Andre.Pithon 04/10/2022
Bingo de Fantasia e Sci/fi do /RFantasy
5.1: Finalista de prêmio, mas não ganhou
3.5
Ah, Sanderson! Após mais de um ano sem tocar no mais popular autor de fantasia contemporâneo (dos quais ainda escrevem, te devolvo o título assim que tu lançar algo, Martin), retorno para o universo de Mistborn. Hilariamente, já faz muito tempo que tenho o terceiro livro da segunda era de Mistborn sentado na minha estante, que achei muito barato em promoção, só esperando eu tomar coragem e ler os outros dois. Então lá vamos nós.
Eu gosto do conceito desse livro. Gosto do misto de velho oeste levemente steampunk. Gosto da ideia de pegar um universo medieval e empurrar para o futuro com as mesmas leis arcanas, mostrando progressão na religião, cultura e tecnologia. Sanderson é bom nos conceitos, em construir cenários curiosos. A continuação dos sistemas de magia, pegando muitos dos conceitos já explorados na trilogia original, traz um senso de familiaridade agradável.
É um livro extremamente agradável. E meio vazio.
Sanderson tem um estilo bem simples, bem comercial, ele conta histórias divertidas, com poderes legais, humor meio questionável mas que funciona de vez em quando, pontuais momentos excelentes de ação e espetáculo.
O MCU literário.
E eu gosto dos meus filmes/livros pipoca de puro entretenimento de tempos em tempos, mas não se pode esperar muito deles. Não haverão personagens extremamente complexos (complexidade guardada apenas para os detalhes dos poderes), nem prosa fascinante, nem diálogos apaixonantes. Mas passa o tempo, diverte, a ação é bem feita, as tramas são extremamente bem fechadas e planejadas, dezenas de detalhes se conectando.
A segunda era de Mistborn começa mais fraca que a primeira, mas traz muitos paralelos a ela, o que torna uma leitura cheia de referências, tanto narrativas, mas as melhores são as temáticas. É excelente ver o antagonista aqui poder ser facilmente considerado um dos protagonistas do primeiro livro, se ele estivesse lá atrás. É uma história de proporções muito menores que a saga de Vin e Kelsier, e não há nada de errado com isso, mas também não traz tantas revelações e reviravoltas, a típica explosão Sandersoniana contida sempre no clímax está aqui, mas não é tão impressionantemente densa quanto de costume.
É uma história que se fecha, mas que obviamente te deixa uma cena pós-crédito chamando pro próximo livro dessa série infinita.
E eu vou.