Nunca Olhe Para Dentro

Nunca Olhe Para Dentro Amanda Ághata Costa




Resenhas - Nunca Olhe Para Dentro


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Estefany 08/06/2020

Três narcisos
Betina, quando tinha oito anos, exalava um grande talento em suas telas. Infelizmente, um trágico acidente moldou toda a sua vida. Futuramente, após tantos ocorridos, ela ainda se vê nas mãos de sua tia, que nada faz bem a ela. Em uma aula no hospital, ela conhece seu parceiro de romance, o qual vai dar cores tão vivas à vida de Betina. Há muita coisa a se esperar, mas não que seja um romance de total clichê.
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Natália | @tracandolivros 23/04/2019

Tinta pra todo lado
Aos oito anos de idade, Betina, uma menina completamente apaixonada pelas cores, uma ótima pintora; perde os pais num acidente de carro. Eles estavam voltando de um museu onde Betina estava expondo seus trabalhos. Na rodovia um carro acabou perdendo o controle na outra faixa, entrando na contramão e fazendo o pai dela desviar; caindo no lago e afundando.

Todos os médicos dizem que ela nasceu de novo depois do acidente. Que era impossível ter sobrevivido depois de tanto tempo naquela água congelante. Mas Betina está ali para provar que teve uma segunda chance na vida. Porém a vida dela não foi nada tranquila depois do acidente. Com a guarda dela passada a sua tia, irmã de sua mãe, ela sofreu demais. Sua tia sempre a machucou e maltratou, e Betina nunca nem soube direito o porquê.

Para continuar vivendo Betina se prendeu aos dois melhores amigos, Paola e Caio. Além disso ela também não desistiu de encontrar o culpado pelo acidente. A polícia já arquivou tudo porque não há provas de outro carro, não existem marcas na pista, não houve colisão entre os dois; apenas a memória perturbada de uma criança de oito anos.

Nessa luta pela verdade Betina vai conhecer o Dr. Nicholas na sua aula prática na faculdade. E num primeiro momento eles não se dão bem, mas o crescimento do romance e da aproximação dos dois foi algo muito bem trabalhado, eu que não sou fã de romance vi ali crescendo o amor aos poucos.

Esse livro me prendeu direto, li ele correndo em dois dias, mesmo passando das 400 páginas. Contudo, eu imaginei quem era a pessoa que tinha causado o acidente direto no prólogo do livro; achei isso completamente clichê, porque apenas uma pessoa teria real relevância para a trama. E as motivações da tia dela para odiá-la também eram óbvias. Entretanto, o livro tem uma mensagem linda demais, e um ritmo muito gostoso. Quem gosta de romance e drama com certeza vai tirar bom proveito dele.

site: https://www.instagram.com/p/BeQWevvgy6m/
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Thayza Fonseca 14/01/2019

Li as primeiras impressões desse livro antes do seu lançamento em 3/10/17, ao longo de um ano eu tentei voltar para a leitura, mas sem ter tempo fui adiando, até que abriu uma brecha e eu enfim consegui concluir a história da Betina.

Nunca olhe para dentro entregou mais do que eu esperava, não fazia ideia, nem mesmo já tendo lido as primeiras impressões que a história da Betina ia me deixar tão sem fôlego e cheia de cores diferentes ao longo da leitura. Não posso dizer que foi uma leitura fácil, por vezes tive que parar e respirar fundo, não sei explicar, mas essa história me fez mergulhar fundo nas emoções e senti-las de uma maneira que a muito tempo não acontecia durante uma leitura. Senti muita aflição com as coisas que acontecem com a personagem e a cada escolha “errada” eu me via mais ansiosa para que tudo chegasse a um desfecho merecidamente feliz.

'As atitudes não devem ser lembradas pelo rosto de quem as fez, e sim pelas próprias atitudes. Alguém me salvou, é tudo o que importa."

Antes de falar mais um pouco sobre a história, quero dizer que a Amanda tem o dom da escrita, é possível reparar em todo amor que ela coloca nas páginas e esse trabalho em particular merece muito reconhecimento. Além de muito talentosa a autora é uma simpatia só, tive a oportunidade de estar com ela duas vezes e sempre fui recepcionada com muito carinho. Espero encontrá-la mais vezes pelas bienais da vida e espero que nas próximas eu tenha que enfrentar uma fila enorme para conseguir um abraço, pois é merecido.

"Ontem eu fui. Anteontem também. Agora, eu acabei de ser."

Sendo bem sincera não sei apontar o centro dessa história, já que a princípio seria a descoberta de quem causou o acidente que matou os pais da personagem e isso de fato preenche as páginas e tem um final impressionante, mas ao longo da narrativa a autora colocou elementos e assuntos tão importantes quanto e dessa forma é difícil apontar apenas um como principal. Temos aqui violência doméstica, um tema de suma importância que foi tratado com segurança e empatia. A amizade e o poder que esse sentimento e relacionamento tem para vida de uma pessoa, amar sem julgamento, aceitar sem porém e apoiar acima de tudo. Temos o amor em toda sua glória vermelha, que é altruísta e insistente, tão apaixonante e tão verdadeiro que faz todos os outros meio opacos. Vemos aqui perdão, aceitação, busca pela justiça e principalmente a dor da perda, que acontece de maneiras diferentes para pessoas diferentes, mas não existe comparação, pois cada uma é única a sua maneira.

Procurei olhar essa história de uma maneira única, assim como é a protagonista e foi mágico. Fui feita de trouxa no desfecho e adorei, que reviravolta, ainda estou sem acreditar direito no que aconteceu para falar a verdade. Amanda apresentou pela perspectiva da Betina o amor pelas artes plásticas, a personagem tem a tendência de definir sentimentos por cores e isso é um ponto alto da história que nós faz ficar mais e mais envolvidos. Enfim, Betina tem adoração por cores e isso colore também a vida do leitor. Amanda fala de arte como um todo de uma maneira bem apaixonante, sem defender seu próprio tipo de arte, a escrita. Mas é notável a voz que ela dá para algo tão incompreendido como a pintura, já que buscamos sempre um significado quando na verdade só devemos sentir.

"As melhores lições são aquelas que não têm a menor pretensão de existir."

A verdade é que posso ficar por horas falando de Nunca olhe para dentro e mesmo assim não vou conseguir transmitir tudo o que a história tem, é impossível descrever o quanto eu amei esse livro, o que vocês precisam fazer e ler e se deixar encantar também. Fica aqui a minha indicação de leitura nacional da melhor qualidade que me deixou toda laranja.

Beijos
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Bela 19/08/2018

Eu acompanho a Amanda nas redes sociais e estava bastante curiosa para conferir este seu novo trabalho. Já sabia que o livro iria tratar temas como depressão e violência doméstica, que são temas que costumam atrair a minha curiosidade, porque eu entendo o quanto são necessários, além de exigirem certa sensibilidade por parte do autor para serem bem trabalhados.

Betina é uma jovem universitária. Ela perdeu seus pais muito cedo em um acidente de carro quando voltavam de uma exposição de artes em que haviam sido expostos quadros pintadas por ela, ainda uma criança de oito anos de idade. Depois do acidente ela passou a morar com sua tia materna, uma mulher amarga e cruel que a fez deixar a sua paixão de pintar. Cecília parece disposta a reprimir qualquer coisa que deixe a sobrinha feliz, afasta suas amizades, impede seus namoros, além de se aproveitar de todo e qualquer situação para humilha-la e diminui-la. Felizmente ela tem amigos fiéis, que a amam e apoiam em todos os momentos, que são o Caio e a Paola, seus colegas do curso de psicologia. Mas, a situação de Betina não é nada fácil e por isso ela se agarrou com todas as suas forças aos seus pais e está decidida a encontrar o motorista que causou o acidente naquela noite, ao entrar com o carro na pista contrária e forçar seu pai a realizar a manobra que os lançou no lago negro.

"Em vez de gritar, ela fica em um silêncio profundo demais. Existem silêncios mais escandalosos do que gritos que parecem intermináveis. Ela pode não ter gritado, mas naquele início de tarde, a sua falta de reação fez isso por ela mesma."

Eu conheço algumas pessoas que, como Betina, perderam seus pais muito cedo, mas por terem parentes amorosos que cuidaram deles como se fossem seus próprios pais, não se apegaram com tanta força às lembranças deles como Betina. Imagino que por viver uma situação tão terrível junto à Cecilia, que a protagonista ainda não tenha conseguido passar pelo luto. Criar novos relacionamentos é muito desgastante para Betina, por que sua tia regula seus horários e cria mentiras para todos aqueles que se aproximam da jovem. Tanto que ela já não se esforça muito para realizá-lo e acabou por colaborar com a tia ao evitá-los. É nessa situação que surge Nicolas, um médico bonitão que está mais do que disposto a investir nessa garota complicada, por mais que ela sempre o afaste. Algumas pessoas podem se sentir um pouco incomodadas com as atitudes de Betina, mas não dá pra esperar que ela haja de maneira muito diferente. As constantes ameaças e abusos a que é submetida a tornaram uma pessoa insegura, reservada e indecisa.

"Ninguém é perfeito. Não há só uma pessoa que não erre pelo menos uma vez por semana. O que diferencia nossos erros e acertos, é a responsabilidade que tomamos pelas nossas falhas. A decência de admitir a incapacidade de ter acertado, nos dá o maior do créditos, o caráter."

Paola é aquela amiga que nos entende mais do que a nos mesmos, ela é amiga de Betina desde antes do acidente. Elas estudam juntas desde pequenas, estiveram sempre uma ao lado da outra e dificilmente isso irá mudar. Já Caio conheceu Betina na universidade e é sinônimo de alegria, alto astral e unicórnios purpurinados, como ele mesmo diz. Um homossexual, uma negra e uma vítima de violência doméstica, os três formaram uma amizade maravilhosa. Já Nicolas é um verdadeiro gentlemen. Confesso que fiquei aliviada quando a autora disse que ele não era marombado, por que isso é raro de ver em romances, geralmente o mocinho é cavalheiro, bonito, sarado, louro e de olhos verdes, por que, afinal... esse é um perfil muito comum de se encontrar por aí... Mas, pelo menos sarado, Nicolas não é.

"-Eu não sei com quais cores tem pintado o seu próprio mundo, mas você devolveu muitas delas para o meu."

A história foi muito bem construída. No final, Amanda nos dá todas as respostas e entendemos um pouco do que se passava na cabeça de Cecília, mesmo que seus motivos não sejam suficientes para justificarem nenhum de seus atos. Esse é um assunto muito necessário e era importante que houvesse um desfecho apropriado, o que aconteceu de maneira natural. Ela nos leva a refletir sobre a dificuldade que uma pessoa tem de denunciar seu algoz e como é importante ter pessoas ao redor oferecendo apoio, ao invés de julgamentos. Foi meu primeiro contato com o trabalho da Amanda e fiquei muito satisfeita. Ela possui uma escrita muito madura e envolvente e mal posso esperar pra ler outros livros dela.

"A vida pode ser um belo quadro, se você souber pintá-lo com o pouco que tem."

site: http://www.sigolendo.com.br/
Valeria.Sakura 20/10/2018minha estante
parece muito bom ^^




Thalita 25/05/2018

Olhe para dentro..
Nunca olhe para dentro é o único livro que li que fala tão abertamente de um tema como a violência doméstica e esse é um dos motivos por ter me ganhado já do início.
Somos apresentados a Betina que quando nova era apaixonada por cores e pintura, mas que depois de sofrer um acidente de carro com seus pais e ser a única sobrevivente perde as cores da sua vida. Nossa protagonista se encarrega mesmo depois de anos de procurar o responsável por causar o acidente que levou seus pais, além de sofrer abusos constantes da sua tia desde nova.
Em NOPD não temos só uma história de superação de uma perda, vemos também o quão difícil é para alguém que sofre violência doméstica denunciar. Nossa protagonista ao longo da história vai ganhando força e coragem com o apoio das pessoas próximas para denunciar sua tia e isso é tão lindo de se ler/ver. Tudo isso só me fez ter mais empatia por quem sofre qualquer tipo de violência ou abuso.
Betina em meio a todos os problemas acaba conhecendo Nicolas um médico que tanto vai ajudá-la a superar as tragédias da sua vida quanto vai se tornar parte de uma delas.
Gostei muita da nossa protagonista porém não gostei muito do casal que temos nesse livro, sei que o tema central não é o romance mas acho que conta muito para o leitor se envolver com a história. Achei os amigos da Betina genéricos, mas gostei de ver o apoio que sempre davam quando ela mais precisava, principalmente sua amiga de infância Paola.
'Nunca olhe para trás' foi meu primeiro contato com a autora Amanda Costa e fico feliz por ter sido tão positiva, fica nítido o trabalho de pesquisa da mesma sobre os temas abordados e acho que isso é muito importante quando tratamos de temas tão importantes quanto os tratados nesse livro.
Esse livro ao final me fez refletir quantas Betinas eu conheço, quantos conhecidos já passaram/passam pela mesma coisa e o que já fiz ou até o que ainda posso fazer para ajudar. Para mim essa foi a melhor parte em toda leitura e espero aprender com o que refleti.

"Olhe para dentro e não se esqueça de quem se tornou, do quanto suas memórias são importantes, mesmo as ruins. Nós somos feitos de memórias e as cores que nos permitimos sentir."
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Faby 24/03/2018

Betina é uma pintora prodígio que aos 8 anos já teve a sua primeira exposição. Sem nenhum curso de aperfeiçoamento, o talento de Betina é notório, bem como o orgulho dos seus pais da filha que tem. Assim como na arte, Betina vê a vida através das cores que são capazes de expressar sentimentos e características das pessoas e dos locais que ela conhece.

Mas a vida colorida e alegre de Betina perde a cor quando ao retornar da exposição um grave acidente de carro tira dela aquilo que ela mais ama: seus pais. Por um milagre Betina sobrevive ao acidente, mas a vida que ela leva depois disso não pode ser considerada de tanta sorte assim.

"As nossas escolhas não definem apenas quem nos tornamos, como também as pessoas que vão permanecer ao nosso lado."

Após uma breve passagem pelo orfanato, Betina é levada a morar com sua tia, irmã da sua mãe e única parente viva que ela possui. Sua vida passa então a ser um verdadeiro inferno, sem entender o que faz para irritar tanto a sua tia, Betina cresce cercada de espancamentos e agressões físicas e psicológicas daquela que deveria lhe transmitir amor e segurança.

Betina descobre então que além seu dom, ela precisa trancar dentro de si as lembranças boas que viveu até aquele fatídico dia e assim como a sua pequena caixa de memórias, nunca olhar para dentro. Isso até que dois amigos fieis poem-se ao lado de Betina desafiando-a a enfrentar sua tia e o luto no qual viveu os últimos doze anos. E Nicolas um cara que vê em Betina todas as cores que ela achava ter perdido, e juntos os quatro irão descobrir que nenhuma força no mundo é capaz de apagar o brilho e a cor de quem nasce para brilhar, e que tudo é possível aquele que enfrenta os medos e finalmente olha para dentro.


"Giro nos calcanhares, e quando dou de cara com Nicolas, vejo que ele está tirando a camiseta.

- Eu vou ser a sua tela.

- Você quer que eu pinte... em você?

- Isso. Quero que brinque com aqueles pincéis, com as cores das tintas, e não se sinta mal se errar uma pincelada.

- Não posso te pintar, porque não pinto corpos.

- É claro que pode. Você pode tudo, Betina. Serei a sua melhor obra de arte."

Nunca Olhe para dentro é um romance que nos faz perder o fôlego. Com uma escrita fluida a autora escreve uma história intensa e cheia de reviravoltas, mas ao mesmo tempo real e cheia lições. Betina é uma mulher formada a partir das horríveis experiencias com as quais foi obrigada a crescer. Por isso ela é uma mulher relutante, desconfiada, que vive e suporta a maior parte das físicas e psicológicas por temer a impunidade da sua tia diante da lei, assim como ainda está impune aquele que causou o acidente que vitimou seus pais.

Mas tudo começa a mudar quando seus amigos a pressionam a se livrar das amarras do passado e da sua tia e quando Nicolas mostra-se verdadeiramente interessado dela, não se deixando ser amedrontado ou afastado pelas coisas que Betina tenta esconder, mas se sente encantando pelas cores e brilho que ela emana de si.

"Você é especial assim como as suas memórias sempre serão. Não as deixe desaparecer. Olhe para dentro e repita comigo: Guarde cada uma. Ame todas elas."

É fácil para nós entendermos a dor e o luto de Betina, bem como a sua sede de justiça, e é lindo ver o seu amadurecimento e libertação ao longo da história. Os personagens nos mostram que cada um possui dentro de si o que é preciso para ser feliz e que mesmo diante das dificuldades nos é permitido pintar o mundo de cor, se lutarmos pelo que desejamos.

Se você curte um romance intenso e cheio de descobertas e cores esse livro é para você. Não deixe de ler, conhecer e se encantar com a história colorida da Betina e sua forma única de enxergar o mundo. Você vai perceber que no fundo ela está certa, apesar da dor, da perda ou das dificuldades, está em cada um de nós a chance de mudar a realidade, de olhar para dentro de si e enxergar as nossas cores e quão capazes somos de encher o mundo de cor. Eu li e super recomendo!

"Além disso acho que corro um grande risco de virar vermelho."
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Gab 19/03/2018

O amor não é feito de apenas uma cor. É composto por todas.
Em “Nunca olhe para dentro”, acompanhamos a história de Betina, uma jovem estudante de psicologia, que na infância perdeu os pais em um acidente de carro, pelo qual a polícia nunca conseguiu encontrar um culpado. Não bastando a perda dos pais, aos 9 anos Betina foi obrigada a ir morar com a única parente viva da família, sua tia Cecília, que não esconde seu desafeto pela menina e desde então, passou a agredi-la, física e psicologicamente.

Apesar de ter amigos maravilhosos, que sabem da sua situação e a apoiam sempre que ela precisa, Betina acredita viver dentro do próprio inferno: mesmo fazendo sua própria investigação, nunca conseguiu encontrar o culpado pelo acidente que levou seus pais, no qual teve o caso arquivado, bem como também não consegue encontrar força e segurança o suficiente para denunciar a tia e ir para longe das agressões que sofre quase diariamente.

Até que, no seu primeiro dia de estágio, Betina conhece Nicholas, um lindo e jovem médico que desperta sua atenção, embora que a última coisa que ela queria, naquele momento da sua vida, era se envolver romanticamente com alguém.

Entretanto, Nicholas apresenta um comportamento inesperado: apesar de Betina abrir o jogo e lhe dar todas as razões para que ele não quisesse se envolver, ainda assim, Nicholas permanece de pé e ao seu lado, incitando nela a força que ela precisa para conseguir sair da situação em que se encontra e denunciar a tia.

“Nunca olhe para dentro” é uma história arrebatadora. O medo de Betina é tão forte e tão real, que quase consegui sentir, como se eu estivesse no lugar da personagem e absorvendo tudo aquilo o que acontecia nos seus piores momentos debaixo — ou não — do teto de Cecília. Em muitos momentos, me vi nervosa e aflita ao ver o desenrolar da história, como se eu estivesse lendo um relato de uma amiga minha, pois foi assim que me senti com Betina: próxima, quase íntima, como se ela realmente fosse alguma amiga minha.

Essa história não apenas nos apresenta a dor de alguém que sofre violência doméstica, como também abre nossos olhos para como certos relacionamentos deveriam funcionar, e o que pode existir dentro de cada casa que achamos conhecer, e que no fundo não sabemos de nada.

O livro nos faz olhar para dentro. Dentro de cada casa, cada pessoa. Nos faz repensar o que vemos em relacionamentos hoje em dia, sejam familiares ou amorosos. E, principalmente, nos faz enxergar a vida como uma pessoa que sofre de violência doméstica. E isso, eu acredito, é o aprendizado mais importante que o livro trouxe.

Porque é muito fácil você estar na sua casa, seguro, e apontar o dedo para quem sofre violência doméstica e dizer: “se você quisesse, você sairia dessa; mas você não quer, não se esforça, não vai atrás…” É muito fácil quando não é com a gente. Betina nos traz outra visão, que é repleta de medos extremamente presentes e uma enorme insegurança de paz. Pois cada respiro que Betina dá, é por sorte.
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Lorhayne.Scalioni 16/02/2018

Inspirador, doloroso e lindo
“O que é bonito não precisa de retoques, pode ter qualquer aparência, pois o que está escondido por trás do que se vê, é onde justamente ele se mostra mais bonito.”
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🎨Betina era uma criança prodígio. Aos oito anos ela era uma artista, e a vida dela teria sido um belo quadro se os seus pais não tivessem morrido num acidente de carro logo depois da sua primeira exposição. Como se não bastasse esse sofrimento, ela foi obrigada a morar com a tia sua guardiã legal. Uma vilã muito pior que a madrasta da Cinderela, que tirou todas as cores da sua vida, e não quer saber de nada além de um cinza para ela. Ela conseguiu um ou outro amigo ao longo da vida, mas não consegue manter contato com pessoas por muito tempo por causa das ameaças da sua Tutora, que não suporta a ideia de vê-la feliz. 🎨
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🌺O acidente que matou os seus pais nunca saiu da sua mente e mesmo depois de 12 anos ela ainda acredita ser capaz de encontrar o culpado.Todas as sextas Betina vai ao lago, o local do acidente, e deixa três narcisos amarelos em respeito à sua família. Numa vida ser cor e sem perspectiva de mudança é que Betina conhece Nicolas, o médico bonitão e nada modesto com quem ela não se dá bem logo de cara. Com ele e seus dois melhores amigos, Betina vai tentar juntar os seus cacos espalhados, vai continuar numa busca desenfreada que talvez não dê em nada, mas acima de tudo, vai redescobrir as cores do mundo.🌺
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✒Com essa sinopse você pode até pensar que é um livro clichê, mas eu posso te jurar que não é. Amanda conseguiu falar de forma tão sublime e delicada sobre assuntos sérios que eu não pude deixar de me emocionar. Ver Betina como vítima do abuso da sua tia me cortava o coração, e vê-la se apaixonando, dando uma chance a si mesma, me deixava tão feliz. Esse foi um livro cheio de reviravoltas incríveis que me deixava super ansiosa para ler o próximo capítulo, mas, muito além disso, é um livro que nos acorda para as coisas ruins que insistimos em negar. É um livro que PRECISA ser lido. Estou apaixonada pela sua escrita, pela força da Betina e pelo amor do Nicolas.

site: http://www.marshmallowcomcafe.life/
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MaH 21/01/2018

Palavras coloridas
As reviravoltas da vida
Betina era uma criança prodígio de Ostala. Aos 8 anos, com um talento nato para a pintura, teve a maior alegria de receber uma prêmio por seu talento. Aquele dia que deveria estar marcado em sua memória como o primeiro de muitas conquistas que suas pinceladas e cores poderiam lhe trazer, foi borrado de preto: um acidente de carro atingiu a toda a família. Foi um acidente que separou esta família. Foi um lago que levou os pais de Betina, mas mesmo com as densas e frias águas que abraçaram esta família, como que por milagre, a garota sobreviveu.

Como toda criança órfã é necessário que alguém seja seu tutor. E não poderia ser mais óbvio do que ficar com alguém da sua família que entenderá este momento de dor, te trará todo carinho e acalanto necessário por perder seus pais ainda tão jovem, não é mesmo? É aí que está o engano. Cecília, a irmã da mãe de Betina, é agora a responsável pelo zelo da garota. E que zelo? Betina precisa é ser zelada contra esta tia horrorosa e ruim.

12 anos se passaram, mas a dor que a garota sente nunca se foi. Betina é uma pessoa sinestésica e se antes enxergava todas as cores no mundo e nas pessoas, agora tudo ficou mais difícil. O luto por seus pais ainda não acabou e sua luta para descobrir o verdadeiro culpado pelo acidente também não. A investigação do acidente dos seus pais foi arquivada por falta de provas e assim, a culpa recai sobre o único motorista da situação: seu pai. Ela não pode deixar isso de lado. A verdade tem que aparecer. Ainda que a tia faça de tudo para que Betina tenha a vida mais miserável possível, os melhores amigos do mundo, Paola e Caio, estão sempre ao seu lado. Elas são amaigas desde o jardim da infância e Caio surgiu depois, já na faculdade e assim como qualquer grupinho de amigos são bem diferentes uns dos outros e é isso com que faz que a sintonia entre eles seja algo maravilhoso e puro. Mas nem só de escuridão é feita a vida de Betina. O galanteador dr. Nicolas fará com que aos poucos sua vida tenha as merecidas cores de volta.

É imprescindível que eu comece a minha opinião repetindo algo que já disse nas minhas primeiras impressões: o amadurecimento da Amanda como escritora me deixou nas nuvens. Amarela, laranja, vermelha… De verdade! Ela conseguiu mesclar assuntos completamente densos – e extremamente necessários – com uma sutileza e maestria de dar inveja. Ao terminar a leitura você está encantado e não desesperado com o pensamento de que existem sim pessoas ruins no mundo, em diversos aspectos. São abordados temas como o luto, agressão em seus diferentes aspectos, crueldade, inveja… Alguns com maior profundidade e outros menos, uns mais urgentes de serem discutidos por nós e outros nem tanto, mas nunca perdendo sua cor.

A construção dos personagens foi ótima também. Já disse umas mil vezes e repito: amo personagens palpáveis e passíveis de existirem de verdade. Todos, sem exceção, tem essa construção. É perfeito. Todos tem comportamentos e nuances de variação dos mesmos pertinentes às suas idades, passados e realidade de vida. São incríveis. Confesso que tive que ter um pouco de paciência com a Betina, porque meu estilo é muito mais parecido com a Paola, mas respeitei a personagem até mesmo a julgando por ser bem chatinha às vezes. E toda e qualquer coisa era completamente apagada da minha memória quando Nicolas estava presente. Não há ninguém mais excepcional neste livro, ele rouba a cena. Seu jeito de pensar, seu carinho, sua rispidez e humor nas medidas mais que certas e com certeza o carinho que ele tem por Betina é seu charme.


“A vida pode ser um belo quadro se você souber pintá-lo com o pouco que tem”


Bom, com certeza vocês perceberam que amei este livro. Amanda continue me surpreendendo positivamente, por favor! Este livro foi uma paleta de cores, das mais belas que eu já poderia ter visto.

site: www.oquedissealice.com.br
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Karol 16/01/2018

Olhe o mais fundo do dentro que conseguir...
“AS SUAS CORES PODEM SER INFINITAS. DÊ VALOR A TODAS ELAS”.
Quando eu acho que eu não posso me surpreender mais com os novos autores brasileiros, eis que eu pego essa obra maravilhosa e com uma mensagem tão incrível para ler.

Betina é nossa protagonista, uma menina cheia de talentos e de cores, até que um trágico acidente acontece e infelizmente, seus pais falecem, a deixando nas mãos de sua tia, irmã de sua mãe. Betina tem dois amigos inseparáveis, Caio e Paola, juntos cursam psicologia e dão apoio um para o outro, mas ultimamente, eles vem se dedicando mais a nossa protagonista que vem passando por momentos ainda mais difíceis nesses 12 anos sem seus pais. O acidente foi um trauma terrível para ela.
O que muitos não sabem, ou fingem não saber, é que Betina sofre todos os dias nas mãos de sua tia Cecília e seus namorados. Ela não tem mais liberdade e nem pode seguir mais seu sonho de ser uma grande amante da arte por conta de Cecília. A cada “deslize” que Betina comete, seja chegar um pouco depois do horário, estar com seus amigos e até conhecer alguém novo, é o suficiente para que uma série de xingamentos, ameaças, tapas, socos e num tempo distante, até facadas, façam com que nossa protagonista se retraia cada vez mais para dentro de si.
Sim! Esse livro não só se trata de uma garota/mulher estar tentando achar o real culpado pelo trágico acidente ao qual ocasionou a morte de seus pais, quanto sobre algo mais pesado e que acontece com tantas pessoas, sejam mulheres, crianças, idosos e até homens em geral… A Violência Doméstica.
Com todo o apoio dos amigos e de um rapaz, que se torna seu amor mais colorido em que Betina já teve em toda a sua vida rodeada de escuridão, ela vai tomar a atitude que em tantos anos o seu medo a reprimiu, ela denuncia sua tia. E a partir daí, tudo começa a se desenrolar de uma maneira surpreendente. E digo que surpreendente é pouco, esse livro te colore e descolore a cada capitulo, é um mar de cores e emoções.
A autora conseguiu colocar na protagonista uma vida incrível que eu não retrataria melhor, o jeito de ver cada momento e sentimentos como cores, é simplesmente maravilhoso, não da forma tradicional em que vemos por ai de vermelho = paixão e azul = harmonia, mas de vermelho = intensidade e azul =amizade. Juro que só lendo para sentir todas as cores.
O livro é escrito numa leveza, e o assunto mais importante não é tratado com romantização. A autora mais uma vez soube como escrever cada parte, deixando-nos sintonizados a cada sentimento bom ou ruim em que a nossa personagem está passando. ♥ Livro incrível♥

Para mais resenhas e ver quotes do livro, segue link abaixo. A resenha está super colorida lá no blog ♥

site: https://verdadesepoesias.wordpress.com/2018/01/13/livro-da-semana10-nunca-olhe-para-dentro/
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Silvia.Souza 28/12/2017

Um bom livro...
Não que eu não tenha gostado, mas essa história está mais para conto de fadas... As bizarrices da tia Cecília são surreais, parecem coisas da madastra da Cinderela, sabe? E o fato da Betina não ter reação nenhuma é ridículo... Essa tia dela não tem tanto poder assim e a Betina já não é nenhuma criancinha para ficar tão aterrorizada desse jeito... E a investigação da Betina também é muito infantil... O que ela pretende descobrir depois de doze anos? Aliás, a obsessão dela pela morte dos pais depois de tanto tempo deixa a história muito cansativa... Mas apesar de parecer um conto de fadas, recomendo a leitura... A escrita é muito boa e a autora tem potencial...
Catrine Vieira 30/12/2017minha estante
Ooi! Entendo sua opinião, mas me pareceu que você não entendeu a mensagem da história.
O que a Cecília faz não é surreal; isso realmente acontece.
Betina não tem reação, e achar isso ridículo me parece falta de empatia e entendimento. Infelizmente é muito normal a vitima não ter reação. E o livro deixou claro isso.
Lembrando, respeito dia opinião.




Tamara 17/12/2017

*Resenha postada na íntegra e originalmente no blog Rillismo

Há algum tempo eu vejo nas redes sociais a Amanda e seu trabalho, embora nunca tivesse lido nada dela, uma vez que seus primeiros livros foram enredos com um foco voltado para o gênero fantasia, e eu não sou muito fã dessa vertente. Porém, recentemente, encontrei uma resenha muito elogiosa sobre o Nunca olhe para dentro, e percebi, com surpresa, que a Amanda havia escrito um New Adulte. Logo, o adquiri e pretendia deixá-lo para ler no futuro. Porém assim que abri a primeira página e li o prólogo, senti que necessitava ler aquele livro imediatamente. E foi o que fiz. Na mesma hora, embarquei no enredo, que me proporcionou uma viagem muito interessante ao lado de Betina, conhecendo seus maiores traumas, dores e desejos.

O que mais me cativou nessa obra foi a escrita que é  Poética e bem feita, e nos deixa com vontade de ler mais e mais, nos envolvendo de uma forma bem intensa, a ponto de nos fazer imaginar cada cena que está sendo descrita. Ainda, achei incrível a inserção da sinestesia como uma característica bem especial da protagonista, e através das cores de Betina, consegui entender um pouco mais sobre tal fenômeno. Além disso, achei que Amanda conseguiu transmitir com muita competência os diversos sentimentos, desde o luto até a paixão pela pintura. Outro fator muito bacana foi a violência doméstica que é abordada de uma maneira realista aqui. Através dela o leitor é capaz de refletir, entender e se emocionar, e a violência doméstica foi o que deu origem a um dos epílogos mais originais e deliciosos que já tive a oportunidade de ler.

Quanto ao romance, não senti que ele foi o foco exclusivo do livro. Enquanto ele acontece, a protagonista também vai fazendo descobertas sobre si mesma e sobre o mundo ao seu redor, e ele foi um acréscimo em todo esse crescimento na vida dela. Este romance também se mostrou diferente e fascinante, pois mostrou personagens que não precisaram fazer grandes mudanças em suas vidas um pelo outro, e sim encaixaram-se e aconchegaram-se nos espaços já existentes, aceitando um ao outro exatamente como eram.

Os fatores negativos da história que encontrei foram muito poucos. Mas o principal deles foi uma situação que foi aberta e, na minha opinião, não tão bem fechada, o que me deixou querendo mais explicações. Além disso o achei um romance bem reflexivo, e com uma dose de drama, e para os leitores que não gostarem desse tipo de enredo pode não ser uma dica tão agradável, o que não foi o meu caso, uma vez que adoro.

Os personagens são bastante cativantes, e o protagonismo não fica só por conta de Betina, e podemos encontrar cenas maravilhosas sobre os amigos dela e outros conhecidos que recebem igual atenção. Conforme já falei, Betina é uma garota que teve suas cores retiradas depois que passou a viver com a tia, mas admito que não a achei uma pessoa tão melancólica e triste, e ao mesmo tempo que ela tinha todos os seus medos, também a achei com uma força que não se apaga. Já Nicolas, o par romântico de Betina, é um rapaz que não conseguimos conhecer tão a fundo pois vemos tudo pelo ponto de vista de Betina, mas todos os vislumbres que temos dele são de uma pessoa atenciosa e que tem um grande amor para dar. Paola e Caio, os dois melhores amigos da protagonista, são pessoas marcantes, e carregam em si alguns pontos que poderiam os fazer sofrer, mas eles optam por se tornar pessoas alto astral e que vivem a vida de forma intensa.

A narração foi feita em primeira pessoa, por Betina, e é dividida em cinquenta e dois capítulos, além de prólogo e epílogo. Ainda, a edição foi lançada pela plataforma Amazon, em formato ebook, e a revisão está com uma boa qualidade.

Recomendo para os leitores que desejam conhecer novos autores brasileiros, e para aqueles que gostam do gênero new adulte, bem como de histórias que tocam e nos deixam um gostinho de "quero ler mais coisas desse autor".

site: http://www.rillismo.com/2017/11/resenha-nunca-olhe-para-dentro-por.html
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