Feh 26/09/2021
Resenha feita dia 26/09/2021, mas o Skoob resolveu apagar e eu quero muito ter minhas considerações da estória aqui.
Um ano depois de ter lido Kill Switch (que perdeu o posto de meu livro favorito da série) eu resolvi voltar aos cavalheiros, não sei porque demorei tanto, já que Will sempre foi o que eu mais gostava. Seu posto foi perdido depois que entrei nos pensamentos de Damon, mas ainda assim, ele é um completo querido para mim.
E depois de ler seu livro, minha opinião não mudou. Ele me encantou na mesma medida que me fez odiá-lo. Sim, eu o odiei muito, mas não consegui pegar ranço porque querendo ou não, eu o entendi.
Aqui nós temos o mesmo plot dos livros anteriores, a questão dos cavalheiros terem ido para cadeia (até hoje eu não senti pena por eles terem sido presos, mesmo que a questão que os fizera ir para lá, eu passo pano. Mas a questão do que eles faziam antes, seus anos sendo bardeneiros e inconvenientes. Amo todos eles, alguns um pouco menos cof cof Michael, mas vamos combinar que se eles existissem na vida real, eu não os suportaria).
Eu vivi muitas emoções durante a leitura, comecei exatamente meia noite e virei a madrugada. Não conseguia largar de jeito nenhum. Eu me emocionei, ri com o Damon, ele teve bastante destaque e eu gostei disso. Gostei de sua amizade com a Emory, queria que tivesse mais cenas deles. E gostaria que Emory tivesse cumprido a promessa que fez a ele no chuveiro. Mas isso não aconteceu. E acho que isso fez eu achar a história cheia de furos.
O plot que envolvia o Aydin, não gostei. Apesar de eu ter achado a dinâmica dele com a Emory bem escrita e desenvolvida. Sei que não devia gostar porque ele claramente a manipulava, mas eu gostei. Assim como gostei do Micah e do Rory, e senti medo e raiva do Taylor.
Aydin e Alex para mim não funcionou (mas leria o livro deles caso a Penelope lançasse) e essa questão do Aydin com o Will foi meio patética. Ele mexeu com a vida de uma pessoa que nem conhecia por causa de ciúmes. Mas eu o achei um personagem bem escrito. Um típico psicopata.
Will e Emory como casal funcionou, mas não como amigos. Eu não consigo me lembrar de nenhuma cena em que os dois conversam sobre algo profundo além daquela cena no parque quando ele a leva para casa. E essa conversa nem envolveu os dois. Não houve diálogos e até agora, não entendi o que Will via nela. E também o achei muito mimado e irritante em sua fase adolescente (ele mesmo reconhece isso, pena que anos depois). Ele não conseguia tirar os olhos do próprio umbigo. Entretanto, gostei de sua fase adulta, pelo menos até chegar o final. Os dois tinham muita química tanto no passado quanto no presente.
Mas, o diferente aconteceu com Emory, eu amei sua fase adolescente e a adulta como um todo. Fui surpreendida positivamente. Ela era ranzinza, brava, solitária e sua angústia era palpável, mas era muito compressível. Ela passou um inferno com seu irmão e ainda tinha a avó doente. Emory não foi uma típica mocinha e acho que me identifiquei mais ainda com ela por isso. E é isso que não consigo entender. Qualquer pessoa que olhasse mais de dois minutos para ela, veria o quão perdida ela estava. Mas Will não dava a mínima, simplesmente parecia não se importar que ela tinha um monte de problema nas costas. E nem podemos chamar de ignorância, já que houve vislumbre do que se passava em sua casa, ele apenas não quis enxergar.
Tem um momento em que Emory pensa algo como ela precisava de um amigo e não de um namorado. E deu a entender que Will queria apenas namorá-la. Queria as coisas boas de um relacionamento, mas sem a parte que envolve a amizade.
E isso fez eu ter a sensação de que algumas cenas foram cortadas já que entendemos que Will sempre gostou dela, mas nada além disso foi explicado.
Um adendo: eu não consegui identificar como a Emory era fisicamente. Em uma cena, dá a entender que seu cabelo é crespo, então, eu imaginei uma mocinha negra. Mas depois, ao falarem sobre sua pele, dizem que era morena ou bronzeada, aí fiquei perdida. Talvez tenha sido por eu ter lido em inglês e não ter conseguido visualizar como teria acontecido se eu lesse em português. Não sei, só sei que me deixou agoniada. Quando pesquisei para ter uma ideia, vi que ela estava sendo descrita como branca e de cabelos lisos, aí deixei pra lá mesmo e imaginei da forma como achava melhor.
Agora vamos para as partes incoerentes do livro. Para mim, o final inteiro foi um surto que se resolveu em um passe de mágica.
Penelope quis colocar a Emory como uma das culpadas pelos meninos terem sido presos e eu achei meio nada a ver. Porque isso já tinha sido resolvido. A autora a colocou lá, só que foi meio sem noção porque o pai do Damon teria descoberto isso em dois tempos, assim como o avô do Will. Foi sem nexo e isso me irritou muito.
Will descarrega todas as suas frustrações em cima da Emory, diz que não quer mais vê-la, mas depois de uma cena ? que me deixou com muita vergonha alheia. Que constrangimento, senhor ?, ele percebe que ela é perfeita para ele e que combina demais com seus amigos. Não era para ela combinar com ele? Enfim. Revirei os olhos.
E depois disso foi ladeira abaixo, eles se perdoaram em duas páginas. Adivinha? Não teve uma conversa decente, eles não sentaram a bunda e conversaram, eles simplesmente resolveram deixar tudo para trás e começarem do zero, com sexo para coroar, e isso atacou minha ansiedade porque eu não gosto de deixar nada mal resolvido. E foi exatamente assim que ficou. Para que falar sobre o passado, não é mesmo.
E praticamente a estória terminou aí, e mais uma vez, eu senti como se páginas tivessem sido jogadas fora. Acho que Penelope estava com o prazo apertado e não desenvolveu o final do jeito que ele merecia. Porque por um livro que começou tão bem terminar daquele jeito foi meio decepcionante.
E para finalizar, vamos falar sobre a quantidade de cenas de sexo que esse livro tem, como todos da autora. No entanto, nesse, ela se superou. Isso me incomoda? Não. Mas as cenas, eu nem consigo descrever direito. Desnecessárias porque não acarretaram nada pro desenvolvimento. E uma dessas cenas terem sido o motivador do Will perdoá-la foi o ápice do desconforto pra mim.
Gente, as cenas do chuveiro, Alex e Emory na frente de quase todos, Rory e Micah e os protagonistas vendo. Sério. Para mim só ficava a cena da primeira vez deles dois e já tava mais que suficiente.
Enfim, acho que foi uma boa finalização para uma série que já me emocionou tanto. No meu ranking, este livro só não é melhor do que o do Damon por conta do desenvolvimento. Mas Will é meu cavalheiro favorito e o casal com a melhor química é ele e Emory, logicamente. Amo um homem cadelinha.
Quase dei três estrelas, mas dei quatro e meia porque é a Penelope e por mais que algumas coisas me deixaram incomodada, o livro e sua escrita conseguiram tocar meu coração e inclusive até favoritei.
Se a autora tivesse feito um spin off pro aydin e Alex e deixado Will e Emory brilharem sozinhos, eu teria dado cinco estrelas.
Sentirei muita saudade dos cavalheiros e espero que a autora faça uma segunda fase com seus filhos para eu poder revê-los novamente.