As Brumas de Avalon

As Brumas de Avalon Marion Zimmer Bradley




Resenhas - As Brumas de Avalon


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Vick 29/04/2021

TW: estupro e pedofilia
A autora era pedófila, ela abusou dos próprios filhos e apoiou o marido a fazer o mesmo. Mesmo morta, nos livros ainda estão essas merdas que ela """acreditava""" e praticava. Se você quiser ler mesmo assim, aí vai da sua escolha, mas lembre que você está apoiando mesmo que indiretamente.
Caio Gouveia 01/05/2021minha estante
Sério que tem apologia a pedofilia e estupro nesse livro?!


Cami 09/05/2021minha estante
A filha da autora já falou que muitas cenas sexuais do livro na verdade eram as mesmas que a mãe já tinha feito com ela


Cami 09/05/2021minha estante
A mesma filha já falou tb que se sente super desconfortável vendo pessoas lendo o livro, pq aquelas cenas eram coisas que os pais faziam e abusavam dela


Caio Gouveia 10/05/2021minha estante
Que triste.


Igor.Kensuke 21/08/2021minha estante
Apoiando uma defunta?




lumybea 11/05/2020

As Brumas de Avalon
É impressionante como o leitor está presente durante o crescimento de todos os personagens. Os conhecemos desde que nasceram até suas mortes. Foi arrebatador como a autora conseguiu criar personagens tão palpáveis.
nath191 22/06/2021minha estante
Eu ainda estou no 1° volume, más já concordo contigo




Raquel 14/07/2023

As Brumas de Avalon: classico da fantasia!!
Releitura no meu projeto “Relendo As Brumas de Avalon”

Uma das histórias mais contadas e recontadas através dos tempos é a lenda em volta do mítico Rei Arthur e todos os personagens envolvidos com ele. Mas, nada se compara a versão épica escrita por Marion Zimmer Bradley, que reconta a lenda Arturiana sob o ponto de vista exclusivo das mulheres, explorando o lado mágico e mitológico da história.

As brumas de Avalon é dividido em 4 livros, que foram publicados todos juntos nesta edição da Editora Planeta.

Em “A Senhora da Magia”, a autora introduz os personagens que permearão toda a história, mas principalmente, nos conta sobre a infância de Morgana em Tintagel e posteriormente na corte do Rei Uther, e o resto de sua juventude na sagrada ilha de Avalon, com sua tia e grã-sacerdotisa, a Dama do Lago Viviane. O núcleo de Avalon é o meu favorito em toda a trama!

“A Grande Rainha” foca em Guinevere e em todas as suas frustações relacionadas ao casamento com Arthur e o seu amor proibido com Lancelot. Mesmo depois de mais de 25 anos da primeira leitura, esta parte da história me fez sentir novamente um misto de ódio e pena por todos os personagens, em especial aquela que teve maior destaque em toda a trama, a esposa do grande rei Arthur. Senti pena da criação extremamente religiosa centrada na imposição de culpa, que a maioria das mulheres da época sentia por um pecado que não haviam cometido. Ao mesmo tempo, senti ódio de várias falas e atitudes dela, tanto devido a sua arrogância como nobre como ao seu fanatismo religioso.

Em “O Gamo Rei”, os personagens principais estão mais velhos e frustrados com seus planos fracassados e amores não concretizados e/ou não correspondidos. Os atos dos personagens geram consequências cada vez mais transparentes na Bretanha e entre eles mesmos.

“O Prisioneiro da Arvore” revela Camelot e Avalon em “decadência”: o mundo mostra-se em constante mudança, nada mais é como antes havia sido, e a velocidade dos acontecimentos intensifica-se mais a cada instante. Acompanhamos o trágico destino dos personagens e sentimo-nos impotentes, não no sentido de ação, mas sim por afinal concordarmos que não haveria outro caminho a ser tomado.

Os personagens são bem escritos e aprofundados, com personalidades plausíveis e reais, e não apenas meras caricaturas do que é ser herói e vilão. Mesmo aqueles que, no decorrer do livro, eu criei desprezo, tem seus motivos para serem o que são e fazerem o que fazem, são pessoas cujas personalidades nós poderíamos ver no dia a dia. Quanto à Morgana, minha personagem favorita na saga, ao longo dos anos na corte ela se perde e para encontrar seu caminho de volta ela precisa percorrer estradas tortuosas. Ela sempre consegue se levantar depois de uma queda, mesmo que demore um tempo e ela adquira algumas cicatrizes.

As Brumas de Avalon é um verdadeiro clássico da fantasia que merece toda a notoriedade que tem. Ela traz uma experiência de leitura exclusiva e especial às mulheres, porque nos sentimos representadas, não só no que diz respeito à virtude e conhecimento feminino, mas também porque ela mostra a perspectiva de mulheres fortes e poderosas dentro de uma história popularmente conhecida por seus grandes heróis masculinos.

Favoritado novamente depois de 27 anos da primeira leitura!!
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Lilian 12/08/2020

Melhor leitura de 2020?
Acho que essa série foi a melhor leitura de 2020, e olha que eu li excelentes livros esse ano.
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Calder 01/09/2022

É possível que haja genialidade em uma mente tão perversa?
Começo essa resenha alertando você, meu caro leitor, sobre algo: Marion Zimmer Bradley foi uma autora com fortes acusações contra si de pedofilia e outros crimes sexuais.

Talvez você não soubesse disso, eu também não sabia quando comecei a leitura. Descobri tal fato pela metade do meu processo de leitura e, afirmo à você, que basta algumas breves pesquisas no Google para descobrir o quão sórdidas são as acusações - feitas pela própria filha, inclusive.

Bom, As Brumas de Avalon é uma leitura extensa e apesar dessa descoberta ter cortado meu fluxo de leitura por uns meses, retornei ao livro após um tempo, pois não queria deixá-lo pela metade.

Impressionantemente a leitura me prendeu. A narrativa ficcional de Marion é incrível e eu sequer entendo como isso é possível. Eu, como mulher e agnóstica, antes de descobrir sobre fatos tão estarrecedores tinha encontrado na obra um alento sobre meus próprios pensamentos acerca das religiões e do domínio masculino em tantos campos. No passado e no presente. Morgana, dentre as tantas personagens femininas as quais conhecemos os pensamentos e anseios, é, sem dúvida uma das personagens femininas ficcionais mais viscerais e reais. Símbolo da dor e delícia de ser mulher. Foi donzela, mãe, a Deusa e por vezes a própria morte. Outrossim, tantas verdades fundamentais acerca da coexistência de religiões e da tolerância que deveria existir constam diluídas na obra.

Como já deve saber, o livro conta a lenda arthuriana pela perspectiva das personagens femininas e, nesse sentido, é subversivo. Em nada deixa a desejar a não ser, é claro, no caráter da própria autora.

Não recomendo o livro porque não me sinto bem em recomendar uma obra que, bem possivelmente teve entre suas inspirações abusos reais. Mas não posso negar a grandiosidade da escrita, apesar da vilania e monstruosidade de Marion.

Não entendo como pode coexistir em uma mesma pessoa uma genialidade ficcional tão extensa e uma moralidade tão ínfima.

Dito tudo isso, está nas suas mãos decidir se lerá ou não. Mas diferentemente de mim, agora você sabe previamente.

Boa decisão.
laragsoares 20/09/2022minha estante
Eu sempre sonhei em ler essa obra, desde os meus 14 anos, quando vi o filme e me endiabrei, e uns meses atrás descobri dos escândalos em um comentário de review da Amazon, quando eu estava pronta pra comprar o livro. O fato de ela já ter morrido e não receber mais nada por ele me fez comprar, apesar de sentir um leve peso na consciência, aí leio com um olhar atento, tentando encontrar indícios de uma abusadora que compactua com pedofilia, e minha Deusa, ainda estou na página 90, e ela faz tantas críticas às mulheres que eram desrespeitadas e abusadas, levanta tanto a bandeira do consentimento em vários momentos da relação da igraine com o gorlois. Eu gosto de acreditar que ainda há algo mal contado nessa história, que ela foi chategeada pelo marido ou algo assim? claro que sendo realista da pra acreditar que uma mente tão perversa seria capaz de mentir a própria moral em uma ficção, mas admito que é difícil aceitar, tamanha a beleza de tudo o que li até agora em tão poucas páginas :(


laragsoares 20/09/2022minha estante
Socorro ahaha me endiabrei ali era pra ser me apaixonei (pelo filme)




Rebeca 16/12/2021

... Lancelote está mais bonito do que da última vez....
Boa estória, não com o final que eu conhecia ( e eu gosto mais do que eu conhecia mesmo) mas a narrativa é extremamente rica. No início fiquei com um pouco de medo pela quantidade de personagens e lugares que é enorme, mas a gente se acostuma.
Ressalva: Todo mundo fala do quanto a escrita da Marion e fluida e envolvente e eu achei também, mas não taaanto assim. Muitas vezes repetitiva demais (eu imaginava o Lancelote como Jake Gyllenhaal e durante o livro ele ficava mais bonito cada vez que aparecia e eu não sabia mais o que fazer com o pobre Jake, ele era meu máximo). Outra coisa: Tudo é contado do ponto de vista da mulheres, bom, excelente! Só que as mulheres não faziam muito além de fiar; então só se ouve falar nas batalhas arturianas. Isso não diminui a emoção, mas não tem mais do que 2 duelos de espada no livro.
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Ratinha de Biblioteca 09/05/2020

Versão feminina da lenda do rei Arthur
Fiquei sabendo que está pra estrear a série com a personagem Nimue e, nessa adaptação da tão batida lenda do rei Arthur, é ela quem empunha a espada e sai guerreando. Então pensei o seguinte: para apresentar o empoderamento feminino eu preciso colocar uma mulher fazendo as mesmas coisas que um homem? Como um homem faria, ou melhor?
Gosto muito desse livro, que acabo de reler nessa edição pesadona com os quatro volumes em um só tomo, porque as mulheres são empoderadas e ao mesmo tempo se mantêm femininas. Elas até podem fazer o que homens fazem, mas do jeito delas.
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Taina.Lira 07/11/2020

É como se você vivesse 100 anos dentro desse livro!
Esse livro tem muitas páginas mas não exatamente de história. São muitos detalhes narrados que fazem isso, a história mesmo poderia ser contada em 400 páginas, por isso o livro acaba ficando massante.
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Juliane72 28/10/2023

As Brumas de Avalon
Essa edição completa é magnífica. A história de Arthur é muito mais interessante vista pela óptica dessas mulheres incríveis.
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Marcos.Leste 03/08/2022

Lendas de Arthur
Conta a lenda de Arthur sobre uma perspectiva excelente....um romance gostoso uma fantasia excepcional..vale cada minuto da leitura.
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Patriccia12 16/03/2021

Um livro atemporal
Um excelente conto, que nos dá ideia de tempo passando, crescemos e vivemos todas as alegrias e dores a partir do olhar de mulheres fortes, fortíssimas. Morgana, sacerdotisa de Avalon, lugar mágico, esquecido ou perdido nas brumas com o avanço do cristianismo é quem narra a versão dela da lenda do rei Arthur e tudo de politico e místico que há por trás desta.
Muito bom mesmo, recomendo demais.
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Fernando Lafaiete 31/03/2018

As Brumas de Avalon: Uma análise da obra que encantou gerações!
Avisos:

1. NÃO possui Spoiler
2. Desculpem pelo tamanho da resenha, foi impossível escrever algo menor do que isso.
3. Não julgo religiões. Apenas não concordo com a visão que muitos possuem sobre o que deve ser visto como pecado. Neste aspecto concordo com o que a autora defende no romance.
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Ao iniciar a leitura de As Brumas de Avalon, as minhas primeiras impressões foram as piores possíveis. Achei a escrita pobre e o desenvolvimento precário. Sabendo que o clássico de Bradley tem uma importância enorme na literatura, não só me forcei a terminar o primeiro volume, como ao me sentir incomodado comigo mesmo, resolvi reler o primeiro livro segundos depois de terminá-lo. É importante ressaltar para os desavisados, que a obra-prima de Marion Zimmer Bradley não é um romance focado em batalhas, sistemas de magia e descrições minuciosas. A escrita da autora não tem como principais características descrições nem dos ambientes e muito menos no que diz respeito as características dos personagens. A autora tem uma escrita simples e ela apenas entrega o básico referente a estes aspectos narrativos e sua imaginação deverá fazer o resto.

As Brumas de Avalon tem como objetivo narrar a tão conhecida jornada do Rei Artur, porém através do ponto de vista das personagens femininas. Estas que são frequentemente negligenciadas pela maioria dos autores. Aqui a autora não apenas dá voz a quem raramente a tem na propagação dos relatos deste lendário rei, como dedica boa parte da história à estas mulheres poderosas e influenciadoras.

O romance lançado em 1979, tem como personagem central a famosa Morgana, irmã de Artur e sacerdotisa da misteriosa ilha de Avalon. Acompanhamos o nascimento de Artur e toda a profecia que o acompanha. Tudo se inicia quando Morgana já tem 4 anos e logo no inicio a autora já deixa claro que o destaque será Viviane, a Senhora do Lago e suas discípulas. Os termos Senhora do Lago e Merlim, são apenas termos que designam uma posição religiosa e política e não se refere a uma única pessoa como normalmente vemos em outras obras.

Se a obra não tem como focos aspectos tão amados dos amantes do gênero, então quais são os seus principais pilares?

A autora constrói uma trama focada no psicológico dos personagens e nos relacionamentos entre eles. Estes pilares irão se desenvolver para intrigas políticas e religiosas muito bem exploradas pela autora. A famosa obra e um dos maiores clássicos da fantasia, é uma história que apresenta manipulações sociais, políticas e religiosas. Todas essas arquitetadas pelas mulheres.

As personagens femininas são de fato incríveis. Morgana tem um desenvolvimento impressionante e é uma personagem humana em todos os sentidos. Ela se destaca do início ao fim de toda a jornada apresentada nos 4 volumes. Viviane, Morgause, Nimue são personagens empoderadas de maneira espetacular. Guinevere ou Gwenhwyfar (dependerá da tradução a qual você estiver lendo), esposa de Artur, é a personificação do fanatismo religioso e da hipocrisia religiosa. Posso, acredito eu, classificá-la como a vilã da obra. Ela é arrogante, preconceituosa, pecadora e ainda assim se julga no direito de julgar e condenar os outros. É Ela que molda muitos dos acontecimentos da história e é uma pessoa extremamente manipuladora. Detestei esta personagem? Com certeza. Eu a detestei tanto que não consegui sentir pena da mesma quando desgraças acontecem com ela.

As mulheres não são sexualizadas e os personagens masculinos não são desrespeitados pela autora. Tenho apenas uma ressalva referente ao rei Artur. Ele não é um personagem ruim, longe disso. Mas considerando o peso histórico que ele possui, achei o Artur de Bradley um completo idiota. Ele é uma marionete na mão da esposa e em nenhum momento toma decisões por conta própria. Ele é facilmente manipulado e por este motivo o considerei durante toda a minha leitura um personagem sem nenhum resquício de personalidade.

Marion Zimmer Bradley apresenta críticas pesadas à religião, em especial ao cristianismo. A autora não só questiona os dogmas religiosos, como em todo o momento reforça que a religião defendida pelos homens não passa de uma visão deturpada que é defendida e disseminada por pessoas preconceituosas. Inclusive, ela levanta o seguinte questionamento: Por que as mulheres precisam se calar diante dos posicionamentos masculinos? Tudo isso porque são vistas como sendo a imagem de Eva, a pecadora. O castigo as mulheres deve ser empregado pela eternidade. Elas precisam pagar pelo pecado que cometeram no início do mundo.

"As Mulheres precisavam ter um cuidado muito especial em fazer a vontade de Deus; porque foi através da mulher que a humanidade caiu no Pecado Original e todas deviam saber que tinham de trabalhar para redimir esse pecado no Éden. Nenhuma mulher com exceção de Maria Mãe de Cristo. podia ser realmente boa: Todas as outras eram más, nunca tiveram a oportunidade de ser outra coisa." (Página não mencionada porque li no Kindle)

A autora através de fatos históricos, claramente bem pesquisados, apresenta a "extinção" do paganismo e o domínio do cristianismo. A ilha de Avalon representa as religiões pagãs e a autora, que não se considerava feminista, relata a importância das mulheres na formação da Bretanha. Existem diálogos inteligentíssimos entre pessoas de ambas as religiões exploradas pela escritora. O meu deslumbre pela obra surgiu aos poucos devido ao desenvolvimento dado pela autora e nem tanto pela escrita.

As Brumas de Avalon apresenta também uma relação homoafetiva, envolvendo dois dos principais personagens masculinos. A autora também apresenta uma relação de homossexualidade feminina. Ambas as relações e os desdobramentos das mesmas são interessantes e inseridas de maneira bem respeitosa. Aliás, a autora também explora questões de incesto e estupro.

Artur, Mordred, Lancelote, Uriens, se destacam mesmo não sendo as vozes da narrativa. Bradley me conquistou pelo equilíbrio de gênero, coisa que não encontrei em O Rei do Inverno de Bernard Cornwell.

As Brumas de Avalon são as últimas histórias escritas pela autora dentro do que ela chamava de Ciclo de Avalon. O clássico em questão é antecedido por A Queda de Atlântica composto por dois volumes, Ancestrais de Avalon, Casa da Floresta, Senhora de Avalon e Sacerdotisa de Avalon. Não se faz necessário ler a obras em ordem de lançamento.

Avalon existiu?

Muitos afirmam que Glastonbury, uma pequena cidade do condado de Somerset na Inglaterra foi a misteriosa ilha. A pequena cidade ganhou esta fama em 1133, graças a uma colina que se encontra próxima dali e onde uma misteriosa árvore cresce. Árvore esta que muitos afirmam, inclusive a autora de As Brumas de Avalon, que era uma árvore que crescia apenas em Avalon. Pra quem está se sentindo perdido, esta é a árvore que Morgana enterra ao lado de um determinado túmulo no final do quarto volume. É nesta ilha também que foi construída a igreja onde teria sido guardado o Santo Graal 30 anos após a morte de Jesus. E foi também nesta ilha que em 1191, monges alegaram ter encontrado os túmulos de Artur e de Gwenhwyfar. Túmulos esses que se perderam ao passar dos anos. Acreditar ou não que Avalon existiu e que foi um dos locais o qual Jesus caminhou, dependerá da sua fé e no que você acredita. Confesso que independente do que eu acredito, fiquei bem curioso para conhecer esta pequena e misteriosa cidade.

É POSSÍVEL SEPARAR A OBRA DA AUTORA?
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Pra quem não sabe, Marion zimmer Bradley foi acusada pela própria filha de ser cúmplice do marido, que abusava sexualmente dos próprios filhos. Ou melhor, ela também foi acusada de abusar dos mesmos. Em 1964, Walter Breen, foi acusado, julgado e condenado por abuso infantil. Neste periodo ele ainda não estava casado com a famosa autora. Pouco tempo depois, ele se casou com Bradley, que aceitou o pedido mesmo sabendo de sua conduta. Em 1990 foi preso de novo, mas fez um acordo judicial. Em 1992, foi acusado de novo de assédio e foi preso morrendo na prisão em 27 de Abril de 1993. Moira Greyland, filha do casal afirmou que ambos abusavam dela e que ela foi uma das pessoas que o acusou formalmente na época de sua última prisão. Marion Zimmer Bradley, não só afirmou saber de tais abusos (não assumiu que também abusava da filha) como testemunhou a favor do próprio marido, apoiando toda essa sem-vergonhice. A autora ainda informou que mesmo sabendo que a filha era abusada, optou por não denunciar o marido porque o amava. Como autora eu a considero e muito, mas como pessoa eu a abomino. Não tenho como defender esse tipo de comportamento. Eu sou um leitor que consigo separar a obra da autora. E vocês? Conseguem passar por cima desta conduta e ler As Brumas de Avalon? No momento em que J. K. Rowling está sendo massacrada por manter Johnny Depp no elenco de Animais Fantásticos, considero hipocrisia detonar uma e relevar outra. Eu como sei separar as coisas, li a obra de Bradley e me surpreendi. Nota 9 pra autora e 0 para a sua conduta como mulher e principalmente como mãe.

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As Brumas de Avalon é uma jornada de aceitação espiritual, religiosa e de aceitação de gênero. Uma obra que explora bem as diversas facetas do amor que tanto julgamos. Julgamos o amor alheio por não conhecermos o seu surgimento. Amar não é pecado. O pecado quem faz somos nós, que julgamos os outros sempre nos baseando em uma doutrina religiosa deturpada pelo homem. Indico As Brumas de Avalon, mas saibam que é uma obra simples, profunda e reflexiva. Comecei a leitura com implicância por esperar algo épico. Terminei a leitura bastante pensativo e cheguei a me emocionar com o final, que achei excelente. Terminei a leitura convicto de que o que precisamos é de um Deus imune e livre de qualquer preconceito.
Thayane 31/03/2018minha estante
Que bom que sua experiência foi positiva! Acho que a vantagem maior do Skoob é poder ler visões diferentes da minha (terminei o primeiro livro com a brutal realização de perda de tempo - inclusive, está entre os piores que li).

Sobre a relação autor e obra, pensamos da mesma forma; sou muito fã do que o Lovecraft produz, mas terminantemente contra quem ele é (xenofóbico, racista, elitista e misógino) e acontece também com a Rowling (ególatra e se contradiz o tempo todo no Twitter com suas pseudo-militâncias). Consigo separar a pessoa da obra, mas respeito quem não o faz.

Isso dito, excelente resenha! Obrigada por compartilhar. c:


Fernando Lafaiete 31/03/2018minha estante
De nada Thay... Fico muito feliz de saber que você gostou da minha resenha. Eu também não tive uma boa experiência com o primeiro volume, por isso resolvi relê-lo. Eu gostei mas entendo quem o abandona ou quem lê até o final e não gosta. É um livro com uma escrita diferente do que encontramos hoje em dia.

Sobre a questão autor vs obra, ainda não encontrei um autor que me desperte tanto desprezo ao ponto de não querer lê-lo. Que pena que você teve uma experiência tão ruim assim com esta obra. Pretende continuar lendo ou abandonou de vez?


Thayane 31/03/2018minha estante
Imagina, a leitura das suas resenhas são sempre válidas. Inclusive, fico sempre no aguardo de você criar uma conta literária no Instagram, haha~

No momento, não tenho vontade de reler e tolerar o início pelo conjunto da obra... mas caso encontre o volume único em algum sebo, com aquele preço convidativo, talvez aquele duende curioso que reside no cantinho do nosso cérebro me faça reconsiderar. Até lá, sigo com a minha lista TBR sem ele (e com o duende dormindo, feliz).


Fernando Lafaiete 31/03/2018minha estante
Ri da segunda parte do seu comentário (rsrs). Que pena, espero que um dia você leia a obra inteira.. vale a pena! :)

Sobre eu criar uma conta literária no instagram, confesso que nem usar o instagram eu sei rsrs. Mas ando pensando na ideia de criar uma conta por lá e também em criar um blog. Tenho medo de ser um fracasso. Mas quem sabe não perco esse medo e uma hora dessas não crio ambos. Obrigado pelo incentivo!


Gabrielle 31/03/2018minha estante
Uau!! Me deu até vontade de ler esse livro.


Fernando Lafaiete 31/03/2018minha estante
Leia mesmo Gabrielle. Ele não tem uma escrita esperacular, mas o desenvolvimento e os questionamentos que a autora levanta são bem pertinentes e enriquecem a obra. Tive um começo difícil, pois a escrita me incomodou. Mas me acostumei e consegui aproveitar a obra. Uma trama reflexiva que valeu a pena!




Nanda 09/04/2021

Muito bom
Esse livro foge completamente do que eu costumo ler. No começo pensei que não seria mim, mas não tem como não se apegar a essa incrível história. Morgana foi uma personagem incrível e conseguir sentir tudo que ela sofreu nesses livros. O livro traz muita reflexão quanto a religião e o tratamento da mulher na sociedade, o que condiz com a importância dessa história.
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Felipe 10/02/2023

A lenda completa
Um texto com muito conteúdo, uma história completa. Já conhecia várias versões das lendas de Rei Artur, mas essa é a mais intrigante. Com muitos personagens, relações complexas e símbolos que geram grande reflexão.
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Juliana 28/03/2021

Maravilhosa
A história é maravilhosa, no entanto que estou relendo, fala sobre espiritualidade e busca feminina e de plano de fundo tem a história de Artur e os cavaleiros da távola redonda. É um livro que toda mulher deve ler.
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