Resenhas -

marina.siqueira 09/07/2022

Precioso
Alguns livros simplesmente passam a certeza de que são bons antes do início da leitura. Esse é um desses casos.
Elsa é a narradora e uma das personagens mais cativantes que já conheci. Como toda garota de quase-oito-anos, ela tem uma imaginação bem presente, mas isso também se alia a peculiaridades e a uma mente genial.
No decorrer do livro, é incrível ver a interação de Elsa com as várias histórias marcantes dos moradores da casa, assim como ver o desenvolvimento dos personagens secundários. O autor conseguiu retratar traumas, perdas e transtornos mentais de forma muito sensível e coerente.
Enquanto isso, a morte da avó de Elsa foi muito sentida por mim. Com uma personalidade única e excêntrica, ela foi uma personagem incrível a qual me apeguei muito. E adorei a forma como ela guiou Elsa pelo luto, mesmo após a morte.
São várias histórias tocantes que se cruzam e indico muito a leitura. Estou ansiosa para iniciar o livro de Britt-Marie, que já teve seu prólogo aqui.

Bárbara P. 06/03/2023

Haja marcador de leitura
Eu acabei esse livro chorando, como todos os outros do Backman até agora, mas também ri bastante durante a história.

Quase não tive marcadores de leitura o suficiente (eu uso aqueles tipo post-it pra marcar minhas partes preferidas) e foi difícil não usar quase um por página ou mais.

Sobre o livro em si, é uma história com várias outras histórias interligadas dentro - e onde fantasia e realidade se misturam o tempo todo por causa da avó da Elsa, uma menina de quase oito anos, que criou um mundo de fantasia surpreendentemente complexo, com personagens que misturam ficção com vida real.

É como se ela tivesse criado um mundo de fantasia para contar para a neta histórias reais que seriam difíceis de serem entendidas de outra forma sem deixar de ser honesta.

Eu também me emocionei com a história toda, embora eu gostaria muito que as pessoas parassem de ter câncer, nos livros, nos filmes e principalmente na vida real (mas também nos livros e nos filmes porque isso sinceramente tira quase todo o prazer em ler/assistir pra mim. Não é um tópico fácil, vamos dizer assim).

Sinceramente se eu soubesse antes que a avó ia morrer de câncer eu teria demorado muito mais para encarar esse livro.

No geral, é uma história linda e reflexiva, como todas as outras do Backman, e cheia de sub-histórias e personagens incríveis que mereciam seus próprios livros (estou bem feliz por ver que a Britt-Marie tem o seu e espero ler assim que possível).

O final também é lindo e mexeu muito comigo. Acho que todo mundo deveria ler alguma coisa do Fredrik em algum momento da vida.