Quarto de despejo

Quarto de despejo Carolina Maria de Jesus




Resenhas - Quarto de Despejo


3328 encontrados | exibindo 61 a 76
5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 |


beingisa 01/04/2024

Quarto de Despejo
É pura obra de arte, um livro que todos deveriam ler.
Ele conta uma história pesada, nua e crua, de Carolina, uma favelada que passa pela fome, sujeira, doença, brigas e mesmo sendo escrita em 1959 é muito atual em alguns aspectos.
Mesmo em suas escritas erradas e palavras trocadas, me encantei com Carolina e com essa história, porque mesmo sozinha, ela foi capaz.
Esse livro me fez refletir e agradecer sobre tudo que tenho e as vezes sinto que as vezes falta, mas já é o suficiente.
comentários(0)comente



Kah 01/04/2024

Excelentíssimo e triste relato de uma mãe solo, periférica que cata papel nas ruas de São Paulo para se sustentar e faz uso da escrita como refúgio e esperança para uma vida melhor.
comentários(0)comente



Renata.Coelho 01/04/2024

Decepcionada
Acho que acabei esperando demais desse livro, estava super empolgada pra ler esse livro, porém achei super repetitivo, não foi um livro que me cativou muito, muito cansativo, esperava muito mais do livro.
comentários(0)comente



Luiz Souza 01/04/2024

Vida na periferia
O livro mostra o diário de Carolina e seus filhos Vera , José Carlos e João José na primeira grande favela de São Paulo a Canindé que foi desocupada em meados dos anos 1960 onde hoje é a Marginal do Tietê.
No livro aborda a vida cotidiana da favela assim como suas mazelas e a luta pelo pão de cada dia , mostra como os políticos sempre iam lá em época de eleições para angariar votos.

Carolina vivia catando papel para levar comida pra casa , ela não gostava muito de namorar preferia só cuidar dos filhos, tinha uns vizinhos bem briguento por sinal.
O fato mais curioso foi aquele Cigano com cara de esperto.

O livro é bem informativo mas bem puxado cada narrativa dela dizendo estar com fome não é a coisa fácil de você ler tem que ter força para ir com a leitura até o final.

Ótima leitura.
comentários(0)comente



jade 31/03/2024

Muito foda. que livro, que mulher! deveria ter lido antes mas terminei a leitura justamente no aniversário de carolina.
comentários(0)comente



Rafaela 31/03/2024

Todo mundo deveria ler!
Como você me ensinou e me emocionou, Carolina!
esse tempo que passei imersão nesse livro foi transformador. não sei. alguma coisa mudou aqui dentro. Carolina me trouxe pra realidade, me fez enxergar coisas que eu não via. Carolina é minha heroína agora e sempre. quero te carregar no peito eternamente!
leiam Carolina, sintam Carolina e ouçam tudo que ela tem pra lhes dizer. ??
comentários(0)comente



Leticia.Melo 31/03/2024

Quarto de despejo não é o meu tipo de leitura normal, mas é um bom livro para entender os conceitos de como era a dificuldade, uma dificuldade grande e verdadeira, e não somente um drama do dia dia, por que, eles viviam isso, a Carolina de Jesus lutava todo dia para conseguir um compels cruzeiro. Essa leitura me chocou de uma forma que eu fiquei paralisada enquanto lia, era muita crueldade.
comentários(0)comente



mylittlepony 31/03/2024

Esse livro retrata a realidade que muitos vivem em diversas partes do mundo, foi doloroso ler mas foi muito necessário. Sair da bolha e entender as causas reais do mundo é importante para uma construção social igualitária que infelizmente está longe de acontecer.
Carolina foi uma mulher forte que infelizmente teve seu reconhecimento tarde demais, assim como muitos hoje em dia. Todos deveriam ler esse livro alguma vez na vida.
comentários(0)comente



Bia 30/03/2024

Carolina Maria de Jesus, em seu livro "Quarto de Despejo" cita"...O que eu aviso aos pretendentes a politica, é que o povo não tolera a fome. É preciso conhecer a fome para saber descrevê-la." É pressuposto, nesse trecho, que ela se refere à figuras políticas como presidentes, vereadores. Entretanto, acredito que Carolina buscava alertar para além deles, ou seja, para nós, cidadãos, que somos também participantes da política. Precisamos conhecer a fome para saber descrevê-la. Não vivê-la de forma literal. Ela mesma disse: "A pior coisa do mundo é a fome!". Porém, é preciso que tenhamos conhecimento dessa realidade. Por isso, eu acho que este é o ponto de partida perfeito para entender a importância desse livro e a mensagem fortíssima que ele traz.
Ele é uma vivência. A vivência de alguém que já viveu a fome. Tanto que este é um tópico recorrente no livro, mas extremamente relevante. Imagina você estar em um ambiente tão hostil, onde nem o alimento é um direito? É um privilégio? Onde tudo o que nós temos: lar, educação, água, segurança, infraestrutura, solidariedade, acesso à serviços públicos... Na favela, é um privilégio.
Carolina cita também que "O nosso mundo é a margem" ao se referir à favela. Um espaço não às margens de um rio, mas de uma sociedade injusta. Como um quarto de despejo de uma cidade, em que os pobres são os trastes velhos.
Tendo isso em vista, Carolina faz uma denúncia ao preconceito racial; à violência infantil, no casamento, contra a mulher; à criminalidade das favelas; à marginalização das pessoas em situação de vulnerabilidade, ao desemprego, à educação falha, à segregação urbana; à desigualdade social e principalmente à negligência estatal.
A fome não surge por si só "...De quatro em quatro anos muda-se os políticos e não soluciona a fome,
que tem a sua matriz nas favelas e as sucursaes nos lares dos operários." O Brasil precisa ser dirigido por alguém que conhece a fome. Porém esquecemos que nós dirigimos a nossa sociedade também, ao escolhermos quem que nos governa. Não podemos deixar no esquecimento todo o sofrimento e a dificuldade de nossos iguais, que vivem no mesmo país que a gente. Quem deve dirigir é quem tem dó e empatia pelo povo, quem realmente abrace as nossas necessidades. "A democracia tem se mostrado fraca e os políticos fraquíssimos. E tudo que está fraco, morre um dia."
comentários(0)comente



Helô 30/03/2024

Não há palavras para descrever o quanto este livro é bom e crítico, e por 1 motivo: ele é real.
É um livro extremamente doloroso e triste, relata a dor de uma mãe solteira e favelada que luta todos os dias contra a fome e a tristeza causada por uma vida turbulenta como a da favela; é uma leitura que mostra o lado que as pessoas tentaram esconder, mas é real, está lá.
comentários(0)comente



marianna.maroja 30/03/2024

A fome é sempre a fome
Por conta da minha profissão de professora de redação, achei que a leitura de ?Quarto de Despejo? fosse ser muito produtiva (a história se relaciona a muitos temas voltados à população em situação de vulnerabilidade e há até mesmo uma série de vestibulares que cobram sua leitura), mas a verdade é que a fome é sempre a fome. O relato de Maria Carolina de Jesus, apesar de forte, é muito semelhante em boa parte do livro, o que faz com que a leitura de torne um tanto monótona. Além disso, há o fato da escolha editorial de manter os desvios gramaticais da autora, o que, honestamente, considero um erro. Pareceu-me uma espécie de tentativa de mantê-la separada de outros grandes autores (que, tenho certeza, também devem ter cometido alguns erros, mas foram corrigidos pelos editores).
comentários(0)comente



Camillo2 29/03/2024

A realidade da pobreza no Brasil
Um livro tocante, que mostra o quão cruel a fome pode ser para uma mãe e seus filhos, uma leitura triste, mas que te prende cada vez mais, confesso que, para ler esse livro, você precisa estar minimamente bem psicologicamente, porquê se não você não aguenta continuar a leitura.
comentários(0)comente



Glemerson 29/03/2024

Carolina é especial
Posterguei por bastante tempo para ler Carolina Maria de Jesus e não podia ler em um momento melhor. Acredito que cada leitura que escolhemos, é de acordo com o nosso momento.

Carolina é necessária, sua vivência, sua visão e seu letramento de raça e classe são um tapa na cara de todos nós.
comentários(0)comente



Eduardo 29/03/2024

Eis aqui uma das obras mais valiosas não apenas da literatura brasileira, mas do mundo inteiro. Uma mulher negra, radicalmente pobre, solteira, mãe de três filhos e que, ainda assim, tinha esta mente brilhante.
Este livro diferencia-se pelo fato de que ele fala da desigualdade, mas de uma outra maneira da que normalmente se fala da miséria: é uma visão de dentro, não de fora; isto é, não se trata de um homem culto, estudado, que tem dinheiro e, através de estudos sociológicos, entendeu a favela e a explicou; se trata de uma mulher de DENTRO da favela, que VIVE em si, a miséria, e fez nada além de relatar como é passar por tudo isto.

A maior miserabilidade que enfrento ao realizar esta leitura, e que todos deveriam enfrentar ao ler, é não sentir-se apenas mal pelo fato do que ela passou, mas por lembrar do seguinte: inúmeras pessoas, HOJE, passam pelo mesmo (e algumas vezes, talvez por coisas piores) que ela passou. A favela do Canindé, em que ela morava, deixou de existir; entretanto, diversas outras surgiram. Nessa obra, ainda, há pouco relato sobre crimes relacionados à droga, tráfico e facção; já hoje, sabemos que em ambientes à margem social são recheados destes atributos; ou seja, não é que apenas não melhoramos a sociedade - a pioramos em alguns aspectos.

Chega a ser supérfluo as "estrelas" na hora de dar uma nota pra uma literatura deste tipo. Isso é a vida real; o retrato mais direto possível de muitos marginalizados.
A obra nos mostra sim como ela passou fome, como sofria e etc, mas devemos também nos focar como AINDA passam fome, como AINDA sofrem por não ter o básico, como AINDA políticos surgem apenas nas épocas eleitorais, manipulam e então desaparecem.
Este livro encontra-se atemporal e, por Deus, não deveria ser. Não. Deveria. Ser.

Há muito mais a falar, sempre há, mas finalizo esta resenha apenas com alguns trechos desta pessoa incrível que foi a Carolina Maria de Jesus. Poucos, porque se fosse para destacar todas as frases fortes e bem construídas que esta mulher escreveu, então haveria de colar o livro todo aqui.

"Liguei o radio. Tomei banho. Esquentei comida. Li um pouco. Não sei dormir sem ler. Gosto de manusear um livro. O livro é a melhor invenção do homem."

"O que eu aviso aos pretendentes a politica, é que o povo não tolera a fome. E preciso conhecer a fome para saber descrevê-la."

"Fui na delegacia e falei com o tenente. Que homem amavel! Se eu soubesse que ele era tão amavel, eu teria ido na delegacia na primeira intimação. (...) O tenente interessou-se pela educação dos meus filhos. Disse-me que a favela é um ambiente propenso, que as pessoas tem mais possibilidades de delinquir do que tornar-se util a patria e ao país. Pensei: Se ele sabe disto, porque não faz um relatorio e envia para os politicos?"

"O Brasil precisa ser dirigido por uma pessoa que já passou fome. A fome também é professora. Quem passa fome aprende a pensar no proximo, e nas crianças."

"Que Deus ilumine os brancos para que os pretos sejam feliz."

"E assim no dia 13 de maio de 1958 eu lutava contra a escravatura atual - a fome!"

"Quem nos protege é o povo e os Vicentinos. Os políticos só aparecem aqui nas épocas eleitoraes. O senhor Cantidio Sampaio quando era vereador em 1953 passava os domingos aqui na favela. Ele era tão agradavel. Tomava nosso café, bebia nas nossas xícaras. Ele nos dirigia as suas frases de viludo. Brincava com nossas crianças. Deixou boas impressões por aqui e quando candidatou-se a deputado venceu. Mas na Camara dos Deputados não criou um progeto para beneficiar o favelado. Não nos visitou mais. ... Eu classifico São Paulo assim: O Palacio, é a sala de visita. A Prefeitura é a sala de jantar e a cidade é o jardim. E a favela é o quintal onde jogam os lixos."

"Como é horrivel ver um filho comer e perguntar: "Tem mais? Esta palavra "tem mais" fica oscilando dentro do cerebro de uma mãe que olha as panela e não tem mais."

"1 DE JANEIRO DE 1960 - Levantei as 5 horas e fui carregar agua."
Vania.Cristina 29/03/2024minha estante
Potente, né Eduardo. Também já li o livro e fiquei encantada com Carolina. Sua resenha me fez relembrar o quanto o livro é bom.


Eduardo 29/03/2024minha estante
Sim, é muito forte


Eduardo 29/03/2024minha estante
Sim, é muito forte


Eduardo 29/03/2024minha estante
Sim, é muito forte




Ana Nobre 28/03/2024

Leitura atual, urgente e necessária. Relatos do dia a dia na favela do Canindé em SP nos anos 1950. Fala de fome, necessidades básicas, política, mulheres...
comentários(0)comente



3328 encontrados | exibindo 61 a 76
5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR