Rhuan Maciel 28/10/2020
Proletários do todos os países, uni-vos.
Manifesto Comunista: Para Marx, as lutas de classes são os motores da história, e, agora, na sociedade burguesa, ficou mais nítido ainda esse contraste de antagonismos de classes. A burguesia e o proletariado estão englobando todas posições sociais remanescentes do antigo regime. O capitalismo se tornou universal e as colônias já não eram tão úteis assim, pois, com o modo de produção capitalista, a superprodução e a escassez de mercado viraram um problema sério para o lucro burguês. Desse modo, as outras nações também precisariam adotar esse modelo de sociedade, assim os capitalistas universalizaram o sistema liberal. Por conseguinte, a massa proletária vai transformando-se, cada vez mais homogênea e precária. Portanto, é inexorável que as massas se organizem e tomem o poder para si, já que seu valor social é o de recircular o capital, nada do excedente produzido é seu, somente o necessário para sua subsistência, a fim de manter a máquina produtiva funcionando. Os triunfos dos trabalhadores dentro do sistema burguês não são um fim em si mesmo, uma vez que Marx se coloca opostamente ao socialismo burguês/reformismo, mas são progressos que fortalecem a classe como unidade revolucionária. A abolição da propriedade privada é a finalidade comunista, construindo, primeiramente, um Estado controlado pelo povo, em que os meios de produção serão socializados, e após a máquina estatal consolidar o poder proletário, será possível conduzir a sociedade para o comunismo. É de extrema importância ressaltar o caráter internacionalista do comunismo, as barreiras das nações serão superadas com a união dos trabalhadores de todo o mundo, e serão aliados para, cada unidade revolucionária, derrotar sua burguesia e dominar seu respectivo Estado. Para a sustentação da estrutura econômica, inúmeras mentiras de um mundo mais livre são contadas. "A democracia (burguesa) com a repartição dos 3 poderes é a única forma de garantir liberdade a todos". Liberdade a quem exatamente? O socialismo de Marx é o socialismo científico, utilizando o seu método de análise - o materialismo histórico dialético. Marx e Engels tecem várias críticas a outras vertentes do socialismo, sejam eles utópicos ou burguês.
Teses de Abril: Lênin, em Zurique, tenta se informar sobre a revolução que ocorreu em seu país. Com jornais tendenciosos, executa uma tentativa de análise da situação da Rússia e escreve suas teses para enviar aos seus companheiros. Explicitou sua postura anti-guerra imperialista, sua oposição ao governo provisório e o apoio ao armamento da população. Alguns desses pontos chocaram inclusive membros do partido bolchevique, que tinham fé no novo governo e, de certo modo, apoiado a guerra. Fez duras críticas aos ministros e sustentou que o governo provisório servia ao capital anglo-francês, e, portanto, não podia acabar com a guerra que trazia somente miséria e fome para o povo russo. A intenção dos ministros era imperialista, de conquista e saqueamento. A única forma de conseguir manter o progresso da revolução em andamento era: formar milícias proletárias, fortalecer o poder político do Soviete e criar sovietes em todo o país para cada grupo social. O destino agora era acabar com essa dominância burguesa, construir uma ditadura do operário e do camponês. Isso, porém, não era ainda um socialismo, pois não mexeria na forma produtiva da sociedade, apenas modificaria o consumo, dando casas e palácios (não mais ocupados pelo czar) a pessoas que precisem, não deixando faltar pão ao povo em detrimento da fartura burguesa, e o controle policial não mais pelo Estado Burguês, mas pelas milícias de trabalhadores que seria formada. O poder político na mão do povo. Lênin sabe que uma segunda revolução vai acontecer, só não quando que vai, já que não possui muita informação sobre a situação em andamento.