Nós

Nós Ievguêni Zamiátin




Resenhas - Nós


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André Lucena 01/05/2021

?Não existe revolução final, as revoluções são infinitas.?
Bem, chegou ao fim a leitura de "Nós". Vou falar primeiramente, em um contexto geral, tudo que me agradou na leitura: o cenário político ditatorial em que o povo vivia, com paredes de vidro (isso antes da invenção da TV, uma sacada genial do autor) e tudo que falam ou fazem, sendo observado e controlado por um "Benfeitor" (figura quase que divina, aos olhos dos habitantes daquela civilização), como um Reality Show dos dias atuais; toda reflexão sobre liberdade x felicidade, que se encaixa em qualquer época e proporciona diversos gatilhos de raciocínio; a ideia de revolução, que mostra (ou deveria mostrar) que o povo tem vez e voz, que só a partir dessa voz, pode-se lutar pelo que acreditam, enfim...

Achei interessante também, por 11 capítulos [contidos no livros, como "resumos" feitos pelo narrador e protagonista D-503], a mudança na fonte utilizada (representando um período de imaginação), retornando ao final, como se quando ele tivesse retomado a "consciência", tivesse restabelecido a sua escrita habitual.

Agora, os pontos fracos no livro para mim: por diversos momentos, o uso exagerado de linguagem metafórica atrapalhou o entendimento da narrativa (o problema é o excesso); alguns acontecimentos estranhos, que indicavam serem explicados ao decorrer da história acabaram não sendo explicados; a "mocinha" da história, I-330, por quem D-503 se apaixona, é excessivamente misteriosa (o problema novamente é o excesso), em nenhum momento demonstrado no livro quais as suas reais intenções; isso aconteceu também com outros personagens, que pareceram existir na história, terem certas funções para a narrativa, porém, foram pouco explorados, não existindo uma explicação por trás de suas atitudes, ficou uma sensação de "tá, mas por quê?".

Com tantos pontos negativos, pode parecer que não é uma boa leitura, mas é sim. Eu recomendo para quem curte distopias e para quem procura refletir sobre a importância da liberdade.
Auri 01/05/2021minha estante
Ótima resenha, fiquei curiosa pra ler


Caroline.Cousen 02/02/2023minha estante
É interessante como a Teoria da Recepção é verdadeira. I-330 não poderia negar sexo, ela era constantemente abusada por ser atraente e ela queria uma vida diferente para si, ela fala sobre isso muito da passagem quando vai no apartamento do D-503 com o cartão e fala sobre ser constantemente chamada por um figurão que não lembro qual número, mas a sensação amarga da cena fica. O engraçado é que não fica muito claro se ele percebe ou não e se essa percepção é motivada pelo ciúme.


tfdlucas 20/03/2024minha estante
grande resenha, é exatamente isso




miri.miri 28/08/2023

Quem sou eu? Quem somos nós?
Imagine uma sociedade sem individualidade, pessoas agora não são identificadas por nomes, mas sim números. E elas fazem absolutamente tudo no mesmo horário, guiadas por uma tábua das horas (um cronograma imposto pelo governo) dormem, acordam e trabalham, tudo na mesma hora, como uma unidade. Suas casas são feitas de vidro transparente, inclusive todas as estruturas na cidade que é cercada por um muro verde privando todos de saberem como é lá fora. Não existe mais privacidade, e é necessário pedir permissão ao governo até para poder fechar as cortinas (ter relações sexuais).

Esse é o cenário do livro "Nós" que fala sobre revolução, mas também fala sobre alma e imaginação. E principalmente aborda a importância da individualidade, olha só que livro futurista! "Nós" foi escrito em 1923, e isso é para mim incrível, levando em conta toda a premissa. Eu achei muito linda a capa e contra capa dessa edição da editora Aleph, eu nem alternei a leitura entre ebook e físico, eu adorei essa edição!

O livro tem até romance, e eu destaco que a leitura me prendeu e foi super interessante, surreal! Essa é uma distopia clássica que considero muito mais cativante e bem feita do que 1984 de George Orwell.
Henrique Sanches 28/08/2023minha estante
Muito bacana sua resenha... parabéns por mais um livro lido...


Regis 29/08/2023minha estante
Esse livro está na minha lista tem um tempinho, mas sua ótima resenha me fez querer lê-lo agora mesmo.
Parabéns pela resenha!?????




oz. 30/06/2023

"Uma declaração. A mais sábia das linhas. Um poema."
Não vou escrever nada a respeito dessa história, a narrativa é muito chata para entender. Como o título da primeira anotação sugere, a escrita tem um "Q" poético. Utilizando vários termos técnicos das diversas áreas de estudos - como matemática, química e até medicina -, o autor traz à tona os sentimentos de seu protagonista.

 Entendo que se encaixam no contexto da realidade na qual o personagem está inserido. Mas que droga é "maiólica do céu" e "?-1 impregnada em mim" ?? Esses são apenas exemplos simples dos sentimentos complexos desse cara.

Que narrador cansativo. Eu só conseguia entender o raciocínio dele no capítulo seguinte ao que ele mostra sua "presente" visão. Tipo uma escada, imagine que os degraus são os capítulos do livro, e cada degrau aborda algo específico: será possível compreender o degrau em que você está, apenas quando pular para o próximo. Pelo menos, essa foi a minha experiência de leitura. (Só um adendo: precisei pesquisar o que eram cavaleiros assírios para entender o sentido de uma frase. Obrigado Google).

É um livro odioso, com uma história odiosa protagonizada por alguém mais odioso ainda, o qual me fez odiar ser um leitor. Não dou a mínima se é o pioneiro das distopias. Eu prefiro minhas distopias pastelonas, com ação e morte do presidente.

Aqui, o autor tece críticas bombásticas a sociedade. Ele aponta suas opiniões para a religião, precisamente o cristianismo, em que coloca as ações do deus cristão como semelhantes a de um líder tirano. Falando das questões políticas, Zamiátin mostra, do início ao fim do livro, seu descontentamento com o sistema totalitário, em geral, satirizando a posição divina em que são colocados os políticos da humanidade. Inclusive, Ievguêni teve suas obras barradas em seu país de origem - Rússia - por serem de uma ideologia indesejada, quadro que resultou em uma carta a Stalin na qual ele solicita seu exílio. Admiro a coragem que esse cara tinha.

Enfim, não tiro o peso e a importância histórica que esse livro tem. Mas é chato para um 🤬 #$%!& . A resenha de George Orwell consegue ser melhor que o livro em geral. (Amo a escrita desse mano).

Se você tem uma mente de titânio, arrisco-me a recomendar esse clássico distópico. Boa leitura!
Filipe 15/04/2024minha estante
"A resenha de George Orwell consegue ser melhor que o livro em geral." - Eu pensei exatamente isso no fim da leitura hahaha. Concordo totalmente com a sua resenha!




Bookster Pedro Pacifico 01/03/2020

Nós, Ievguêni Zamiátin - Nota 6/10
Distopia é a definição de uma sociedade “que deu errado” no futuro, geralmente governada por uma autoridade autoritária, que regula e limita a liberdade de seus cidadãos. Ou seja, é o oposto da sociedade utópica - perfeita - descrita pela primeira vez por Thomas Morus. Muito embora não seja o mais conhecido de seu gênero, “Nós” é considerado como o romance distópico original, o primeiro, e, inclusive, como responsável por influenciar grande autores.

O enredo de “Nós” se passa em um futuro distante, em que uma guerra entre a cidade e o campo dizimou quase a totalidade da população. Os indivíduos são governados pelo “Estado Único”, que estabeleceu regras extremamente rígidas: cada cidadão, designado por uma sigla, tem função exata e deve trabalhar e viver sempre pensando no coletivo, para permitir o funcionamento das engrenagens dessa sociedade “ideal". Em “Nós”, a noção da individualidade é ultrapassada e a imaginação é considerada uma doença. A narrativa é construída a partir do diário de D-503, uma matemático responsável por construir uma nave especial projetada para disseminar para outras galáxias os benefícios e segredos dessa sociedade perfeita.

Não há como negar que as premissas adotadas por Zamiátin são interessantes e revelam a genialidade do autor. No entanto, não gostei da forma com que a história foi desenvolvida. Achei a escrita truncada, com passagens confusas, que comprometem a fluidez do texto e a compreensão do leitor. Além disso, os personagens são construídos de forma superficial e não conseguiram me cativar. Não descarto a possibilidade de essas características da obra terem sido intencionalmente construídas pelo autor, para refletir a cabeça confusa e desprovida de sentimentos de um cidadão do “Estado Único”. Mas se essa foi a ideia de Zamiátin, na minha opinião acabou prejudicando muito a experiência do leitor. No final, a leitura estava entediante e eu só queria terminar logo o livro...

Ou seja, é uma leitura interessante, principalmente por seu papel inovador, mas que deixou muito a desejar. A edição que ganhei da @editoraaleph é digna de elogios, com textos de apoio que enriquecem a leitura.

site: https://www.instagram.com/book.ster
Fabíola 05/03/2020minha estante
Para mim foi o oposto. O livro me prendeu e a personagem I 330 me cativou. Achei um dos melhores livros desse segmento. Mas sua resenha trouxe pontos interessantes.


Joana.Roquette 28/04/2020minha estante
Gosto muito de livros distópicos, mas esse não me cativou, embora seja o precursor do gênero. Concordo com sua opinião, Pedro, também achei que a linguagem utilizada tornou alguns trechos truncados e confusos. Não conclui a leitura.


Aline.C 12/06/2020minha estante
Muito boa a sua análise. Entendo a importância do livro, mas também não gostei da forma como foi narrado.


Rafa569 03/09/2020minha estante
Muito bom ter lido sua resenha. Eu abandonei essa leitura, pelos mesmos motivos que você descreveu, mas pretendo dar uma segunda chance, em breve


Luccas 23/09/2020minha estante
Estou na página 172, mas vou abandonar a leitura pelo mesmo motivo. Distopia é meu tema favorito, mas é muito truncado e confuso a maneira como foi escrito. Quem sabe no futuro eu de uma nova chance, mas não me prendeu, nem tem feito muito sentido a construção dos personagens.


Jane.Larissa 30/09/2020minha estante
Muito boa a sua resenha! Eu tive uma experiência totalmente contrária, achei incrível a forma de como a história se desenvolveu e virou minha distopia favorita até o momento.


Monica.Pires 05/11/2020minha estante
Resenha maravilhosa. Achei que eu estava de má vontade com o livro, mas por aqui, vi que a dificuldade que tive foi partilhada.
Achei bem chato de se ler.


Lucas.Avelino 26/02/2021minha estante
Eu passei quase dois meses pra ler Nós. Além de ser um livro de época junta-se o fato de sua linguagem ser confusa em alguns vários momentos. No entanto vale a leitura por trata-se de um livro que aborda temas necessários; tanto é que foi percursor de outras obras genias.


Eliane 16/04/2021minha estante
Estou na página 72 e também estou achando truncada, apesar da temática muito interessante.




Karin 25/04/2024

Um clássico absoluto
Eu não achei esse o melhor entre os livros de distopia. Achei a escrita do autor truncada e me parece ter faltado um objetivo claro ao personagem, que se perdeu na paixão maluca e sem sentido pela I-330. Mas é muito impressionante pensar no quanto ele inaugurou um gênero ainda na década de 20. Ainda, vê-se muito do universo criado nesse livro no posterior Admirável Mundo Novo.

Com certeza uma obra que merece muito respeito pela capacidade de adiantar o futuro.
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Reccanello 27/03/2021

A mãe de todas as distopias!
Opressivo e angustiante como os romances russos sabem ser, ao ponto de às vezes ser difícil de seguir com sua leitura, é evidente a "influência" da obra sobre Huxley e Orwell: o clima de obrigatória e uniforme "felicidade" (à qual todos se submetem sem sequer pensar, por não existirem mais parâmetros de comparação); o controle praticamente absoluto de todos os atos da população, desde o número de mastigadas a cada garfada até a hora de fazer sexo; a eliminação da privacidade e da individualidade, sendo as pessoas identificadas como números e não com nomes; a utilização dos prazeres como método de controle; a presença constante de espiões do governo e o controle quase que total de toda informação; o desejo de que tudo permaneça como está, desde que o Estado Único a todos mantenha em segurança e bem alimentados; uma paixão que, como uma fagulha, desperta no personagem principal o desejo de liberdade e de oposição à ordem estabelecida e que, ao final, o envolve em uma espiral de destruição, caos e, enfim, obrigatório e natural conformismo... Está tudo ali, tão à vista e escancarado que, talvez, a obra tenha sido mais que uma mera "influência" às outros duas grandes distopias do século XX.
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Ao mesmo tempo sutil e visceral, a narrativa segue os devaneios e as divagações do personagem principal que, escrevendo sua própria história para leitores do passado, está num momento crucial de sua civilização, próximo de sair em exploração do espaço e levar a prática do Estado Único a todo o Universo. O colapso mental e sentimental do protagonista e a degeneração de suas certezas, trazidas e causadas pela paixão por uma mulher misteriosa que lhe abre a mente matemática para as belezas e as mazelas do mundo que o cerca, são bastante evidentes na narrativa, deixando a leitura um pouco confusa e o leitor bastante desconfortável em certos momentos.
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Enfim, e talvez por ter vivido na pele a barbárie socialista, o autor nos dá um verdadeiro soco no estômago, um choque de realidade e de agonia que, se a intenção era alertar contra as mazelas do totalitarismo, foram certeiros.
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Leitura obrigatória!

site: https://www.instagram.com/p/CWoav5rlzvK/
Aggretsuko0 09/10/2022minha estante
Aaaaaaaa to louca pra ler esse livro, deve ser incrivel!!!!??




Danniki 12/01/2023

Nós ou 1984?
Não irei resenhar profundamente, pois não manjo muito com isso. Vou apenas apontar o que de fato eu senti durante a leitura.

Como eu já tinha lido os demais livros, que foram inspirados no “Nós”, fiquei comparando muito principalmente com “1984”. Os dois têm os mesmos elementos: protagonista masculino, narrativa de primeira pessoa, mulher que desperta a rebelião, rotina controlada e lavagem cerebral.

O que eu gostei no “Nós” foi que há mais matemática e poesia, e achei interessante que não temos como saber o que acontece com os demais, como por exemplo a mulher que desperta a rebelião no protagonista. Só sabemos do ponto de vista do D-503, que é o nome do protagonista, o que achei genial esse truque! De certa forma a história não é melhor que “1984”, mas eu realmente fiquei interessade e achei incrivelmente distópico, e consigo entender como ela serviu de inspiração para os livros que lemos atualmente, incrível os filmes que assistimos como “Equilibrium”.

site: https://www.instagram.com/autore.danniki/
martinsxyy 12/01/2023minha estante
quero lê-lo


Wallison 12/01/2023minha estante
Opoh* dando spoiler aí


Danniki 12/01/2023minha estante
Não tem nada de spoiler no meu texto, Wallison. Leia e vai ver o que é realmente spoiler


Danniki 12/01/2023minha estante
Martinsxyy leia, mas sem expectativa nenhuma, a maioria foi ler com expectativa muito alta e acabou se decepcionando. Mas espero que você gosta como eu achei interessei


Danniki 12/01/2023minha estante
Wallison, melhor ler antes de falar que isso é spoiler. Pois não tem nada de spoiler no que escrevi, são apenas elementos, clichês alias, do gênero sci-fi e distopia/utopia.


martinsxyy 12/01/2023minha estante
Danniki, caramba, obrigada por me avisar, eu ia lê-lo com expectativa akakakakakka




Orochi Fábio 15/10/2022

Distopia
Este livro inspirou "Admirável Mundo Novo" e "1984" mas é em alguns pontos, muito diferente de ambos: seja na proposta ou conclusão em si, seja estruturalmente. O que fica muito claro porém é a força do espírito humano, que SÓ pode ser dobrado pela barbárie...e somente por ela.
Geovanna547 15/10/2022minha estante
é o livro daquele filme que tem a lupita?????


Orochi Fábio 15/10/2022minha estante
Não. Essa é uma ficção científica publicada em 1924.




Myzlen1 29/07/2021

Uma leitura triangular
Ambientação - 5

A história se passa num ambiente moderno, século a frente do nosso tempo, totalmente regulado e hermético com horários rígidos e funções definidas. Paredes de vidro garantem que todos irão ver todos. Não me parece fazer referência a um lugar existente no nosso mundo. Basicamente um mundo de distopia que se assemelha a outras famosas e provavelmente inspirados nessa.

Escrita - 4

A escrita é boa, são diversos relatos escritos sob a perspectiva do protagonista que não é onisciente, o que pode parecer estranho para quem não é acostumado além da própria linguagem utilizada, o fato de ser um mundo extremamente engessado e hermético e por se tratar de um matemático temos termos e descrições que sempre se remetem a objetos matemáticos ou mecânicos ou figuras geométricas e as vezes é bem confuso, mas aparentemente proposital.

Protagonista - 4

Complicado de encaixar ou avaliar o protagonista porque quanto melhor ele for em ser ruim melhor é explicar o mundo e contexto em que ele vive, é constantemente conduzido e vive uma luta interior severa, as vezes podemos nos identificar com ele, mas a realidade distopica trava a empatia e a conexão com o personagem não é fácil, mas temos um protagonista convincente.

Coadjuvante - 2

Com uma exceção os demais são bem superficiais orbitam o protagonista ou simplesmente parecem pouco relevantes na história.

História - 5

Original, complexa, como uma boa distopia traz inúmeros questionamentos particularmente atuais, profundos e visceral. Não é um livro fácil, nem simples, a linguagem requer atenção a história requer muita atenção, mas merece muito destaque sendo bem construída em seu conceito. Se seria possível? Não sei, provavelmente não, mas para fãs de distopia leitura obrigatória pela relevância e legado. Certamente um dos mais difíceis de avaliar. Se achou a resenha confusa então ela reproduz como me sinto nesse momento uma montanha russa de sensações.

Nota -

Tempo de leitura

[ ] Miojo
[ ] Um filme
[ x ] Uma série
[ ] Infinito

Compreensão

[ ] Dá para ler dormindo e entender tudo quando acordar
[ ] Dá pra ler enquanto assiste TV
[ ] Requer atenção
[ x ] Requer material de apoio
[ ] Só o autor entendeu (se pá)

Personagens

[ ] É um monólogo
[ x ] Meia dúzia
[ ] Uma penca
[ ] Enche um trem
[ ] Thanos temos um problema

Originalidade

[ ] Pode copiar só não faz igual
[ ] Inspirado ou seria homenagem?
[ ] Eu entendi a referência
[ ] Original
[ x ] Pessoas irão copiar isso daqui para frente
bawbara 29/07/2021minha estante
adorei seu estilo de resenha ? e me interessei pelo livro tb


Lise 29/07/2021minha estante
Adorei a estrutura da resenha! (E fiquei com vontade de ler o livro)


Myzlen1 29/07/2021minha estante
Muito obrigado!!! É um livro muito bom ainda estou processando o final dele




Kety 26/04/2021

"? Mas, I, isso é um completo absurdo. Os números são infinitos, que último número é esse que você quer?
? E que última revolução é essa que você quer? Não há última, as revoluções são infinitas. Último é para as crianças: o infinito as assusta, e é imprescindível que as crianças durmam tranquilamente à noite..."

Mais uma obra pra digerir beeem antes de tentar comentar! Mas acabei de terminar e queria marcar a leitura logo ? Hahaha
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Luiz Pereira Júnior 23/02/2024

O crime de pensar
Quase sempre incluído entre os melhores livros do século vinte, “Nós”, de Evgueny Zamiátin, é uma distopia. Mas não se deixe enganar por essa palavra, que, de tão usada como rótulo de vendagem para livros de fantasia (muitos de qualidade verdadeiramente discutível), acabou banalizando o Mal (para citar uma das maiores pensadoras de nossos tempos) e até mesmo desejável aquele mundo que, na teoria, deveria nos causar imediato horror e franca repulsa.

Resumo da ópera: após uma guerra de duzentos anos, o construtor-chefe de um foguete (o expoente máximo da tecnologia daquele mundo) decide contar sua experiência em uma sociedade que ele vê como a invenção maior da mente humana e, pouco a pouco, percebe o monstruoso jugo da classe política sobre todos os demais cidadãos. Nesse mundo, tudo é controlado pela matemática e pela razão, sendo o bem de todos absolutamente sobreposto ao direito individual; as casas são de vidro, sendo proibido o uso de cortinas ou de qualquer outro objeto que impeça o olhar dos que estão fora, exceto durante uma hora por dia; todos moram sós nesses cubos de vidro; caso alguém deseje uma relação sexual, deve se dirigir ao órgão governamental para marcar uma consulta médica e, ao fim, terá direito a um formulário rosa que será dirigido ao objeto de tal desejo sexual, tendo data e hora marcadas para essa relação; todos vestem o mesmo uniforme, não podendo retirá-lo nem mesmo dentro de casa; os pensamentos são controlados (e até mesmo uma espécie de telepatia se desenvolveu, já que todos pensam da mesma forma); a metrópole onde vivem é cercada por um muro e, do outro lado, está a natureza, que é abominada pelos habitantes dessa cidade como algo selvagem, primitivo e que deve ser evitado a todo custo; ter filhos de forma natural é crime punível com a morte; em caso de discordância do governo, o discordante é vaporizado em cerimônia pública, restando apenas uma poça d’água; todos devem seguir uma tabela de horários (todos devem acordar, dormir e fazer as refeições na mesma hora); todos devem comer a mesma comida (feita de petróleo); e por aí vai.

Um bom livro, sem dúvida, mas, pela segunda vez, não se engane. A linguagem é densa, há trechos repletos de conceitos matemáticos, a construção dos personagens é bastante aprofundada para aqueles que estão apenas procurando uma leitura fácil, há repetições (talvez para mostrar que todos os dias se repetem ad infinitum). E, sim, é um retrato do Estado comunista e, por tal motivo, o autor foi perseguido por um longo período de sua vida.

E, talvez, o mais surpreendente do livro seja justamente o fato de que alguns leitores o comprarão para passar o tempo, para se divertir. Mas “Nós”, de Evgueny Zamiátin, faz muito mais do que isso: faz pensar...
André Cerqueira 23/02/2024minha estante
Excelente resenha!


Lucas1429 23/02/2024minha estante
Magnífico!


Luiz Pereira Júnior 24/02/2024minha estante
Muito obrigado!


Belle Mariae 29/03/2024minha estante
Fantástica a sua resenha. Obrigada!




Emanoeli 22/03/2021

Muito bom!
A ação demora um pouco para acontecer, pois o início do livro fala bastante sobre o modo de vida vigente. Mas isso não foi um ponto negativo, pelo contrário, acho que foi fundamental para compreender o restante da história. É um livro que desperta muito a imaginação pelos seus cenários inusitados, como uma cidade toda construída com vidro, o muro que isola a cidade, os próprios "números", entre outros. O livro deixa alguns pontos não tão explicados, como em relação a organização e economia. No geral, achei a história muito interessante, com uma escrita que prende muito bem o leitor, apesar de alguns trechos um pouco confusos, que refletem muito bem a situação do personagem. Foi um livro que inspirou vários outros livros do gênero, os quais ainda não li, mas este me inspirou a lê-los em breve.
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Flávio 19/06/2021

Futuro distópicos
Uma das primeiras obras sobre futuros distópicos, e que inspirou muitas outras, como 1984; admirável mundo novo e etc.
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Jaqueline 09/07/2021

"Desde tempos imemoriais o instinto de controle é organicamente inerente ao homem"
Quando nos deparamos com um livro que inspirou grandes obras como Admirável Mundo Novo, 1984 e Fahrenheit 451 é inevitável que criemos expectativas. Estar diante da "mãe" das distopias faz com que o nosso imaginário eleve o livro a um patamar inalcançável mesmo que nós não tenhamos sequer lido a primeira página. Talvez esse tenha sido um problema para mim, já que as minhas expectativas não foram atingidas. Zamiántin fez uma obra incrível e que abriu portas para muitos outros autores, mas "Nós" não é o melhor livro do gênero.

Zamiátin conseguiu transmitir a realidade de Utopia de forma satisfatória: é possível imaginarmos facilmente uma sociedade que preza pelo controle, pela falta de liberdade, pelo monitoramento constante. A liberdade é um perigo, a imaginação, além de uma ameaça ao novo sistema, é considerada uma doença. Entretanto, embora consigamos imaginar essa sociedade, o desenvolvimento da história é confuso, principalmente da metade para o final. Em vários momentos eu não sabia o que exatamente D-503 estava fazendo ou quais eram os planos de I-330.

Talvez "Nós" possa ser uma obra melhor aproveitada se vocês a lerem sem muitas expectativas e a considerando não apenas como uma obra de ficção, mas também uma obra de crítica ao regime político vigente na época em que o escritor viveu. A nota dos editores e a resenha feita por George Orwell para a revista Tribune podem contribuir para essa experiência.
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