Nunca Olhe Para Dentro

Nunca Olhe Para Dentro Amanda Ághata Costa




Resenhas - Nunca Olhe Para Dentro


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Driely Meira 06/10/2017

Sempre olhe para dentro
“Três narcisos secos. Três narcisos novos em um buquê. Várias pétalas envelhecidas boiando no lago.”

Quando tinha 8 anos de idade, Betina perdeu os pais em um acidente de carro ao qual, milagrosamente, sobreviveu. Desde então ela vive com a tia, que está sempre procurando motivos para humilhá-la e fazê-la se sentir mal. Mesmo tendo 20 anos agora, Betina ainda não conseguiu se livrar daquela garotinha assustada que havia perdido os pais e as cores de seu mundo numa noite que deveria ter sido feliz. Estudante de psicologia, ela sempre fora apaixonada pelas cores e por pintura, mas desde que passou a viver com Cecilia, Betina nunca mais pegou num pincel.

Toda sexta-feira, Betina se permite sentir a dor da perda dos pais e volta ao lago onde o carro da família afundara 12 anos antes, levando narcisos. Durante todo esse tempo, ela nunca perdeu a determinação e a esperança de encontrar o responsável pelo acidente. Como poderia, se lhe haviam tirado tudo o que ela tinha?

“Não vou deixar que a chance de descobrir o culpado também morra. O caso já ocasionou mortes demais. A confiança não pode ser a próxima a morrer.”

Mas ela não estava mais sozinha, nunca esteve. Paola, sua melhor amiga (e personagem que eu simplesmente precisava mencionar nessa resenha) sempre esteve ao seu lado, apoiando-a inclusive quando sabia que Betina merecia melhor. Além dela, Betina também podia contar com Caio, e com uma nova aquisição ao grupo: o maravilhoso Nicolas. Ainda quero saber como faço para conseguir um para mim.

Acabei de terminar o livro e ainda estou me sentindo um pouco boba. "Nunca olhe para dentro" é o tipo de livro que te envolve já nas primeiras páginas, e, mesmo que eu quisesse entrar na história para dizer umas poucas e boas para a Betina de vez em quando, ela é uma personagem incrível. Ver o quanto a protagonista amadurece ao longo da história, junto ao fato de que Nicolas é um amor (sério, como faço para encomendar um para mim?) e a história foi muito bem escrita... Bem, eu não tinha nenhuma chance: o livro me pegou de jeito! Além da capa maravilhosa, do casal apaixonante e dos amigos mais incríveis que alguém poderia ter, o livro também traz uma mensagem muito importante, que a autora soube abordar perfeitamente.

“...não sei de que cores sou feita quando estou com Nicolas. O amor não é feito de apenas uma cor. É composto por todas.”

Meu peito chegou a doer pela Betina de oito anos que perdeu os pais e foi morar com uma pessoa horrível que a odiava, doeu pela Betina de 20 anos que não conseguia se livrar de seu passado, e doeu pela menina que, há muito tempo, não se sentia mais laranja. Mas eu também sorri quando Betina encontrou Nicolas, e em todas as vezes em que seus amigos estavam ao seu lado. Assim como Betina, eu fui todas as cores neste livro, e não pude evitar ler a última página me sentindo vermelho.

Paro na beirada, reparando no meu reflexo formado na água. As pétalas secas de outras semanas ainda estão boiando. Por um segundo, posso visualizar milhares de pétalas iguais àquelas, todas que foram despejadas em homenagem a eles. Milhares de narcisos perdidos no lago. [...] Permaneço de pé, embora a vontade seja de cair de joelhos e me desmanchar até o ponto em que não sobre mais água para ser expelida pelos olhos. Busco uma força que não sei de onde surge, mas que faz com que eu continue erguida, determinada a terminar o que comecei.

Nunca olhe para dentro é um livro com uma mensagem muito importante por trás de Betina, e eu estou muito feliz por tê-lo lido. Mesmo contendo quase 500 páginas, o livro é tão envolvente que acaba mais rápido do que deveria, e eu já adianto que o Epílogo é a coisa mais linda! Para quem gosta de um romance “diferente” e mais elaborado, este é o livro certo! Os personagens foram muito bem construídos, são incríveis (cada um à sua maneira, mas Paola é incrível em todos os aspectos), a escrita da autora é leve e envolvente, e....resumindo, o livro é simplesmente lindo, e vocês vão terminar a leitura suspirando!

"Quer continuar olhando para dentro ou quer parar de olhar? Porque se quer saber o que eu quero, não tem nada no mundo que pode me fazer mais feliz do que olhar para um futuro com você."


site: http://shakedepalavras.blogspot.com.br
Tamara 17/10/2017minha estante
Lendo o livro por causa da sua resenha, Dri.




Bruna 06/10/2017

As suas cores podem ser mais especiais do que imagina, você está pronto para olhar para dentro?
NOPD ou Nunca Olhe para Dentro é aquela típica obra que nos atrai desde o primeiro olhar com sua capa de tirar o folego, sua diagramação impecável e seu enredo que acaba por cativar através de uma história regada de profundidade que surpreende e arranca suspiros e lagrimas na mesma intensidade. Agregando os melhores elementos da literatura, nos deparamos com um livro completo e intenso que vêm abrir os olhos daqueles que insistem em olhar apenas para dentro de si mesmos sem prestar atenção ao outro. Real e intenso, essa é uma história que vem para atribuir cor à vida daqueles que a leem e mudar todos os paradigmas de uma vida. Conheçam mais sobre essa nova obra da autora Amanda Ághata Costa a seguir:


"Para uma criança o pouco é muito, enquanto para os adultos tudo às vezes é nada."

Betina aos oito anos de idade é um prodígio. Apresentando grande habilidade na arte de pintar, seu talento se torna nítido para aqueles que têm contato com suas telas; motivo pelo qual mesmo tão jovem ela já possuía dois de seus melhores quadros em destaque em sua primeira exposição na cidade de Ostala. Embalada em um clima de alegria juntamente aos seus dois maiores apoiadores - seus pais - ela jamais esperaria ver seu mundo repleto de cor se transformar no mais completo preto no caminho para casa. Contudo, ao ter seu carro arremessado diretamente em direção a um dos lagos mais escuro e gelados, Betina vê tudo mudar enquanto seu mundo afundava cada vez mais...

"Um ser humano normal pode suportar até mesmo dez minutos embaixo da água. Dependendo das condições e da temperatura, esse número cai para três, mas por alguma razão inexplicável, eu pude aguentar vinte longos minutos dentro de um inferno sem escapatória."

Mesmo tendo sobrevivido, Betina ainda não consegue superar aquela noite a doze anos atrás. Tentando entender o que ocorreu verdadeiramente naquele dia, ela mantém sua investigação em busca do culpado mesmo que mais ninguém o faça. Vivendo sua vida da melhor maneira que pode, ela intercala seu tempo entre suas pesquisas, sua faculdade de psicologia e suas visitas ao lago toda sexta-feira acompanhada de seus três narcisos - um para cada pessoa que se perdeu naquele lago.

"Uma simples palavra pode mudar todo um contexto, assim como uma noite pode destruir todos os planos de uma vida."

Como se apenas isso já não fosse demais para alguém tão jovem enfrentar, sua casa se mostra um lugar de puro terror... Convivendo com uma tia que faz questão de demonstrar todo seu desgosto, Betina se vê sem compreender a razão pra que Cecília a odeie tanto. Mas se por um lado suas razões se mostram confusas, as constantes violências físicas e verbais juntamente a ameaças sem fim confirmam o quão pouco querida ela é ali naquele local. Tendo sempre as pessoas afastadas de si por palavras falsas ditas de propósito pela sua tia, Betina já se acostumou ao silêncio e solidão e a presença de seus poucos, mas verdadeiros amigos, que a conhecem há uma vida toda...

"A vida é que ensina da pior maneira que as teorias nem sempre funcionam na prática."

No entanto, quando em seu caminho surge um médico pra abalar suas estruturas e atiçar sua língua afiada, Betina vê mais uma vez sua vida dar uma mudada por completo. O que era para ser apenas um final de semana perdido em um estágio obrigatório da faculdade acaba por se tornar o começo de algo desconhecido. Com uma atração nítida entre ela e o Dr.Nicolas, nos vemos acompanhando o surgimento de algo forte e intenso. Mas temendo sempre se aproximar de pessoas e com sua política de não olhar para dentro de suas memórias, se deixar envolver por alguém não será fácil... Seria Nicolas insistente o suficiente para mudar isso? Poderia ela recuperar suas cores e voltar a ser amarelo?

"—Se eu puder, vou te dar todas as cores que escolher, não importa quais sejam. Todas elas serão suas. Porque você merece, Betina. Você merece um arco-íris inteiro."


Amanda Ágatha Costa iniciou sua carreira no gênero fantasia, mas ao escrever seu primeiro romance já mostra todo o talento que possui para essa narrativa. Com uma história emocionante, bem construída e repleta de personagens reais e profundos, Nunca Olhe Para Dentro veio para transformar a visão dos leitores com uma obra que mostra um drama que não é exagerado, nem se perde em meio à ficção, e que é capaz de transformar vidas com o brilho que possui. Repleto de cor, amor e sentimento, quem se envolve em sua trama irá se deparar com páginas que cativam através de uma escrita que é completamente apaixonante e que vale a pena cada minuto!

Betina é uma protagonista que foge aos padrões; tímida, reclusa e um prodígio desde quando era criança, ela é alguém cuja vida desde cedo foi repleta de emoções. Com seu jeito único de ver o mundo pelas cores, ela sempre encantou a muitos com sua doçura e seus quadros repletos de emoção e intensidade que a levou a grandes feitos. Extremamente próxima de sua família, ainda jovem ela acaba por ver seu mundo ser destruído, ao perder os pais em um fatídico acidente, e mudar por completo a se ver obrigada a passar de um ambiente familiar amoroso repleto das mais diversas tonalidades para uma vida de medos e inseguranças ao lado de alguém que nitidamente a odeia.

No entanto, mesmo tendo todos os motivos para se tornar alguém amargurada, Betina acaba por se mostrar alguém extremamente sensível, companheira, que não se acanha diante das dificuldades e ama com intensidade ao mesmo tempo em que teme fazê-lo. Sarcástica ao mesmo tempo em que se mostra alguém divertida e engraçada, ela é alguém real cujas inseguranças se mostram tão nítidas quanto sua força que ultrapassa barreiras e a fazem suportar situações insuportáveis. Com uma construção pensada nos mínimos detalhes, essa é uma protagonista que cativa o leitor logo nas primeiras páginas com sua perspicácia e seu senso de amizade, levando a todos a torcerem por seu final colorido - mesmo que a um primeiro momento isso se mostre algo distante e inexistente.

E o que falar do protagonista, o dono do super olhar, Dr. Nicolas? Sensível, lindo de morrer, um medico de tirar o folego e um romântico nato, ele é a combinação feita para acabar com os corações das leitoras que se vem babando por ele (entendemos vocês Paola e Caio) desde sua primeira aparição. No entanto, ao contrario do que geralmente ocorre nas histórias, ele não se mostra alguém fútil ou que se apoia em sua beleza para garantir tudo; modesto, vamos acompanhando suas cenas com atenção ao nos depararmos com um mocinho longe de ser perfeito, mas mais apaixonante do que fosse. Real, intenso, sarcástico e com muito humor, aos poucos Nicolas vai ultrapassando as barreiras criadas pela Betina se mostrando alguém determinado e um homem de verdade. Com pequenos gestos ele acaba por nos cativar de forma natural e rápida nos fazendo ansiar pela sua presença e torcer por sua felicidade tão poucas vezes sentida.

E, obviamente, eu não poderia deixar de falar sobre os personagens secundários mais incríveis já vistos. Paola e Caio tem o dom de roubar a cena a cada aparição e trazer o toque de equilíbrio que a história pede nos momentos em que se torna muito intensa. Muito bem construídos eles chegam a se assemelhar aos protagonistas pela sua contribuição a história principalmente no quesito amizade, algo que eles são o exemplo perfeito. Já Cecília ganha destaque não pelos motivos positivos, se mostrando uma mulher amargurada e cruel, ela poderia muito bem ser comparada as típicas vilãs dos contos de fada e ainda sairia perdendo. Essencial na história para alertar sobre um mal tão comum na sociedade, ela é alguém que mesmo odiando faz com que sua presença seja necessária; sem entendermos a razão de tanto ódio por alguém que não lhe fez mal, vamos acompanhando sua maldade ganhar força até o ponto em que tudo que queremos é que ela sofra as consequências de seus atos, mas será que haverá justiça quando a sociedade insiste em condenar as vitimas? Bem elaborados, inseridos nos momentos certos de forma a não parecerem fora do lugar, esses personagens dão um toque a mais a obra levando-a um patamar superior merecido.

Com um enredo linear que vai evoluindo e se construindo com bases fortes sem deixar pontas soltas ao se dirigir ao clímax da história, NOPD é uma obra que se mostra bem organizada em sua construção que se mantém simples sem se tornar banal e não precisa de rebusques para torná-la atrativa. Lidando com temas complexos e sérios, Amanda soube abordá-los de forma real sem se tornar extremamente pesado e nem tirar a seriedade do tema. Com partes intensas regadas a sensações de agonia e tristeza essa é uma obra que veio para abrir os olhos de muito sobre realidades cruéis que insistimos em não olhar, mas que se mostram impossíveis de serem ignorados através dessa narrativa em primeira pessoa que envolve a todos de forma natural nos levando para dentro de sua trama.

Possuidora de uma capa que atrai olhares e se encaixa perfeitamente a história juntamente a uma diagramação feita com esmero, essa obra se mostra completa desde sua primeira página. Agregando elementos essenciais da história através de detalhes sutis que remetem a ela, fica nítida a dedicação que a autora teve em transformar meras páginas em branco em uma verdadeira obra de arte. Com uma revisão caprichada para que o produto final chegasse o mais perfeitamente possível nas mãos de seus leitores, Nunca Olhe Para Dentro chega em um nível de qualidade capaz de se equiparar às feitas por grandes editoras surpreendendo graficamente tanto quanto em sua história.

Diferente de tudo que você já viu, esse é um livro que irá lidar com situações difíceis e que causam profunda dor, mas que emocionam na mesma medida. Essa história não é apenas um mero romance, é sobre saber enxergar a vida com as cores que ela possui. Meloso sem ser exagerado, essa autora soube desenvolver uma história que poderia beirar a perfeição, mas que não se deixa ir por esses caminhos para se ligar a realidade. Para todos aqueles que buscam um enredo capaz de mudar vidas, que possuem cicatrizes, Betina veio para mostrar que existe sempre a chance de recomeçar...

Nunca Olhe para Dentro é uma obra que poderia se perder no meio a tantas já existentes, mas que possui um dos melhores diferenciais: sua capacidade de nos inserir em sua trama e transformar vidas. Inovando na forma de usar suas cores, essa é uma história que surpreende e encanta na mesma intensidade cativando rapidamente os corações dos leitores e emocionando os na mesma intensidade. Bem escrito, cercado de valores e ensinamentos esse livro mudará a vida de todos ao ensinar a olhar para as memórias de uma forma nova e amar cada uma delas. Mais do que recomendado essa é uma leitura obrigatória a todos os apaixonados por romance reais e completos. Definitivamente esse é um livro que já conquistou o lugar de melhor do ano, por isso confiram e se permitam olhar pra dentro!

site: www.brookebells.com
May 13/11/2017minha estante
Super querendo ler este livro!!parece ser Muito bom!!




Nath 09/10/2017

Resenha do blog Pobre Leitora
[...]
Tenho livros favoritos de todos os tipos, do romance ao terror, e NOPD entrou pra essa lista, mas entrou com um toque diferente, com um quê que poucos livros tem. NOPD é o tipo de história que eu agradeço por existir e por ter tido a oportunidade de ter lido, é quase uma conexão de alma.

Betina era uma pintora talentosa já aos 8 anos de idade, mas infelizmente perde seus pais em um acidente de carro pavoroso que quase tira sua vida também. Sua guarda é dada para sua tia Cecília, que por algum motivo que não sabemos, odeia Betina com todas as forças e faz de tudo para deixar isso claro, variando entre as agressões físicas e psicológicas desde cedo. O tempo passa e agora Betina já está quase terminando sua primeira graduação em Psicologia. A pintura e as cores não existem mais em sua vida, ela só tem dois amigos inseparáveis e o forte desejo de descobrir quem foi o culpado pelo acidente de seus pais. Sua vida é permeada por medo e investigações, até que surge o médico Nicolas e junto, a esperança de novas cores.

NOPD é um romance lindo, que traz o tipo de amor que ultrapassa todas as dificuldades. Também é um drama que toca no fundo do nosso coração, deixa ele apertadinho com o pesar e resplandecente com o amor. NOPD também é um livro que ajuda ao abordar a violência doméstica e mostrar que ninguém precisa sofrer dentro de sua própria casa, nas mãos de uma pessoa próxima sem escrúpulos. Este é um dos pontos principais do livro e que me faz querer que ele seja lido por todo mundo. Violência doméstica é um assunto muito sério e infelizmente, muito comum. Quem sofre com isso, muitas vezes não consegue sair, principalmente pelo trauma psicológico que sofre, e quem está de fora mas sabe do que acontece, não sabe como ajudar. A autora mostra pro seu leitor que há esperança, que há como lutar contra isso. A história de Betina é fictícia, mas ao mesmo tempo é verdade, pois é a realidade de muitas Betinas por aí. NOPD não é só mais um romance bonitinho, é um livro forte, um livro que inspira.
[...]
LEIA O RESTO DA RESENHA NO LINK

site: http://pobreleitora.blogspot.com.br/2017/10/resenha-nunca-olhe-para-dentro-amanda.html
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Renata 08/10/2017

MARAVILHOSO ?
O QUE É ESSE LIVRO MINHA GENTE? Vocês sabem o que é um livro mexer em todas as suas emoções? Eu senti toda a vida da Betina passando pelos meus olhos, senti toda a perda, toda a dor, todo o medo, toda falta de cor! Que escrita mais maravilhosa! Conhecer a Betina e seus amigos nos da esperança na amizade, na justiça e no amor! Só posso dizer que TODOS deveriam ler! Todo vermelho do mundo pra vocês! ??
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Estefany 08/06/2020

Três narcisos
Betina, quando tinha oito anos, exalava um grande talento em suas telas. Infelizmente, um trágico acidente moldou toda a sua vida. Futuramente, após tantos ocorridos, ela ainda se vê nas mãos de sua tia, que nada faz bem a ela. Em uma aula no hospital, ela conhece seu parceiro de romance, o qual vai dar cores tão vivas à vida de Betina. Há muita coisa a se esperar, mas não que seja um romance de total clichê.
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Tammy 09/10/2017

NOPD (Livreando)
Betina é uma personagem bastante centrada e incrivelmente acessível. Ela tem uma força que o leitor consegue perceber logo de cara, apesar da personagem ter medo de encontrá-la. Eu particularmente me tornei sua amiga e a amo.

"Se não posso ser maior que os dois, que eu seja mais insistente. Não saí viva daquele acidente por acaso. Não vou agir como se tivesse sido."

Tudo pelo que ela passou, realmente não são todos que aguentam. Viveu em meio a tanta violência física e emocional que não tenho outro adjetivo para identificá-la a não ser... guerreira!

Betina nos mostra tantas percepções sobre o mundo. Confesso que algumas vezes não estava preparada para olhar a parte de dentro de toda a sua vida.

O mais interessante em tudo isso é que ela em nenhum momento se passa por coitada ou frágil, apesar de suportar muitas coisas e preferir não bater de frente, enxergamos a sua força.

"Talvez Nicolas não veja as cores, mas possa ver um pouco da minha alma, que, embora remendada, continua visivelmente destruída."

Nicolas é aquele homem que só traz pontos positivos. Tenho a percepção que ele conseguiu enxergar a alma de Betina de cara, mas resolveu seguir um passo de cada vez para não assustá-la. E que cavalheiro ele consegue ser! Apaixonante? idem!

Paola e Caio são outros amores em todo esse contexto, com certeza sem eles, Betina não cruzaria muitas etapas. Paola é uma louca sincera e Caio é a leveza dessa relação com seus diálogos divertidos, eu realmente amei cada um deles.

E sobre o enredo? Sim, ele é de matar! Primeiro traz questionamentos sobre tantos casos de violência doméstica, de maneira bem sensível e real, tão palpável que você faz parte dele. Depois, entramos no patamar do abuso de autoridade em favor próprio, onde as consequências são irreparáveis. As pinceladas da autora nesse item foi essencial para a história.

Junto a tudo isso, temos o drama e as diversas emoções no decorrer da leitura. Gente, esse livro além de falar de todos os itens que descrevi acima, ela também transmite muitas emoções, e diversas delas. Chorei, ri, fiquei apreensiva, irada, tensa, senti alívio e paz. Imagine sentir tudo isso em uma sequência completamente esmagadora! Foi isso que a autora Amanda Ágatha Costa fez comigo. E se você já está com a caneta na mão para colocar na sua lista (que eu sei que é enorme, mas essa obra vale a pena), aqui vai uma dica...

Junte todas as forças, porque a partir de um certo capítulo é só "tiro, porrada e bomba" e você tem que está preparado para isso.

Em resumo, o que mais amei em Nunca Olhe Para Dentro, foi essa troca com a personagem principal e suas emoções. De forma tão vívida essa "amarelinha" nos transporta para sua vida em um estalar de dedos. Outra coisa que amei foi que a autora se mantém coerente com todo o enredo que criou. As cores não estão na história por nada, aqui elas simbolizam de forma prática as emoções que passam pelos olhos de Betina, e é impossível você não viver isso junto com ela.

Veja a opinião completa no link abaixo.

site: http://www.livreando.com.br/2017/10/resenha-nunca-olhe-para-dentro-nopd.html
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Tamara 17/12/2017

*Resenha postada na íntegra e originalmente no blog Rillismo

Há algum tempo eu vejo nas redes sociais a Amanda e seu trabalho, embora nunca tivesse lido nada dela, uma vez que seus primeiros livros foram enredos com um foco voltado para o gênero fantasia, e eu não sou muito fã dessa vertente. Porém, recentemente, encontrei uma resenha muito elogiosa sobre o Nunca olhe para dentro, e percebi, com surpresa, que a Amanda havia escrito um New Adulte. Logo, o adquiri e pretendia deixá-lo para ler no futuro. Porém assim que abri a primeira página e li o prólogo, senti que necessitava ler aquele livro imediatamente. E foi o que fiz. Na mesma hora, embarquei no enredo, que me proporcionou uma viagem muito interessante ao lado de Betina, conhecendo seus maiores traumas, dores e desejos.

O que mais me cativou nessa obra foi a escrita que é  Poética e bem feita, e nos deixa com vontade de ler mais e mais, nos envolvendo de uma forma bem intensa, a ponto de nos fazer imaginar cada cena que está sendo descrita. Ainda, achei incrível a inserção da sinestesia como uma característica bem especial da protagonista, e através das cores de Betina, consegui entender um pouco mais sobre tal fenômeno. Além disso, achei que Amanda conseguiu transmitir com muita competência os diversos sentimentos, desde o luto até a paixão pela pintura. Outro fator muito bacana foi a violência doméstica que é abordada de uma maneira realista aqui. Através dela o leitor é capaz de refletir, entender e se emocionar, e a violência doméstica foi o que deu origem a um dos epílogos mais originais e deliciosos que já tive a oportunidade de ler.

Quanto ao romance, não senti que ele foi o foco exclusivo do livro. Enquanto ele acontece, a protagonista também vai fazendo descobertas sobre si mesma e sobre o mundo ao seu redor, e ele foi um acréscimo em todo esse crescimento na vida dela. Este romance também se mostrou diferente e fascinante, pois mostrou personagens que não precisaram fazer grandes mudanças em suas vidas um pelo outro, e sim encaixaram-se e aconchegaram-se nos espaços já existentes, aceitando um ao outro exatamente como eram.

Os fatores negativos da história que encontrei foram muito poucos. Mas o principal deles foi uma situação que foi aberta e, na minha opinião, não tão bem fechada, o que me deixou querendo mais explicações. Além disso o achei um romance bem reflexivo, e com uma dose de drama, e para os leitores que não gostarem desse tipo de enredo pode não ser uma dica tão agradável, o que não foi o meu caso, uma vez que adoro.

Os personagens são bastante cativantes, e o protagonismo não fica só por conta de Betina, e podemos encontrar cenas maravilhosas sobre os amigos dela e outros conhecidos que recebem igual atenção. Conforme já falei, Betina é uma garota que teve suas cores retiradas depois que passou a viver com a tia, mas admito que não a achei uma pessoa tão melancólica e triste, e ao mesmo tempo que ela tinha todos os seus medos, também a achei com uma força que não se apaga. Já Nicolas, o par romântico de Betina, é um rapaz que não conseguimos conhecer tão a fundo pois vemos tudo pelo ponto de vista de Betina, mas todos os vislumbres que temos dele são de uma pessoa atenciosa e que tem um grande amor para dar. Paola e Caio, os dois melhores amigos da protagonista, são pessoas marcantes, e carregam em si alguns pontos que poderiam os fazer sofrer, mas eles optam por se tornar pessoas alto astral e que vivem a vida de forma intensa.

A narração foi feita em primeira pessoa, por Betina, e é dividida em cinquenta e dois capítulos, além de prólogo e epílogo. Ainda, a edição foi lançada pela plataforma Amazon, em formato ebook, e a revisão está com uma boa qualidade.

Recomendo para os leitores que desejam conhecer novos autores brasileiros, e para aqueles que gostam do gênero new adulte, bem como de histórias que tocam e nos deixam um gostinho de "quero ler mais coisas desse autor".

site: http://www.rillismo.com/2017/11/resenha-nunca-olhe-para-dentro-por.html
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Bruuh 09/10/2017

"Nunca olhe para dentro é um romance nacional arrebatador"

"As suas cores podem ser infinitas.
Dê valor a todas elas."
 
NOPD - Nunca olhe para dentro é o mais novo romance da autora Amanda Ághata Costa, publicado de forma independente na plataforma Amazon.

 
O título traz a história de Betina Garec, uma jovem amante das cores que vive em Ostala e passa por diversas dificuldades desde a morte de seus pais, quando ela tinha apenas oito anos de idade.
O acidente fora causado por um veículo que invadira a pista contrária, arremessando o carro em que ela e seus pais estavam para dentro de um lago. O que era para ser um dia feliz para a pintora prodígio da cidade se tornou um grande pesadelo.

"Em uma fração de segundos, o que mais se parecia com as cores do arco-íris, agora tem apenas o tom de desespero."

Aos vinte anos, a protagonista tem como objetivo trazer justiça aos seus pais, pois alguém causou o acidente e nunca pagou pela vida que lhe tirara.

"Omissão de socorro é grave demais para ser considerado uma simples tragédia."

Mas sua vida não é fácil, além da grande perda, ela fora deixada aos cuidados de sua tia Cecília, uma mulher que faz de tudo para humilhá-la, ferindo-a de diversas formas possíveis tanto fisicamente quanto psicologicamente. Os sonhos e as cores de Betina são cada vez mais sugadas pelas peripécias da vida, impossibilitando que a mesma tenha esperança de que algo melhor aconteça e até mesmo medo de provocar alguma mudança.

"Não sejam passivos. Não fechem os olhos. A violência doméstica está no meio de nós, dentro das casas, escondidas por trás dos sorrisos."

Junto dos amigos Paola e Caio ela cursa Psicologia durante o dia e à noite luta com seus demônios, principalmente com uma caixa que sua mãe lhe presenteara para que ela guardasse suas lembranças, o que agora se tornou a caixa de lembranças não permitidas, aliás, como revisitar algo de bom em meia a tanta tragédia?

"Uma simples palavra pode mudar todo um contexto, assim como uma noite pode destruir todos os planos de uma vida."

"Existem silêncios mais escandalosos do que gritos intermináveis."
Ao iniciar um estágio para a faculdade em um hospital a mudança iminente na vida de Betina começa a entrar em sua vida e penetrar suas emoções ao conhecer o Dr. Nicolas Ferrazo, um clínico geral que se encanta por ela.
Mas ao passo que ele tenta conhecê-la melhor, Betina se fecha cada vez mais, tanto por medo quanto pelas ameaças que sofre dentro de casa.

"Quando você não sabe onde está a verdadeira parte de si, não é possível doá-la para outra pessoa."

O que acontecerá? Será que Betina conseguirá achar a sua tão sonhada paz e provocar a mudança que necessita para sua vida?
 
Nunca olhe para dentro é uma obra que me surpreendeu de todas as formas possíveis. A capa tem tudo a ver com o enredo, a narrativa e escrita são impecáveis, todos os personagens são bem aproveitados e todos os pontos são fechados. Nunca li um e-book com 482 páginas tão completo em sua composição quanto este.

"A vida pode ser um belo quadro se você souber pintá-la com o pouco que tem."

Os temas e as emoções abordadas como amizade, amor, raiva, tristeza, violência doméstica, perdão e tantos outros escritos de uma maneira singela, mas ao mesmo tempo profunda, traz o impacto necessário ao leitor. O enredo quando parece que está indo para um caminho clichê é conduzido por várias reviravoltas de tirar o fôlego, e este fato é mais um ponto que me surpreendera.
Quanto aos personagens, todos são bem construídos, com personalidades únicas e humanos. Por mais que seja ficção, quanto mais os personagens traz essa humanidade dentro da história, mas a mesma impacta o leitor.
 
NOPD traz de modo leve e envolvente o medo que temos de olhar para as coisas boas, para as lembranças, para quem amamos enquanto estamos em um momento sem cor em nossa vida.
 
Leia e sinta todas as emoções e cores que Nunca olhe para dentro proporciona, garanto que não irá se arrepender. E fique de olho em Amanda Ághata Costa, pois essa autora promete arrebatar muito mais com suas histórias.

"O que faz sentido para você é a única coisa que importa."

site: http://oracullo.com/
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Larissa 23/10/2017

Olhe para dentro
Geralmente não exponho minha opinião sobre os livros que leio, posto sim fotos com eles, mas de legenda é somente um quotes que eu gostei muito. Para toda regra sempre pode haver uma exceção.
Como não dividir esta estória com outras pessoas? É o tipo de livro que te deixa com vontade de falar e que você deseja que muitos outros tenham a mesma sensação que teve ao virar a ultima pagina.
Em um belo dia “Nunca olhe para dentro” estava gratuito na loja virtual, e graças a um ig, eu o descobri, o nome me intrigou e não sei ao certo o que me puxou a ele, o baixei e iniciei a leitura sem ao menos ler a sinopse (mania minha). Tive a felicidade de encontrar uma obra nacional incrível para meus gostos peculiares para leitura.
Já havia lido sobre violência domestica, porém não tão afundo com neste, e sei bem o quanto é necessário este assunto juntamente com doenças de fundo psicológico sejam: depressão, bullying, anorexia, entre outros. Em todos estes casos a pessoa que sofre do mal se torna refém de si própria é difícil admitir o problema, parece vergonhoso e muitas vezes a vítima se sente culpada mesmo não tendo culpa alguma. Que jamais fechemos os olhos para os maus silenciosos que cercam nossas famílias, nossa sociedade.
Bem falando mais e sem dar nenhum spolier (pelo amor de Deus, ninguém merece né?), a escritora tem uma linguagem simples, que flui e que nos prende, as teorias das cores é uma graça, passei a ver o mundo em cores e apesar de vários momentos eu suspeitar para que rumo que as coisas iam tomar, e vem ela me surpreende (adoro!).
Não é segredo para ninguém o quanto amo o “tio NicK” mesmo tendo sua fórmula um tanto previsível, tem como não amar a maneira que ele crias os personagens? Estorias que se aproximam do nosso cotidiano, é como se fosse algo palpável. E por que estou falando isso?
Pois a escritora me lembrou muito ele, comparações são coisas ruins, mas poxa era como se tivesse dentro de algo escrito pelo Sparks numa versão saia, como não amar?
tenho queda por estórias “complicadas”, já que a vida é um emaranhado de incertezas e em algum momentos todos nós iremos passar por momentos tristes, confusos e problemáticos, a certeza de saber que não é o única(o) a passar por tempestades, parece que nós dá forças a continuar.
“Eu só espero fugir do cinza e marrom que normalmente sou, não que eu vá ser um rosa longe disso, ser mais laranja, amarelo para quem me cerca, viver o vermelho, ter dias azuis e verdes, talvez virar roxo (duvido haha) e quem sabe um dia ser totalmente branca, mas de todas as cores a que eu não desejo mas ser preto.”
Se “favoritei”? Claro ou com certeza.
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Gabriela 24/10/2017

Nunca olhe para dentro
O livro que me fez olhar para dentro. Já começa te deixando curioso. A cada página lida uma ansiedade. Nos faz enxergar o que as pessoas podem estar passando e nós nem podemos imaginar!! Só posso dizer que amei. E que to indicando a todooos!! ??
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Tetê 27/10/2017

"Nunca Olhe Para Dentro"
Nome: Nunca Olhe Para Dentro
Autora: Amanda Ágatha Costa
Ano: 2017
Lançamento: 03/10/2017, na Amazon.
Gênero: Romance / Drama

Sinopse
Nem sempre a vida é colorida como um quadro ou suave como uma pincelada, às vezes é o contrário de tudo isso. Depois de perder os pais em um acidente de carro aos oito anos de idade, a única coisa que Betina precisa fazer é encontrar o responsável por ter destruído sua família na noite que daria início à sua próspera carreira como pintora. Agora longe dos pincéis e das paletas, ela está focada em terminar a primeira graduação e procurar na justiça um pouco de consolo para o caos que o seu passado ainda traz. Ao lado de seus amigos e sob o teto de uma tia que a detesta, ela perceberá de que cores as pessoas são feitas, e do quanto é realmente necessário olhar para dentro de tudo aquilo que a assombra, mesmo que para isso precise passar por uma inesperada decepção.

Resenha
?Nunca olhe para dentro? é um livro muito apaixonante, delicado e maravilhoso. Os personagens tem cada um uma história que nos prende. O enredo tem uma história linda, profunda e intensa. A construção dos personagens é incrível.
A Amanda tem uma sensibilidade doce e singela pra escrever, uma escrita que faz emocionar.
Betina tem um dom de pintar desde pequeninha e ela gosta tanto desse mundo de pintura que ela classifica o humor e a personalidade das pessoas pelas cores.
Ela tem o apelido de Amarelinha.
Seu mundo colorido fica cinza quando ela perde os pais em um acidente de carro.
Ela passa a morar com uma tia que a agride verbalmente sempre e divide o seu tempo entre a faculdade de psicologia, suas pesquisas e visitas ao lago toda sexta-feira acompanhada de seus amigos.
Doze anos depois Betina é proibida de pintar e ela começa a viver um verdadeiro pesadelo.
Além de sua tia Cecília que a agride verbalmente e fisicamente ela também passa a sofrer com os namorados que aparecem. Ela não tem coragem suficiente para denunciar as agressões que sofre constantemente. Ela sofre em silêncio.
O que traz um pouco de felicidade à vida dela são seus amigos Paola e Caio. Eles são da mesma sala e ela os chama de unicórnios vingadores.
Betina conhece o Dr. Nicholas que irá abalar todas as suas estruturas e mexer muito com o seu coração. Ela o conhece em um estágio obrigatório da faculdade, e é inegável a atração que eles sentem um pelo outro. Será que ele a faria a voltar ver a vida através das cores? Eles possuem muita química mas também muito carinho um pelo outro o que os torna um casal apaixonante.
Os temas abordados no livro são: violência doméstica, discriminação sexual, homofobia e igualdade de gêneros. Todos eles discutidos com a delicadeza e leveza.
É um livro lindo, intenso e apaixonante.
Você está pronto para olhar para dentro?

Quotes
?Cada emoção representa uma cor na minha mente. Automaticamente, filtro o humor e os comportamentos de uma pessoa, transformando-a em diferentes tons?.
?A grandeza é altruísta e vem de dentro, mas é impossível algo assim brotar em um lugar vazio e frio. Os grandes nunca precisaram provar nada para ninguém. Eles simplesmente eram gigantes?.
?Alguns pensam através de situações, eu penso através de cores?.
?Eu aprendi que o verdadeiro sucesso não se trata de contar quantas vezes as coisas dão certo, mas saber aproveitar mesmo quando elas não dão?.
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Corujas de Biblioteca 30/10/2017

Um soco no estomago proferido com delicadeza e compreensão.
Betina teve uma vida bem difícil. Não seria de se estranhar se uma menina órfã e maltratada pela tia perdesse toda a sua alegria. Mas apesar de todas as dificuldades que enfrenta, Betina é uma menina que aprecia as pequenas felicidades que se permite vivenciar.

"Crescer machuca. Crescer exige deixar muitas características pelo caminho. Você não pode crescer e carregar tudo consigo. Ou deixa para trás, ou segue em frente."

Quanto tinha oito anos, Betina era um prodígio da arte. Suas pinturas foram expostas em uma galeria de prestígio e sua vida nunca tinha sido tão colorida. Mas na volta para cara, essa noite tão especial se tornou trágica. O carro dos pais dela se envolveu em um acidente e caiu em um lago próximo. Betina sobreviveu, mas o corpo de seus pais nunca foi encontrado.

Uma tragédia dessas já seria forte demais para uma criança. Mas infelizmente a vida ainda reservava momentos muito difíceis para Betina. A menina teve sua guarda transferida para sua única parente viva, Cecília. E esse novo lar, onde deveria receber amor e cuidado, se tornou um verdadeiro inferno.

Mesmo depois de anos do acidente, Betina não consegue seguir em frente. Seu pai foi acusado pela polícia de estar dirigindo bêbado, mas Betina estava lá, ela sabe que tinha outro carro na pista. E vai fazer de tudo para provar.

"infelizmente, quem agride uma vez, agride mil vezes e jamais vai parar de agredir. Ficar calado não ajuda, aceitar o silêncio é pior ainda."

Paola e Caio, seus únicos amigos, são o porto seguro de Betina e também são personagens maravilhosos! Betina sobreviveu ao acidente, mas ela sente que morreu junto com seus pais naquele acidente, e por isso vive a vida como se por obrigação, vigiada por sua tia e atormentada pela investigação.

As coisas só começam a mudar quando Nicolas aparece. Bonitão, médico e extremamente simpático ele entra na vida de Betina e os dois criam uma conexão. Ele não tem medo de Cecília e insiste para que Betina pare de viver a mercê daquela mulher.

Não consigo nem descrever o quão surpreendente foi esse livro. Nunca Olhe Para Dentro é um romance sincero e complicado. Entregar seu coração para Nicolas não é fácil para Betina e enfrentar sua tia muito menos.

"Nós somos como quadros pintados por nós mesmos. Todos feitos de pinceladas diferentes."

Apesar de ser um lindo romance, a história de Nicolas e Betina não é o que mais chama a atenção no enredo. Betina sofre violência doméstica desde pequena e não consegue achar forças para sair dessa situação, ela precisa de amigos e também da ajuda de Nicolas para conseguir entender que não tem culpa e que precisa lutar contra isso.

Com uma narrativa inacreditável, diversas metáforas lindas sobre pintura e um código de cores/emoções, Amanda Ághata Costa nos surpreende e encanta a cada página. O livro é enorme! E mesmo assim a história nos envolve e passa tão rapidinho.

Eu não posso deixar de recomendar esse livro incrível, não só pelos personagens bem construídos, pela evolução clara que eles têm durante a narrativa, nem pelas cenas lindas e cheia de cores. Mas pela mensagem, NOPD é como um grito de socorro. Um soco no estomago proferido com delicadeza e compreensão.

site: http://www.corujasdebiblioteca.com.br/2017/10/nunca-olhe-para-dentro-amanga-aghata.html
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Luana Moraes 30/10/2017

Uma noite cheia de cor e alegria se transforma em um infinito cinza na vida de Belinda, aos 8 anos perde seus pais em um trágico acidente de carro, e como um milagre somente ela sai viva, mesmo tendo permanecido por mais de 20 minutos submersa.
Agora doze anos mais tarde, Betina mora com a tia, alguém que não nutre grandes amores por ela, cursa psicologia e tenta arduamente seguir em frente. E ao chegar no hospital para o estágio acaba dando de cara com Dr. Nicolas um homem de sorriso deslumbrante e consegue roubar sorrisos e suspiros de seus colegas, mas ela não consegue sentir nada além de "irritação".

Nunca olhe para Dentro, possui uma narrativa em primeira pessoa delicada e leve, já no prólogo eu senti empatia pela personagem e fui fisgada pela história, eu devorei a premissa e agora estou sem unhas por ter que esperar até semana que vem. É a segunda vez que tenho contato com a narrativa de Amanda é posso afirmar que ela cresceu muito, está mais dinâmica, os fatos apresentados não estão corridos e permite que o leitor tenha uma leitura fluída e fácil.
Eu gostei bastante dos personagens os amigos de Betina, Caio e Paola me arrancaram risos, já são meus personagens preferidos. E o Dr. Nicolas me arrancou um suspiros enorme (está conseguindo ouvir daí?). Suspirei muito por ele ao longo da história.

"Paola é a melhor amiga que eu poderia ter, porque sabe que estou mentindo, mas compreende que é justamente baseada nas mentiras inventadas que eu consigo ser livre e respirar de novo."

"— Fica despindo suas pacientes com o super olhar.
Ele ergue um pouco o corpo sobre a mesa, parcialmente apoiado e dá uma risada tímida. Fico confusa sobre a sua atitude, preciso admitir. Não gosto de me sentir desnorteada. Agora as cores dele estão oscilando.
— Eu definitivamente não estou te despindo. — ele diz, a voz rouca fi cando ainda mais grave. — Se um dia eu quiser tirar a sua roupa, você vai saber. "
Me digam que depois desse quote está calor aí?

Nunca olhe para dentro vai abordar temas delicados, um livro que vai explorar amizade, amor e recomeços.

* A capa do livro está incrível! Palmas para a capa, mas a diagramação não fica atrás, está delicada e singela combinando com a narrativa.
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