Natalia.Eiras 03/08/2019Você esta fazendo tudo errado e este livro PROVA ISSO! Desde que completei 30 anos, venho investindo mais em leituras voltadas ao desenvolvimento pessoal e profissional. Gosto de leituras que tenham dados científicos por trás, como o maravilhoso "O poder do hábito", e foi justamebte isso que me chamou a atenção em Pode não ser o que parece.
Neste livro, dois economistas tentarão responder vários questionamentos que existem na sociedade, baseando-se nos dados estatísticos que existem nas diversas pesquisas acadêmicas que não chegam até a população, por serem tratadas de forma chata ou cheia de números complicados.
Eles destrincham todas as pesquisas e apresentam os resultados baseados nos experimentos de forma clara e direta, ajudando a entender porque algumas coisas não são exatamente como nós pensamos que são e como podemos mudar isso.
POR QUE CASAMOS?
"Existe essencialmente três teorias sobre por que as pessoas casam. Uma delas é a de que fazemos isso para sinalizar para o outro que nosso amor é verdadeiro. Quem ama casa. Faz sentido, não? (...)
A segunda teoria é a de que nos casamos para receber o ganho, em grande medida simbólico, de seguir as conenões sociais, já que um contrato deste é visto como um sinal de emancipação, um rito de passagem pelo qual "a sociedade" espera que passemos.
A terceira teoria, e talvez a mais interessante (pelo menos para os economistas), é a de que o casamento é meramente um mecanismo de comprometimento, uma maneira de demostrar que estamos dispostos a encarar as responsabilidades que acompanham a união."
POR QUE NOS DIVORCIAMOS?
Segundo os dados apresentados no livro, nós atribuímos uma nota ao nosso parceiro e a nossa relação (no melhor estilo black mirror), e essa nota vai sendo reavaliada de tempos em tempos. Quando a nota chega a um nível abaixo do esperado pelo parceiro, ocorre a separação.
Essa reavaliação se dá de duas formas:
Efeito aprendizado: Aprendemos mais sobre a outra pessoa, o que nos leva a aperfeoçoar a nota subjetiva que damos a cada traço que acreditamos ser relevante. Por mais que convivamos com alguém, sempre aprendemos algo, a partir desse entendimento vamos atualizando a nota subjetiva de nosso parceiro.
Efeito preferência: com o tempo, é natural que nossas preferências se alterem porque aprendemos mais sobre nós mesmos ou porque somos influencidados pelo meio (lugar e grupos sociais com os quais interagimos)
Estudos mostram que tanto homens como mulheres, depois de um período de adaptação, experimentam ganhos de bem-estar e felicidade após o divórcio.
FILHOS MAIS VELHOS SÃO MAIS RESPONSÁVEIS?
Sim. E há dois motivos para isso:
- Filhos mais novos tendem a imitar o comportamento do irmão mais velho, logo, isso acba trazendo um senso de responsabilidade do mais velho em ser um "bom espelho".
- Os pais cobram menos da criação do filho mais novo, pois já adquririam experiência com o primeiro filho. Eles tendem a supervisionar mais o filho que nasce primeiro.
DINHEIRO NÃO TRAZ FELICIDADE
Segundo Easterlin, há fatores que alteram a felicidade de maneira permanente e outros que a modificam apenas de maneira transitória, e o fator riqueza esta neste segundo grupo.
Cada pessoa teria um estado natural de felicidade. Há indivíduos naturalmente mais alegres e outros mais tristes. Alguns eventos diários alteram esse estado de espírito, mas apenas por um curto período de tempo. No longo prazo, esse nível de felicidade tenderia a voltar para esse estado natural, fenômeno conhecido em estatística como regressão média.
SUA FELICIDADE É RELATIVA
Sabe aquela máxima de que você é a média das 5 pessoas com quem mais convive? Pois é, a sua felicidade também é.
Carol Graham em "The Economic of Happiness", mostra que o ser humano tem características de estar constantemente se comparando com os demais. Não importa apenas a nossa felicidade, mas a nossa felicidade em comparação à daqueles que nos cercam. Pessoas que se sentem menos felizes que os demias a sua volta teriam a felicidade diminuída pela pressão de ter que estar bem o tempo todo.
"Se quisessemos ser apenas felizes, isso não seria difícil. Mas, como queremos ficar mais felizes do que os outros, é difícil, porque achamos os outros mais felizes do que relamente são". - Barão de Montesquieu.
Esses são só algumas questões que são esclarecidas com este livro. Várias partes do livro foram exclarecedoras para mim, e espero que essas poucas que eu compartilhei aqui tenham sido esclarecedoras para você também. E lembre-se, mesmo que não saibamos, tem sempre algum cientista estudando o que nós precisamos saber. É uma pena que muitas vezes esses estudos não seguem ao nosso conhecimento. Mas, pelo menos alguns, você vai encontrar neste livro.
Se quiser saber mais, assista o vídeo.
Até a próxima.
site:
http://www.perdidanabiblioteca.com.br/2019/04/pode-nao-ser-o-que-parece.html