A casa inventada

A casa inventada Lya Luft




Resenhas - A casa inventada


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vale refeição 17/09/2023

"A casa inventada" foi meu primeiro contato com a autora. No geral, gostei bastante da obra, a escrita é fascinante e ela relata casos muito intrigantes. Mas quanto ao conteúdo em si, não consegui tirar muitas conclusões.
O único motivo de não receber 5 estrelas é devido à forma cansativa que se estende até o final.

A princípio gostei de sua escrita poética mas me incomodou um pouco o começo da obra (Talvez devido as analogias da autora).
A obra traz alguns belos poemas e diversas reflexões sobre a vida; a casa descrita seria um exemplo de como é viver.
Confesso que estranhei os exemplos utilizados, acho que no caso ela poderia ter pensado em outras vertentes mais aplicáveis.

Sobre seu conteúdo, narra os pensamentos da protagonista (Que é chamada de Penélope pela Pandora), acontecimentos da vida da protagonista e alguns diálogos com a Pandora (Seu reflexo no espelho).

No livro há o seguinte comentário:
"Mesmo andando no corredor, espiando nos quartos, farejando os porões, invadindo o território de seus moradores, pouco sei deles, eu que os invento"
Como comentei anteriormente, não acho que a escritora tenha usado o melhor exemplo para descrever a expectativa que temos para com os outros. Mas ainda assim, acho que é um assunto que deve ser abordado no quesito "vida", viver em sociedade é simplesmente ser humano.
Somos seres sociáveis e muitas vezes a solidão é o abismo do homem.

Por mais que no início ela utilize uma escrita um pouco infantil, é possível ver a obscuridade de seus pensamentos (Que ela mantém até o final do livro).
"O que estamos fazendo ainda aqui? Por que não nos dão licença de enfim terminar de morrer? Ninguém nunca vai cortar esse fio que nega a absoluta liberdade?"
Acredito que essa frase (Proferida por vultos) refere-se a versões antigas de si, que permanecem na memória mas não te definem mais. Dependendo do caso, pode referir-se à versões de si.

Segundo capítulo:
Acho que se trata de uma autobiografia "simbólica". Caso não seja: sugiro medicação controlada e um psiquiatra competente (e caso necessário uma internação).
Comecei a me perguntar sobre o que a autora estava se referindo, não sei se era sobre uma "vontade" que ela tinha ou se era um transtorno psicótico. De fato, se tornou um livro obscuro, de um jeito nada confortável. Intrigante, eu diria.

No decorrer da leitura, percebi que não conseguia entender completamente a proposta da autora. Acredito que ela sofra de depressão e relate sensações e pensamentos através de analogias.

Um ponto da obra que mais me impressionou foram os relatos. Ela relatou diversos casos de pessoas que morreram e acontecimentos (geralmente deprimentes) que ela presenciou. A leitura desses casos me lembrou de como a vida é frágil, como as pessoas são impulsivas e maldosas, e principalmente como a tristeza e a morte são inevitáveis.

Percebi que o livro, - além de transmitir diversos pensamentos sobre o viver e o morrer - é uma autobiografia (De forma estritamente poética). Não conheço a trajetória da autora mas acredito que ela passe por quadros de tristeza profunda e sofra de abandono.

No final do livro ela faz uma analógica incrível sobre suicídio.

"Talvez apenas queiram que pare de doer; quem sabe só desejam descanso, e que está vida aqui os deixe em paz."
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Carlinha PPinto 10/04/2024

A vida é devaneio?
A poesia está presente em cada frase, em cada entoação.
Nunca havia lido Lya e escolhi ouvir um audiolivro no primeiro contato. Gosto da poesia quando citada por outro que não eu.
O eu mais interno se confronta com as razões da vida no centro da discussão. Faz refletir, tentar reencontrar o seu eu, aquele que cala com o tempo ou talvez sufoque.
Indico. Prepare-se para adentrar em si mesmo.
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Natalia Oliveira 07/02/2024

Li em e-book, e ouvindo o audiobook na Audible (maravilhoso esse "aplicativo" de audiobook, já recomendo) quero reler com o livro físico agora...para marcar as passagens favoritas... Um livro bom!!! A autora divaga bastante, porém gostei
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eduarda 18/01/2021

a casa inventada
"porque vida e morte, e o claro e o escuro, e a realidade e a imaginação se entrelaçam, se fundem, se ocultam e se desvendam.
porque o grão de loucura ilumina a noite e fertiliza a terra.
porque somos melhores do que nos fazem crer que somos.
porque para nós, amadores, indagar é melhor do que entender.
porque o consolo está em que nada faz muito sentido.
porque, se uma parte de viver são escolhas, a outra parte é milagre dos deuses"
livro excelente do começo ao fim. me surpreendeu positivamente!
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Lucia | @lucia_esta_lendo 22/10/2021

Nossa casa, a metáfora de nossa vida
Um livro para ser apreciado em doses moderadas. A beleza da escrita está na riqueza dos detalhes da casa, que nada mais é do que a nossa própria vida.
Com um toque de auto biografia, Lya Luft nos entrega uma obra que nos faz refletir profundamente sobre o que é a vida e como a vivemos. Pandora, aqui, pode ser retratada como sua consciência, que a faz se questionar constantemente sobre este grande desafio que é viver.
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pitypooralfie 04/03/2024

Eu esperei meses o biblion liberar esse livro para mim. Quando o encontrei pela primeira vez, criei muitas expectativas pelas minhas experiências positivas com os romances da Lya Luft.

Estava tudo bem até eu decidir ler múltipla escolha enquanto esperava a liberação de a casa inventada. E, meu Deus, que desastre.

Detestei múltipla escolha, e cheguei com má vontade a essa leitura. Achei a escrita da Lya até bonita, mas as metáforas pareciam meio gastas, como se tivessem sido usadas antes em vários lugares. No meio do livro, eu já estava sem paciência e achando tudo brega.

Mais uma perda de tempo e que meio que sepultou minha vontade de ler mais coisas escritas pela Lya Luft. Na verdade, estou inclusive com receio de reler os romances de que gostei tanto no passado. Outra decepção.
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Ana Pereira 18/02/2024

"As histórias de morte, são também de vida, está tudo entrelaçado. Sempre que falo na vida lembro da morte e sempre que escrevo morte, lembrem: estou falando na vida."

Escrita poética e sensível.
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Gabriel.Azevedo 06/03/2023

Esse livro é necessário
O tempo não existe:
Ele se resume ao instante
O tempo é um rio que corre
Mas não passa:
é sempre agora

CARA eu to completamente feliz em ter lido essa maravilhosa obra.
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dudicaswift 30/04/2023

Muitoo bom! nunca tinha lido nada da Lya Luft, agora quero ler ?a redoma de vidro?. Como sempre indicação da minha professora e ela acertou novamente!
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Arthur 27/06/2018

A casa inventada: um passeio intimista pelos cômodos de um lar também chamado vida
Lya Luft é um autora gaúcha que iniciou a sua carreira literária em 1980 com o romance "As parceiras". Com uma escrita peculiar, bastante intimista, costuma trazer realidades duras de maneira delicada, suavizando, de certo modo, a brutalidade do narrado com a sua impressão ora poética, ora confessional. Seus romances são protagonizados, conforme a estudiosa de sua obra Maria Osana de Medeiros Costa, por "uma legião de mulheres perdedoras", que enfrentam problemas familiares, dilemas pessoais e a presença de um patriarcado que, apesar de estar em declínio, ainda as oprime. Além de romances, Luft é autora de poesias, contos, crônicas e, inclusive, um gênero próprio, que mescla todos esses a um relato pessoal, algo como uma autobiografia ficcionalizada, mas permeada de diversos nuances típicos dela. É nesse último gênero que se enquadra "A casa inventada", ou seja, o gênero Lya Luft.

O referido livro possui um tom autobiográfico, porém romanceado e reflexivo. Com isso, seu discurso intimista assume diversas facetas: ora de desabafo, ora de segredo, ora de uma espécie de história que se conta para as crianças, ora de reflexão, ora de exortação, ora de (auto)análise... É uma espécie de texto que oscila entre o tom de crônica, autobiografia, romance, autoajuda e poesia, sendo não apenas entremeado por poesias da autora, mas pela própria escrita que assume nuances poéticos.

Em "A casa inventada", somos convidados a adentrar a casa da vida da autora. Sendo a casa um referente que todos temos, possuindo apenas diferentes as suas particularidades (pois mesmo moradores de rua acabam tendo uma espécie de casa, que pode ser a marquise sob a qual se deitam, por exemplo), Luft a utiliza para narrar um percurso de autoanálise, de introspecção, de revisita a si mesmo, algo raro em tempos cada vez mais corridos, que nos exigem tanto tempo que pouco paramos e pensamos em como estamos, quem éramos, quem somos e o que temos feito de nossas próprias vidas/casas. Assim, passeamos com ela pela porta de espiar (onde vemos de fora a casa/vida do outro, ou seja, um olhar externo acerca de quem não conhecemos, mas que não deixa de nos levar a pré-julgamentos); pelo espelho de Pandora (onde podemos ver a imagem refletida em um mundo aparentemente espelhado, mas que, na verdade, representa aquilo que deixamos apenas no mundo da fantasia, não no real); pela sala de estar (local onde recebemos todos os visitantes de nossa casa/vida, local de socialização, de convívio, principalmente familiar); pelo corredor onde lembranças começam a se acumular e que representa a transição de relações mais superficiais para um espaço mais íntimo; pelo quarto das crianças (espaço da diversão, das memórias afetivas, da fuga do real); pelo porão das aflições (local subterrâneo, representante do limbo para o qual lançamos todas as nossas preocupações, dores, aflições, aquilo que nos tira o sono com o sonido de arrastar de correntes à noite); pelo pátio cotidiano (onde entramos em contato com todo tipo de conversa e informações acerca do mundo externo à nossa casa/vida, percebendo, inclusive, o perigo iminente que se encontra no mundo exterior, do qual não podemos nos ausentar por muito tempo, como violência, preconceito, entre outros males); e, por fim, o jardim dos (a)deuses (local de repouso, onde se pode encontrar paz e descanso, deliciando-se com a beleza e os odores das flores, e que, justamente por se tratar de um local de paz e repouso, possui uma escada que dá acesso a um lugar além da casa, além da vida, o novo ciclo que se inicia quando abandonamos esta casa/vida e seguimos rumo ao desconhecido).
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Pri Ruppenthal 11/03/2022

Nada de verdade termina
?E se ali de dentro saltar essa vontade de ser feliz? É mesmo permitida, ou uma culpa ancestral e louca nos refreia, onde se viu, cantar e dançar sozinha às quatro da tarde quando há tantas tarefas a cumprir??.

Confesso que não entendi o contexto do livro quando acabei de ler. Precisei pesquisar pra fazer sentido o que eu tinha lido. Por isso a nota baixa.

A Casa Inventada é um livro muito pessoal, muito bem construído e feito para nós fazer pensar. Lya escreve maravilhosamente bem, mas foi difícil entender a construção do lar e o seu sentido no livro.

Lya Luft estruturou seu livro como os cômodos de uma casa pela qual passeiam suas lembranças, uma casa, como a que a escritora viveu com a família na infância em Santa Cruz, e o que Lya distribui por sete capítulos, cada um deles com um ?cômodo? de uma casa são recordações que mantêm uma imprecisão, talvez por isso a minha dificuldade em associar, e que, em boa parte do que ela se lembra, é inventado.

Durante toda a leitura, com a minha visão sistêmica, achei que Pandora fosse uma irmã gêmea que não veio, por isso a presença constante dela.

Talvez você leia e tenha uma impressão diferente da minha. Eu sempre penso que nenhum livro é leitura perdida, eles sempre vão acrescentar algo. Se você ler, me conta aqui o que achou.

? - Sempre há tempo - diz Pandora, claro que ela fala assim. -  Tempo para parar de se encolher, se desenrolar dessa concha e sair para a vida!?
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jupitereis 07/09/2022

Simplesmente Lya Luft.
Muito difícil não sair de um livro da Lya Luft nesse estado de total contemplação. Difícil voltar a viver normalmente depois de se sentir tão descrita em diversas obras da autora.
É como ela fala no início e no final do livro, A Casa Inventada é sobre contemplação, sobre sentir o fluxo das palavras descritas, os sentimentos enlinhados na histórias. Não é sobre ver sentido na figura de Pandora ou sobre a forma que a casa é construída.
A Casa Inventada é sobre a vida e nem sempre ela faz sentido, mas você sempre tem algo a dizer e sentir sobre ela.
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Pamela.Ghizzi 27/01/2023

A casa inventada
A casa inventada nos traz várias reflexões sobre a vida, a cada cômodo visitado uma surpresa, um mistério, um medo, talvez a vida seja sobre viver e não sobre ter ansiedade em descobrir tudo tão depressa.
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Monyque 25/07/2023

Um livro que traz uma mistura de romance, ensaio e autoficção. Vai falar sobre Penélope em sua infância quando se depara com um espelho e vê nele outra pessoa a qual chama de Pandora, que é uma menina extrovertida e sem medo de expressar suas emoções e sentimentos. .
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A princípio Penélope acha que pode estar enlouquecendo tão jovem, pois ninguém mais vê essa outra versão de si mesma. Porém, vai precisar de um tempo pra que ela entenda que desempenha vários papeis na sociedade: o que os outros pensam que ela é e o que ela realmente é.
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Um livro que me fez pensar bastante sobre a maneira que agimos na frente das pessoas e quando estamos sozinhos. Todos nós temos várias versões, mas será que estamos mostrando aquilo que realmente somos ou o molde que fazem da gente?
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Fernanda3221 01/02/2024

"As histórias de morte são também de vida, tudo entrelaçado. Sempre que falo na vida, lembro da morte, e sempre que escrevo "morte", lembrem, estou falando na vida." - A Casa Inventada, Lya Luft.

Esse foi o segundo livro da Lya que li. O primeiro foi a obra fantástica chamada O Tempo É Um Rio Que Corre, o qual recomendo a todos. Inclusive, recomendo a leitura deste antes da leitura de A Casa Inventada, pois, na minha opinião, são livros complementares, e a autora faz referência ao livro anterior em várias partes deste mais recente.

É belíssimo o jeito poético que a autora escreve nesse livro sobre a vida e suas complicações. Cheio de reflexões sobre a infância, conflitos internos, amadurecimento e morte, é uma leitura rápida, porém, que certamente irá te marcar.
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