Entre Irmãs

Entre Irmãs Frances de Pontes Peebles




Resenhas - Entre Irmãs


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Beatriz 10/01/2024

Esse foi o maior livro que eu já li
Comecei a ler esse livro, acho que em 2022, mas só terminei em dezembro de 2023, além de ser porque ele é muito longo, foi também por eu não ter focado tanto nele. O livro é bem escrito e interessante, mas não tem nada de fantasioso e a história realmente poderia ter acontecido. Além de bem escrito, o livro nos mostra como era o Brasil na época dos cangaceiros e coronéis, para mim foi ótimo ter levado esse tempo para ler o livro porque eu pude ver se tornando real uma frase que eu sempre ouvi dos meus professores de história: “quem não conhece o passado está fadado a repeti-lo”.
Entre outros momentos da história brasileira nesse livro, temos a tomada de poder por Getúlio Vargas, com os homens a favor dele indo às ruas para lutar contra o partido dos coronéis e tomar o poder das câmaras. Esse acontecimento e todos os rumores que o precederam e garantiram que ele acontecesse me lembrou muito o dia 8 de Janeiro de 2023, em que centenas de pessoas foram incentivadas a participar de uma manifestação que acabou com invasão, destruição de patrimônio público e prisões.
Enquanto eu lia essa parte do livro e lembrava como foi o processo para o 8 de Janeiro, encontrei muitas correlações e o livro foi escrito em 2008. Enfim esse livro prova não que quem não conhece a história está fadado a repeti-la, mas mesmo quem conhece e não aprende com ela está destinado a revivê-la.
O que mais gostei do livro foi essa parte histórica, o mostrar como era na prática a vida das pessoas na época, sem romanização, mas a história principal também foi muito boa. A história das duas irmãs e como elas reagiram às tragédias e as oportunidades que tiveram nas suas vidas realmente cativa o leitor, mesmo sendo uma história simples. A autora mergulha nas razões e anseios de cada uma delas com maestria e sensibilidade. O final é feliz, não tipo Disney, mas bem feito e satisfatório.
Enfim sem spoilers dessa vez, eu recomendo esse livro para pessoas que, como eu, gostam de ver o mundo e a história por trás se desenvolver e se entrelaçar com a vida dos personagens e que gostam de histórias simples, reais e bem contadas. Aviso: se você se incomoda com palavrões nos livros, esse aqui tem vários.

Parte favorita: “Por trás de todos aqueles rótulos estranhos – Vitrola, a Costureira, a criminosa, o espécime – sempre haveria um nome bem familiar: Luzia. Emília bateu novamente na caixa de madeira, desta vez com mais força ainda. A agulha caiu. O aparelho começou a tocar o disco na base giratória.
‘How are you?’, disse uma voz feminina. Emília tomou um susto.
‘I am fine’, respondeu outra mulher, e então, veio o comando em português: ‘Repita!’
Diante do silêncio, a voz insistiu: ‘Repita!’
- I am fine – disse Emília.
‘Repita!’
- I am fine – obedeceu ela. – I am fine.”
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Nathaly123 04/01/2024

Começo a lagrimejar só de lembrar desse livro
Esse livro para mim foi/ é muito especial para mim.
Desde a primeira página eu fiquei intrigada com toda a história. Até o final eu fiquei sendo arrastada por cada palavra. Esse livro foi meu vício, me fez me sentir preenchida enquanto estava o lendo e quando eu o terminei eu senti o luto.

Eu me senti como Luzia, eu a compreendi e me vi nela. As suas decisões foram tomadas como forma de sobrevivência. Ela não enxergava um futuro melhor, ela não via outra forma de viver minimamente bem sem tomar a decisão que ela “tomou”.

O amor dessas irmãs é surreal. O amor que perdurou ao longo dos anos e digo que foi esse amor que as manteve viva. Por esse amor que elas lutaram para se manterem.

Livro belíssimo. História (cultural, histórico e enredo) extraordinário. Um dos melhores livros que eu já li em toda a minha vida.
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thvsour 20/12/2023

"fazei com que essas duas entendam que são a mesma carne e o mesmo sangue. que tudo o que uma tem no mundo é a outra!"

meus amigos que livro lindo e rico de detalhes. eu simplesmente nem tenho palavras de tão perfeito que esse livro é.
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Flavia.Quintaneira 20/10/2023

O livro mais lindo
Eu sou apaixonada por esse livro, tanto a escrita perfeita, quanto os personagens bem construídos. Comecei a ler sem muitas expectativas e tento eu completamente entregue.
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Janaina 09/07/2023

Muito melhor que o filme
Dificilmente vou conseguir traduzir em palavras a riqueza deste calhamaço, que traz um romance histórico situado no sertão pernambucano da década de 30.

Duas irmãs órfãs, criadas pela tia Sofia em Taquaritinga do Norte, mesmo compartilhando o sangue, o quarto e o ofício de costureira, alimentam sonhos e planos bem diferentes para o futuro.

Emília quer abandonar a caatinga, viver um grande amor, conhecer a capital, andar na moda e virar uma dama. Luzia, que uma fatalidade da infância transformou em Vitrola graças a uma deficiência no braço, não consegue se ver num lugar diferente daquele em que está. Até ser convocada para integrar, como única mulher, o bando do temido cangaceiro Carcará, que se encontra de passagem pela região. A convocação muda completamente não só sua vida, como também a da tia e a da irmã.

O romance alterna capítulos relacionados a cada uma das irmãs e acompanha suas vidas ao longo de 7 anos, quando Luzia cresce dentro do Bando, Emília chega à capital e descobre que precisará ressignificar seu romantismo e o Brasil atravessa um período de efervescência política decorrente da atribulada Era Vargas e da crise americana de 1929.

Aprender mais sobre o período histórico, retornar à repugnante frenologia de Lombroso, poder sentir a crueza da vida e da seca no sertão nordestino e perceber riqueza embutida em cada uma das personagens foram apenas alguns dos motivos que me levaram a colocara obra entre as favoritas do ano.

Mesmo sendo um livro enorme, a leitura é tão fluida, rica e gostosa, que deixa um gostinho de quero mais.

A obra foi adaptada para o cinema, o filme é muito bom mas o livro é IMENSAMENTE melhor.

Recomendo demais!
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Sandra 02/06/2023

A história do cangaço
O livro fala sobre temas como a seca do nordeste, os cangaceiros, a vida dos retirantes e as dificuldades enfrentadas pelas mulheres mesmo em lugares totalmente opostos. O que mais me chamou a atenção foi a riqueza de detalhes sobre a vida no cangaço. Para alguns, eles eram considerados heróis, para outros, assassinos sanguinários. Valeu a leitura!
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Keila.Alves 03/05/2023

Uma leitura impactante, os personagens e sua estórias são maravilhosas, aquela trama que você fica refletindo quem são os vilões.
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Leticia.sc 01/04/2023

Rico em detalhes e emoções
O livro aborda a relação entre Emília e Luzia, que se separaram ainda jovens depois que luzia é levada pelo cangaceiro carcará. A história das duas que se desenvolve a partir de ponto é permeada por descobertas, paixões e arrependimentos que se entrelaçam com os acontecimentos históricos de sua época.
Apesar do tamanho, o livro não cansa e a leitura é muito fluida. A riqueza de detalhes históricos e sabedoria popular me inspira a aprofundar a leitura sobre a década de 1930 e a história dos cangaceiros.
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Annyele3 31/01/2023

PERFEITOO,merecia mais reconhecimento
Livro simplesmente maravilhoso, INCRÍVEL, INCRÍVEL,a história é muito interessante e consegue prender a sua atenção,te deixa cada vez mais curioso pra saber oq vai acontecer.

Os drama dos personagens vão ficando cada vez melhores, você se sente apegada a eles.

Muito bom pra quem quer começar a ler livros nacionais.

Recomendo, principalmente pra quem gosta de estudar história,se passa durante a Era Vargas e trás acontecimentos históricos muito interessantes.

Tudo no livro é bom,ele causa emoção e paixão,sabe aquele livro que te faz esquecer da realidade e tudo que importa é saber o que vai acontecer com os personagens??? Entre Irmãs é esse tipo de livro, PERFEITO ??
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Yasmin 27/01/2023

Um livro maravilhoso, que regatara mais que um amor fraternal, mas também o amor de um povo pela sua terra, e as mais diferentes formas de cumplicidade.
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Emerson Gouveia 14/01/2023

Absurdamente perfeito
Entre irmãs pode parecer um livro grande no início, onde a história em si possa doar até um pouco clichê para alguns, mas a forma ímpar como a autora elucida cada página trás um tom único para o livro.
Emília e Luzia são um retrato de um povo que apesar de tudo sempre se sobressaiu, e que se orgulha de onde veio.
É incrível como alguns momentos foram remetendo ao que tenho ao meu redor, seja minha cidade natal que é falada por diversas vezes pelas ruas que são trazidas e já percorri, pelo linguajar ou até mesmo pelos costumes.
A forma da escrita que a Frances possui, aproxima o leitor por ser extremamente cativante.
Outros pontos louváveis em relação ao seu texto foi a inserção de fatos históricos misturados com ficção.
Vários personagens, como também histórias que fazem parte da narrativa de Pernambuco e do Brasil estão contadas de forma que pra quem não conhece possa encarar apenas como algo ficcional. Outro ponto também a ser discutido é a inserção de métodos científicos da época que procuravam explicar os modelos de vida. A frenologia é um exemplo de como o racismo, o capacitismo entre outras questões eram postos para justificar ideais absurdas.
Também é louvável a inclusão de personagens LGBTQIAP+, não só nesse livro como no meu favorito da autora " Tempo de Graça, Tempo de Dor". A presença desses personagens são necessárias em diversos sentidos e não são apenas meras peças inclusivas.
Queria ressaltar que antes de ter lido o livro, havia visto o filme, e me surpreendeu como as obras em determinados pontos são iguais e em outros distintos, principalmente quando vai chegando no final, e o desenrolar de alguns personagens.
No mais, os dois são ótimos e se complementam.
Começar o ano com essa leitura foi gratificante demais.
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Denise Ximenes 02/01/2023

Guardem este nome: Frances de Pontes Peebles!
Uma literatura de altíssima qualidade e uma autora não reconhecida.

Misto delicioso daquela universalização do sertanejo de Guimarães Rosa com a leveza narrativa de Jorge Amado, junto com o feminismo despretensioso de Rachel de Queiroz e a denúncia da desigualdade social de Graciliano Ramos, Entre Irmãs fala do Cangaço e das conquistas femininas de forma leve e contundente ao mesmo tempo.

É bom demais participar de uma narrativa que humaniza cangaceiros ao mesmo tempo em que aponta a chatice da vida convencional daquelas mulheres que pertencem à sociedade do início do século XX. O pano de fundo fica por conta da época de Getúlio Vargas...

Gostei de tudo. Pra mim, essa autora pertence ao grupo dos melhores da nossa literatura. Só lhe falta uma coisa: reconhecimento.

Amei amei amei.
Joao 02/01/2023minha estante
Nossa!!! O seu segundo parágrafo já me deixou morrendo de vontade de ler esse livro heheh


Denise Ximenes 03/01/2023minha estante
Sem exagero, João! Sou professora de Linguagens e me pergunto por que essa autora não está na turma, por exemplo de Itamar Vieira Jr...


Joao 03/01/2023minha estante
Denise, que maravilha. Realmente, eu nunca tinha ouvido falar nela até ver algumas pessoas lendo aqui no skoob.
Infelizmente há muitos autores que beiram a genialidade e nós nunca conhecemos :/


Maria Claudia 15/01/2023minha estante
Maravilha!




Paula1735 22/12/2022

A história de duas irmãs: Emília e Luzia, órfãs. Na qual cada uma das irmãs tem desejos diferentes para quando se tornarem adultas. Emília sonha em se casar na igreja com um vestido branco. E respectivamente querendo sair dessa vida de interior. Sonho totalmente distinto de sua irmã mais velha Luzia , que por causa de sua deficiência física ,onde sofreu um acidente na infância e deixando uma deficiência no braço e sendo tratada pelos vizinhos como uma inútil, por ñ servir para casar. E depois com chegada dos cangaceiros a cidade e o bando decide levar Luzia com eles. Depois disso sem saber se a irmã está viva Emília se casa e vai morar no Recife. Qual será o futuro dessas irmãs agora estando uma distante da outra. Se que um vão se reencontrar.
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@menos.uma.pagina 24/11/2022

Um Romance de Época Nacional e Nordestino!
? Início do século XX, na pequena cidade de Taquaritinga do Norte, no agreste pernambucano, duas irmãs órfãs crescem criadas pela amada tia Sofia. Desde cedo foram ensinadas pela tia a costurar, foi cedo também que Luzia quebrou o braço caindo de uma mangueira, ficando com ele torto, o que lhe rendeu o odioso apelido de vitrola. Luzia cresceu arredia, calada, não queria ir embora da cidade, o oposto completo de Emilia, sua irmã que sonhava em morar na capital.
Anos se passaram e Luzia foi cruelmente levada por um cangaceiro que assolava a região, o Carcará. Sem a irmã, Emilia se casou, foi para o Recife e lá, sem saber se a irmã estava morta ou viva, conheceu a verdadeira face da alta sociedade recifense da época.
-
? O plano de fundo desse romance histórico é, além do Estado de Pernambuco, a década de 30 e toda a situação política do período: a Era Vargas, a caça aos cangaceiros, os movimentos feministas, a Segunda Guerra Mundial no Brasil. A história é narrada do ponto de vista de Luzia e Emília. A primeira na caatinga, tomando-se cangaceira; a segunda no litoral, tornando-se uma renomada estilista. A trama vai ficando mais densa com o passar dos capítulos.
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? Sem a menor sombra de dúvidas uma das histórias mais lindas e ricas que eu já li, a narrativa atrelada a eventos e personagens reais, personagens bem estruturados, cenários imersivos, tudo, absolutamente tudo, pra mim, é perfeito. Nós vamos acompanhando o desenvolvimento de várias camadas que levam as protagonistas a caminhos totalmente diferentes daqueles que elas idealizavam enquanto moravam em Taquaritinga, cidade que, inclusive, tive o prazer de visitar durante esta leitura.
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? É um daqueles livros que você simplesmente não encontra palavras para descrever! E tudo isso se deve a pesquisa que a autora fez para desenvolver toda esta história. Leiam, este eu recomendo demais!!
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Renata 06/05/2022

ENTRE IRMÃS
 
Originalmente publicado como A costureira e o cangaceiro, o romance foi cedido para produções de teledramaturgia, o que gerou, após o lançamento nas telas, a mudança do nome do livro.
 
A obra de Frances de Pontes Peebles tem uma escrita cativante e um enredo muito envolvente. Situada no Brasil dos anos 30 do século passado, em Pernambuco, relata a história de duas irmãs: Luzia e Emília. Órfãs, eram criadas pela tia, no interior pernambucano. Embora sem muitas perspectivas, tia Sofia tenta dar uma boa educação para as sobrinhas, que frequentaram escola, catequese e faziam curso de corte e costura. Mesmo com limitação, não passariam fome. Sabendo ler e escrever e tendo uma profissão, não estariam apenas à mercê da sorte.
 
As irmãs são muito unidas, embora tenham temperamentos completamente diferentes. Emília é sonhadora e romântica, dona de um bom gosto e senso de estética, faz planos para o futuro e tem o desejo de morar na capital. Luzia é reservada e calada, com um espírito prático, tem muita perspicácia. Ela sofrera um acidente quando criança, que a deixara com uma pequena limitação física e uma aparência em um dos membros que lhe originou um apelido, o qual ela detesta. Apesar de muito bonita, ela sabe que é rejeitada por essa deformação, o que não lhe traria oportunidades de casamento.
 
A cidade de Taquaritinga do Norte, no sertão, sofria com a seca e a falta de oportunidades, o que era muito comum em todo o nordeste brasileiro. Apenas as capitais apontavam possibilidades, o que gerava nas pessoas jovens vontade de se aventurarem longe de casa.
 
Taquaritinga é visitada por um grupo de cangaceiros da região e Luzia acaba integrando o bando chefiado por Antônio, vulgo Carcará. A costureira junta-se a eles sem expectativa nenhuma, fugindo da rejeição e do preconceito, sem saber o que lhe reservaria aquela escolha. Logo após a morte da tia e sem notícias da irmã, Emília também sai da cidade e vai morar em Recife, casada com um rapaz rico que aparecera em visita a um amigo.
 
Os destinos das irmãs não se cruzam mais, como linhas costuradas paralelamente que jamais se tocarão. No entanto, elas acompanham suas trajetórias por meio dos jornais recifenses. Uma encantada com a nova vida, tem um casamento de aparências e, apesar de todo conforto e requinte, não é feliz. A outra é visitada pelo amor, que a surpreende de uma forma nunca imaginada, mas vive sem conseguir fazer planos, sobrevivendo à caatinga um dia de cada vez.
 
Percebe-se que a autora fez um belo trabalho de pesquisa, pois retrata com talento o cangaço nordestino. Aborda a luta dos cangaceiros em oposição ao governo, seus hábitos na caatinga, sua rotina, a violência e os valores pelos quais lutavam, além disso, faz um panorama do momento político do Brasil: a época de Vargas, o voto feminino, a transformação social e a modernização de Recife e de outras capitais brasileiras, a construção da Transnordestina, a seca intensa da década de 30 que causou o êxodo dos retirantes para a cidade.
 
Como uma costura, essa trama é traçada com alinhavos e fios costurados, em zigue-zague e linhas retas, bordados e remendos. Uma obra que fica em nosso pensamento mesmo depois de finalizada a leitura.
Pensem num livro fascinante!!! Por ora, é para mim um dos melhores lidos em 2022!
É imperdível!
 
Recomendo demais!
 
Renata Saraiva @falo.leio.escrevo
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