Abrakadabra: A Fênix Azul

Abrakadabra: A Fênix Azul F. B. Vlaxio




Resenhas - Abrakadabra: A Fênix Azul


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oallisonandrade 24/09/2017

A MELHOR FANTASIA YA LGBT NACIONAL QUE VOCÊ RESPEITA.
Edgar é um bruxo de 17 anos, vem de uma das maiores e mais poderosas famílias que existem, e um dos seus hobbys é usar seus dons de magia para furtar lojas com suas primas na calada da noite. É órfão de pai, a mãe é uma curandeira e, como ela, pretende se especializar nesse ramo da magia.

Na escola, Edgar tenta chamar menos atenção possível, tanto pelo fato de ser um bruxo quanto por sua sexualidade. Não é que ele exatamente suas preferências, até porque tem seus casos aleatórios, mas sempre tenta manter a privacidade e não se apegar a ninguém.

"A ciência comprova que todo e qualquer evento que acontecer no ambiente de uma sala de aula será mais interessante do que o assunto sobre o qual o professor está falando no momento específico. Tudo bem. Talvez a ciência não comprove esse fato, mas está claro que deveria."

Até que no primeiro dia do último ano escolar chega um garoto novo chamado Klaus, que acaba chamando sua atenção. E, óbvio, os dois acabam se aproximando muito rápido.

O desenrolar da história, no início, parece até bobo considerando a conexão carnal entre os dois garotos e a posição de Edgar em esconder de Klaus o segredo sobre sua família, bem como sua preferência por garotos do resto da sociedade. Mas conforme as páginas vão passando, a narrativa se torna muito mais do que apenas um romancezinho bruxo LGBT.

"Minha genealogia - a linhagem dos Valburgos - remontava à época da Independência, quando os primeiros bruxos passaram a vir ao Brasil e adotá-lo como residência permanente. [...] Os avós de nossos avós se mudaram para Anévoa quando o estado da Capitália estava sendo criado e aqui permanecemos até hoje."

A história se passa (sim!) no Brasil, na cidadezinha de Anévoa, estado da Capitália. No mundo de Abrakadabra, existem cinco chamadas Ordens do Poder que abrangem o universo mágico: a dos alquimistas (especialistas em poções e feitiços), curandeiros (autoexplicativo), guerreiros (autoexplicativo), transmorfos (especialistas em transfiguração e transmutação) e os sensórios (especialistas em artes mágicas da mente e projeção astral). É praticamente impossível um único bruxo dominar todos os cinco ramos da magia, portanto cada bruxo se especializa apenas em um. A mãe de Edgar é uma curandeira, e é nesse ramo que ele pretende seguir.

"O que poucos sabiam, porém, era que aqueles que curavam ferimentos também eram capazes de desferi-los. Alguns dos bruxos mais experientes eram tão habilidosos que podiam trazer os mortos de volta à vida e só não o faziam pelo respeito à morte."

Especialidades mágicas e romances à parte, a treta começa quando a tia de Edgar (da Ordem dos Guerreiros) aparece depois de meses trazendo a notícia de que um bruxo das trevas planeja abrir um portal entre o mundo humano e o Desmundo (o mundo inferior) para a invasão de demônios que querem destruir boa parte da sociedade bruxa. Aí a paulada começa, Edgar se vê no meio dessa bagunça toda e tem que se encontrar para conciliar tanto seu aprendizado mágico quanto sua identidade quanto seu romance inesperado com Klaus.

"É engraçado como o tempo se comporta. Você constrói uma rotina agradável e chega ao ponto de viver entre ciclos, imobilizado numa brecha temporal cuja essência jaz num padrão imutável. De repente, tudo muda. Uma faísca é tudo o que precisa para a chama do tempo eriçá-lo no espaço e fazê-lo voar."

O livro é divertidíssimo, tem uma linguagem descontraída, alguns palavrões, é recheado de referências (ex: literatura clássica nacional, artistas pop e youtubers!), frases arrebatadoras pra escrever na parede do quarto, romance, jornada do herói em busca de si mesmo, desenvolvimento de mitologia maravilhoso, e é claro, uma embate mágico incrível entre bruxos do bem contra bruxos do mal e alguns muitos demônios.

Eu particularmente confesso que não lia um livro, assim com bruxos, tão bom desde que li a trilogia Half Bad da autora Sally Green. E saber que agora existe Abrakadabra, e que ele trouxe de volta a sensação maravilhosa de mergulhar num mundo mágico simples mas muito bem construído e executado, só eleva mais meu espírito de fangirl de fantasia de bruxos.

"Estava tão acostumado à superfície do meu mundo particular que qualquer mergulho mais profundo era capaz de estremecer minhas estruturas. A relatividade das situações era uma constante, mas eu só podia percebê-la em momentos raros"

Sério, é uma puta indicação que faço aqui. Não tem como se arrepender durante a leitura, e muito menos no final. Muito menos quando o livro acaba e deixa aquele gostinho de ~PELO AMOR DE DEUS, EU PRECISO DE MAIS!!~

site: https://www.amazon.com.br/Abrakadabra-F%C3%AAnix-F-B-Vlaxio-ebook/dp/B075J126JY/ref=sr_1_1?s=digital-text&ie=UTF8&qid=1506265055&sr=1-1&keywords=abrakadabra
Luiza 24/09/2017minha estante
Não fala assim que o livro já entra pra imensa lista de desejados ?


oallisonandrade 24/09/2017minha estante
Vai logo ler! HAHAHHAH Tá baratinho o ebook :D


Luiza 24/09/2017minha estante
Ai socorro, tadinha da minha mãe que tem que me bancar!


Luiza 24/09/2017minha estante
Kkkkk


Marcelo 09/12/2017minha estante
ACABEI DE LER E TO NO CHÃO, me diz que vai ter outros livros, me diz




Tamirez | @resenhandosonhos 02/08/2018

ABRAKADABRA: A Fênix Azul
Eu não sou uma estranha a nacionais de fantasia, mas esse foi o primeiro LGBT que li, e o sentimento foi de satisfação. Não há nada mais incrível para um leitor do que descobrir uma história que o surpreenda positivamente e o mova através das páginas com leveza. Se for um autor iniciante e que já mostra talento nos primeiros passos, é ainda mais legal.

Acho que a um primeiro olhar a sinopse pode se aproximar de vários livros que bem conhecemos. Afinal, falou em bruxos, lembrou Harry Potter, certo? Porém, o que diferencia essa obra é exatamente a forma como o autor costura esses elementos para criar algo só seu, que reflete um pouco sobre o Brasil também, mas sem tornar a “nacionalidade” algo pesado, o que pra mim é sempre um problema a não ser que o propósito do livro seja esse. São pequenos detalhes aqui e ali que em momentos específicos nos lembram onde estamos.

Há muitas referências à literatura, expressões marcantes e outros itens da cultura pop. Os personagens vivem no mundo real, mas em uma cidade fictícia do nosso país, fazendo com que a apropriação caminhe até certo ponto apenas. Não há escolas de magia, professores, ou aquela logística que se espera pelo já conhecido. Nossos bruxos recebem os ensinamentos da família, que se desdobra pra trabalhar com seu dom sem se mostrar para o mundo real.

“O pior cenário de uma paranoia é quando ela tem um fundo de verdade.”

E Vlaxio brinca com os clichês. Se parece que a história está indo para um caminho ou usando artifícios comuns, porque não expor aos personagens e ao leitor como um fato e aproveitar a onda que isso causa? O efeito é instantâneo. Eu estava lendo e pensava: “hum, é claro que isso ia acontecer”, ai um personagem vira pro outro e diz: “viu como nossa história está se tornando um clichê enorme? precisamos mudar isso”. E ai, o que poderia ser algo ruim, vira um divertimento na trama, a espera pelo ar descontraído que vira toda vez que um artifício assim for utilizado.

Por trabalhar os personagens centrais em um relacionamento homossexual, é claro que me veio à memória Carry On da Rainbow Rowell, que apresenta essa temática em uma “releitura” a lá fan fiction de Harry Potter. Porém lá os elementos centrais eram mantidos, como a escola de bruxos, por exemplo, e os personagens aqui também soam mais adultos e com um ar mais divertido, sem ser escrachado ou fugir de suas responsabilidades.

“A essência mágica de um bruxo é como um músculo. Portanto, quanto mais você exercitá-lo, maior e mais forte ele ficará.”

O livro basicamente se divide em três atos. No primeiro temos um foco maior na relação que se estabelece entre Edgar e Klaus, e a logística da família Valburgo, além de conhecermos algumas regras sobre esse mundo. No segundo ato um problema que ultrapassa essa situação é apresentado, cartas são expostas à mesa e o relacionamento dos personagens deixa de ser foco central pra trabalhar a real problemática do livro. Já na parte final, é hora do confronto. Batalha, feitiços, estratégias e inteligência. É o momento de conhecermos o verdadeiro poder de cada bruxo e no que eles são bons. É aqui que entendemos também o papel de suas classes e entendemos nosso inimigo.

As duas primeiras partes foram mais fáceis pra mim, e essa terceira foi a mais difícil de me fixar. Eu não consegui visualizar muito bem certos pontos e isso acabou por prejudicar um pouco a experiência. Algumas coisas como um grupo parar para planejar um super ataque e conversar por minutos traçando estratégia enquanto parecia que tudo ao seu redor estava indo pros ares não me soou como algo que fizesse sentido no cenário. Porém isso foi apenas um detalhe que pode facilmente não se aplicar aos outros leitores. Quando o livro acaba, em seu “primeiro final” confesso que esperei por mais. Mas ai temos um epílogo que coloca tudo em movimento novamente e finaliza muito bem a história.

“No fim das contas, os heróis não nascem prontos; são criados em momentos que se deve decidir entre ceder ao inimigo ou seguir em frente.”

Acho isso super importante. Eu já li muitos nacionais que não trabalharam o cliff hanger no fim de seus primeiros livros e, mesmo que na hora sentisse a vontade de segui lendo, com o passar do tempo deixei de lado, porque o anseio de descobrir o que viria a seguir não vinha. Em um mercado onde é difícil de fixar, como o nosso, manter a chama acesa é algo muito relevante e que faz a diferença.

Edgar e Klaus são ótimos e é muito fácil se apaixonar pelos dois. As mulheres da família Valburgo também. Todas de personalidade forte e diferentes entre si. Aliás, a maioria dos personagens aqui é multifacetado, mantendo uma evolução ao longo da narrativa, apontando novos aspectos de sua personalidade, evoluindo. Além dos bruxos também conheceremos outras criaturas que co existem em nosso mundo, e por mais que sejam apenas pinceladas, fica a curiosidade de se veremos mais sobre elas em breve.

O livro é um lançamento pela plataforma digital da Amazon e está concorrendo ao Prêmio Kindle de Literatura 2017, onde o vencedor ganha um prêmio em dinheiro mais a publicação do livro em versão física. Eles está disponível à venda para kindle ou de graça pelo serviço de assinatura unlimited. Por aqui, eu fico na torcida.

Abrakadabra: A Fenix Azul é um livro jovem, divertido, que cria uma mitologia sua que se sustenta, trabalhando a pluralidade em aspectos que vão além da sexualidade. Digo a vocês que fiquei surpresa e aproveitei muito a leitura, que apesar de aparentar ter bastante páginas, passa rapidamente por ter uma fluidez constante na narrativa. Pra quem está atrás de um nacional que cumpra esse papel e que tenha uma história bacana, fica aqui a recomendação.

site: http://resenhandosonhos.com/abrakadabra-fenix-azul-f-b-vlaxio/
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Gio 22/10/2017

Fantasia Young Adult, Nacional e LGBT
Abrakadabra: A Fênix Azul - F. B. Vlaxio - Nota: 4/5.

Abrakadabra: A Fênix Azul conta a estória do Edgar, ele tem 17 anos, está no ensino médio, faz alguns furtos na madrugada pra poder ajudar a sustentar a família porque só o dinheiro das curas que ele e a mãe fazem acaba não dando, ele mora em uma casa com 8 mulheres, ele é um bruxo, e também é homossexual, mas isso ele guarda somente pra ele porque apesar dele falar que pode sim sair do armário e contar tudo pra família, mas ele simplesmente não quer passar por esse momento de se revelar pra família, ele pensa em coisas muito mais importantes agora e isso pode ficar pra depois, no primeiro dia de aula entra um aluno novo e ele é o Klaus, ele e o Edgar acabam se pegando logo no 1° dia de aula e eles se apaixonam a primeira vista, porém com a vida de bruxo do Edgar isso pode acabar se tornando um problema.

Edgar e sua família moram no Brasil em uma cidade fictícia, que é a Anévoa, estado da Capitália. E eles são uma das famílias de bruxos mais poderosas, que é a família Valburgo, nesse mundo de bruxos, existem cinco ordens a e elas são as dos: alquimistas, curandeiros, guerreiros, transmorfos e os sensórios, quando você ler vai entender o que cada um faz e qual são as regras desse mundo, eles e escondem no meio dos comunais (humanos), eles precisam proteger a cidade e não pode usar os poderes perto dos humanos, e muito menos na escola. Aqui os bruxos recebem os ensinamentos da família, tudo que o Edgar aprendeu foi a mãe, tias que passaram pra ele, o Edgar sabe muita coisa sim, porém não sabe tudo então ele sempre tem que treinar muito com essas mulheres, até porque ele quer ser um curandeiro assim como a mãe e isso precisa de uma responsabilidade enorme porque mora alguns seres diferentes na cidade e eles não podem ir ao hospital normal, talvez ele precise fazer uma cirurgia então ele tá ralando pra ser mais poderoso e estudando pra poder entrar na faculdade de medicina para que ele possa ajudar cada vez mais. E aqui é praticamente impossível um bruxo só dominar todas essas artes, tem aqui bruxos bem mais fortes e poderosos que outros. É aqui se você quer ser o melhor você precisa treinar, precisa correr atrás porque não vem nada de bandeja.

No começo do livro a gente vê outras pessoas narrando e já sente algo estranho ali, o livro começa e a primeira parte vai focando no encontro e começo do amor entre o Edgar e o Klaus, porém na segunda parte o relacionamento deles perde o foco e o amor deles vira somente um pano de fundo, essa história que aparentemente começa como se fosse pra ser uma de amor e logo mostra que não, e que ali tem muito mais para ser trabalhado. Na segunda parte a gente começa a ver uma tia deles que está desaparecida mais tentando se comunicar pra avisar algo, logo eles percebem que a sociedade bruxesca está sofrendo uma ameaça muito grande e todos aquele que Edgar ama pode estar correndo grande perigo, eu não quero falar muito do enredo porque acho que vai ser legal ver vocês desvendando o que tá acontecendo por ali.

Você vai descobrindo o quanto essa sociedade Bruxesca e cheia de camadas, que tem intrigas e várias tretas ali envolvendo a família Valburgo com outras pessoas/famílias poderosas. A gente vai conhecer essas 8 mulheres da vida do Edgar e ver pelos olhos dele o quanto elas são fortes e diferentes entre si, mas mesmo assim o amor, a união e principalmente o respeito prevalece por ali. O que você precisa saber e que não da pra confiar em nenhum personagem desse livro, várias pessoas acabam mostrando uma coisa que eles não pareciam ser. O autor faz uma coisa muito legal, ele coloca alguns elementos clichês ali mas ele brinca com isso, ele zoa do próprio clichê que ele colocou e isso acaba deixando o livro bem divertido.

O que eu adorei aqui foi o fato de ser um Young Adult, porém não é um livro "(bobinho)", bobinho não quer dizer ruim viu gente? Não me vai entender errado por favor. Enfim, aqui os nossos personagens são jovens, eles são apaixonados, agem como jovens e fazem algumas birras de adolescentes, porém eles também tem responsabilidades e precisam levar as coisas a sério, não são extremamente adultos fodões, porém não são adolescentes insuportáveis fazendo adolescências o tempo todo. Aqui eles falam alguns palavrões como qualquer pessoa a mãe do Edgar não gosta, porém ele acaba soltando um ou outro e você vê que ele é um adolescente normal e não perfeitinho, aqui o Edgar fala, pensa e faz sexo (não tem nada explicito), mas isso já faz parte da vida dele porque o Klaus não é o primeiro cara que ele se envolveu na vida, isso é uma coisa totalmente natural e eu adorei que o autor não teve medo de colocar isso.

A relação do Edgar e do Klaus é o que eu chamo de relação equilibrada, separei eles na categoria: Razão x Emoção. O Edgar é muito mais na dele, quieto e bastante racional as vezes, já o Klaus é o mais despojado, ninguém sabe que o Klaus é gay também, porém ele é muito tranquilo com isso e ao se envolver com o Edgar ele sente vontade de falar e passa a querer que as outras pessoas saibam sobre eles. Eu gostei muito disso aqui por mais que as vezes as pessoas pensem que o Edgar está sendo duro demais, até pode parecer "mal" da parte dele as vezes ele só está sendo mais racional, já o Klaus é muito romântico as vezes ele pensa em fazer algumas coisas meio loucas por amor, ai entra o Edgar que faz ele acordar pra vida e fala que as coisas não são bem assim, que não da pra você sair fazendo besteira simplesmente porque você ama demais, a gente lê vários livros que os personagens acabam tomando decisões impulsivas e até idiotas totalmente por amor e sempre da errado, aqui a gente tem a parte racional do relacionamento que não deixa a pessoa fazer isso por tão pouco. O Klaus é o lado leve desse relacionamento, ele é muito romântico, divertido, emocional, eles acabam sendo aquele casal que se completam quando estão juntos. Você acaba se apaixonando pelos dois um pouquinho também, eles são meninos maravilhosos.


Pra mim o defeito desse livro entra na terceira parte, que é a parte da batalha, tinha coisas ali que não faziam sentindo, um exemplo e do mundo estar desabando praticamente e eles arrumavam tempo para conversar e elaborar alguns planos, acabei não conseguindo sentir e nem visualizar o que estava acontecendo ali, talvez para você seja diferente, de qualquer forma é um livro muito leve, rápido de ler, os capítulos são curtos, os personagens são cativantes e interessantes, o foco não é o romance, porém o amor deles parece muito palpável, você entende as atitudes deles e as prioridades também. O livro tem dois finais e deixa uma ponte para várias coisas que pode vir a acontecer. O triste é que o livro por enquanto só está disponível na amazon, ele está concorrendo ao prêmio Kindle de literatura 2017, e tá de graça no Kindle Unlimited, espero que gostem.
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Alana N. 03/12/2018

“A consciência é um gatilho perigoso.”
“Abrakadabra: A fênix azul” foi bacana, mas as últimas cinquenta páginas quase estragaram minha experiencia de leitura.
Aqui nós acompanhamos a trajetória de Edgar, um jovem de família bruxa tradicional e renomada, que se vê apaixonado pelo primogênito da família rival e tudo isso tendo como plano de fundo uma iminente guerra entra a sociedade bruxesca e uma orla demoníaca.
É um pouco complicado falar sobre esse livro porque boa parte da leitura foi muito agradável, mas quando começaram as verdadeiras problemáticas pareceu que o autor queria passar muita coisa, mas acabou se perdendo dentro da quantidade de informações que ele queria dar.
Vamos por partes: O começo e a apresentação de personagens/cenários foi muito bem executado. Mesmo que o sistema de magia aqui apresentado tenha suas falhas, dentro do livro até que foi bem funcional (Babys, se a Rowling falhou no sistema de magia dela, não vou exigir perfeição de ninguém. Ponto.).
Inclusive o começo do romance entre Edgar e Klaus se mostrou uma narrativa muito interessante, porque toda a vez que algo clichê acontecia, nosso narrador-personagem falava explicitamente sobre isso, o que aliviava o fato de ser uma coisa que vemos em demasia por ai, fazendo com que você ignore isso e só aproveite as cenas dos dois.
Mas, como disse no começo, quando as problemáticas “importantes” da trama começaram a acontecer, o autor despejou um monte de coisas, meio desordenadamente, e isso acabou prejudicando meu aproveitamento. (Inclusive a vontade de pular essa parte foi muito grande, mas como era o final e era tecnicamente importante, acabei me arrastando rumo a conclusão.)
Minha visão geral é que: É bacana. Foi muito bom colocar personagens representativos dentro do gênero de fantasia. Ter personagens femininos fortes fez toda a diferença. Mas quando o caldo esquentou perdeu um pouco o gosto.
Indico? Indico, mas se prepare para a quebra de ritmo que, para mim, foi inevitável.


site: https://umapalavraenadamais.blogspot.com/
Hebert Braz 03/12/2018minha estante
Olha, eu ia fazer essa exata comparação entre o sistema de magia desse livro com o de Harry Potter. Mas de uma forma diferente, porque apesar do sistema de Harry Potter ser falho, ele é suficiente pra trama e meio que possui suas convenções. Já esse aí é totalmente aleatório e não é explicado em momento algum, aí na parte 4 fica um negócio do tipo: "fulano tacou uma bola de fogo", "ciclano defendeu e usou um raio laser Jedi que devastou tudo", "beltrano, que tava esgotado, dominou a porta toda do nada".


Alana N. 04/12/2018minha estante
Meu, até tem uma explicação ali no meio BEM discreta. Que é aquela que os feitiços são ensinados dentro da própria família e que existem livros que os bruxos podem consultar. Então meio que isso deixou claro que alguns bruxos, quando mais esforçados, vão acabar dominando uma quantidade maior de feitiços.




Rafø 13/02/2023

Uma fantasia gostosa de ler
Finalmente um livro de baixa fantasia com o protagonismo de romance gay! Isso por si só é admirável.

O início e meio do livro são uma delícia de ler! O desenvolvimento do Edgar e Klaus, os dramas da adolescência, as aulas de feitiçaria e magia? tudo isso foi um deleite. O ritmo do romance se difere muito do que estamos acostumados a ver, (um breve e leve SPOILER aqui) nada de um slow burn em que o protagonista fica capítulos tentando descobrir se o par romântico gosta dele, eles foram direto ao ponto(fim do breve spoiler).

A apresentação da familia dele também é maravilhosa, eu amei as gêmeas, amei a tia Olivia e a tia Lena? admito que não amei tanto Ágata, mas mais por ser o arquétipo do personagem lawful good que não me encanta tanto!

A ordem que ele separou o mundo bruxo é muito interessante, gosto quando livros dão essa separação e acho que até deixam a gente um pouco mais imerso, com aquele gostinho de ?qual será que seria a minha? De qual eu faria parte??

Os clichês do livro são um ponto que m pegaram tanto positiva, quanto negativamente.
A parte positiva deles se deu na primeira parte do livro: que DELÍCIA ler uma baixa fantasia gay cheia de clichês! É o tipo de leitura que não estamos acostumados a encontrar com frequência.
A parte negativa dos clichês começou a pesar na segunda parte pro final (a parte da batalha). Haviam discursos motivacionais e cenas que não me pegavam de jeito algum? e acho que o fato do narrador dizer que aquilo estava sendo clichê só piorava a situação, tornava a leitura cansativa e repetitiva (acredite, o Edgar reconhece e narra todas as vezes que vivencia um momento clichê e pro final do livro isso já se repetiu de forma que não dá mais aquele quentinho por estar acontecendo num romance gay, mas dá uma entediada por ser no meio da batalha).

E vamos ao ponto negativo do livro: a batalha é difícil de ler? quando ela se iniciou minha leitura começou a demorar mais, porque me desprendi do livro. Não conseguia realmente ver o que acontecia, sentia o calor e a emoção daquilo.

Outro fato que me incomodou era os personagens várias vezes pararem para admirar as habilidades mágicas de um de seus aliados, coisa que dificilmente aconteceria tantas vezes no calor de uma batalha.

O final, por fim, deixa um gancho muito interessante e intrigante para o próximo livro. Admito que não esperava duas reviravoltas que tivemos e estou curioso pela continuação. Acredito muito no potencial desse autor, creio que se ele focar em desenvolver a narrativa de batalhas e guerras sua escrita vai ficar fenomenal (e torço por isso! Pois esse universo me encantou). Aguardo pelo próximo livro com muita expectativa.
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