Quarto de despejo

Quarto de despejo Carolina Maria de Jesus




Resenhas - Quarto de Despejo


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Alessandra1029 12/04/2024

?
Um dos melhores livros que eu já li! Não tenho nem muito mais o que falar, é uma experiência única, principalmente tendo uma origem humilde também, não igual ao da autora, mas humilde. Lendo o livro fica a sensação de choro preso na garganta o tempo todo? é tanta violência e fome que chegaria a ser absurdo e difícil de acreditar que é real se eu não tivesse vivido pelo menos 0,1% dessa realidade também, e sei que até hoje é assim, um pouco diferente, mas essência é a mesma, a violência e a fome ainda estão aqui e ainda são normalizas, as crianças ainda crescem em meio a tanta violência que perpetuam ela com normalidade, pq é a única realidade que conhecem. Esse é um livro triste e muito real, termino com a sensação de impotência.
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Kemar 12/04/2024

Farinha seca com cacos de vidro
De primeira quando comecei a ler, eu estava levando muito para um lado simplista de ler o que é dito por Carolina e achar bom ela estar escrevendo tudo isso.
E claro, foi muito importante mesmo. Mas no final do livro eu já comecei a me dar conta de que eu estava esquecendo de considerar que era um diário real de uma pessoa real e complexa como todas, assim como todas as pessoas citadas no livro.
É doloroso, e tedioso. Quando os mesmos eventos já haviam se repetido dezenas de vezes e eu não estava mais aguentando ler, quase me dei um tapa, me corrigi. Se estava difícil para mim ler algo repetido, imagina para quem viveu todos os dias iguais. Acorda e sente fome, vê coisas que não deveria ver, passa por coisas que não deveria passar.
Como julgar qualquer coisa que foi escrita se eu nunca estive nesse lugar?
Chegando ao final do livro eu também comecei a olhar da perspectiva dos vizinhos, e de repente as palavras da própria Carolina se tornaram agressivas também. Da mesma forma como em alguns pontos ela faz coisas que dizia nunca fazer porque em determinado momento a situação passou por cima dela, as situações também passavam por cima das outras pessoas que estavam nas mesmas condições que ela.
Mas é isso. Ela é humana, os outros são humanos.
Humanos em condições desumanas.
Esse livro é horrível, e tem que ser, não é para se gostar de ler sobre a miséria. Para falar realmente da miséria é preciso fazer o leitor sentir ela tentando descer na garganta, igual farinha seca com cacos de vidro. E ela conseguiu.
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Pedro 12/04/2024

Quarto de Despejo
?Mas o povo não deve ???????. Não deve chorar. Deve lutar para melhorar o Brasil para os nossos filhos não sofrer o que estamos sofrendo.?
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anagfc 11/04/2024

Transformador
Essa é, sem sombra de dúvidas, leitura obrigatória. Esse livro, o relato e a visão da vida de Carolina Maria de Jesus mudam vidas.

Perdi as contas de quantas vezes chorei enquanto lia. Me apaixonei pela Carolina através desse livro. Que mulher fantástica! É fascinante e transformador conhecer a mente e o mundo de uma mulher tão especial, visionária e sensível quanto ela.

Foi uma alegria enorme descobrir sua vida e sua obra. Vida longa à Carolina Maria de Jesus!
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MarcosQz 10/04/2024

Em Carolina tudo tem cor
Carolina Maria de Jesus escreveu um diário real sobre a vida na favela. Conhecida como língua de fogo por dizer o que pensava, deu nome à todos que conhecia, nomes, atos e fatos.
Mãe de três filhos, catava reciclagem para se sustentar, era educada com os outros, respeitava as crianças e tentava manter sua calma interior, não queria problema. Odiava a favela e o povo da favela, um povo inculto.
Estudou até o segundo ano primário, mas sabia boas palavras, não escrevia de forma tão correta, o que fica claro no livro, mas era a forma real, era a realidade de sua história e se fazia entender. Carolina vai narrando seus dias num misto de sabedoria e inocência, agradece pelos brancos que se tornaram mais cultos e agora ajudam os pretos, mas não nega a culpa dos brancos, seu preconceito, sua ganância, suas mentiras. A escravatura atual é a fome. Amaldiçoa a favela e a fome.
Carolina escrevia e lia, acreditava que os livros eram a melhor invenção do mundo. Não estava errada. E sentia fome, a fome é uma constante em sua vida e na de seus filhos, e olha para as outras crianças e jovens pensando em como seriam diferentes se tivessem alimento e casa de verdade, mas ali, a favela é simplesmente o quarto de despejo para onde é jogada a gente que não serve, que não presta. "Eles não gostam da favela, mas precisam dela".
Tudo para ela tinha cor, a fome, o desespero, a dor, a pobreza. Sua pele e seu local de moradia possuíam a mesma cor.
Quarto de Despejo é um livro bem dolorido de ser, é uma história real do Brasil que existe ainda hoje. Ainda existem por ai centenas de quartos de despejo, centenas de Carolinas. O Brasil não mudou quase nada e os diários de Carolina deixam isso claro.
Mas Carolina era uma mulher sábia e decidida, Carolina era uma mulher que acima de tudo acreditava nela mesma.

Para entender Carolina é preciso ler Carolina.
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Aria 10/04/2024

As pessoas tem uma opinião muito forte sobre os favelados, e esse livro nos mostrou como é a realidade. Não é porque a pessoa mora na favela que ela precisa concordar com tudo o que acintece.

Como a própria Carolina disse no diário, ele foi feito para incomodar quem finge não ver a pobreza e a desigualdade. E, de fato, se você estiver em um momento sensível, não recomendo a leitura. Ela é fácil devido à escrita simples da autora, e mesmo não tendo detalhes viscerais, a naturalidade com que ela escreve tudo que acontecia é de rasgar a alma.
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Oliveira 10/04/2024

Quarto de despejo: diário de uma favelada
À medida que vamos lendo o desejo por um final feliz aumenta, a sensação de que algo como acontece nos contos de fadas precisa acontecer, essa mulher e seus filhos precisam de um final feliz que possa dar sentido a todo esse seu sofrimento.

É belo ver que em meio a fome e a miséria, Carolina ainda era capaz de ajudar e ser solidária com os que precisavam, sinais de que a empatia e a bondade superavam a raiva e o desprazer de levar aquela vida miserável.

A obra parece atemporal, não faz parte do meu cotidiano o contato com pessoas em situações como aquelas vividas por Carolina e os personagens ali da sua história, história de vida real, mas me parece que todo aquele sofrimento ainda resiste no tempo e ainda está presente no dia a dia de muitos, moradores de rua, moradores das favelas, dos bairros pobres das grandes cidades e muitos outros.

É uma leitura dolorosa e amarga, mas que vale cada palavra, cada dia do diário lido, é uma lição de vida e sobrevivência de uma mulher negra, pobre, mãe solo e Escritora. A morte de Carolina é prematura aos meus olhos, mas pelo menos lê poupou de ver que anos depois as coisas continuavam da mesma maneira, e que quase nada ou talvez nada tenha mudado tanto.
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Clara 10/04/2024

Diário de uma favelada
Esse livro mostra o real lado da difícil vida de Carolina, que tem três filhos e mora na favela. Mostra também o quão forte ela foi por ter passado o que passou e continuado lutando por seus filhos.
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Mari 09/04/2024

"Não há nada pior na vida do que a própria vida."
Um diário sobre a dura e triste realidade, que infelizmente ainda é atual em nosso país. O povo negro, marginalizado, que só é "lembrado" em época eleitoreira. Carolina, mulher negra, mãe de três crianças, que batalha duramente pra continuar sobrevivendo pra dar comida aos seus filhos. É triste, é visceral, angustiante e ao mesmo tempo, revoltante ler os relatos e observações de Carolina, e saber que existem pessoas passando por essa situação, mas ainda, que existem pessoas que até hoje, acham que pessoas pobres, passam necessidade por escolha.

É mais que um diário, é uma leitura política e necessária.
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deborasilvaa 09/04/2024

Um relato impactante, necessário, forte, me faltam palavras para elogiar essa obra, a coragem dela ter sido escrito, o talento que Carolina Maria de Jesus tem pra abordar tamanha situação da forma como ela fez me faz pensar o quão grande escritora ela teria sido se tivesse tido a oportunidade.
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day 08/04/2024

Muito atual
Sem palavras. o jeito que Carolina descreve seu dia a dia na favela é cru, ela não tem medo de esconder nada, é completamente real e infelizmente muito atual também. perdi as contas de quantas vezes grifei o livro, simplesmente virou meu livro favorito.
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Sophia Maia 08/04/2024

Estou no quarto de despejo...
"A vida é igual um livro. Só depois de ter lido é que sabemos o que encerra. E nós quando estamos no fim da vida é que sabemos como nossa vida decorreu. A minha até aqui tem sido preta. Preta é minha pele. Preto é ô lugar onde eu moro."
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