Driely Meira 14/01/2018
Estou encantada/apaixonada/QUERO MAIS!
Emmelina Flores faz parte da monarquia do reino de Ruína, onde as pessoas possuem poderes. Quando seus pais foram assassinados pelos reis vizinhos, e sua irmã levada pelos mesmos, ela teve sua coroa negada por ser “inútil”, ou seja, não possuir nenhum poder. Desejando vingança, Emm cria um plano para trazer a irmã de volta e vingar a morte e destruição não apenas de sua família, mas também de seu reino. Ela conta com a ajuda de seus melhores amigos, Aren e Damian, os únicos que confiavam na princesa inútil, e se infiltra no meio do inimigo.
Ninguém temia Emmelina Flores, a inútil filha da rainha mais poderosa que Ruína já conhecera. Mas eles temeriam. – página 12
Visando casar-se com o príncipe Casimir (o próximo na linha de sucessão de Lera, um dos reinos responsáveis pelo massacre em Ruína) Emm mata a princesa Mary, que era a pretendente arranjada do príncipe, e toma seu lugar, indo para o palácio de Lera e casando-se com ele. Emm sabia que era só uma questão de tempo (literalmente) até poder matar toda a família real e conseguir sua irmã de volta, mas ela não contava com um fator – que o leitor já imagina antes mesmo de começar a ler o livro, mas que surpreende ainda assim – Cas não era aquilo que ela imaginava que seria. Ele era melhor, muito melhor.
Na primeira vez que peguei Ruína, eu não estava muito animada para lê-lo. Algo na sinopse me lembrou a série A seleção (entre outros livros), então eu meio que imaginava que ia ser parecido. Não é. Ruína me surpreendeu e me envolveu de maneira que eu não conseguia parar de ler, e não parei até finalmente terminar o livro – o que, infelizmente, teve que acontecer. Eu torcia muito para que fosse livro único, assim não teria que esperar as continuações serem lançadas, mas agora fico feliz que seja.
Amy Tintera tem uma escrita maravilhosamente leve e suave, e divertida em alguns momentos. Ela sabe muito bem como escrever cenas de ação e fazer o leitor achar que está vendo um filme, e também sabe fazer com que nos apaixonemos pelos personagens – e depois soframos suas perdas e mortes. Diferente de muitos autores, que optam por deixar as partes mais tensas e tristes das histórias no final, Amy conseguiu equilibrar tudo ao longo da história, então não espere bombas só nas ultimas páginas, – é bom estar pronto durante o livro todo. – pois elas estão bem divididas aqui.
Gostei muito de Emm, apesar de ter achado que ela seria uma vilã no estilo Adelina Amouteru (de Jovens de Elite) e ter pegado ranço no começo. A autora soube construí-la com maestria, mostrando que, apesar de querer vingar sua família e se mostrar uma garota forte e má, Emm era apenas uma garota que havia perdido muito e queria recuperar o que pudesse. Ela era uma menina solitária e contava com apenas duas pessoas, duas únicas pessoas que acreditavam em sua capacidade de fazer alguma coisa. O restante de seu povo achava que ela era apenas um desperdício, e que deveria ter sido ela a princesa levada pelo inimigo. Emm é uma personagem apaixonante, assim como Cas, ~ suspiros ~ que me conquistou já no início. Ele se mostrou tímido e um tanto quieto demais (não era bem o que eu esperava de um príncipe) no começo, mas quando a autora foi aprofundando o personagem, não pude evitar – eu me apaixonei!
“Você já se perguntou – falou ele, olhando para o chão – se talvez nós é que sejamos os perigosos, e não os habitantes de Ruína?”. Galo fez uma pausa antes de responder: “O tempo todo.” – página 139
Eu tinha algumas suspeitas em mente do que poderia acontecer na história, sabia que em algum momento, alguém descobriria que Emm não era a princesa que dizia ser, e aí as coisas dariam errado. Mas a autora, mais uma vez, conseguiu me surpreender. A história seguiu um rumo que eu não imaginava que seguiria, e aí foi uma emoção atrás da outra (e ainda não era nem a metade do livro direito), e quando eu fui perceber o livro já tinha acabado. Dizer que estou ansiosa pela continuação é pouco. Eu PRECISO ler Avenged (Vingado) e preciso saber o que vai acontecer com Emm, Cas e os outros personagens (destaque para Aren e Galo, melhor amigo e soldado de Cas), apesar de imaginar algumas cenas na minha cabeça.
Ruína se mostrou muito mais do que eu imaginava, e mais do que a sinopse promete. Não é um romance bonitinho com cenários de guerra no fundo, é uma história sobre guerras (e não dá para saber direito quem está certo ou errado) onde um romance acontece, e, além disso, temos também questões familiares sendo discutidas, além de amizade e tolerância. Só achei a parte da fantasia (os poderes e tudo o mais) um pouco perdida no meio de tudo, mas entendo.
Então... Que venha Avenged! – e eu agora sou #Casemma #Esimir – ficou feio, mas o que vale é a intenção.
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