Mad Maria

Mad Maria Márcio Souza




Resenhas - Mad Maria


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Choquei.amo-te 12/03/2024

Não imaginava a obra prima que seria este livro. Pouco há para se comentar além do que já foi dito, portanto aqui vai uma breve ideia das impressões causada pelo livro.

Mad maria é um romance histórico que traz de plano de fundo a construção da ferrovia madeira marmoré, a obra mais do que realista é crua e desagradável, porém irônica, com um tom de humor trágicamente realista, repleta de políticos que vendem o povo, empresários corruptos e pessoas complexas degradas pelos anos de vida ( como diria victor hugo "é a degradação do homem pelo proletariado" ) tais quais Finnegan e Collier. É surpreendente este livro não ser comentado como deveria, é uma crítica a nossa política, uma crítica ao capitalismo predatório, e acima de tudo, uma crítica universal
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Arthur803 14/11/2023

Política e dificuldades tropicais = Brasil
Mad maria foi uma recomendação de leitura do meu pai, fica agradecido pela boa referência.

O livro se trata de um romance passado no Brasil, contando sobre a construção da ferrovia madeira-marmore, no Norte do país. Passamos pela vida de vários personagens em vários cargos, do médico e do foguista da mad Maria na selva, até dos políticos mais importantes do governo em suas ricas instalações, sempre com um humor levemente ácido e situações fadadas aos fracasso, ou regadas de corrupção.

Aqui temos os perrengues da construção da ferrovia, chuva, insetos, brigas, salários ruins, etc. Eu esperava era exatamente isso quando descobri do que se tratava o livro, mas além disso, descobri muitas intrigas políticas e brigas por poder e dinheiro, deixando ainda mais interessante o drama da mad Maria.

A leitura é tranquila, só fiquei um pouco confuso com algumas trocas de personagens, digo, aquele que contaria a história naquele momento, mas nada que atrapalhasse, só tive que aprender que seria assim. Muito fluido e divertido.
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Rick.Guitardo 19/06/2023

Um romance que tem como pano de fundo a construção da trágica ferrovia E.F.M.M
Achei a obra muito interessante, apesar dela narrar uma realidade difícil e o final é bem diferente e melhor do que o final que a Globo inventou, transformando uma história, que se baseia em eventos reais, em um troço ultra fantasioso e viajado. E não entendi porque na versão da Globo um político em especial teve o nome alterado em relação ao romance. Tiveram medo de um processo? Enfim, o livro vale a pena ser lido por todos.
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Joao.Vitor 14/04/2023

Incrível
Mad Maria (apelido locomotiva da Madeira-Mamoré) narra-nos a história da construção da ferrovia Madeira-Mamoré, no norte do Brasil, um dos maiores desafios arquitetônicos do início do século XX. Este enredo versa-nos acerca de um acontecimento real e drástico acerca da construção de uma das maiores ferrovias já construídas durante o período em que Rio de Janeiro ainda era considerada a Capital Federal do Brasil. A abertura do livro avisa-nos acerca de que há em suas páginas muito da verdade do ocorrido, mas alerta-nos também sobre o fato da obra ser um romance, o que considero, nada bonito, ao contrário, totalmente tenebroso, ainda que visceral e verídico.

Marcio Souza escreve uma obra dividida em dois grandes períodos da história, o primeiro, claro, diz-nos a respeito da construção de uma grande ferrovia que massacrou diversos trabalhadores levando muito deles à morte em nome do capitalismo parasitário vivenciado no século XX, também nos aventuraremos em um período onde Rio de Janeiro ainda vivenciava seus dias como a Capital Federal do Brasil, o que mostra-nos bastante acerca da história da cidade durante o período e todas as problemáticas sociais, políticas e problemáticas da época. Esta edição da obra conta com um novo projeto gráfico, bem como uma nova revisão e um projeto de expansão, o que no cenário atual soa quase como uma denúncia em relação ao que vem acontecendo - inclusive nos dias atuais - com a Amazônia e todo seu desmatamento em busca de uma expansão comercial capitalista, trazendo-nos a tona uma admiração em relação à poética versada pelo autor, bem como um horror pelas descrições tão minuciosas em suas páginas.

A obra narrada no período de 1911 traz-nos revelações acerca das mortes e dos grandes acordos políticos firmados para sua realização, e claro, toda trama por trás de uma das grandes construções ferroviárias que traz-nos a tona os sentimentos de insatisfação, ao passo de que somos levados a entender a totalidade dos acontecimentos acerca do processo acelerado de desenvolvimento do capitalismo parasitário em um período quase que periférico acerca do trabalho e da exploração de mão de obra.

A obra, intitulada muito verdadeiramente como ferrovia do diabo carrega em si um mar de sangue das vidas que se perderam para sua realização, bem como para o seu desenvolvimento no meio político, o que nos faz aprender um pouco mais acerca dos acordos políticos que, em suma, permanecem vigente dos dias de hoje - o capital acima da vida em prol das realizações megalomaníacas dos grandes investidores da atualidade.

A obra se divide em pequenos capítulos que trabalham a noção de mudança de atmosfera segundo seus envolvidos, nota-se relatos romantizados acerca das perdas e dos danos deixados pela construção. O romance livre de levezas trás descrições e relatos precisos sobre as vidas perdidas durante o período da construção. O pior de todo acontecimento é notar que a ferrovia era uma grande construção de idealização, mas que em suma, não ligava nenhum ponto à outro, ou seja, não levava de um caminho para outro, era apenas um grande inferno com pausas pelo caminho.

A obra deu origem a uma série na rede globo de televisão que leva o mesmo nome e pode ser assistida no serviço de streamming globo play. Uma obra deliciosa para os amantes de história e de grandes acontecimentos da vida real.

site: https://www.postliteral.com.br/2023/03/resenha-525-mad-maria-de-marcio-souza.html
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Jordana.Pires 25/03/2023

Vale a pena ler
Eu adorei o livro, apesar de ser uma leitura pesada e que acontecem várias tragédias, é uma leitura necessária para conhecermos a história por trás da ferrovia mais conhecida pelos seus problemas na construção do que qualquer outra coisa.
Entendermos a história é importante para que validemos tudo o que ocorreu.
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Daniel583 18/03/2023

Muito bom
Mad Maria foi meu primeiro contato com o autor Márcio Souza, carinha bastante reconhecido no meio da literatura brasileira. Motivado por esparsas lembranças da minisérie da TV Globo procurei o livro num sebo. Definitivamente superou minhas expectativas. Peculiar um romance nacional aonde a maioria dos personagens são estrangeiros. A precisão histórica e a descrição do ambiente de trabalho em meio à floresta é incrível, podemos até sentir o calor e o inferno de mosquitos descritos pelo autor. Os capítulos ambientados no Rio de Janeiro em alguns momentos foram tediosos mas nada que compromete-se a leitura. Ao aproximar-me do final a ironia e o humor negro do autor ficaram ainda mais evidentes, tornando a leitura extremamente prazerosa. É uma bela obra que sinto não ter o reconhecimento que deveria. Um mapa da ferrovia teria enriquecido mais a edição. Nota 4/5.
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Cris510 07/01/2023

A decadência do ser
Gostei muito desse livro, o ritmo é muito bom e os personagens são muito reais, nenhum deles é livre de defeitos, me agradou muito essa caracterização deles. Acho que o que mais me chamou a atenção no livro foi acompanhar a mudança de um dos personagens, começou sendo o "mocinho", o personagem cheio de ideais e que gostaria de salvar a todos, e no final é o oposto de tudo isso. Foi um dos meus personagens favoritos do começo ao fim. Recomendo muito a leitura.
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Flavio.Vinicius 27/11/2021

A cruel civilização
Livro sobre a estrada de ferro Madeira-Mamoré, em 1911, em Rondônia. A história narra a crueldade e a morte trazidas por aqueles que tentavam civilizar a floresta Amazônia.

A parte do núcleo rico, que se passa no Rio de Janeiro, é bastante enfadonha. É uma miríade de nomes e situações políticas que não são bem apresentadas, e acabam ficando com cara de relatório, como se não tivesse havido tempo de serem melhor trabalhadas pelo autor.

No todo, porém, o livro é ótimo. Uma leitura que vale muito a pena. O livro é mais realista e mostra a crueldade da construção da ferrovia Mad Maria, sem os enfeites açucarados que a Globo fez ao representar a história em minissérie.
Daniel583 18/03/2023minha estante
Acabei de concluir a leitura. Os capítulos no Rio de Janeiro realmente deixam a desejar um pouco. No mais a obra é muito boa. Dou a mesma nota.


Flavio.Vinicius 19/03/2023minha estante
Que bom que tb gostou do livro, Daniel.




Lady of Swords 01/12/2020

A rainha de ferro e os trilhos de sangue
Ouvi falar uma vez, aleatoriamente, sobre a série da Rede Globo e o contexto histórico onde se passava. Um estranho tipo de fascinação logo me varreu e comecei a assistir. Lá pelo terceiro capítulo, por acaso enquanto lia os créditos iniciais, porque gostava da música de abertura, descobri que era baseada em um livro. Abandonei a série porque queria ler a obra original primeiro. Se a adaptação parecia estranhamente promissora, imagine a obra original!
Queridos, eu estava certa!
Márcio Souza fez algo que eu amo, que é um romance com um fundo histórico fiel que realmente acrescenta algo na sua vida, e acrescentou à mistura características típicas da literatura brasileira: um realismo extremo que beira a obscenidade, junto de uma aceitação da natureza humana e do que ela tem de pior. E, meus amigos, ficou bom, muito bom.
A construção da ferrovia Madeira-Mamoré (também chamada de Ferrovia do Diabo, e não é por menos) sempre esteve cercada de polêmicas. Desde a concessão ao Sindicato Farquhar, até o projeto em si, que parecia ligar o nada à lugar nenhum. Pessoas vindas dos quatro cantos do mundo em busca de esperança e lucros, acabaram em um trabalho análogo a escravidão em um ambiente completamente hostil e insalubre. Imersas em um desespero, dia após dia, morte após morte, vão percebendo que mais do que construindo uma ferrovia, estão cavando suas covas com as próprias mãos. E é no meio desde ambiente que se passa um dos núcleos da estória, onde o carrancudo engenheiro Collier tenta a todo custo manter a ordem e a produtividade de seus funcionários insatisfeitos e encrenqueiros, e o dr. Finnegan luta contra as moléstias tropicais, enquanto lida com seus próprios fantasmas e com a negação da verdade: que se meteu na maior roubada de sua vida.
No outro núcleo, temos o (não tão) ilustre Percival Farquhar, suas artimanhas políticas e picaretagens em busca de lucro. Em busca de uma maneira de se infiltrar no novo governo, o qual ele não ajudou a eleger, ele parece encontrar adversários a altura e que não simpatizam nem um pouco com sua pessoa e seu modo de trabalho.
Não vou das spoilers sobre o final, digo apenas que não há como defender: são todos vigaristas neste livro. Todos estão procurando tirar algo de alguém para seu próprio benefício. É sujo, é nojento... E é real.
Talvez por isso seja tão bom.
Agora, se me dão licença, vou terminar de assistir a série, que com toda a certeza foi bastante higienizada, mas deve ter seu valor, também.
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Deghety 28/06/2018

Mad Maria
Mad Maria
Márcio Souza
Brasil

Nesse romance histórico Márcio Sousa conta a história da malograda construção da estrada ferro Madeira-Mamoré no início do século passado.
O livro se passa em dois núcleos: os trabalhadores de várias nacionalidades em meio a floresta amazônica e os políticos e empresários em Brasília e Rio.
O primeiro núcleo é recheado de conflitos étnicos, raciais e culturas bastante violentos como também as condições precárias em que os trabalhadores trabalham e vivem, causando mortes quase diárias, tanto pela violência como pelas doenças que a natureza e o clima oferecem.
Quanto a outra parte, trata-se do corriqueiro jogo de interesses, políticos e lucrativos, entre militares e empresários.
Como sempre gosto de destacar personagens, farei a menção aqui de um de cada núcleo.
O célebre Ruy Barbosa, uma das peças principais nas manobras políticas e o engenheiro Collier, responsável pela segurança e pelo andamento da ferrovia.
Collier representa o homem prático e desiludido, sem esperança alguma na vida e na humanidade, por trabalhar sempre nessas condições subumanas. Essa desesperança e falta de zelo pela vida é ingrediente principal da obra, juntamente com o pano de fundo histórico, por mostrar como o caos realmente enlouquece os homens.
Achei bastante relevante também a visão do índio Joe Caripuna sobre os "civilizados", a lógica simplista de pensamentos não comprometidos com interesses, como vemos em nós mesmo.
É isso, recomendo!!!
??????????
#desafioliterárioskoob2018
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><'',º> 23/02/2018

História romanceada sobre a construção da ferrovia Madeira-Mamoré, obra nababesca que começava no nada e acabava no lugar nenhum. O humor crítico de Márcio Souza apresenta alguns momentos desta saga.

Fonte: estantevirtual.com.br
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Aline 25/08/2017

O ciclo eterno, desde sempre.
“Mad Maria” é um livro bem interessante: possui embasamento histórico fidedigno o suficiente para acreditarmos nele. Possui conflitos, amores, personagens intensos e um contexto caótico e insalubre, que nos prende ao enredo e nos conduz a uma leitura proveitosa. Achei o saldo positivo. No entanto, o desânimo bateu: em 2012 a crise política entrou pela porta do Brasil e não foi mais embora, afetando milhões de pessoas e minando nossas vidas de indignação e desgosto. Talvez tenha sido inocência da minha parte, mas esses sentimentos foram bastante agravados ao ler sobre corrupção e falta de caráter praticados há 100 anos atrás, confirmando a existência de um ciclo aparentemente inquebrável, de uma cultura arraigada, desde sempre. Enfim, meu desalento e exasperação sobre o assunto prejudicaram a leitura. Lá pelas tantas, broxei.

Mudando de saco para mala, não poderia deixar de mencionar a minissérie produzida pela Globo, baseada no livro. Não assisti, mas pesquisei à respeito. Ler sobre a série serviu para ratificar minha impressão de que o livro é perfeito para uma adaptação para a TV, como se fosse quase um roteiro pronto. A versão televisiva possui mais personagens que a escrita, porém os personagens principais do livro foram atribuídos a atores que, dentro do universo da Globo, foram adequadamente escolhidos: Juca de Oliveira como Collier, Tony Ramos como Farquhar (ri muito, porque foi exatamente como imaginei o personagem) e Fábio Assunção como Dr. Finnegan (mais uma vez, riso alto). Ana Paula Arósio ficou com o papel da Consuelo, apesar de eu nunca ter visto bolivana de olho azul. Enfim, um dia assisto a série para saciar minha curiosidade quanto à linguagem (cada personagem deveria falar de um jeito) e, é claro, quanto ao cenário exuberante.
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Lili 05/05/2016

Mad Maria
"Quer saber o que significa para mim o progresso? Uma política de ladrões enganando países inteiros. Birmânia, índia, África, Austrália, os nossos alvos.

É claro que estamos deixando a nossa contribuição. Ao lado da cadeia de tijolos, está a escola para formar funcionários ativos subalternos. Nós não nos esquecemos nem de ensinar aos jovens nativos o futebol. E aprendem a beber uísque, principalmente a beber uísque. Enquanto isto, nos clubes dos pukka-Sahibs, nós repetimos ano após ano a mesma conversa. E enchemos a cara enquanto enriquecemos, enquanto destruímos tudo, enquanto espalhamos os nossos próprios vícios."

Este é o tom do livro. Descrição da voracidade de empresários em busca do lucro, sem que seja dado o mínimo valor às vidas atingidas. Um retrato (assustadoramente atual) da política brasileira no começo do século XX. E a trajetória do caráter de um homem sendo transformado na medida em que ele presencia a degradação humana em elevado grau.

O livro é chocante e ao mesmo tempo muito real. Percebe-se a que custo o progresso é imposto em áreas ermas como a floresta amazônica. No início achei a leitura um tanto cansativa, mas depois de certo tempo o livro adquire um ritmo melhor e fica difícil parar de ler antes de terminar. Recomendo.
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William 30/10/2010

Isso também é Brasil
É impressionante saber como há pouca coisa de novo na vida. Onde há o progresso, há a ganância; onde há sofrimento, seja lá de que natureza for, há quem não se importe; onde há paixão, há uma maçaroca de sentimentos e atitudes de compreensão dificílima. Gosto muito da maneira Como Márcio Souza retrata aquele pedaço do Brasil daquele momento, a teimosia do homem em tentar sobrepujar a natureza selvagem e mesmo a explicação breve do mito indígena sobre de onde vem a chuva e o choque das culturas "branca" e indígena. É uma ótima leitura para se entender um pouco dos homens, do poder do dinheiro e da natureza.
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Cris 09/09/2009

Ferruada Maria Louca
Quando comecei a ler o livro não consegui mais parar.

Ácido,realista,triste,necessário,irônico,bizarro,e também humano.
Pouco se sabe fora desse eixo Rio-São Paulo e isso parece ser um tipo de anafalbetismo que só com o tempo se lamenta.Antes fosse só geográfico,porém envolve outras terminologias/conceitos/áreas.

Não é um choque idealista/especulativo de quem têm razão ou de onde vive/nasce/e aonde a verdade vai parar, é antes de mais nada uma adaptação de situações surreais,de condições de guerra,uma inumanidade grutal vividos por pessoas que estão alí simplesmente se confrontando com aquele inferno jamais imaginado,enganados e que se torna uma condição que não mima/acalenta/amenisa ninguém,seja a graduados como a meros trabalhadores,independente do país de origem,independente de seus direitos civís,independente , aliás, de qualquer direito!Apenas engolem deveres e cada um reage como as páginas mostram.
é um resumo doloroso porque o livro de certa forma esbofeteia!A História prova que a humanidade vive/insiste em ciclos repetitivos de elementos que até hoje não desgrudam e não desgrudarão da estrutura de um sistema inominável e cruel.A palavra dolorida é adjetiva de um sonho romântico,bem paralela/oposta a "MAD Maria".
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