Excalïbur

Excalïbur Bernard Cornwell...




Resenhas - Excalibur


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Gabi Moraes 16/10/2009

Confissão
Bom, vou confessar que comecei a ler a série com os dois pés bem lá atrás, por ser uma eterna apaixonada pelas Brumas de Avalon, e estranhar um pouco outras narrativas a respeito da lenda Arturiana. Olha, o que eu sentia pelo Arthur das Brumas não era nada perto de como eu me envolvi com essa história... É uma narrativa incrível, bem mais verossímel, e muito mais apaixonante! Além do Artur, por quem sempre fui apaixonada, ainda ganhei o Derfel de presente! Recomendo mesmo esse livro (esse não, a série) para quem não leu, maravilhoso!
Cláudia 13/12/2009minha estante
Em As Brumas de Avalon, nós torcemos por Morgana.

Nas Crônicas de Artur, Derfel ganha ganha nosso carinho!


Eldes 27/08/2015minha estante
Gabi, eu também li e gosto muito do Brumas de Avalon, e quando comecei as Crônicas de Arthur confesso que lia com certa antipatia, por causa da diferença entre a personagem Morgana desse comparada com daquele - da qual a Morgana é sensacional.

Mas no final, como bem disse Croda, Derfel nos conquista.




Zé Silveira 05/03/2022

Enfim cheguei ao fim dessa saga magnífica que Bernard Cornwell nos entrega uma narrativa de um dos heróis mais clássicos e reconhecidos de todos os tempos, o grande Artur. Demonstrando épicos confrontos, mas principalmente permeando sua história com valores riquíssimos como: coragem, honra, lealdade e amizade. Já sinto uma sensação nostálgica por terminar a saga, mas me conforta saber que sempre poderei revisitar essa obra e encontrar um pequeno espaço na parede de escudos de Arthur e Derfel para reviver suas aventuras.
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bmt 14/01/2021

Uma grande jornada
Ler esse livro, assim como seus dois predecessores, foi uma como trilhar o caminho prazeroso e pesaroso de seu narrador. A história contata me incitou a aproveitar a jornada.

Não posso dizer que fui surpreendido muitas vezes durante as páginas, mas essa é a natureza de sua narrativa ao meu ver. Entretanto, ainda é uma obra memorável - aqui englobando a trilogia completa - e que vale a pena ser lida.
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Matheux 29/10/2020

Batalhas incessantes
Se na resenha do 2° livro da trilogia, eu reclamei da falta de batalhas épicas, aqui esse componente é desenvolvido de forma magistral.
O desfecho do enredo me agradou em todas as vertentes possíveis. Seja no desenvolvimento e conclusão da história dos personagens, ou nas épicas lutas que ocorrem por todo o livro e são narradas de um modo que só o Cornwell consegue fazer.
Novamente ele me fez emergir nesse universo, sentindo todas as transformações que ocorriam na Inglaterra e me colocando no meio de uma parede de escudos, observando cada ação que ocorre naquele caos.
Essa provavelmente foi a melhor trilogia de livros que eu já li na vida, e não consigo esperar pra ler mais obras desse autor incrível.
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Paula1735 08/07/2021

Final digno e épico!!! Se não leu, leia.
Sim Bernard Cornwell não deixou a qualidade cair e encerra a trilogia em alto nível, chega a ser uma tarefa muito difícil dizer qual dos três livros é o melhor, sendo que cada um é extramamente importante, significativo e excelente. É impressionante como esse autor escreve de forma a nos envolver e de forma que cada trecho será importante no final.

Não quero correr o risco de spoilar nada, então vou tentar resumir a obra...

Em "excalibur" temos os desfechos de assuntos em aberto dos livros anteriores, mais reviravoltas e EXCELENTES batalhas. Nesse terceiro livro, ainda temos personagens importantes sendo mais trabalhados e tendo um pouco mais de destaque, inclusive até nosso narrador, Derfel, aos meus olhos cresce muito, se tornou o melhor narrador que já vi, sério, como o Derfel é encantador, como ele é envolvente e como facilmente eu já estava conectada a sua narrativa e louca para saber o que aconteceria em sua vida desde o primeiro livro (fiquei muito mais interresada na vida do Derfel, no que na de Artur para falar a verdade).
Nesse livro descobrimos o que levou o Derfel a virar Cristão e perder uma das mãos e o motivo para isso, que é uma das reviravoltas que eu jamais imaginava o motivo e/ou quem estava envolvido... Temos também o crescimento GIGANTESCO da Guinevere, que no vol.2 terminou tão odiada por mim e nesse volume se tornou amada e indispensável para todos. Trabalhar mais essa personagem foi um grande acerto do Cornwell, a medida que o Derfel se aproximava da Guinevere e a conhecia mais, não só ele se encantava com sua força e personalidade, mas eu e todos os seus guerreiros também kkkk.
Outro ponto que continuou sendo bem trabalhado e lindamente trabalhado na verdade, é o âmbito familiar do Derfel, ou seja, seu relacionamento incrível com a Ceinwyn e suas filhas, esse núcleo me gerou muitas emoções e aflições, assim como o Derfel, eu sentia sede de vingança para punir quem fez mal a sua filha, fiquei preocupada e aflita com a possibilidade de "perder" a Ceinwyn, fiquei extramamente feliz com os netinhos nascendo e achei lindo o final dos dois, sério Derfel e Ceinwyn é aquela meta de relacionamento, é lindo ver o Derfel no tempo presente da narrativa, ainda falar da Ceinwyn com palavras tão amorosas e respeitosas. Foi lindo ver como a Ceinwyn foi corajosa e ponta firme sempre ao lado dele. Sério, melhor casal que já vi ser trabalhado, principalmente pelo fato da narrativa ser feita pelo Derfel e ele mostrar que faz qualquer coisa para manter esse relacionamento vivo e saudável.

Tramas políticas, discussão pelo reino?! É claro que temos também, claro que Artur jamais teria uma paz absoluta, coitado era um guerreiro mesmo, viveu para lutar, nada de um vida tranquila com sua mulher e os netinhos (Não quero soltar spoiler da trama, então vou encerrar aqui sobre esse tópico).

E sobre as batalhas. As incríveis e maravilhosas batalhas... Realmente Bernard Cornwell é tudo que dizem nesse sentido e mais um pouco, o cara é um monstro para descrever uma batalha, é tudo tão brilhante, tão bem feito que eu lembro de todas vividamente em minha mente como se eu tivesse assistido na tv e não como seu eu tivesse lido, pois eu conseguia automaticamente criar a cena na cabeça e reproduzi-la, devido aos ricos detalhes que ele nos passa. Desde o início do livro já temos uma cena de um duelo do Derfel contra um guerreiro saxão, que foi fantástico, daí ja sentimos o gostinho do nível das batalhas que o livro teria, cheguei a me arrepiar e comemorar em muitos trechos que a derrota parecia certa...

Outro final para mim inesperado foi o de Merlin, jamais imaginaria que seria aquele. Já o de Nimue (agora revelada como Vivian, nome mais conhecido para quem sabe algo das lendas arturianas) ficou em aberto, não consegui interpretar o que ela fez no final... Ela tem papel importante nesse livro, pois em alguns acontecimentos importantes da trama ela marcou presença.

E sobre o final de Artur é claro que também não irei dizer, mas confesso que chorei com aquele final, com as palavras ditas por Derfel ao filho de Artur, com a Ceinwyn pulando do barco para ficar com Derfel e juntos eles observarem o final desse grande guerreiro, não tive como não me emocionar e confesso que já estou com saudades desses personagens maravilhosos.

Por fim, só posso dizer que o autor mediante pequenos detalhes históricos, criou uma trama muito crível, ao que vc realmente acredita que pode ter acontecido e creio que foi esse realismo que o Cornwell deu as crônicas de Artur que a tornou tão gostosa e envolvente de ser lida, melhor trilogia que já li na vida e anseio por encontrar algo que seja tão bom quanto.
Will 15/07/2021minha estante
Uau ! Isso que eu chamo de resenha , parabéns.
Uma pergunta como é tratada a magia na série ? É tipo o senhor dos anéis ? Que magia aparece pouco de forma sítio ou como o Hobbit ? Isso me referindo aos filmes.


Paula1735 15/07/2021minha estante
A magia aqui é tratada da maneira mais realista possível, ou seja, tudo na base da superstição e truques.




Leonardo 16/07/2021

Em uma Britânia cercada pela escuridão. E apresenta os últimos esforços de Artur pra combater os saxões e triunfar sobre um casamento e sonhos desfeitos. O livro mostra, ainda, o desespero de Merlin, o maior de todos os druidas, ao perceber a deserção dos antigos deuses bretões. Sem seu poder, Merlin acha impossível combater os cristãos, mais perigosos para a velha ilha do que uma horda de famintos guerreiros saxões. O livro traz vívidas descrições de lutas de espada e estratégias de guerra, misturadas com descrições da vida comum naqueles dias.



Eu sinceramente não sei porque não dei 5 estrelas, o que essa trilogia me proporcionou não sei dizer. A maneira como Bernard Cornwell escreve é impressionante, recomendo pra todo mundo essa trilogia. Não consigo nem descrever o quão bom é esses livros.
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YisraelC 08/02/2021

O egoísmo de Artur
Finalmente a conclusão dessa trilogia, posso dizer brevemente que muita coisa poderia ter sido evitada se o Artur fosse menos egoísta.
Niájera 08/02/2021minha estante
Exatamente, mas é maravilhosa! Derfel é eterno!




Nat 14/04/2021

^^ Pilha de Leitura ^^
O título do livro já indica o que há de mais importante nesse livro: o destino da tão famosa espada sagrada. Além disso, a história agora narra a volta dos saxões. Artur tem muitos inimigos! O ápice de tudo é a batalha de Mynydd Baddon, entre poucos britânicos sobreviventes e muitos saxões. Também temos a loucura de Merlin e Minue, e o fim de Derfel. Não sei se é porque a história é contada sob o seu ponto de vista, mas o vejo como o grande guerreiro dessa saga. Livros muito bem escritos, seguindo a História real na medida do possível. Gostei de ter lido!

site: https://www.youtube.com/c/PilhadeLeituradaNat
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DRK 09/03/2022

A paixão é o melhor dos defeitos
?Irei contar a história de Artur, meu senhor, meu líder e meu maior e melhor amigo. Como sinto saudade de Artur!?

Essa trilogia foi algo bastante sui generis para mim, além de nunca ter lido um romance histórico, esse também foi meu primeiro contato com as lendas arturianas na literatura, e possivelmente o melhor contato possível que pude ter.

A história narrada por Derfel Cadarn é bastante linda, estamos vendo um senhor idoso, monge, que está escrevendo sobre a melhor época da sua vida, quando realizou seu sonho de ser um soldado, conheceu o amor de sua vida e mãe de seus filhos e também época que se uniu a Artur, o maior homem que já pisou na Britânia.

Já analisei separadamente aqui os dois livros anteriores, mas dentro de mim eu sinto que com esse terceiro eu devo analisar ele observando essa trilogia como um todo, como um grande livro de 1500 páginas, um épico de intrigas, traição, amor e esperança.

Acompanhamos a história de Derfel envelhecendo, desde o primeiro até o terceiro se passam 30 anos de sua juventude, ele cresce, se torna o Lord Derfel Cadarn e ao longo do tempo é testemunha das maiores batalhas que definiram a alta idade média britânica, época em que os Santos se criaram, os mitos se estabeleceram, as lutas contra os Saxãos apenas começaram e o cristianismo dominou o mundo.

A reinterpretação realista de Cornwell sobre o mito é bastante eficiente em nos colocar sobre a vida do século V, é absurdo o quanto esse autor entende sobre a cultura de diferentes épocas e de como as pessoas levam suas vidas, de detalhes desde como agiam com surpresas e como julgavam as ações dos deuses, que eram apenas ignorâncias racionalizadas; a densidade disso na trilogia é impressionante, é fácil imaginar aquele mundo pois dá pra sentir que o próprio autor ama o que está escrevendo, é isso só me conecta mais com os personagens dele.

Derfel é fiel e honrado, Merlin é obtuso e orgulhoso, Nimue é sonhadora e esforçada e Artur é? é o maior homem que possivelmente já pisou na Britânia.

Apesar de seu personagem honroso e sonhador, Cornwell não o romantiza como perfeito de retidão, Artur é bondoso sim mas é um idealista, ele prefere idealizar a humanidade e o amor do que os enxergar como de fato são: falhos.

A confiança por mais densa que se pode ter, é quebrável, o amor por mais puro que pode ser, é composto por pessoas falhas, e essa natureza tem seu valor.

Artur demorou pra aceitar a falta de virtude das pessoas, acreditava que poderia salvar a Britânia, criar um mundo gentil e pacífico, mas tudo o que conseguiu foi criar inimigos, Reis que invejavam seu carisma e poder, cristãos que odiavam sua bondade com os pagãos e visse versa; É interessante como esse livro tem correlações com o A Dança da Morte do King, onde mesmo após alguma situação terrível acontece, as pessoas continuam errando, elas querem ter algo a fazer, querem ter conflitos, querem ter intrigas, o tédio cria guerras e isso é inexorável.

O DESTINO É INEXORÁVEL!

Merlin sempre esteve certo deste o início, mesmo sendo um homem falho ele esteve sempre de acordo com suas falhas, pois como eu disse, essa é a natureza das pessoas e tem valor nisso.

Pra todo lado que olho essa história eu vejo um elemento: amor.

O amor pela perfeição foi a falha de Artur, o amor por seus filhos foi a falha de Merlin e o amor a situação confortável foi a falha de Derfel, o destino é inimigo do confortável, o destino é inimigo da idealização e todas as coisas precisam do caos pra prosseguir.

Os personagens dessa crônica me fascinam bastante, sempre que os imagino consigo ver com bastante clareza seus pensamentos, e todos esses pensamentos são repletos de idealizações, e ela também não é uma bela falha? Uma linda falha por sinal, idealizar é amar uma ideia, um pensamento, um objetivo traçado, os maiores heróis fazem isso, tanto da vida real como da ficção, e isso só torna eles mais reais, consigo ouvir Merlin gritando ?Absurdo, Derfel!?, consigo ver os olhares preocupados de Derfel e isso me encanta.

Nessas análises provavelmente eu venho sendo bastante obtuso em meus elogios, talvez não cite com frequência nenhuma os destinos injustos, os resultados vitoriosos frequentes e nem consigo enxergar os ritmos mais lentos tão relatados pelas pessoas, mas isso é apenas paixão; Apaixonado é como me sinto pelas Crônicas de Artur, reluto em observar seus poucos defeitos e vejo qualidade onde outros possam ver defeitos? e esse meu erro é bonito também, não?

Fico feliz de ter iniciado essa leitura, fico feliz de ter conhecido Cornwall e mais ainda, fico feliz em ter amado Derfel, meu guia, meu relento, meu querido amigo que nunca me conheceu mas vive idealizado em meus pensamentos.

Como sentirei saudades de Derfel!

10/10 para Excalibur.
11/10 para essa trilogia.
Lhia Payne 10/03/2022minha estante
Amigo, me mande o spoiler kkkkkkk. O final de Arthur é igual o mito? Onde ele morre em batalha?


DRK 10/03/2022minha estante
Vou te mandar no pv pra não comprometer hahaha




Anica 04/06/2010

Excalibur (Bernard Cornwell)
Finais de sagas são sempre tristes. Não importa se porque a conclusão por si só seja melancólica ou feliz, a verdade é que depois de ler vários livros acompanhando uma determinada personagem, você se apega e aí às vezes a “tristeza” do fim tem mais a ver com a despedida do que com o término da história. E não poderia deixar de ser assim com Excalibur, que completa a trilogia As Crônicas de Artur, de Bernard Cornwell.

Eu não vou dizer que me apeguei tanto assim à Derfel e cia. São apaixonantes (especialmente Artur, que na maioria das lendas é só um bundão enganado por todos e aqui é um líder cativante) e algumas delas odiosas (lembrando aqui de Lancelote, sempre um dos favoritos em histórias de Artur, e descrito por Cornwell como o mais asqueroso dos covardes). Mas talvez o fato de não ter lido um livro seguido do outro pode ter pesado um pouco na questão do “apego”.

De qualquer modo, Excalibur conclui muito bem a saga. E o título é perfeito, porque dos três eu achei que foi o que mais teve batalhas, mais sangue. Nesse desfecho Artur finalmente consegue se livrar dos saxões (embora todos soubessem que temporariamente) mas aí passa a ter que lidar com as disputas por poder dentro do próprio reino que jurou defender. E se você lembrar qual é a conclusão da lenda de Artur, e mesmo retomar a condição do narrador Derfel desde o primeiro livro (vivendo em um mosteiro, recebendo ordens de Samsum), já dá para imaginar que não é exatamente um “final feliz”.

O que mais gostei aqui é, mais uma vez, como Cornwell trabalhou com as personagens. Depois de dois livros eu achava que Guinevere era a vaca mais nojenta de qualquer história já escrita, e em Excalibur ela reaparece como uma personagem extremamente cativante, inclusive participando das batalhas. E não de um jeito forçado, como se ela tivesse acordado da noite para o dia mais bacaninha. Houve um desenvolvimento progressivo, que levou a isso (e me faz lembrar de quando no primeiro livro Igraine diz que odiava Guinevere e Derfel comenta que então falhou miseravelmente em descrevê-la).

Outra personagem que muda é Nimue, sempre amiga do narrador e nessa conclusão completamente louca e obcecada com sua religião, ao ponto de fazer o impensável para conseguir o que precisa para completar um ritual: Excalibur e o filho de Artur. Ela aparece como mais uma peça em um tabuleiro cheio de personagens prontas para atacar Artur, que falhou justamente por não aceitar sua natureza, a de ser rei.

Vale a pena acompanhar a trilogia, e deixar para trás algumas imagens já cristalizadas sobre o ciclo arturiano. Insisto que a questão de ser a mais verdadeira história de Artur não é exatamente a melhor definição, porque Cornwell mesmo comenta no posfácio que nenhum dos dados nos quais se baseou eram conclusivos e/ou definitivos. Foram inspiradores, no final das contas. O brilho da obra no sentido histórico ainda fica por conta de como o autor descreve os hábitos da época, como por exemplo as comemorações de Beltane e Imbolc.

Diversão garantida, daqueles livros que você lê tão rápido que só percebe que chegou no fim porque as personagens estão se despedindo. E se bater saudades, talvez valha a pena arriscar os outros títulos de Cornwell que já foram publicados no Brasil.
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Eric 09/11/2021

O destino é inexorável, Derfel
Em As Crônicas de Artur, vamos acompanhar a vida desse grande guerreiro pelo olhar de um dos maiores escritores de romance histórico da atualidade, Bernard Cornwell. Trazendo uma perspectiva mais voltada para história real, essa narrativa foi construída a partir de registros históricos que se tem da Britânia nesta época. 

Narrado por Derfel, um amigo e grande guerreiro que lutou a vida toda ao lado de Artur, iremos acompanhar o declínio da Britânia com as invasões dos saxões e também desacordos entre os principais reis dessa terra. Fiel à promessa ao seu pai, Rei Uther, a missão de Artur é proteger o neto de Uther, um bebê ainda, até sua idade mínima exigida para governar. Mas, um caos se instalara entre os reinos, guerras serão proclamadas, traições, jogadas políticas, a ascensão do cristianismo e a derrocada das crenças politeístas formarão um cenário de grandes instabilidades, sangue e muitas mortes. 

Além da história de Artur, essa trilogia também é um romance de formação, já que acompanhamos a trajetória de vida de Derfel, um padre que está transcrevendo a história de sua vida e sua amizade com o grande guerreiro. Este narrador, dono de uma personalidade inesquecível, possui uma amizade muito próxima com Artur e a partir de seu olhar, vamos se encantar com a figura do guerreiro que se tornou uma lenda na história.

Nesta trilogia, encontrei um dos maiores repertórios de personagens marcantes na literatura. Bernard Cornwell nos entregas personalidades extremamente humanas, onde cada um age conforme seus interesses. Merlin, Guinevere, Nimue, Morgana, Lancelot, Sansum, entre outros, são personagens que vão nos levar ao extremo do amor e ódio. 

Nesta ficção histórica, Cornwell consegue explorar uma montanha-russa de sentimentos, os quais em certos momentos revelam grandes emoções que deixam o leitor de boca aberta. O autor consegue dosar muito bem os ápices da história, ele prepara o cenário, desenvolve cada personagem para no fim fechar com chave de ouro com alguma revelação bombástica ou cenário de guerra visceral. 

Outro ponto bem trabalhado aqui neste texto são os momentos de guerras. Cornwell consegue te transportar para uma parede de escudos, detalhando cada golpe e como o impacto dessas lanças ou espadas abrem um estômago, decapita uma cabeça ou decepa um braço. Parece que o leitor está vendo um filme em sua cabeça, chega a ser cinematográfico as lutas na trilogia.

Em relação à escrita e ritmo da narrativa, de início precisamos de paciência. Não é fácil devido às nomenclaturas e quantidade de personagens, mas como tempo você acostuma. O autor entrega uma narrativa muito bem escrita, equilibrada e carregada de diálogos construtivos e por muitas vezes carregadas de tensão

Fica aqui meu carinho por Merlin, um personagem de um carisma gigante, que com toda sua inteligência, fez pontuações precisas e lavou a cara de todo mundo. Sua trajetória em reunir os tesouros antigos da Britânia me deixou encantado e trouxe uma aventura frenética que andou paralela aos desejos e conquistas de Artur e Derfel.

Para mim, que nunca li nada sobre a vida de Arthur, foi um encantamento desde as primeiras páginas. E estou muito feliz por conhecer a partir do olhar de um autor que já gostava bastante devido ter lido a trilogia do Graal. Não vejo a hora de explorar outras narrativas que contam a história desse homem lendário.

Ressalto aqui, meu favoritismo pelo segundo volume, onde vamos acompanhar traições, jogadas políticas e intolerância religiosa que dão uma reviravolta de puxar os fios dos cabelos. O que Bernard Cornwell faz nessa metade da história não é para qualquer escritor. Realmente chocante!!

Com certeza, essa trilogia já se tornou um dos meus romances favoritos para vida. Em um futuro, pretendo reler essa obra e me encantar mais uma vez por esse universo.
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emiliapsouza 25/09/2021

Artur, Nosso Rei Antigo e Futuro.
Encarar essa trilogia foi uma aventura pra mim, mesmo gostando muito do gênero, ainda não havia encarado uma ficção histórica tão a fundo como essa. E eu amei!!

Temos a conclusão da série, feita de maneira brilhante pelo autor. Cornwell conseguiu encaixar todos os elementos místicos, com uma roupagem mais realista e ainda assim, preservando a fidelidade às lendas Arturianas. Um ponto positivo para a narrativa de Derfel que é única e em nenhum momento se tornou cansativa.

Além disso, o livro é recheado de batalhas épicas com um certo clima de nostalgia, pois nossos guerreiros estão envelhecendo e cansados. O que não apaga de maneira nenhuma o brilho da história.

Amei!!


E assim meu senhor se foi.
E ninguém o viu desde então... ??
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Murilo sibim 04/03/2021

Pra finalizar a saga com chave de ouro, como sempre Bernard Cornwell com sua escrita fluída, envolvente e muito imersiva, dizemos adeus a alguns persongens marcantes porém ao mesmo tempo ficamos felizes pelo destino de outros, para quem ainda não leu essa saga fica a recomendação, simplesmente incrível!
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Pérola XP 14/02/2020

Derfel amorzinho da minha vida (desculpa, Ceinwyn)
"Vá com o seu pai. Por mim. E diga a ele que fui fiel até o fim. Diga ao seu pai que o amei até o final."
Em julho comecei a me aventurar com Derfel, depois um pouquinho mais em dezembro com Inimigo de Deus, e finalizando agora com Excalibur, e confesso que uma parte do meu coração está inconsolável com o final deste livro, tanto por como foi a conclusão da história, quanto por ter acabado as aventuras com esse personagem incrível que é o Derfel.
Não estou aqui para fazer alguma resenha digna de um milhão de curtidas, só quero deixar minhas impressões porque essa trilogia entrou fundo nas minhas entranhas e eu não posso simplesmente deixá-la batida como um livro qualquer, porque de fato esse não foi qualquer livro. Derfel não é o tipo de personagens cheio de protagonismos, ele é um homem cheio de virtudes que ama o seu senhor e luta por ele lealmente, imaculado nesse ponto.
O final mais trágico já era esperado, uma vez que na própria história da Britânia, as coisas não foram muito bem, por esse motivo me contento com a forma como acabou, mas somente por esse.
Entretanto, várias falhas tanto dele quanto de Artur ao longo da história levaram ao final do livro. As principais falhas estão atreladas à decisões erradas feitas ao longo da história, desde o primeiro livro. E o interessante é que Cornwell escreveu muito bem essas partes, sempre nos relembrando dos acontecimentos e das decisões, o que permite nos situarmos melhor na promoção e fazendo com que nunca nos percamos, uma linha narrativa impecável. Ele nos enlaça com os personagens desse romance e nos faz ama-los e odia-los na mesma medida (Nimue que o diga). Amo essa trilogia de muitas formas, e definitivamente vou rele-la um dia, mas por enquanto vou me contentar em chorar com esse final e com essa fala do Derfel citada no início da resenha. Chorei real com essa fala, e olha que eu não costumo chorar com nada.
Só tenho a agradecer ao Cornwell por ter criado essa belezinha que foi As Crônicas do Rei Artur.
Pérola XP 06/04/2020minha estante
Gente, escrevi "promoção" ali nem sei porque. Era pra ser "história" no lugar de promoção.




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