o primeiro livro do autor. Mostra promessa.
Elias Flamel 23/02/2021minha estante
Engraçado como as suas palavras me fizeram refletir. No iniciar da narrativa acho que fui mais um morador de Keltoi. Amei aquele local e desejei conhecer cada canto e dar o máximo de atenção e até mesmo voz para os personagens (muita voz em alguns momentos). Este morar em Keltoi feito através de uma verdade literária e escrever com o coração teve sim acertos. Fui sincero na minha proposta e ótimo receber a sinceridade de você. Aprendi que o coração pode sim conduzir as palavras, porém, as palavras precisam de uma estrutura bem elaborada para se aproximarem cada vez mais de uma narrativa próximo do perfeito. Já sei onde devo melhorar e acredito que a escrita é uma eterna evolução.

Agradeço pela leitura e pela atenção.


B.norte 01/03/2021minha estante
Quando a faixa etária, acho que podemos colocar o livro na faixa adulta (pelo pouco que li), vou ter certeza assim que terminar.
Como tenho um filho adolescente e trabalho como professora de ensino médio, sempre acabo medindo por eles a questão do interesse e até agora, não consigo imaginar meu filho ou os amigos dele ou meus alunos lendo, pois o desenrolar é lento e os jovens de hoje são muito rápidos e querem tudo com uma rapidez absurda.
Por outro lado, eu estou gostando, mas vou lendo devagar, pois são muitos detalhes que se for ler com rapidez e de uma vez, não vou conseguir aproveitar bem. ?


B.norte 01/03/2021minha estante
*Quanto a faixa...


Elias Flamel 01/03/2021minha estante
É bom estipular uma faixa etária, mas tudo é muito relativo. Já teve jovens que pegaram o meu livro e leram bem rapidinho e só se incomodaram com a lentidão no começo.

Acredito muito em um leitor ideal e não em uma faixa etária


B.norte 01/03/2021minha estante
É verdade ?




Rafa/recanto_elfico 29/05/2018

Os cinco do ciclo
Vamos falar um pouco de Yosef?
Tão dedicado a família,os amigos, dedicado as crenças. Homem de meia idade cujo destino é orientar os filhos a uma vida digna.
Um homem que vê o mundo ao seu redor com perfeição e detalhes que deslumbram.
Mas também não posso deixar despercebido meu amor por Yohan, que na verdade me espelha um pouco hehehe..me imaginei várias vezes vendo a vida pelos olhos de Yosef , que homem, que homem meus amigos, Yosef tira o fôlego de qualquer mulher ( fiquei até sem ar kkk) íntegro,respeitoso, atento,pai amoroso...
Elias Flamel 30/05/2018minha estante
Acho que alguém se apaixonou pelo Yosef kkkkkk
Deixa a Morgiana ficar sabendo disso kkkk


Rafa/recanto_elfico 01/06/2018minha estante
Kkk sim me apaixonei.


Elias Flamel 01/06/2018minha estante
Será que essa paixão vai aumentar no próximo livro? rs


Rafa/recanto_elfico 05/06/2018minha estante
Espero que sim..não quero que se torne fogo de palha kkk


Elias Flamel 10/06/2018minha estante
Qual você acha que vai ser a maior mudança no Yosef?




Jonatas Costa 09/07/2020

Yosef de Keltoi
Yosef, o líder de um vilarejo pertencente ao império de Numitor, é tão dedicado ao seu povo que chega a esquecer da sua família. O livro, escrito em primeira pessoa, conta a história de um povo, semelhantes aos nórdicos na crença politeísta, através da figura de seu líder. Pode-se perceber diversas alusões e referências históricas, o que deixou o livro ainda mais poético, dentre muitas dessas, é notório: O pagamento, em produção, de um tributo para a cede do império (próximo ao pagamento do “Quinto do Ouro” feito pelo Brasil para a coroa portuguesa no período colonial); o uso de chibatas como punição para marinheiros (no Brasil, isso resultou na “Revolta da Chibata”, ocorrida em 1910); e, a maior e melhor referência de todo o livro foi o “Mito de Rômulo e Remo” para explicar a origem do nome “Numitor” (Avô materno de Rômulo e Remo). Me desculpe se fui muito longe nas referências kkkk. Os cenários, acontecimentos e sonhos de Yosef são criados, no desenrolar da história, de forma muito objetiva, quero dar ênfase ao naufrágio do navio de Hodar e a fuga de Numitor, após brigar com um capitão no porto, foram momentos em que parecia que eu estava vivendo e participando das ações de Yosef. Quero destacar também, o grande número de personagens que, na minha opinião, deixaram a leitura mais fluida. Muitos assuntos das sociedades antigas e atuais foram tratados nesse livro, principalmente, a questão religiosa com tensões e intolerâncias: “Deuses não mais existirão. Somente um Deus restará” – Lucien. É importante ressaltar a linguagem fácil e rápida do autor (eu ficava 50/60 páginas lendo sem parar e sem ter dificuldades com as palavras). Sobre o final: eu realmente estou sem palavras para descrever o turbilhão de pensamentos ao ler a fala da velha Guilda e a descrição de como ficou Keltoi. Espero, ansiosamente, ler a continuação dessa maravilhosa obra.
Frase Marcante: “Às vezes, quando temos um conhecimento tão vasto, o simples se torna invisível.” (Foi bastante complicado escolher apenas uma frase diante de uma obra tão poética e marcante).
Apesar de ficar alguns dias impossibilitado de ler, terminei essa obra maravilhosa dentro de um prazo, razoavelmente, curto.
Jonatas Costa 09/07/2020minha estante
Obs.: Esse quadradinhos que apareceram alguns vezes são aspas


Nati Morgan 09/07/2020minha estante
Uauuu, que ótima resenha!


Elias Flamel 09/07/2020minha estante
Que resenha maravilhosa.

Senti que o meu trabalho foi um objeto de estudo e provocou inúmeras sensações. Tanta coisa elogiada, tantos pontos criados com carinhos sendo destacados e tanta satisfação para um único autor. Ler a sua resenha foi como ouvir aplausos depois de se apresentar em um palco.

Obrigado, Jonatas.


Jonatas Costa 09/07/2020minha estante
Eu que agradeço por ter a oportunidade de ler essa obra incrível... Parabéns


Elias Flamel 09/07/2020minha estante
É ótimo ter um leitor como você e é ainda mais maravilhoso ver alguém se divertir, refletir e se emocionar com o meu trabalho.

Espero que também goste da continuação.




Roberto_Silva 29/12/2021

A mudança não espera por nós.
No momento desta resenha, tenho engavetado 21 livros lidos, dentre eles, tenho um carinho especial por aquele que me cativou por primeiro, fazendo se apaixonar pela literatura. Agora, tenho mais um livro para colocar nessa lista de agradecimento.

O ritmo lento de desenvolvimento, ate aproximadamente a metade, me fez demorar mais do que o comum para finalizar a leitura. Entender as razões do porque houve esse detalhismo no início, em nos situar como é a vida do protagonista, antes do acontecimento que acarreta a luta descrita na descrição do livro, desenvolveu a minha paciência como leitor, e a forma como aprecio uma obra literária. Julgando a qualidade do que está sendo contado, ao em vez de qual o propósito daquela cena para a narrativa. A partir de hoje, deixarei essa reflexão para o final.

Agora falando sobre o livro, a última critica negativa que tenho vem do recurso da ilusão/profecia do protagonista, não porque é mal utilizado, pois tem justificativa. Principalmente o primeiro. A intenção de relatar isso é para aqueles que não gostam desse tipo de elemento nas obras, para vocês aviso que não é recorrente. Por isso não se preocupem.

Além da excelente atmosfera do livro, os personagens não ficam para trás. A forma cortês como interagem, e o linguajar de época, me cativaram. E algo belo, mas não complexo. Algo bom para alguém que não curte uma leitura com o dicionário ao lado kkkkkk. Entre eles, os que cativaram a minha simpatia de cara, foram os capitães das embarcações. Principalmente o primeiro, que teve a melhor introdução.

Algo para se ressaltar, é a narrativa explorar o lado sentimental do pai com os seus filhos, e a esposa. Algo que, pelo menos, para min, não é algo comum em ser explorado em qualquer mídia. Normalmente apenas dão uma pincelada superficial, para usar como uma motivação por vingança, por exemplo.

Para finalizar, preciso citar a ótima escrita. O maior momento do seu esplendor sendo no arco do tribunal, conseguindo nos deixar apreensivo com uma construção metódica das cenas, passando um misto de emoções, e uma descrição que nos faz imaginar facilmente o ambiente em que o protagonista se encontra.
Elias Flamel 30/12/2021minha estante
De inicio já falo da grande honra que é estar em uma seleta lista. Me senti importante.

Consegui provocar reflexões e ensinamentos, estou mais do que satisfeito.
Além disto, elogio a sua postura de tentar entender a proposta do autor. Hoje em dia vejo muitos leitores com o desejo de encontrar nos livros a emulação de um filme. O narrar tem diferenças em relação ao cinema. O contar e o como estas sendo contando é importante. Para mim o narrador não é alguém com uma câmera na mão. É alguém com uma vontade de falar, de relatar e de fazer o leitor imaginar. Não posso esquecer de dizer como é maravilhoso a literatura ter poucas amarras. Em um filme tudo serve ao roteiro. Na escrita, as palavras podem servir ao roteiro, solidificar um universo e ampliar a vida de um personagem. Independente dos pontos apontados, faltou uma mão pesada de um editor junto com um refinamento do ritmo. A vida é aprendizado e melhorei estes dois fatores na continuação (quero melhora-los sempre).

Você é o primeiro a falar da ilusão/profecia do protagonista. Pode falar um pouco mais, por favor?

huahauhauhauhauahu falar empolado ninguém merece. Porém, gosto de brincar com a linguagem e construir um fala que remete a uma época diferente da nossa. Sobre os capitães, Hodar é muito querido. Já pensou se tivesse um livro só com aventuras dele?

Muitos livros atualmente são protagonizados por jovens ou adultos recém formados. Ao retratar um velho líder com filhos com personalidades bem formadas as questões sentimentais entre pai e filho surgiram com naturalidade. Fico feliz por você ter feito este apontamento.

Esta resenha vou guardar com muito carinho. Acredita que você é o primeiro que destacou a cena do tribunal como a preferida? A maioria acha ela arrastada. Ali carreguei nas tintas para mostrar toda a vastidão/fraqueza do império.

Obrigado pela sua opinião. Foi um ótimo presente de natal e é uma boa forma de começar 2022.


Roberto_Silva 30/12/2021minha estante
Sobre o recurso de ilusão/profecia, eu peguei ranço devido a minha adolescência. Assistir muitos filmes b de terror, que apelavam para dar sustos usando sonhos. Por conta disso, qualquer construção de cena que envolva não ser real, acaba me entediando. Mas para não ser injusto com as obras[eu sou do tipo que é muito criterioso na hora de dar notas em sites] eu não abaixo a classificação por um desgaste pessoal. Por isso, as quatro estrelas dadas no livro, não foram afetadas por isso.

Quanto ao Hodar, tive pouquíssimo contato com histórias de marinheiro[o máximo foi o filme do pirata do calibe] e me surpreendi com a qualidade nos trechos no mar, por isso certamente gostaria e eventualmente irei atrás de alguma obra com esse tema.

Aproveitando o assunto, estou querendo experimentar um livro com tema espacial, focado em exploração espacial etc. Como alguém com mais experiência na literatura. Teria alguma recomendação?

Quanto a fluidez do livro, acredito que seja melhor um ritmo fluido para alcançar um publico maior. Entretanto, cada conto tem seu ritmo. Para o que você queria comunicar, na minha opinião era preciso esse ritmo para causar o impacto desejado. Uma escolha acertada, levando em conta que foi potencializado a empatia pelos personagens, nos deixando curiosos para a ponta deixada no final.

No arco do tribunal, você conseguiu me cativar pelo interesse que tenho nesse tema. Adoro histórias de época com temática em conspiração/geopolítica. Presenciar a entrada do protagonista no covil dos lobos, criando situações aonde não conseguia prever o desfecho, me fez colocar no top 10 de cenas favoritas do tema.

Obrigado pela resposta, dediquei um tempo prazeroso nessa análise. Estou começando a gostar disso, ajuda a refletir nos seus gostos e comunicar melhor no meu próprio trabalho literário. Como já disse no privado, que tenha um feliz ano novo. E um 2022 prospero.


Roberto_Silva 30/12/2021minha estante
Sobre o recurso de ilusão/profecia, eu peguei ranço devido a minha adolescência. Assistir muitos filmes b de terror, que apelavam para dar sustos usando sonhos. Por conta disso, qualquer construção de cena que envolva não ser real, acaba me entediando. Mas para não ser injusto com as obras[eu sou do tipo que é muito criterioso na hora de dar notas em sites] eu não abaixo a classificação por um desgaste pessoal. Por isso, as quatro estrelas dadas no livro, não foram afetadas por isso.

Quanto ao Hodar, tive pouquíssimo contato com histórias de marinheiro[o máximo foi o filme do pirata do calibe] e me surpreendi com a qualidade nos trechos no mar, por isso certamente gostaria e eventualmente irei atrás de alguma obra com esse tema.

Aproveitando o assunto, estou querendo experimentar um livro com tema espacial, focado em exploração espacial etc. Como alguém com mais experiência na literatura. Teria alguma recomendação?

Quanto a fluidez do livro, acredito que seja melhor um ritmo fluido para alcançar um publico maior. Entretanto, cada conto tem seu ritmo. Para o que você queria comunicar, na minha opinião era preciso esse ritmo para causar o impacto desejado. Uma escolha acertada, levando em conta que foi potencializado a empatia pelos personagens, nos deixando curiosos para a ponta deixada no final.

No arco do tribunal, você conseguiu me cativar pelo interesse que tenho nesse tema. Adoro histórias com temática em conspiração/geopolítica. Presenciar a entrada do protagonista no covil dos lobos, criando situações aonde não conseguia prever o desfecho, me fez colocar no top 10 de cenas favoritas do tema.

Obrigado pela resposta, dediquei um tempo prazeroso nessa análise. Estou começando a gostar disso, ajuda a refletir nos seus gostos e comunicar melhor no meu próprio trabalho literário. Como já disse no privado, que tenha um feliz ano novo. E um 2022 prospero.


Elias Flamel 31/12/2021minha estante
Entendi. Muitos filmes abusam deste recuro do sonho. Aprendi a gostar do sonhar graças ao Sandman. Além disso, vi que nas civilizações mais antigas o sonhar tinha um significado muito importante. Peguei algo que gostava, criei todo um contexto e lá estava o sonho.

A partir desta sua pontuação lembrei que muitos leitores me falavam "Teve muito momento que era tão inacreditável que pensei que fosse um sonho". Isso aconteceu bastante no segundo volume.

Uma das minhas inspirações para as cenas no oceano foi o Velho e o Mar de Hemigway (um dos meus livros favoritos).

Posso te indicar alguns, mas neste gênero tem vários. Há o espacial preso a uma ideia chamado Fundação; já li uma opera espacial com guerras e conflitos políticos chamada Leviatã Desperta; tem a Guerra do Velho que apresenta diversos planetas , mas sempre em um contexto bélico; As Crônicas Marcianas tem o meu conto favorito e é focado em retratar a colonização e exploração de Marte em várias épocas, tem o 2001 que é um clássico da exploração de um novo mundo (ainda não li) e tem o Guia do Mochileiro das Galáxias que tem o explorar de universos malucos com muito bom humor.

Estou contente por você ter entendido a proposta por trás do ritmo. Ela cria toda uma base para o próximo livro como também é o alicerce para todo o impacto do final da obra.

Que sensacional! Quero muito encontrar mais leitores como você e acredito que você vai adorar a Fundação do Asimov. Gostei de entrar no top 10 e fiquei curioso para ver toda a lista huahuahauhauah.




spoiler visualizar
Elias Flamel 03/01/2022minha estante
Começou com um friozinho na barriga criado pela desconfiança e acabou muito bem.

Escolhi o provinciano e o comum em vez de algo épico com uma alma urbana. Acredito que cada um de nós tem alguma relação com um local simples habitado por pessoas humildes. Sobre a representação feminina, ouvir sobre a força de duas personagens me deixa muito realizado. Já recebi críticas sobre este ponto e ver um elogio me deixa mais otimista.

Parabéns por ter notado o olhar do Yosef sobre o mundo. Ver uma mudança incapaz de ser parada o fez apegar-se a cada detalhezinho do mundo que o cerca. Feita esta explicação, não posso me ausentar do fato que faltou uma mão mais forte na edição.

Este choque de realidade entre império e Keltoi é o que torna cada um destes elementos marcantes. O preto fica mais vivo ao se colocado próximo do branco e o branco mais intenso quando está próximo do preto.

Feliz, muito feliz por você ter gostado e espero que também goste da continuação.


Elias Flamel 03/01/2022minha estante
Será que no próximo livro o protagonista será o Hitalo?


Selma 03/01/2022minha estante
Já estou aguardando a continuação e imaginando o protagonismo desta vez do Hitalo, com o ritmo da narrativa mais rápido, acompanhando os agimos e anseios próprios da juventude, tento um Yosef ainda receoso às mudanças, mas com apoio total a seu filho, unidos com um único objetivo: vingança!
Kkkk não custa nada imaginar, mas vai que minhas inferências sejam comprovadas...
Parabéns pelo belíssimo trabalho e aproveite as críticas para melhorar cada vez mais, pois com elas crescemos tbm.
Que neste novo ano vc tenha muito sucesso literário e arrase no novo livro!


Selma 03/01/2022minha estante
Não sei, mas bem que poderia ser kkkkk




natiibonatto 13/09/2021

Os Cinco do Ciclo
Demorou um pouco para o livro me prender, talvez tenha sido porque não estou habituada a esse tipo de leitura, mas me surpreendeu muitoo. Os últimos capítulos me fizeram até chorar, eu não estava esperando por aquilo.
O livro retrata sobre vários temas importantes, fazendo também várias críticas, além de nos fazer refletir sobre várias coisas.
Lindo de ver o amor que Yosef tem por Keltoi, por sua família e religião, sua determinação para conseguir o que quer é incrível...
É um livro nacional que vale super a pena a leitura, sem contar que o autor é super simpático!!
Elias Flamel 14/09/2021minha estante
Até eu fui elogiado, que maravilha!

Sou sortudo, né? Um monte de coisa para ler nessa vida e mesmo assim você superou o ritmo mais lento para alcançar o final. Já que citei ele, o que dizer do final? Estou fazendo a galera do skoob chorar. Será que serei punido por isso? huahuahauhauahu. Brincadeiras à parte, obrigado por ter lido e fico feliz pelo meu livro ter surpreendido e feito você não só refletir como também se emocionar.


natiibonatto 14/09/2021minha estante
moço a sua obra é simplesmete incrível, todos deveriam ler!!


Elias Flamel 14/09/2021minha estante
Que honra ler isso de alguém com uma prateleira cheia de livros legais. Se quiser recomendar para um amigo, é só recomendar ;)


natiibonatto 14/09/2021minha estante
??




Alex 31/01/2018

Mostra potencial
Quando o autor Elias Flamel convidou-me a embarcar em sua obra "Os Cinco do Ciclo", confesso que a primeira coisa que pensei foi: do que há de se tratar esse livro? No entanto, o nome, que é pouco convidativo, acaba se mostrando completamente justificado ao acompanharmos as desventuras do velho Yosef, personagem central de um conto rico em detalhes, que nos mostra um mundo não tão distante do nosso, onde um pequeno povoado, conhecido como Keltoi, tem sua própria cultura, seus mecanismos independentes de sobrevivência e, ali, apesar da evidente simplicidade, a vida parece feliz.

No começo da narrativa, fiquei um pouco confuso com alguns fatos. Nos primeiros capítulos o autor nos apresenta as personagens principais e acabei interpretando, talvez por falha minha, que um dos filhos de Yosef acabaria se tornando o grande antagonista da história (o que, aparentemente, não acontece). Com grande apelo aos detalhes, Keltoi ganha vida nas linhas escritas por Flamel e é impressionante como conseguimos visualizar cada particularidade vívida, ainda que através das páginas desse curioso título.

Ao retratar as intempéries que as diferenças culturais causam em diferentes povoados, o autor atinge o ápice em sua obra. Yosef, assustado com as mudanças no império de Numitor, resolve se deslocar até o senado, com a finalidade de lutar pela manutenção da vida do seu povo, sem que precisem abandonar velhas crenças, à revelia dos poderosos. Da metade para o final, Flamel exibe um ritmo muito interessante ao contar sua estória, fazendo com que o leitor realmente queira ler mais um capítulo. E depois outro. E outro.

Creio que se "Os Cinco do Ciclo" tivesse algo em torno de 350 páginas, ao invés das 556 que possui, seria uma fábula incrível, com potencial de elevar o autor ao posto de grande revelação do universo literário brasileiro. Talvez haja um pouco de prolixidade em alguns capítulos, fazendo com que o leitor se desmotive e até se perca em alguns momentos. Apesar disso, é inegável o prazer que o livro causa, munido de uma estória bem contada, criativa, que nos convida a valiosas reflexões sobre o que somos, as coisas em que acreditamos, o lugar em que estamos e as pessoas com quem convivemos.
Elias Flamel 31/01/2018minha estante
Agradeço pela leitura e pelas considerações tão embasadas, feitas a partir de uma leitura atenta. No começo, o meu desejo foi mostrar a vila e a rotina de Yosef. Hitalo é quem mais contratas com os pensamentos de seu pai e vê-lo como um antagonista é algo natural.

Fico feliz ao saber que Keltoi ganhou vida em sua mente através dos meus detalhes. Para ser ainda mais exato, digo que são os detalhes vistos por Yosef. Sou um mero homem que reproduz a vida de ouro ser. Todo o olhar, toda a admiração e apego as pequenas coisas partem do protagonista. Acredito que esse seja o meu maior mérito e também um dos meus defeitos. Segui essa premissa e por muitos momentos Yosef me dominou, me usou como válvula de escape dos seus pensamentos e refletiu quando deveria seguir.

A respeito da história ser mais curta, você tem toda razão e não é a primeira vez que ouço essa crítica, que soa mais como uma dica. Não quero justificar os meus erros e nem vou esconder o meu apego pela obra que me impossibilita de efetuar grandes cortes. Entretanto, como faz falta a mão pesada e experiente de um editor. Já estou trabalhando na continuação e espero que a minha mão torne-se pesada.

Agradeço pelos elogios e sinto-me realizado ao ver que minhas críticas foram notadas. Pelo visto possuo umas qualidades que posso manter ou até mesmo me apoiar.

Muito obrigado pela leitura.

Termino com uma pergunta que é a marca dos escritores inseguros:

Você leria o próximo?


Alex 01/02/2018minha estante
Olá Elias,
fico feliz em ler as suas considerações sobre a minha opinião, contando um pouco mais sobre a sua experiência de escrita. Eu pretendia contacta-lo antes de escrever a minha resenha, para contextualizar algumas questões, mas não quis incomodá-lo. De toda forma, ao terminar "Os Cinco do Ciclo", a primeira coisa que pensei foi: eu preciso ler a continuação disso!


Alex 01/02/2018minha estante
Olá Elias,
fico feliz em ler as suas considerações sobre a minha opinião, contando um pouco mais sobre a sua experiência de escrita. Eu pretendia contatá-lo antes de escrever a minha resenha, para contextualizar algumas questões, mas não quis incomodá-lo. De toda forma, ao terminar "Os Cinco do Ciclo", a primeira coisa que pensei foi: eu preciso ler a continuação disso!


Elias Flamel 03/02/2018minha estante
É bom ver que o meu livro gerou pensamentos, reflexões e uma boa crítica. Isso me deia feliz. É claro que gosto dos elogios, e o meu objetivo principal é que o leitor esteja plenamente satisfeito. Mas mesmo não atingindo essa meta quase utópica eu fixo contente, porque o meu livro não gerou indiferença. Quando as minhas obras não provocaram nenhum pensamento, seja ele bom ou ruim é sinal que devo aposentar o teclado.

Leitor nenhum me incomoda. Pode me mandar mensagens ou fazer perguntas quando bem desejar. Só aviso que a resposta pode demorar, e não é por falta de tempo, é devido ao cansaço mesmo rs.

Abraços




Haru 26/02/2021

É maravilhoso ver como os autores nacionais têm tanto potencial e criam universos na escrita simplesmente fantásticos. O livro é ótimo, e prende do início ao fim?
Elias Flamel 26/02/2021minha estante
Não sabia se ria, se pulava ou se começava a cantar depois de ver as suas palavras. Vou continuar expandindo o meu universo e fazendo brotar personagens e histórias nele.

Obrigado pela leitura e pelos elogios.


Haru 26/02/2021minha estante
Obrigada a você pela história!


Elias Flamel 26/02/2021minha estante
Espero por muito mais delas


Elias Flamel 28/02/2021minha estante
ops, espere por muitas delas




Barbara 17/04/2021

Os cinco do Ciclo
Livro lindo! Amei conhecer a vila de Keltoi, seu povo maravilhoso e o líder mais humano e orgulhoso do seu povo que eu já vi. Yosef de Keltoi vai fazer de tudo pra salvar seu povo e sua cultura da tirania e fanatismo do império. Uma história linda, cheia de amor, dor e muita determinação. Muito feliz com esse livro e já ansiosa pelo próximo.
Elias Flamel 17/04/2021minha estante
Quanto amor.
Palavras doces, palavras tão belas como as flores.
Vejo elas como um troféu e digo que elas combinaram com o sorrir da foto :)
O próximo já foi lançado e espero que você goste.


Barbara 17/04/2021minha estante
Parabéns pelo livro excelente. Amei de verdade.


Elias Flamel 18/04/2021minha estante
Obrigado.




Duda 14/09/2021

Os cinco do ciclo
O livro é muito interessante, um pouco lento no início, mas a história prende você. Quando um homem ver a possibilidade de tudo em que ele acredita mudar e ser destruído por fanáticos do deus único. Yosef sai em busca de uma forma de proteger a vila da qual ele é líder. Estou muito curioso pra saber como vai terminar.
Elias Flamel 15/09/2021minha estante
A continuação já saiu e está surpreendendo os leitores dos Ciclos.
Mudança, essa é a essência. Você a internalizou e só posso sentir uma sensação de dever cumprido.

Sobre o início lento, você tem toda razão e melhorei esta questão no segundo volume. Agradeço pelo toque , por ter lido e por sua opinião.


Duda 15/09/2021minha estante
Ansiosa para ler


Elias Flamel 15/09/2021minha estante
Que a ansiedade se transforme em leitura.




Kath 11/08/2019

Uma fantasia Crítico-reflexiva com muito potencial
Não costumo atender pedido de leitura, em especial porque eu programo as leituras do ano todo em Dezembro e vou fazendo modificações apenas com o ritmo que consigo manter em cada mês, contudo, quando o autor decidiu entrar em contato comigo e pedir que lesse o livro dele, seis meses atrás, duas coisas me fizeram ceder: a primeira a paciência dele em esperar o meu tempo e respeitar meu cronograma para encaixar o livro dele; a segunda o fato de conhecer a realidade de ser autor independente num país que ainda lê tão pouco, em especial autor de fantasia que é um gênero difícil e pouco consumido, infelizmente. Então, olhando minha velocidade de leitura, que ia sofrendo alterações conforme os estudos de concurso vão se tornando mais exigentes, acabei conseguindo encaixar o livro dele este mês (respeitando a ansiedade de saber o que se acha da sua história uma vez que, sendo autora, também passo por isso).

A primeira coisa que me surpreendeu, na falta de uma palavra melhor, no livro foi o fato de, ao contrário do que pensei quando vi a capa, se tratar de uma fantasia crítica que nada tem a ver com magia. Diria, inclusive, que se encaixaria numa espécie de fantasia distópica cujo epicentro é a crítica clara ao fanatismo religioso que bebe nas fontes históricas da humanidade. Com uma mistura de toda uma cadeia mitológica que permeia a história do mundo, Flamel soube inserir sua própria mitologia e fazê-la ter sentido dentro da história que conhecemos e estudamos na escola. Acredito ter sido esse um dos acertos mais notáveis desse livro.

Nós acompanhamos a história de Yosef, um homem já de certa idade que vive em uma espécie de ilha (e essa é uma conclusão minha, porque na falta de mapa não dá para ter muita certeza da geografia da história) que serve ao império de Numintor, ao meu ver, uma quase escrachada analogia ao império Romano, inclusive, o mito da fundação de Roma é mostrado de maneira muito inteligente na história. Ele é o líder do povo de Keltoi, ao lado de sua esposa Morgiana, sua ama Guilda e seus três filhos Hítalo, Yohan e Julian, nessa ilha, o povo adora aos cinco do ciclo que são cinco deuses semelhantes a outras crenças politeístas como a celta, por exemplo, contudo, em uma de suas aborrecidas viagens ao império para levar seu tributo ele fica sabendo sobre fantáticos religiosos que estão dizimando as crenças tidas por pagãs em nome do monoteísmo adotado pelo imperador e, em breve, imposto sobre todas as terras sob seu domínio.

Yosef, desesperado pelo provável fim do seu povo e atormentado por pesadelos que encara como pedidos de socorro dos deuses que adora, decide convocar o conselho da cidade para decidir o que devem fazer. Dagda, o agricultor mais velho da ilha, aconselha que todos devem ir embora e se estabelecer em outro lugar, mas a ideia é logo rechaçada por Hítalo que sugere que eles devem lutar para proteger sua crença. Yohan, por sua vez, sugere ao pai que vá pedir proteção ao império uma vez que, como parte do domínio, eles têm dever de protegê-los. No fim, Hítalo decide seguir seu caminho como uma rota alternativa em busca de armas e pessoas para proteger Keltoi, Yosef segue para Rômula, sede do império, em busca de um senador que possa proteger seu povo.

No seu intento ele conta com a ajuda de Lucien, um livreiro e estudioso que trabalha como escriba no senado, para infiltrá-lo na tribuna e, assim, conseguir conversar com o único dentre os senadores que pode apoiar o salvamento de Keltoi dos fanáticos. Contudo, o que vê lá dentro só faz com que Yosef tenha certeza da mancha de corrupção e ganância que engole aqueles que ocupam o poder e são ofuscados pelos privilégios advindos do suor das classes dominadas.

"Os senadores brigam por brigar e só ouço palavras cuspidas. Não querem uma solução, querem mostrar que lutam, querem se defender. Exibem-se para os seus adversários? Para as imagens dos imperadores nas paredes? Ou para os deuses desse culto chamado política?" (Cap. 33)

Por vezes, a intenção do autor em fazer críticas tanto ao fanatismo religioso que apagou tantas crenças tidas como pagãs é claro, não somente isso, mas o uso comercial atribuído à religião por aqueles que detém o poder, além de uma quase analogia muito válida ao nosso sistema político atual que tem o desejo de se tornar uma teocracia forçada "goela abaixo" em todo o país. Além disso, faz-se criticas sociais muito pertinentes sobre as desigualdades além de mostrar um retrato alegórico da Roma em seus últimos séculos após Cristo, inclusive, um fato que eu achei bem curioso nesse livro é que a história se passa justamente após a crucificação de Cristo quando o monoteísmo começava a se espalhar, considerando que, segundo historiadores, a crucifixão aconteceu em 33 d.C e sendo Keltoi um vilarejo fictício tal qual Numintor, fiz uma estimativa do período em que a história se passa.

O império romano perdurou entre 27 a.C. – 476 d.C., se cristo foi morto no ano 33 d.C e, a partir daí o monoteísmo começou a ser disseminado, tomando como base tanto os conflitos políticos e a possível analogia ao império romano dada na história, presumi que o livro se passa ali pelos anos 305, uma vez que o imperador de Numintor convertera-se ao monoteísmo e, na história, Constantino foi o primeiro imperador romano a se converter ao cristianismo e ele foi imperador do Império Romano entre os anos de 306 a 337. Mas, como disse, isso são suposições minhas.

Num cômputo geral eu gostei bastante da história, Flamel se mostrou uma promessa da literatura fantástica nacional, seus livros se equiparam facilmente a títulos como O Nome do Vento fonte na qual foi claramente inspirada, O Clã dos Magos e até mesmo O Caça-Feitiço. Por vezes achei o excesso de descrição um pouco cansativo, muitas vezes o personagem se estendia em divagações ou histórias paralelas, além de cenas que se alongavam demais e davam a impressão que a leitura não fluía, mas isso não tira o mérito da obra enquanto excelente composição literária brasileira. Os diálogos, a composição de cenários e mesmo as histórias de base das personagens foram muito bem trabalhadas, algumas mostram mais presença que outras, tanto pela sua expressividade quanto pelo seu próprio papel na trama.

Confesso que, no fundo, esperei um final diferente (quem me acompanha sabe que eu sou a defensora dos Happy endings), mas tanto a reviravolta nos últimos capítulos quanto os tristes eventos desencadeados no fim da jornada de Yosef fora plausíveis dentro da história construída e do universo histórico da trama ainda que este não tenha sido explicitado. Flamel faz uso de uma linguagem em sua maior parte simples e acessível, mas não deixa o leitor na mão ao apresentar-lhe algumas palavras e locuções novas, algo que sempre considero muito válido em um bom livro. Além disso, sua prosa por vezes poética consegue dar profundidade e formar um cenário mental durante a leitura o que tomo como essencial em um livro de fantasia dessa natureza, ainda que não seja tão embasada no gênero.

Antes de começar a leitura pensei que leria uma fantasia mais voltada para a magia e os elementos aos quais estou acostumada em minhas leituras, de modo que foi uma boa surpresa encontrar um livro com uma construção verossímil de uma terra e cultura alocadas num período histórico específico e que aborda temas ainda tão atuais seja por meio de analogias implícitas ou explícitas nas suas cenas e diálogos. A razão para ter recebido minhas três estrelas e não quatro foi justamente o fato de ter essas partes mais "esticadas" tal como é comum em O Nome do Vento (tinha uma que nunca esqueci em que Kvote ia matar um dragão e parecia que ele ia levar o livro todo só pra fazer isso, beirava a loucura na minha paciência!) e mesmo Os Cinco do Ciclo sendo um livro bem mais "enxuto" em comparação a prosa arrastada de sua fonte inspiradora, isso me incomodou um pouco. Concluo que, talvez, eu não seja uma leitora de fantasia e reitero que esse é meu ponto de vista o que não quer dizer, de forma alguma, que o livro é ruim.

Para os leitores de fantasia de Tolkien a Assassin's Creed, recomendo fortemente Os Cinco do Ciclo, em especial se vocês gostam de histórias com certo cunho histórico e que evocam essas reflexões críticas acerca de política e religião de uma maneira mais lúdica (ainda que preservando a seriedade que o assunto pede) e sem deixar de lado a imparcialidade de suas personagens que assumem diferentes pontos de vista e apresentam muito bem suas discussões. O livro deixa a ideia que a história terá uma continuação, pelo menos foi a impressão que eu tive no epílogo, me resta desejar boa sorte ao autor e parabenizá-lo pela construção de um enredo tão bem feito. E essa conclui a primeira leitura de Agosto!
Elias Flamel 12/08/2019minha estante
Comecei lendo a resenha me sentindo um menino. Sempre me sinto assim antes de ler uma resenha. Terminei e me senti um escritor.

Obrigado.


Kath 12/08/2019minha estante
Hahaha fico muito feliz por isso, muitas vezes a autocrítica nos cega quanto a nossa própria capacidade, precisamos que outros nos mostrem que somos capazes de ir além. Reitero minhas parabenizações por um livro de fantasia tão bem escrito e construído. Desejo muito sucesso e que essa sensação de ser um escritor perdure a partir de agora. Grande abraço e eu que agradeço por ter me proporcionado uma leitura tão instigante e reflexiva. Parabéns!


Elias Flamel 13/08/2019minha estante
Que ele perdure.
E se não perdurar eu volto aqui e dou uma olhadinha na resenha.
Abraços e muito obrigado




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