Diego Lima 12/06/2022
Série: Resenhas atrasadas 1/3.
Bernard Cornwell tem uma particularidade de pegar fatos os quais realmente ocorreram em nosso mundo, e infiltrar um personagem fictício, para com isso, narrar aos olhos dessa persona suas histórias, as quais podem ter certas linhas temporais históricas modificadas para ser possível sua ficção. E em a lenda do rei Artur, o protagonista é Derfel, um ex escravo o qual aprendeu os ofícios de guerreiro e está em ascensão por triunfos em batalhas.
A história é basicamente de Derfel escrevendo o livro de sua juventude ao lado de Artur, onde ele narra os feitos dessa lenda para a atual rainha, a qual demonstra muita curiosidade sobre a veracidade das canções cantadas pelos bardos. Todavia, é grande seu desapontamento ao saber das divergências, mesmo assim busca conhecer mais sobre os detalhes. E para nós leitores também será um baque entre o que crescemos ouvindo e essa contada por Cornwell.
Derfel nesse segundo livro "O inimigo de Deus" já é como um braço direito de Artur, quiçá confidente e conselheiro particular. Após anos de batalhas sem resultados expressivos da união da Inglaterra, já temos um Artur cansado e querendo passar sua missão para outro, e com isso buscar a tranquilidade dos campos. Porém, não é sempre que vamos conseguir sair facilmente de um ofício e ir para uma zona de conforto - não seria diferente com o herói das canções.
Mais um livro excelente de Bernard Cornwell, com reviravoltas de fazer o leitor ficar preso. Sem falar na maestria inigualável na descrição das cenas de batalha. Espero logo mais encerrar essa trilogia do Rei Artur. Uma obra obrigatória para quem curte romances medievais.