A Liga da Lei

A Liga da Lei Brandon Sanderson




Resenhas - Mistborn 4


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Renata_ Pandora 08/07/2023

Muito diferente da primeira era, parece até outro autor. Não dá para comparar as eras simples assim. Me diverti demais com A liga da lei, ri muito. O plot tava na cara, acho que todos podem adivinhar no começo quem é o Sr Elegante. Passaram só 300 anos desde a primeira era, porém parece que passou bem mais.
Nominável 08/07/2023minha estante
Pois é, saímos da era 1 que era medieval início de parlamentarismo, que seria algo como ano 1000, 1200 da Era comum, e pulamos para algo saindo do Steampunk e iniciando com energia elétrica, que já fins de 1800 e perto de 1900. (Ainda tô me localizando no tempo)


Renata_ Pandora 08/07/2023minha estante
E muitos elementos mudaram a nomenclatura.




Fernando Lafaiete 04/06/2018

A Liga da Lei: Gostaria de perguntar ao Sanderson: "Foi você mesmo que escreveu isto?"
***Não possui Spoiler da série***

Quando se trata de fantasia, Mistborn é sem sombras de dúvidas uma das melhores estórias do gênero que já tive contato. Escrita impecável, universo mais que bem construído, personagens espetaculares, sistema de magia perfeita, cenas de ação de tirar o fôlego e reviravoltas capazes de deixar o leitor sem saber como agir. Terminei a leitura da primeira Era estupefato. Ao iniciar a leitura de A Liga da Lei, o primeiro livro da quadrilogia da segunda Era, não consegui conter as expectativas, mesmo recebendo diversos avisos de que o nível era outro e que eu poderia acabar me decepcionando. Me decepcionei? Infelizmente sim.

300 anos se passaram da primeira Era pra esta. Um novo mundo é apresentado; com a evolução da alomância (a magia utilizada), surgimento de armas de fogo, trens, carros e eletricidade. Difícil não estranhar estas mudanças em um primeiro momento. A vibe aqui é bem parecida com a de uma aventura de faroeste e a narrativa é mais pé no chão sem toda a epicidade que há nos 3 primeiros livros.

Os personagens centrais não me agradaram. Achei tudo forçado, em especial a relação entre eles. Wax e Wayne são bacaninhas, mas não me convenceram. A personagem feminina é legal mas descartável. Fiquei esperando uma personagem no nível de Vin, mas não aconteceu. E não digo isso em questão de poderes, mas sim em questão de posicionamento. E o que dizer do vilão? Fraquíssimo!! Motivação fraca e atitudes que não trazem peso algum.

Falando em peso narrativo, nada me causou impacto. A cena inicial foi mal desenvolvida. Não me importei com o que aconteceu e consequentemente dei a mínima para o suposto impacto que causou no protagonista. Achei tudo superficial em um nível alarmante que me fez esquecer e duvidar que isto foi escrito por um dos meus escritores favoritos.

As referências ao primeiro arco e as cenas de ação são muito boas, e não poderia ser diferente. Sanderson escreve ação como poucos. Os personagens coadjuvantes são ruins e alguns diálogos parecem não ter propósito. Desenvolvimento de personagens fraco, protagonistas medianos, vilão ruim, personagem feminina aquém do esperado e desfecho sem graça.

Confesso que em vários momentos eu não via a hora de terminar esta leitura. Este primeiro livro não chega aos pés do primeiro livro da primeira Era. Como me decepcionei com Coração de Aço e terminei a trilogia dos Executores apaixonado; estou com fé que o mesmo acontecerá aqui.

De qualquer maneira, estou ansioso para terminar esta Era e já estou na espera da terceira e da quarta. Em especial a quarta que será Space Opera. Fantasia e ficção-científica juntas em um livro escrito por Sanderson? Já quero!

Este livro mais parece com um livro escrito por um iniciante à escritor. Decepção e irritação é o que sinto em relação a este livro. Vida que segue e que As Sombras de Si Mesmo faça o que este não conseguiu. Que me surpreenda!
Dani 04/06/2018minha estante
Que pena que você não gostou Fernando. A proposta dessa segunda era é realmente muito diferente da primeira ( o tamanho dos livros já nos dão uma dica kkkkk). Concordo com você que a primeira era é infinitamente superior, mas ainda me diverti muito com esse livro. Acho o segundo volume ainda melhor e os personagens se tornam mais interessantes a meu ver, principalmente o Wayne e a Marasi. Espero que você acabe gostando mais no próximo : )


Fernando Lafaiete 04/06/2018minha estante
Também estou torcendo pra isso acontecer Dani. Este primeiro é raso em tudo. Me deu dor de cabeça!! :/




Beatriz Kath 05/12/2021

A Liga da Lei
Os acontecimentos deste livro se passam 300 anos depois do anterior ("O Herói das Eras") e ocorrem no mesmo mundo, mas que já está bem diferente depois de todo esse tempo, com novas tecnologias sendo descobertas e mudanças na organização das sociedades.

Aqui, os personagens e a história que acompanhamos na Primeira Era são vistos como lendas e mitos, uma vez que agora já não existem mais Nascidos da Bruma nem Feruquêmicos, apenas raros brumosos e ferumosos, além de alguns - ainda mais raros - duplonatos (pessoas que possuem, ao mesmo tempo, um poder alomântico e um poder feruquêmico), o que é o caso dos protagonistas dessa história, Waxillium Ladrian (ou Wax) e Wayne.

Wax é alguém que, mesmo tendo nascido numa casa nobre, decidiu deixar a grande capital de Elendel para combater o crime com suas próprias mãos nas chamadas "Terras Brutas", uma área afastada das grandes cidades e onde acredita-se não haver leis. Utilizando sua inteligência e suas capacidades de duplonato, juntamente de sua grande habilidade como atirador (agora que as armas de fogo já foram inventadas), Wax persegue e julga criminosos das Terras Brutas, logo se tornando bastante conhecido e temido por lá.

Porém, quando o tio de Wax morre num acidente e não há qualquer outro herdeiro para tomar conta de sua casa (já quase falida) em Elendel, Wax se vê obrigado a voltar, e algum tempo depois fica sabendo da existência de um grupo misterioso que vêm roubando cargas de mercadorias e sequestrando várias mulheres da cidade. Um grupo que a polícia ainda não conseguiu encontrar e deter.

Depois de também ser pessoalmente afetado pelos tais criminosos, Wax passa a investigar o caso por conta própria, buscando descobrir o que exatamente esses criminosos querem e onde eles e suas reféns estão.

Eu gostei bastante desse livro, ele é como um romance policial mas num mundo de fantasia onde algumas pessoas têm capacidades "mágicas", e é muito interessante ver como essas pessoas utilizam tais poderes no cotidiano, seja para cometer crimes, para combatê-los ou só para se locomover mais rapidamente pela cidade e tornar suas tarefas diárias mais fáceis. Além disso, como a época em que se passa essa Segunda Era de Mistborn é bem mais próxima da nossa, achei mais fácil relacioná-la com o nosso próprio mundo, o que me trouxe um sentimento bem diferente, mas que gostei tanto quanto o da Primeira Era.

O livro também é muito divertido, principalmente por conta da existência do Wayne. O Wayne é, para mim, um personagem extremamente interessante de se acompanhar. Isso porque, além de ter poderes muito legais e uma personalidade carismática e divertida, ele ainda é um mestre dos disfarces que "rouba" sotaques alheios e tem um jeito de agir e pensar muito únicos.

A amizade e as interações dele com o Wax são perfeitas. Os dois funcionam muito bem juntos, seja lutando ou fazendo qualquer outra coisa.

Também há outros personagens bem interessantes, como a Marasi, Steris e Ranette. E mesmo que as duas últimas não tenham aparecido por muito tempo nesse livro, elas já conseguiram me conquistar. Ao menos a princípio, me identifiquei muito com a Steris; e a Ranette é uma personagem com uma presença muito forte, além de eu ter achado as invenções dela fascinantes.

A sociedade atual da história também traz várias referências e homenagens aos antigos heróis da Primeira Era, o que é bem legal de acompanhar, caso você tenha lido a primeira trilogia da série. Isso porque, ao longo de todo esse tempo, as histórias foram naturalmente sofrendo algumas alterações, e é interessante (e engraçado) perceber as diferenças entre o que de fato aconteceu e o que as pessoas de agora (300 anos depois) contam ou pensam que aconteceu.
Bruno 05/12/2021minha estante
Muito bommmm!. A trilogia original e essa, são muito bons


Beatriz Kath 05/12/2021minha estante
Sim! Foram algumas das histórias que mais gostei de ter conhecido.




Renata 11/03/2021

Mais que uma continuação
Sanderson conseguiu se reinventar nesse livro. A história se passa no mesmo mundo de Mistborn primeira era, anos após a primeira trilogia. Apesar de se tratar do mesmo universo, o que nos leva a um sentimento de nostalgia, também traz elementos novos que só enriquecem o mundo criado pelo autor. Dessa vez a pegada é mais acelerada, cheia de ação. Vale a pena ler quem é fã da primeira era.
Campos 11/03/2021minha estante
Um dos melhores livros que já li


Renata 12/03/2021minha estante
Verdade! Me surpreendi de maneira positiva! Ansiosa para a continuação




Elyaquim Torres 23/07/2020

Foi uma leitura difícil. Terminou de um jeito legal com um bom cliffhanger. Porém, gastei todas as minhas energias pra conseguir terminar.
Elyaquim Torres 23/07/2020minha estante
Nem de longe se compara ao primeiro livro da primeira era.




Maycão Douglinhas 24/04/2024

Nem toda história precisa ser sobre salvar o mundo
Diferente da primeira era, essa história é mais compacta e eu particularmente amei isso. Para mim torna as coisas mais reais.

O trio principal me cativou desde o início. Gostaria de saber mais sobre a real motivação do líder dos Desaparecidos, mas acredito que terei minhas respostas nos próximos livros.

Este foi o livro do Brandon no qual eu mais me diverti, dei risadas. Foi leve, tranquilo. Justamente o que eu precisava
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FaruSantos 08/01/2018

A Liga da Lei é uma maneira inusitada de revisitar e expandir o universo de Mistborn. Me surpreendi com a ótima mistura de magia, temática Velho Oeste e mundo intrincado. Gostei bastante dos personagens carismáticos e das incríveis cenas de ação repletas de acrobacias impossíveis e tiroteio. Faltou um pouco de profundidade para os heróis e o mundo podia ser melhor explorado, espero que essas questões melhorem nos livros seguintes. No mais, A Liga da Lei é uma história de fantasia criativa bem divertida, já estou ansioso para ler as continuações.

site: https://faru.wordpress.com/2018/01/08/resenha-liga-lei-mistborn-segunda-era-brandon-sanderson/
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Musashi 11/01/2018

Melhor do que o esperado.
Após o fim da primeira era de Mistborn, de forma sensacional, encarei essa segunda era como algo de mais do mesmo. Ledo engano para minha felicidade. Brandon Sanderson revigora seus poderes alomânticos de forma espetacular, criando um western empolgante, com personagens cativantes como o coadjuvante Wayne com suas tiradas sarcásticas. A liga da lei inaugura essa nova fase de forma inimaginável. Em direção ao segundo livro.
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Ryan.Lucas 30/01/2018

Superou as Expectativas
[Resenha sem spoilers]

O primeiro livro da trilogia da segunda era de Mistborn não decepciona, pelo contrário até supera expectativas.

Eu particularmente não tinha muitas expectativas, eu esperava um começo arrastado e introdutório à nova era que se inicia, porém acabei me provando errado. O começo não foi muito alongado em explicações e a narrativa fluiu muito bem.

Os questionamentos e dúvidas do pós-termino do Herói das Eras provavelmente serão explicados ao longo da triologia e servirão para nós deixar curiosos sobre o rumo inaparente que as coisas tomaram.

Os protagonistas são bem carismáticos, principalmente Wayne, que me lembrou Kelsier, meu personagem favorito da saga até agora, em alguns aspectos por seu humor agudo e sua personalidade de sempre se manter pra cima. Já Wax, o nosso herói da vez, é um personagem misterioso e ainda temos muito a aprender sobre ele. Até então se mostrou alguém com um senso de justiça apurado e que passou por diversas provações nas Terras Brutas em seu passado.

Há também Marasi, que provou ser uma mulher forte porém oprimida em grande parte de sua vida. Ela só tem a crescer durante a série, provavelmente se mostrará muito importante durante a trama.

O Vilão Miles tem motivações plausíveis mas creio que entenderemos melhor o que o motivou no decorrer da triologia.

É um bom livro, tem momentos de ação satisfatórios e bons diálogos. O final foi um dos ponto altos, e deixou um belo cliffhanger que me deixou com vontade de ler mais. Mal posso esperar pra ler a continuação.

Bem é isso.

Nota final : 4,5/5
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Acervo do Leitor 31/01/2018

A Liga da Lei – Mistborn: Segunda Era #1| Resenha | Acervo do Leitor
Mistborn é uma das séries de Fantasia mais vendidas no Brasil. Brandon Sanderson a cada dia, alavanca sua lista de leitores e seguidores, e não é pra menos. É impressionante a velocidade e capacidade de reinvenção do autor, a cada novo livro, mesmo àqueles que se situam em um mundo já conhecido ele consegue tornar o fantástico ainda mais admirável. Um autor que figura entre os melhores de sua geração, e que nos irá proporcionar viagens incríveis, tal qual é a experiência ao ler A Liga da Lei, primeiro livro da quadrilogia da Segunda Era de Mistborn.

“Ferrugem e Ruína… Ele estava tão nervoso que se flagrou levando a mão para dentro do casaco e tateando o cabo de sua Immerling 44-s
Era uma boa arma, não tão boa quanto as de Ranette, mas pequena e adequada para um cavalheiro. Tinha decidido que seria um lorde, e não um homem da lei, mas isso não significava que sairia por aí desarmado. Isso… bem, isso seria simplesmente insano.”

Não posso iniciar esta resenha sem antes dizer que A Liga da Lei não é, e não quer ser tão grandiloquente como O Império Final, ela não busca o protagonismo, prezando pela simplicidade, explicita em duas figuras que logo nas primeiras páginas já cativam e te fazem continuar a devorar o livro como se fosse aquilo que você deveria estar fazendo. Wax e Wayne promovem a união de uma das melhores duplas da literatura fantástica, e sim, podemos afirmar isso logo nas primeiras páginas, tamanha a empatia e zelo pro sua criação.

A Liga da Lei não busca salvar o mundo, mas a salvar a si mesmo, seus temores e suas desesperanças. Não há o vilão mor que restringe sob rédea curta seus vassalos e subalternos. Não há um grande mal a ser combatido. Há ganancia, suspense e novas e incríveis maneiras da famosa Alomancia ser explorada. Neste primeiro livro vamos partir com Wax e Wayne em uma investigação que trata sobre roubos misteriosos, sequestros intrigantes e um plano ainda não consolidado. Tudo isso com grande agilidade e fluidez. O que está por trás de tudo isso? Essa é a grande questão.

"Primeiro passo, pensou Waxillium enquanto mirava. Atrair atenção dos bandidos. Começou empurrando delicadamente para fora, criando uma bolha de aço para desviar as balas. Não o protegeria por completo, mas ajudaria a menos que disparassem balas de alumínio.”

A Liga da Lei é um ótimo livro de Fantasia, envolvente, intrigante, deveras engraçado e com empolgantes cenas de ação. Afinal, acrescente o “queimar” aço ao disparar uma pistola e veja o estrago que uma bala pode causar. Wax é a figura mais formal, séria e comprometida com sua honra. Wayne é um show à parte, a cada nova passagem, o figurão destila suas ironias e palhaçadas a todos que o cercam. Isso, sem falar em Steris e Marasi, que reservam para si parte dos melhores momentos do livro. A Liga da Lei deve ser lida como uma continuação da Primeira Era pelas inúmeras referências à primeira trilogia.

“– Ele está morto, minha jovem – disse uma voz envelhecida e distinta, ressoando na escuridão. – Sinto muito por sua perda.
O coração de Marasi quase parou.
–Sim – continuou a voz –, ele era simplesmente belo demais, esperto demais e imensamente notável em todos os aspectos de sua existência para continuar vivendo. – Uma janela foi aberta, deixando a luz entrar e revelando o rosto de Wayne. –Temo que tenham sido necessários cem homens para derrubá-lo e que ele tenha matado todos menos um.
Suas últimas palavras foram: “Diga a Wax… que ele é um vagabundo… e que ainda me deve cinco notas”.
– Wayne – sibilou ela.
– Não consegui evitar, minha chapa – disse ele, voltando à sua voz, que era completamente diferente.”

SENTENÇA

Brandon Sanderson trouxe uma leveza e uma dinâmica muito bem-vinda ao mundo de Scadrial. Um livro que não dispensa suas cenas de ação espetaculares e muito menos deixa de guardar para o final a grande surpresa da obra. Um lançamento de PESO, principalmente pela ação inovadora da LeYa ter lançado os três primeiros livros todos de uma só vez. Uma atitude louvável, para uma série que merece. Se você ainda não conhece Mistborn, não perca mais tempo!


site: http://acervodoleitor.com.br/a-liga-da-lei-resenha/
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Gabriel 04/03/2018

Um novo começo.
Quando em O Silmarillion o leitor descobre o passado da Terra-Média não parece haver uma grande evolução na tecnologia e magia utilizadas pelos seres ali viventes até finalmente chegarmos na Guerra do Anel, por mais que as eras passem. Continua-se usando arco e flecha, espada e machado, e fica a sensação de que o mundo tolkieniano permanecerá num eterno medievalismo. Com o passar dos anos, entretanto, os escritores de Fantasia tentaram pôr um pouco mais de realismo em seus universos fantásticos, ou criando personagens que apresentam morais dúbias que não se encaixam perfeitamente no ideal de Bem ou Mal, como também transformando o mundo onde eles residem através de mudanças culturais e do progresso técnico. O último caso foi exatamente o que o autor Brandon Sanderson fez em Mistborn.

Na Segunda Era da saga o autor evoluiu Scadrial desde meios de transportes e armas até organização social, e nem mesmo o sistema de magia deixou de dar seu upgrade. Agora o trem e o automóvel são alguns dos principais meios de locomoção e o revólver é a principal instrumento de ataque. A história de Scadrial continua, sim!, mesmo que os personagens da primeira trilogia tenham partido. Novos antagonistas e ameaças surgem e esses devem ser resolvidos por outros protagonistas que vivem noutro meio cultural, inspirado dessa vez no período da Revolução Industrial.

Em A Liga da Lei, primeiro livro dessa nova série, somos apresentados a Waxillium Ladrian, um Duplonato (alguém que tem uma habilidade feruquêmica e uma alomântica) que atua como homem da Lei nas perigosas Terras Brutas ao lado de seu colega de trabalho de longa data Wayne. Por sua família pertencer à nobreza, o personagem é obrigado a deixar sua profissão para assumir o comando de sua Casa em Elendel após a notícia da morte de seu tio Edwarn. E é isso que vemos nas primeiras páginas desse curto livro para o padrão Sanderson: um protagonista tentando conciliar seu lado mais aventuresco com a seriedade das finanças que agora terá que administrar. Dentro dessa esfera política que ingressou, Wax ainda terá que encarar questões que envolvem até o matrimônio para o estabelecimento de relações comerciais entre famílias. Mas seu lado investigador ainda está tentando falar mais alto…

Parece estar bem claro que os protagonistas desse novo arco não são versões genéricas dos personagens principais da Primeira Era, e são tão bons como os da primeira trilogia. Enquanto Kelsier, Vin e Elend eram figuras tentando derrubar um governo ditatorial, Wax é um homem que está do outro lado da corda, mais preocupado em garantir a ordem e barrar qualquer ameaça ao bom-convívio da cidade. Na realidade, a temática da segurança, da preservação, ou da proteção, está bem personificada nos dois protagonistas dessa nova saga, Wax e Wayne. A história tem uma vibe de detetive em que a polícia de Elendel, a nova Luthadel após os eventos finais de O Herói das Eras, aparece bastante em evidência no decorrer da história. E essa ideia de combater bandidos não fica só nessa dupla estilo Batman e Robin, como também é expandida em outros personagens como Marasi Colms, uma mulher que estudou Direito e que traz algumas teorias sociológicas bem interessantes para a trama.

Em aspectos técnicos é notável um certo crescimento do autor: a escrita do Sanderson melhora, sem tantos vícios narrativos como o clássico “franzir o cenho” da Vin ou o excesso da palavra “incrível” como tinha nos seus primeiros livros. A história também é bem mais concisa em questão de epicidade e não há desperdícios de páginas reexplicando Alomancia, Feruquemia e Hemarlugia. Não senhor, pra que isso? Você teve três livros para decorar as regras de cada sistema de magia, e o escritor ainda foi bonzinho colocando um glossário no final onde cada metal e sua capacidade é esclarecido mais uma vez para os esquecidos. Mas dessa vez o escritor vai direto ao ponto! Talvez esse seja um dos motivos pelo qual os livros dessa série são tão curtinhos se comparando aos calhamaços da Primeira Era. Mas sinceramente a largura deles pouco importa, e deve-se evitar qualquer temor pela qualidade deles ou preconceito por uma questão tão boba quanto essa, visto que o tamanho deles é adequado a trama mais simples que o escritor quer contar. Um livro de 800 páginas não é sinônimo de história melhor, apenas de mais história.

Porém, embora A Liga da Lei tenha apresentado todas essas evoluções na construção do mundo, na narrativa e nas temáticas, tive particularmente alguns problemas com a trama. Demorou mais ou menos até a metade desse volume para eu me sentir realmente engajado pelo mistério principal. Algumas cenas de bailes novamente, assaltos a festividades, referências aos protagonistas da Primeira Era mostrando o aspecto místico que eles ganharam 300 anos após sua passagem por Scadrial, mas nada que tivesse me deixado totalmente preso no livro. Foi só com a aparição do antagonista que as coisas começaram a se transformar, e que vilão interessante, diga-se de passagem, com habilidades muito roubadas, embora os ideais dele já tenham sido abordados no personagem Zane de O Poço da Ascensão. O final, felizmente, é o ponto máximo, finalizando o conflito criado pelo Sanderson de uma maneira bem inesperada e épica.

A Liga da Lei é, portanto, um bom início para essa nova série de Mistborn e para alegria de qualquer leitor a série melhora nos próximos volumes. A fórmula do autor é renovada mudando as perspectivas onde se situam os protagonistas dentro dos principais núcleos daquele universo, e novas temáticas são incluídas como o desenvolvimento do mundo e a execução das leis. Poderia ter sido uma péssima ideia mudar o meio cultural do medievalismo para uma Luthadel/Elendel industrial, mas eu particularmente não estou sentindo saudades daquele mundo da Primeira Era após ter finalizado esse livro.

site: https://leitoresvigaristas.wordpress.com/2018/02/24/resenha-a-liga-da-lei-brandon-sanderson/
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Ruh Dias (Perplexidade e Silêncio) 12/06/2018

Sugestão de Leitura
Este livro começa trezentos anos depois do término da Primeira Era. A principal mudança que ocorreu no fictício mundo de Scadrial, onde se passa a estória, foi o surgimento da energia elétrica e os progressos tecnológicos que vieram com ela. As personagens principais da primeira trilogia - Kelsier, Vin e Elend - são referenciados de forma indireta. Quem leu a Primeira Era percebe mais claramente quais são as influências e as consequências de seus atos neste novo mundo.

Uma outra mudança significativa na sociedade de Scadrial é que, agora, alomânticos e feruquemistas começaram a casar entre si, originando os duplonatos, ou seja, pessoas que detêm os dois poderes através dos metais. Também surgem novas ligas de metal - afinal, a tecnologia evoluiu - e, com isso, novos poderes. Brandon Sanderson conseguiu ampliar o sistema mágico de Mistborn de forma bastante coerente e sólida, o que deixou esta série ainda mais interessante.

Os protagonistas desta Segunda Era são Waxillium Ladrian (Wax) e Wayne. Eles ganharam uma prequel dedicada exclusivamente a contar seu background em "The Alloy of Law". Eles são melhores amigos e costumavam trabalhar como vigilantes nas Terras Brutas. Wax é um duplonato: sua alomancia é empurrar metais (aço) e sua feruquemia é guardar peso em metais para tornar-se mais leve ou mais pesado conforme sua necessidade. Wayne, também um duplonato, tem a alomancia de criar bolhas de velocidade (curvaliga) e sua feruquemia é estocar saúde em metais para curar-se de doenças e ferimentos.

Wax é chamado de volta à capital por causa do falecimento de seu tio. Ele será responsável pela Casa Ladrian e pelas dívidas que o tio deixou. Para isso, ele precisa arranjar um casamento com outra Casa nobre e, por isso, faz um contrato comercial de casamento com Steris. Porém, enquanto participa das reuniões sociais que lhe são impostas, Wax decide envolver-se no caso dos Desaparecidos. Os Desaparecidos roubam trens, cargas de alumínio e mulheres alomânticas, mas a polícia local não consegue entendê-los, tampouco capturá-los. Wax rapidamente começa uma investigação por conta própria, motivado pelos seus ideias de Bem e sua moral.

Como sempre, Brandon Sanderson é fantástico construindo personagens. Wayne é extremamente carismático. Embora ajude Wax em todas as etapas de investigação, ele é espirituoso, sarcástico e estranhamente apegado ao seu chapéu. Além disso, Wayne consegue imitar qualquer pessoa e seus disfarces são sensacionais. A prima de Steris, Marasi, estudante de Direito, quer ajudá-los a reaver Steris, que acaba sendo sequestrada pelos Desaparecidos. Ela também é uma personagem feminina ótima, racional, focada e agradavelmente teimosa. Por fim, os Desaparecidos são chefiados por Milles, ex-amigo de Wax das Terras Brutas, que resolveu se afiliar ao lado do Mal.

A estória é repleta de cenas de ação, que tornam-se originais por causa do uso dos poderes alomânticos e feruquímicos. A dinâmica entre Wax e Wayne é deliciosa. E a possível estória de amor que talvez se desenrolasse entre Wax e Marasi fica longe de ser clichê e é surpreendente no final. Foi uma leitura que me agradou muitíssimo e que prendeu minha atenção do começo ao fim.

Brandon Sanderson tem uma característica de começar suas trilogias com vilões menores, caminhando passo-a-passo para um enredo maior e mais complexo do que podemos pensar num primeiro momento. Ao final da leitura, fica claro que estamos longe de compreender a totalidade da estória e que Wax e Wayne terão muito ainda o que enfrentar. Recomendo a leitura!

site: http://perplexidadesilencio.blogspot.com/2018/06/sugestao-de-leitura-mistborn-segunda.html
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Roberta - @rkrutzmann 07/12/2018

Instagram @apenas.um.trecho
É incrível como esse autor nunca me decepciona, posso pegar qualquer livro dele que eu sei que vou me encantar com a história, o mundo e, principalmente, os personagens. Não quero tirar o mérito dele para a criação do mundo e de como a história sempre se encaixa, mas a habilidade dele de criar personagens sempre me impressiona. Não existe nada forçado, os diálogos são sempre naturais e com uma pitada de humor que eu amo. Esse livro não foi nem um pouco diferente, a única coisa que foi nova pra mim foi o tamanho do livro e o ritmo da história. Ele é bem pequeno, não tem 300 páginas, e a história não para desde a primeira página até a última, fica impossível de largar. Se você ainda não leu Mistborn - Primeira Era e gosta de fantasia, largue tudo e vá ler (pois é melhor ler ela antes) pois é uma das melhores séries que já li e tenho certeza que essa não vai ser diferente.

site: https://www.instagram.com/p/BrFsKZqgEnm/
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Cristina.Pineda 18/01/2019

Foi dificil no começo, demorou pra engrenar a leitura, a lembrança dos personagens da primeira era me fez ficar buscando eles em cada pagina, erro meu achar que seria igual, pq não é. A liga da lei é maravilhoso, quando vc encara Vin, Kelsier, El como lendas tudo fica melhor e olha, de personagem feminino forte o Sanderson entende, simplesmente adorei!!
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