mbarcelos2 22/04/2022"...Pessoas comentem erros. Fantasias, não"Esse livro foi o mais tradicional e coerente da trilogia, considerando que é um romance de época. Nessa historia, a mocinha não faz sexo antes do casamento, Lucy é uma dama do interior, sem posses ou título mas também não passava necessidade, estava sendo cortejada a uns 3 anos já pelo melhor partido de sua cidade e tudo em sua vida parecia bem encaminhado e tranquilo até que um dia ela encontra o cadaver de um homem nú quando voltava para casa, só que ao observar melhor ela repara que ele não está realmente morto, ainda não, e como a boa cristã que é, o leva pra casa e o trata até que ele melhore.
O quase cadaver em questão é o Visconde Simon, charmoso, engraçadinho, rico e traumatizado, não foi dificil pra ele encantar a doce e religiosa Lucy no tempo em que passaram juntos e ela também o encanta, mas ele é um homem com uma missão sombria na vida, vingar a morte do irmão, e não está disposto a se envolver seriamente com mulher alguma pois não se acha merecedor de nada de bom a esta altura do campeonato.
Ao contrário do que quantidade de estrelas de cada livro dessa trilogia sugere, eu não achei que esse foi o pior da série. Nem de longe, o primeiro foi mais levezinho mas a história aqui foi bem mais coerente e o segundo é definitivamente o pior na minha concepção.
Eu achei a personagem da Lucy bem insossa, mas gostei muito da maturidade com que ela agiu em muitos momentos, principalmente quando ela o seguiu até o duelo e teve o bom senso de não interromper de nenhuma maneira para não distraí-lo, e depois do mesmo que ela ainda tava chateada com ele mas lidou com a situação com calma, docura, o ouviu e o acolheu no momento em que ele se mostrou mais frágil. Mas a questão maior dela se opor aos duelos ser a religião me incomodou, se fosse simplesmente pelo risco a vida dele eu entenderia melhor mas ela ficar batendo constantemente na tecla de que assassinato é pecado foi bem chato, mas entendo que isso faz parte da construção da personagem dela mesmo, por isso não gosto muito dela.
Gostei muito que nesse livro, finalmente, teve uma protagonista de 1700 com mentalidade de mulher de 1700, o sexo veio somente após o casamento e a descrição dos momentos em que ela perdeu a virgindade e o pós disso achei bem mais próximo a realidade do que essas personagens que na hora de perder a virgindade já são deusas do sexo e sentindo o maximo de prazer possível.
E como todos os outros livros dessa trilogia, foi um livro BOM mas nada excepcional, nenhum ápice emocional nem nada pra causar grande euforia ou ansiedade. Foi bem ameno do começo ao fim.
Acho que a autora pecou em não mostrar um pouco dos casais dos outros livros da trilogia aqui, daria um toque de fofura a mais pra história, senti falta disso.