Sob os Olhos do Delírio

Sob os Olhos do Delírio Fábio de Andrade




Resenhas - Sob os olhos do delírio


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Renata 06/12/2017

3 Contos Para Ler Com os Pés Fora do Chão.
Fui convidada recentemente a conhecer “Sob os Olhos do Delírio” do autor paranaense, Fábio de Andrade.

Em primeiro lugar, eu não leio sinopses de livros porque minha memória é péssima e eu não consigo me lembrar delas, então acho um verdadeiro desperdício ficar lendo algo que irei esquecer, e iniciei este livro sem noção nenhuma do que me esperava. Mas tenho visto o livro do Fábio por vários cantos do Instagram já faz algum tempo e o título, a capa e o que andam falando por aí tinha tanto mistério por trás, que me deixou extremamente curiosa, um passarinho amarelo contou ao Fábio que veio falar comigo e que me cedeu a obra dele para leitura, e ele não me pediu nada além da leitura, mas eu precisava dividir minhas impressões sobre esta com vocês, e aqui estou.

Em “Sob os Olhos do Delírio”, temos três contos em 28 páginas apenas, mas dependendo do leitor poderá parecer que leu 280 páginas.

~~ “São esses momentos que refutam a ideia de que um destino premedita a vida de todos; o ser humano apenas toma decisões erradas quando as corretas são óbvias.” ~~

O primeiro conto é “O Horrível Fim de José de Alencar”, e eu até pensaria que tivesse alguma relação com o autor brasileiro, mas Fábio já havia me avisado lá na introdução que não era o caso.

Bom, nas primeiras páginas somos apresentados à um personagem visivelmente deteriorado, perturbado e que com certeza tem uma boa história para contar, o que nos deixa curiosos para saber qual o motivo de tamanha melancolia que pesa em cada uma daquelas palavras.

Descobrimos então que José de Alencar é um senhor de 70 anos, que trabalha em um escritório e que em um dia de folga, durante uma caminhada matinal, se sente atraído pela casa 89 que fica na rua Moscoso, casa esta que tinha sido recentemente abandonada. O sr. José tenta descobrir o que o atrai naquela casa vermelha e de janelas de madeira que parecem mais antigas do que realmente são, não descobre, bate na porta e quando não é atendido, ele decide entrar (Por que, José?! Eu te falei, homem!), e ao entrar se ele não sabia o que o aguardava ali dentro, nós leitores, menos ainda.

Em resumo, este conto é uma conversa do personagem com o leitor, ele conversa e pede para que o leitor não se deixe se levar pela curiosidade em saber a história dele, mas não adianta, não há mais volta para esse leitor, acreditem.

E o nosso gentil autor tenta nos preparar com antecedência sobre o que está por vir, mas quando acontece notamos que nem que nos preparássemos muito, poderíamos prever tais acontecimentos.

Detalhes adicionais: Como sou sempre sabotada pela minha memória, faço anotações ao longo da leitura para não vir aqui falar besteira depois, e eu fiquei tão tensa com esse conto que quebrei o grafite da lapiseira umas 6 vezes, enquanto meu estomago revirava. E não se enganem, eu adorei o conto, porque adoro leituras que me tiram da zona de conforto e principalmente as leituras desconfortáveis que nos fazem sentir na pele tudo aquilo.

O final do conto de certa forma parecerá algo que já vimos por aí, mas o importante é que a mensagem foi dada com êxito e Fábio foi muito esperto ao abordar um medo que sei, muitos leitores têm, mas não vou falar aqui qual, vão ter que descobrir. Minha dica amiga é: leiam ao ar livre sob o sol que antecede o meio-dia.

Já no segundo é um mini conto, “Em casa”, temos a história de Alfredo e Lúcia, que são casados há 10 anos. Logo descobrimos que Alfredo está longe de casa e que eles não vêm há algum tempo também, mas logo isso irá mudar porque Alfredo está à caminho, cheio de saudade de sua amada esposa e só pensa em chegar em casa. E bem, casa é onde o a felicidade está, não é mesmo?! Por favor, não julguem o Alfredo ao final desse conto.

~~ “Era exatamente assim que eu me sentia, como um filhote vendo sua mãe chegar do trabalho, pronto para sentir o calor de seu colo.” ~~

E por último, o conto que, confesso, estava um pouco preocupada... “Obmen-01”.

Este conto se passa em Muskov, um hospício russo. Em uma cela está Nikolai, acorrentado, enquanto escuta sua companheira (que também está ali mas em uma cela distante da dele) gritar ao longe sendo torturada, e ele não pode fazer nada, além de tentar fazer algo.
Nadezkha é o nome da mulher que grita e por quem Nikolai sofre em sua sela, mas acredita que serão seus últimos gritos, pois têm planejado sua fuga em poucos minutos.

~~ “Não dormi naquela noite, fiquei esperando os homens de preto de Nagy surgirem pelo corredor, acompanhando os pacientes um a um até a ala 8. Nadezkha foi a última, ela me olhou e me atirou um beijinho desenhando um coração no vento frio do Muskov.” ~~

Por trás do desespero do homem apaixonado, acabamos descobrindo que Nikolai escuta vozes de um senhor chamado Leon e uma mulher chamada Miroslava, que o induzem a agir de uma forma impulsiva, e é dessa forma que ele planeja agir também em sua fuga do Muskov.

Essa fuga foi planejada em parceria com um amigo que Nikolai conheceu lá dentro, Dimitri, um rapaz de família rica que foi parar ali por que conversava com objetos inanimados e ainda sofre com transtorno de bipolaridade, segundo seus familiares.

Dimitri, por ser de família rica tem alguns privilégios dentro do Muskov, diferentemente dos outros pacientes, ele pode andar livremente entre as alas e em suas andanças algumas histórias escapavam pelas paredes do hospício e chegavam até ele, que as leva até seu amigo Nikolai.

Em uma certa noite, Dimitri compartilha com Nikolai que soube de uma história que militares soviéticos se instalariam no Muskov para fazer um experimento de exército que teria como cobaia alguns dos pacientes dali, e que Nadezkha era uma das selecionadas por eles, sendo assim mudaria de ala e ficaria distante de Nikolai.

Não posso dar muitos detalhes sobre este conto, mas esta não é uma história de amor deverá bastar. “Obmen-01” é mesmo sensacional! Fábio nos faz delirar do início ao fim desse conto, assim como nos demais, todos de uma forma diferente. Quando você estiver prestes à acreditar em algo, abra bem os seus olhos, porque esse autor nos prega muitas peças ao longo dessa leitura, por sinal, mais que indicada para todos. E Fábio, não se preocupe, o Burgess ficou sendo apenas inspiração mesmo, tudo me pareceu muito autêntico em “Obmen-01”.

Para quem tiver interesse o livro está disponível na Amazon e pelo KindleUnlimited.
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Retipatia 24/10/2018

Uma antologia de prender a respiração!
Algumas portas foram feitas para permanecerem fechadas, alguns locais escondem mais segredos do que aparentam e, invariavelmente, lar será sempre onde o coração está. É nesse tom que a antologia Sob os Olhos do Delírio do autor Fábio de Andrade, nos apresenta a três contos: O horrível fim de José de Alencar, Em casa e OBMEN-01.
Um aviso logo de início, estas não são simples histórias de horror, suspense e mistério, são histórias de melancolia, teorias da conspiração e de acreditar em um além mundo digno das descrições do livro do Apocalipse. Como o próprio autor afirma, formam um álbum de fotografias de família. Talvez, em um olhar cru, superficial, as nuances das histórias possam não ser percebidas, mas, lendo entrelinhas, o que está e não está escrito, se sente os pulsantes sentimentos que permeiam as tramas. Cada uma, à sua maneira, irá despertar um lado do leitor, pode ser a surpresa, a apreensão ou a melancolia, mas algo há de surgir durante a leitura, isso é garantido.
Há que se fazer uma pausa antes de começar, não se trata de uma ficção acerca do destino do conhecido autor nacional de mesmo nome. Dito isto, seguimos à diante, para o começo.
José de Alencar, o falecido, nos avisa: são momentos de dor, terror. Se estivesse ainda vivo... não, este não é o ponto, seria melhor não ter adentrado aquela casa. Talvez ouvido aquela voz interior que o dizia para não seguir em frente. Ou dizia para seguir em frente? Seguiu, já não está mais entre nós.
O conto do horrível fim segue narrado pelo próprio José de Alencar, que, transpondo a quarta parede, avisa ao leitor, siga sob sua conta em risco. Como boa curiosa, segui, vislumbrei seu passado descrito prestes a acontecer. Os horrores. Todos eles lá, queira crer ou não quem está do lado de cá.
Um dos pontos mais interessantes que o conto traz, sem dúvidas, é a brincadeira que se faz com a linha temporal da história, trabalhada para fazer o leitor pensar saber o fim, sem o saber de fato. É, sem dúvidas, o ponto que mais chamou atenção nesse conto, além do bem trabalhado uso de elementos já corriqueiros do sobrenatural para descrever algo que, na mente mais cética, não faz sentido. Não precisa fazer, porque aqui, os sentidos podem enganar e, a boa e velha intuição pode levar ao mais derradeiro e cruel fim.
A saudade sempre presente, num tom necessário de saber se o outro se lembra, afinal, já se passaram 10 anos da última vez que Alfredo encontrou-se com seu amor. Espera-se que ela recorde, ele, sem dúvidas, não teve esquecimento, os anos marcaram a melancolia da ausência e, talvez o tempo só fez contar porque precisava saber o quanto ela aguardou.
Em casa é, sem dúvidas, do tom da melancolia. Não aquela que respinga o papel e deixa rastro de tinta ao passar a mão por cima, mas daquela que permeia o esperado, aquele fato que, só se descobre estar à espera quando ocorre. Falo do ciclo da vida, da saudade, da espera e do amor. Todos entrelaçados como se fossem fios da mesma renda.
Casa, aqui, é lar. É pertencer. E nem sempre esse é o lugar em que residimos de corpo, mas aquele em que a alma encontra alento, encontra sentido de ser. Sem dúvidas é meu conto favorito dos três que compõem a antologia. É sincero e simples, como estar em casa.
Muskov. Sanatório. Um plano certeiro, não tem chance alguma de dar errado, ele sabe os movimentos, os horários. O plano está em ação e o enfermeiro não vai falhar, não é apenas a sua vida que está em risco.
Mais do que vida em risco, é amor em risco, sanidade, realidade, vida do lado de fora. A possibilidade de viver algo que as paredes confinam, de respirar do lado de fora. Mas... será que é mesmo? Será que é a liberdade que se busca? Será que a realidade é o que acreditamos ser verdade ou a verdade é o que acreditamos ser a realidade?
O principal revés do conto é justamente o jogo da realidade, a pergunta que fica no ar é se a verdade e a realidade podem andar juntas. Se é a verdade de alguém, é a sua realidade não é mesmo?
Um conto com uma reviravolta à lá filmes do gênero de suspense, aquela que você pode até esperar que vai acontecer, mas vai se surpreender de toda maneira. Não porque se reinventa a roda, mas porque o eixo que faz girar prende, e traz vários sentimentos contraditórios bem costurados à trama.
Sob os Olhos do Delírio sem dúvidas será mais que leitura de entretenimento, irá despertar, em cada conto, da curiosidade à empatia e horror.

site: https://wp.me/p7r1pU-1rH
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Dani Ramos 20/12/2017

Amei!
?A tristeza é causa ou consequência??
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Com essa frase marcante, a antologia de Fábio de Andrade começa com o primeiro conto referente ao senhor solitário José de Alencar e sua mais chocante confissão: ele assistiu a um assassinato brutal de uma pequena garota. Mas para piorar ainda mais a situação, o mesmo afirma que o ?assassino? era um demônio. Com essa afirmação, o leitor é levado à dúvida ? realmente é verdadeira a história contada por esse senhor ou apenas sua mente envelhecida e conturbada? Quanto mais somos apresentados nesse mundo eremítico, outra vez nos sentimos envolvidos e angustiados pela descoberta da verdade.
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? ?A curiosidade é apenas um luxo juvenil inalcançável.?
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Junto com esse começo ímpar, na sequência conhecemos uma história solitária e triste do eterno marido apaixonado de Dona Lúcia. Ao decorrer do conto, conhecemos a fundo sua melancolia e os segredos mais obscuros, fazendo o leitor ao final, sentir-se compreensivo e empático com sua história.
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? ?(?) o ser humano apenas toma decisões erradas quando as corretas são óbvias.?
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Por último e o mais fascinante, é o conto referente à Nikolai, o enfermeiro russo que atrás de um sentimento novo e único, se envolve em mentiras e planos para conseguir fugir com seu amor. Porém, será que tudo o que Nikolai vê e fala é a verdade? Ou ele está envolvido por todos aqueles pesadelos que são encontrados naquele lugar? A última página foi de toda, a mais marcante! Milhares de possibilidades passaram em minha cabeça, sendo uma delas verdadeira ou todas.

Sabe aquela leitura totalmente prazerosa e satisfatória? Foi essa antologia do autor Fábio de Andrade! Cada palavra escrita nos contos, nos faz pensar de tal forma que ficamos nos questionando o que é real ou não. Como o ser humano pode ser enganado pela sua curiosidade, o levando ao fim. Assim como o desespero de um amor que se partiu, ou pior, a necessidade de ser amado. Reflexões e o gosto de um enredo bem elaborado, são todos os fatores positivos que você encontrará nessas páginas.
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Ariela Oliveira 08/01/2018

Um misto de terror, suspense e drama
“A ganância pelo desconhecido me traiu, me arrebatou, me tirou a vida, e aqui deixo o melhor conselho para o desventurado ser que estiver lendo isso: não seja curioso! Não termine de ler. Faça algo de bom antes que aquele que não ouso lembrar o encontre.”

Resenha: A frase citada no início dessa resenha está presente no conto “O horrível fim de José de Alencar”, primeiro da antologia. Esse conto me agradou bastante, o leitor é levado pelo próprio José de Alencar (antes que você se pergunte, não, não é o escritor famoso) a casa 89 da rua Moscoso onde um acontecimento sinistro muda a vida desse senhor de 70 anos para sempre.
A casa aparentemente abandonada chama a atenção de José e ele insiste em descobrir os segredos que ela guarda, mas a cena que presencia não é nada agradável. O que gostei nesse conto foi o fato do protagonista conversar com o leitor e a forma como foram narrados os acontecimentos, tudo de forma rápida o que aumenta nossa apreensão.
“Em casa” é o segundo conto e ele é o mais curto. Por ser bem curto os fatos são rápidos e quando cheguei ao final fiquei com um questionamento para o protagonista “sério que você fez isso?”. No caso dessa história acho que o objetivo não era provocar medo no leitor e sim deixar um questionamento a respeito da sanidade mental do personagem.
O último conto foi o meu preferido. “OBMEN-01” tem como protagonista o jovem Nikolai, enfermeiro no hospício Muskov que se apaixona por uma moça chamada Nadezkha, internada onde ele presta seus serviços. Nikolai descobre por meio Dimitri Kopola que os internos serão usados como cobaias para experimentos do exército e com ajuda de seu amigo desenvolve um plano a fim de resgatar sua amada.
Embora seja apenas um conto o autor conseguiu mesclar narrativas do presente do protagonista com o passado explicando todo o desenrolar dos fatos até a noite onde ele coloca seu plano em prática. O final surpreende e para quem busca contos rápidos para serem lidos e de ótima qualidade “Sob os olhos do delírio” é a escolha certa.

site: http://palavrasimaginariass.blogspot.com.br/2018/01/resenha-sob-os-olhos-do-delirio-de.html
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Murnyx 25/02/2018

Sob os Olhos do Delírio
A antologia é composta por três contos, e durante a leitura de cada uma delas são despertados um misto de emoções na gente e mesmo depois de uns dias do término do livro ainda me pego pensando nos contos.

Em “O horrível fim de José de Alencar” somos apresentado a um idoso,que durante um passeio tem sua curiosidade aguçada por uma casa abandonada, os acontecimentos dentro do local mudam sua vida e a narrativa nos deixa aflitos, levemente desesperados pra saber o que está acontecendo.

“Em casa” É o conto mais curto entre os três, mas com uma carga tão grande de sentimentos que chega a ser surreal. Acompanhamos um senhor indo de encontro a sua esposa amada, sentimos todos os sentimentos desse momento de reencontro. Meu preferido!

“OBMEN-01” nos leva a um hospício onde o enfermeiro se apaixona por uma das pacientes e arma um plano de fuga para os dois, mas seria só isso?

A escrita do Fábio me surpreendeu demais e é um livro que simplesmente não tem como largar, sério. Algo interessante é que ele compartilha um pouco da criação dos contos, além de ser brasileiro e ajudar a reforçar que tem MUITA coisa boa e nacional pra gente ler. Por se tratar de contos e poucas páginas é um livro que pode ser lido enquanto esperamos a aula começar, o ônibus passar, a vez na fila do banco sem maiores problemas. Ótimo livro pra todos que já gostam de ler e creio que pra quem não tem o hábito mas gostaria de começar, justamente pela escrita rápida que te prende e te leva pra dentro do livro.

site: https://www.instagram.com/bujodepobre/
Carol 13/03/2018minha estante
Amei!!!!




Erica.Cortez 23/02/2018

Maravilhosamente pertubadora
~RESENHA~ .
Título: Sob os Olhos do Delírio
Autor(a): Fábio de Andrade
Editora: Amazon
Páginas: 28
Gênero: Horror / Suspense e Mistério
Ano: 2017
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Sinopse: O que um senhor solitário assistindo uma garotinha sendo dilacerada por um demônio saltitante, um velho apaixonado e Nikolai, o enfermeiro do hospício Muskov, têm em comum?
Nessa antologia, Fábio de Andrade afoga seus leitores em um mar de agonia enquanto os três infelizes protagonistas só conseguem distinguir a vida da morte enquanto o delírio não tiver consumido por completo seus corpos. Dilemas de desespero, amor e horror são expostos da forma mais simples e poética da palavra, trazendo três situações em que ele deixa na mão do leitor decidir: A tristeza é causa ou consequência? Deixem que José de Alencar, o enfermeiro Nikolai e o velho marido de Lúcia lhe mostrem o real significado da melancolia em momentos que convergem no sentimento mais antigo e verdadeiro que a raça humana possui: o medo.
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OPINIÃO:
Há alguns dias atrás, o autor @fabiodeandrad entrou em contato comigo para saber se eu gostaria de ler o livro dele, então, de cara eu aceitei e foi com certeza uma das melhores decisões que tomei, pois foi uma leitura totalmente prazerosa e satisfatória!
São três contos que te levam a sentimentos extremos e diferenciados. O primeiro, conhecemos o Sr. José de Alencar, um senhor que após presenciar a morte de uma garotinha se vê aflito e atormentado, o outro, mostra a história de um homem apaixonado que após 10 anos de separação e saudade vive uma vida de melancolia e tristeza profunda, onde o final é algo realmente inesperado e fiquei com aquela "tristeza pós fim"; e o último (confesso que foi o que menos gostei!), narra a história de amor entre o enfermeiro do sanatorio Nikolai e a paciente Nadeska. Irreverente e bem diferente do que eu imaginei que ia ser, ele bola um plano que tem de tudo para dar errado e no fim nos questionamos se a loucura já afetou ele ou não! .
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Recomendo essa antologia para quem gosta de leitura profunda e irreverente, afinal, ela nos coloca diretamente na história e nos faz sentir tudo o que os personagens sentiram! (04/05🌟)
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Gabe | @cafecomgabe 02/10/2017

Excelente
Neste livro somos apresentados a três contos de horror/suspense que são extremamente bem escritos. A leitura flui muito, o autor escreve de uma maneira que faz o leitor entrar na história de corpo e alma e sentir as emoções dos personagens. Os dois primeiros contos foram meus preferidos, "O horrível fim de José de Alencar" me deixou tão impressionado que até sonhei com a história, que loucura.. há tempos eu não ficava com uma história assim na cabeça a tal ponto. Já no conto "Em casa" eu parei e respirei fundo, apesar de breve me tocou profundamente. Não posso falar muito pra não dar spoiler, o que posso dizer é: LEIAM! Vale muito a pena.
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Nane 07/10/2017

De prender a respiração
Estive procurando um livro de terror misturado com mistério tinha um tempo, fiquei tão satisfeita de ler esse que queria mais. Esses contos tem de tudo, mistérios, terror, drama e uma pitadinha de romance :) na espera de mais contos assim.
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Jaine Franco 10/10/2017

Sob os olhos do delírio é um livro que reúne terror, drama e mistério. Em três contos tão bem escritos que o meu desejo era que está antologia fosse maior e tivesse mais contos!
Dentre os três o meu preferido foi o segundo "Em casa".
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Tainá 05/11/2017

Conhenco um novo autor de terror!
Muito legal conhecer novos autores brasileiros!
Dos três contos, o terceiro foi o que mais gostei. A forma como foi escrito me deixou muito intrigada, jamais imaginaria o final!
O primeiro conto, do Jose de Alencar, me lembrou um pouco alguns contos de Poe, talvez por ser escrito em primeira pessoa.
O segundo, Em casa, achei a linguagem um pouco rebuscada, o que me distraiu da história em alguns momentos. Mas achei o final sensacional!

No geral foi uma boa leitura, bem rápida e para quem gosta do gênero de terror é uma boa pedida para conhecer um novo autor nacional
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Thyago 24/11/2017

Novos autores que surpreendem
A escrita do Fabio de Andrade prende o leitor, e flui muito naturalmente, gostei muito da forma como ele escreveu o primeiro conto, em que o narrador está em contato direto com o leitor, sem restrição, me lembra muito do Machado de Assis, que de vez em quando fala diretamente com o leitor de seus contos. E isso é muito legal. Ao pedir pra parar, nos instiga a prosseguir.
O segundo conto, embora curto, sem revelar até o momento certo, traz a grande surpresa no final o que nos faz querer reler o conto todo para compreendermos, ao fim com a nova luz daquela revelação, tudo o que havíamos lido de outra forma no inicio. Muito bom! Muito inteligente o conto! lê-se duas seguidas vezes com prazer.
O terceiro conto foi realmente maravilhoso! Mesmo! Eu mergulhei no conto. A história é muito envolvente e muito bem escrita.

Recomendo muitíssimo a leitura dessa antologia
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Fer 29/11/2017

Muito bom
Adoro ler contos e claro que os de terror são os  que mais me atraem. Nesse livro, conhecemos três contos que prendem totalmente atenção do leitor, e cada um expressa um tipo de sentimento bem diferente um do outro. A narrativa do livro é sensacional. O primeiro conto sem dúvidas foi meu preferido. Vou ficar esperando mais do autor.
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Janeide.Magalhaes 29/12/2017

“O que um senhor solitário assistindo uma garotinha sendo dilacerada por um demônio saltitante, um velho apaixonado e Nikolai, o enfermeiro do hospício Muskov, têm em comum?"

O livro é composto por três contos de terror:
1. O horrível fim de José de Alencar
🔹O personagem está desesperado e não sabe definir o que o atacou. Ele se recorda do medo, da dor, do cheiro de sangue, do odor pútrido de algum lugar da casa 89.

2. Em casa
🔹Um lar não é uma construção e sim uma pessoa. Para Alfredo sua felicidade está em Lúcia, o amor da sua vida que não vê há 10 anos. Depois de tantos invernos chegou o momento de reencontrá-la e acabar com a saudade que lhe aperta o peito e corrói sua alma.

3. Obmen-01
🔹O diretor do Hospício de Muskov forma uma parceria com os militares soviéticos e transforma o local em um laboratório para que o exército realize experimentos tendo como cobaia os pacientes.
🔹Entre os selecionados está Nadezkha, uma mulher que seduziu e conquistou o coração do enfermeiro Nikolai.

Gostei de todos os contos, mas o segundo me cativou de um modo totalmente diferente e se tornou meu preferido.
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Bia @paixoesliterarias_ 04/01/2018

"O frio era o segundo inquilino, fazia as madeiras gemerem em agonia a cada novo sopro de luxúria."


SINOPSE:O que um senhor solitário assistindo uma garotinha sendo dilacerada por um demônio saltitante, um velho apaixonado e Nikolai, o enfermeiro do hospício Muskov, têm em comum?
Nessa antologia, Fábio de Andrade afoga seus leitores em um mar de agonia enquanto os três infelizes protagonistas só conseguem distinguir a vida da morte enquanto o delírio não tiver consumido por completo seus corpos. Dilemas de desespero, amor e horror são expostos da forma mais simples e poética da palavra, trazendo três situações em que ele deixa na mão do leitor decidir: A tristeza é causa ou consequência?
Deixem que José de Alencar, o enfermeiro Nikolai e o velho marido de Lúcia lhe mostrem o real significado da melancolia em momentos que convergem no sentimento mais antigo e verdadeiro que a raça humana possui: o medo.

"Meu coração clamava para que eu fosse embora dali, mas a intromissão comandava meus frágeis e desgastados músculos."

MINHA OPINIÃO:
Nessa antologia, podemos conhecer 3 contos distintos: O horrível fim de José de Alencar, Em casa e Obmen-01. Apesar de os contos serem bem diferentes um dos outros, todos são profundos e nos despertam sentimentos variados.
No primeiro, O horrível fim de José de Alencar (que não é o autor brasileiro), o protagonista sofre por não saber exatamente o que o atacou, mesmo se lembrando do medo e do cheiro do sangue, presente na casa 89.
No segundo, Em casa, Alfredo matará a saudade do amor da sua vida: Lúcia, a qual não vê há 10 anos.
Por último, no terceiro conto, intitulado "Obmen-01", temos Nikolai, um enfermeiro que teve o coração conquistado por Nadezkha.
O primeiro e o segundo conto foram os que mais gostei, as palavras utilizadas para a descrição dos fatos foram muito bem escolhidas. Essa antologia tem o poder de nos fazer sentir diversos sentimentos, justamente por serem contos bem intensos. Dá pra sentir a agonia e medo dos personagens.
O interessante é o prévio aviso que o autor nos faz no início da narrativa, nos alertando sobre o que está por vir. Mas leitor que é curioso continua lendo mesmo assim, né? 😂😂
O Fábio, com sua escrita, nos faz delirar (pra combinar com o título do livro kkk) lendo os três contos, mas cada um de uma maneira diferente. Eu particularmente adorei, apesar de ser um gênero que sai da minha zona de conforto.
Resumindo, essa antologia é muito boa. Claro que teve algumas ressalvas, por isso tirei uma estrelinha, mas isso não atrapalhou minha leitura. É uma obra que vale a pena ser lida. Fica a dica aí!❤

site: https://literariaspaixoes.blogspot.com.br/2018/01/resenha-sob-os-olhos-do-delirio-fabio.html
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Giuliana Murakami 08/01/2018

Delirante
O nome faz jus ao título da obra. Com três contos minimalista, o autor consegue prender a atenção do leitor nas primeiras palavras. Descritivo sem ser enfadonho, profundo sem ser prolixo, a narrativa de Fábio de Andrade é de uma raridade nos tempos hodiernos.
Pessoalmente, o último conto foi sem dúvida o meu favorito, isso porque o final despertou diversas interpretações sem nenhum exagero como verificamos em alguns contos, cujos autores acreditam piamente incorporar Machado de Assis. Não! Para Fábio de Andrade, não existe nenhum egocentrismo e ele consegue provocar os mais íntimos delírios com este último conto, ademais pela ambientação em um hospício. De um estilo próprio, com referências intelectuais, criamos gosto pela leitura e, ao fim, o que sentimos é uma miscelânea entre angústia, choque e um gostinho de quero mais.
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