Crônica do Pássaro de Corda

Crônica do Pássaro de Corda Haruki Murakami




Resenhas -


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nelisa.magest 21/03/2024

Entendi nada
Comecei a ler não entendendo nada, quando cheguei no final, parecia que eu estava no início.
Fui ler resenhas e quem escreveu as resenhas quis fazer que entendeu, mas acho que tbm não entenderam nada.
MAAS isso não o torna um livro ruim, a história é sem pé nem cabeça, mas muito legal. Estou indicando para todo mundo, pq quero mais pessoas confusas junto comigo ?
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h4gatha 30/01/2024

Ric ric ric
Na minha jornada lendo murakami, esse foi o livro que menos gostei. Não tenho problemas com o realismo mágico, ou a repetição de elementos, e sim com o tamanho

Fica difícil acompanhar a história com tantos pontos de vista, inserções de personagens e outras histórias, que mesmo que interessantes (e bem informativas sobre o Japão na segunda guerra), me distraem a ponto de eu não saber em que realmente prestar atenção

No fim, já estava completamente desconectada com a história e não me importava para que caminho seguiria o autor, mesmo gostando de certos pontos e reflexões da narrativa
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RenanSantana1 29/01/2024

Uma montanha russa de sensações
A maneira como o Murakami narra suas histórias é - sem dúvidas - impressionante. Nesse livro o autor consegue prender a atenção do leitor por quase todas as mais de 700 páginas. Em alguns momentos fiquei tentado a fazer uma avaliação não tão favorável a este calhamaço. Mas ao chegar no final do livro é quase impossível não se fascinar pela capacidade do Haruki de escrever e enredar o leitor de maneira tão eficaz. E por isso repensei minha perspectiva sobre a narrativa. Não é um livro para todos os públicos. Mas quem se dispor a ler de mente aberta será recompensado.
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Wellington.Pimente 17/11/2023

Emblemático
Toru Okada está na faixa dos 30 anos desempregado, desistiu da sua carreira advocatícia e está casado com Kumiko Okada. Eles possuem um gato com o nome de Noboru Wataya, o mesmo do irmão de Kumiko, que sumiu. Assim, Toru começou a procurá-lo no beco que dá para o fundo da sua casa e da vizinhança e não o encontra, mas acaba encontrando uma garota de 16 anos, a May Kasahara (que se culpa pela perda do namorado num acidente de moto). Sua esposa acredita que ele não está se esforçando muito na busca e nesse período, coisas estranhas começam a acontecer, como o telefonema de uma mulher misteriosa que parece conhecê-lo muito bem e que tenta convencê-lo a fazer um tipo de telesexo.
A Kumiko Okada agenda a visita da vidente Malta Canô para ajudar na busca do gato e depois também aparece a sua irmã Creta Canô (que consegue invadir sonhos e fazer coisas surreais)
Kumiko, um certo dia, não retorna para casa e deixa uma carta muito cruel, informando que dormiu com outro homem (o que descobrimos posteriormente que foram vários outros).

Toru Okada começa sua incessante busca para encontrar sua esposa e entender o que aconteceu e nessa ida ao poço da vizinhança ou melhor dizendo, sua ida ao fundo do poço era como se ele sintonizasse com suas próprias sombras, as trevas da sua realidade vivenciada, como se fosse um local de autoconhecimento, no que há de mais profundo em si, como o abandono, seus remorsos, o desamparo, a escuridão, as memórias antigas, sua raiva, proximidade da morte e outros. Essa obra é muito emblemática e difícil comentá-la em poucas linhas por todo o contexto e os interessantes personagens que surgem na narrativa. Um livro que não deixa seu leitor indiferente.
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alpaco 01/10/2023

Crônica do Pássaro de Corda
É complicado julgar um livro de um autor que só conheço uma obra. Não sei se o que considerei um erro foi proposital ou uma escolha específica do autor (mesmo se for, não caiu bem no livro).

O livro começa com o sumiço de um gato e uma esposa, tem um desenrolar que malabarisa entre sonho e realidade, entram vários personagens curiosos ao longo da narrativa, poucas ações parecem ter um real impacto na história, o final parece vazio.

Não foi um dos meus favoritos, mas não posso dizer que não gostei desse livro. Demorei pra ler, foram alguns meses, mas foi uma escolha consciente e acredito que uma boa escolha. Não é o tipo de leitura que te prende, e isso é bom, às vezes.

Além de umas filosofias bacanas e do personagem principal, Toru, se prender em um poço por um quarto do livro, não sei tantas coisas legais pra dizer. O enredo é bem chato na maior parte do tempo. Os vários capítulos para contar sobre Mamiya são bem desnecessários para história e não despertaram interesse em mim. As regressões de noz-moscada também, por mais que trouxessem um pouco de sentido ao Toru. O jeito como ele também não desapega da esposa é mal trabalhado, parece o Scott Pilgrim sendo bizarro com a Ramona.

Acredito que o maior pecado do livro seja a inutilidade de partes e o mau desenvolvimento da narrativa. Kumiko, a esposa, poderia ter mais história, as consequências poderiam ser mais presentes e a história poderia apresentar um sentido melhor
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Jéssica 11/09/2023

Nao gostei do livro
Nao entendi nad ano começo e no final estava igual
No meio ele fica preso um poço e queria que ele ficasse la pro livro acabar mais rápido
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Isabella 07/09/2023

Psicodélico e Filosófico
Mas que viagem pelo mundo dos sonhos e pelos vazios existenciais que Toru Okada passa por causa do sumiço de seu gato! Diálogos belíssimos e filosóficos, personagens surrealistas (alguns até com nome de ilha!) e um apelo do autor pra uma reflexão sobre a própria consciência humana, do que somos capazes para salvar aqueles que amamos.
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princess_cordelia 03/09/2023

Fim da crônica do pássaro de corda
Algumas coisas estranhas acontecem.
Um pouco da história do Japão
(principalmente sobre a guerra) é contado aqui.
No fim, algumas perguntas são respondidas. Outras, não.
De qualquer forma, Murakami já conquistou meu coração ?
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Eitalizandra 15/08/2023

O que houve?
Eu não consigo nem explicar qual é o rolê desse livro, muito doido. Terminei o livro com várias pontas soltas ou eu q não fui inteligente o suficiente e não entendi! Mas amei!
Jéssica 30/08/2023minha estante
Ah não estou gostando livro mas quero terminar pq quero ler os livros da lista da amazon. Prefiro as histórias dos personagens secundários do que do principal




gabriel1994 24/07/2023

Águas-vivas do mundo todo
Crônica do Pássaro de Corda não é o melhor livro de Murakami que eu já li. É importante destacar isso, pois não significa que seja ruim - mas sim uma experiência interessante com esse autor que, aliás, é o meu favorito.

Em Crônica do Pássaro de Corda, nós acompanhamos Toru Okada, um homem desempregado, sem um pingo de ambição e com um casamento em situação - para dizer o mínimo - preocupante. Em meio a isso, seu gato desaparece, e Kumiko, sua esposa (bem apegada ao gato), faz um pedido simples ao marido, mas com consequências transformadoras. Ela pede que Okada consulte uma conhecida da família, a fim de que o paradeiro do gato seja solucionado. E é aqui, nesse ponto aparentemente simples, que a vida de Toru Okada muda de forma estranha, o colocando numa jornada de acontecimentos que o tiram de sua rotina ordenada, e o fazem encontrar uma adolescente que se recusa a ir à escola, preferindo trabalhar com pesquisas sobre pessoas com "pouco cabelo", uma dupla de irmãs misteriosas que levam o nome de ilhas, o seu tão odiado cunhado e tantos outros personagens excêntricos.

Okada se vê nas mais estranhas situações na tentativa de colocar sua vida de volta aos trilhos e solucionar o mistério que o colocou nessa delicada situação: o gato. Tudo isso enquanto um pássaro faz "ric-ric-ric" e dá "corda ao mundo".

De fato, um prato cheio para o leitor habituado com as histórias cheias de realismo mágico, gatos, mulheres misteriosas, sonhos estranhos e todos os outros recursos que permeiam os livros de Murakami.

Crônica do Pássaro de Corda é considerado a obra clássica de Murakami por conta da reunião mais completa de todos os elementos que são sua marca registrada e abordando assuntos simples e cômicos, assim como complexos e filosóficos.

O amor, os males da sociedade moderna, a fragilidade das rotinas e do destino - principalmente das rotinas. Para mim, esse é um dos pontos principais da trama: o terror que vem com as mudanças repentinas das rotinas; o terror das mudanças no geral. Mudanças que deixam as fraquezas humanas totalmente despidas e vulneráveis. Essas mudanças rápidas e confusas que vêm toda vez que o pássaro dá corda, deixam Okada preso num ciclo infernal sobre não saber o que de fato está acontecendo.

Os relacionamentos são outro ponto crucial. Logo no começo do livro, Okada abre o capítulo dois (intitulado "Sobre a lua cheia, o eclipse solar e os cavalos que morrem no estábulo") com a seguinte pergunta:

"Será que é possível uma pessoa entender completamente a outra?"
(p. 30)

Essa frase faz referência ao casamento de Okada e Kumiko, uma linha tênue que se rompe numa atmosfera envolta em mistérios. Frase que também faz referência à forma como Murakami trabalha a questão dos relacionamentos no geral. O autor descreve muito bem os sentimentos mais complexos de forma muito real - esse recurso é muito presente em outra obra sua, "Sul da fronteira, oeste do sol". Outra questão crucial sobre os relacionamentos de Okada é a presença de seu cunhado, Noboru Wataya, que dificulta não só a vida do nosso protagonista, mas também de vários outros personagens como Creta Kanô (uma das irmãs com nome de ilha) e a própria Kumiko. Okada deixa clara a indiferença que sente por Wataya, mas seu cunhado será como uma sombra o perseguindo - representando algum relacionamento que, não importa quantas vezes tentemos afastar, nunca vai embora, seja por obra do destino ou porque a tentativa de fim não foi eficaz o suficiente.

"Ficaria muito feliz se não precisasse me encontrar com ele nunca mais.
Malta Kanô balançou a cabeça algumas vezes.

Infelizmente o senhor terá que se encontrar com o sr. Wataya mais algumas vezes. É inevitável."
(p. 239)

Não é só essa frase de Malta que tem um tom profético, mas a obra inteira carrega essa característica.
Esses são apenas alguns exemplos dos elementos usados por Murakami para compor a sua trama, elementos esses com significados literais ou figurados - às vezes ambos em um único elemento.

Mas há outro elemento principal que merece ser citado - o fluxo. Quase tudo em Crônica do Pássaro de Corda tem um significado muitas vezes filosófico ligado ao passado dos personagens, significado presente até nas descrições de cenários. O que não significa que esses significados serão explicados. Uma coisa que toda pessoa que lê ou quer começar a ler Murakami precisa entender é: nem sempre as coisas vão ter uma explicação - essa é a graça, a vida também é assim.
Uma dessas coisas sem explicação (aparente) é o fluxo. O fluxo é apresentado pela primeira vez a Toru pelo sr. Honda. O fluxo desempenha um papel importante na história, mesmo que o leitor não saiba que papel é esse. Na minha opinião é um dos melhores recursos que Murakami usa aqui.

"Você não deve obstruir o fluxo: deve subir quando tiver que subir e descer quando tiver que descer. Quando o fluxo estiver para cima, basta encontrar a torre mais alta e subir até o topo. Quando o fluxo estiver para baixo, basta encontrar o poço mais fundo e descer as profundezas. Quando não existir fluxo, basta ficar parado. Se você obstruir o fluxo, tudo seca. Se tudo secar, o mundo vira um lugar de trevas. 'Eu sou ele, ele sou eu, noite de primavera'. Quando abandonamos o eu, o eu se manifesta."
(p. 60)

O tal fluxo leva Okada ao fundo de um poço (literalmente), onde há um longo diálogo com o 'eu' de nosso protagonista. Um diálogo em meio ao vazio de um poço e ao vazio do estado de Okada. Edisson Schwartzhaupt, ao escrever sobre a obra, diz o seguinte:

"Aqui o vazio configura uma relação budista - o pai de Murakami era dono de um templo budista - e acarreta um significado transposto para sociedade japonesa moderna."
(A relação de Murakami e seu pai é explorada em seu livro "Abandonar um gato: O que falo quando falo do meu pai").

É interessante citar que Murakami não é tão bom em diálogos (pelo menos é assim que eu vejo). Acho que ele mesmo reconhece isso; há uma falta de naturalidade nos diálogos de seus personagens, que ele compensa dando características totalmente fora do padrão aos mesmos - assim, os transformando em diálogos mais críveis... na medida do possível.
Mas aqui Murakami transcende em questões de escrita, principalmente nos diálogos. Arrisco dizer que Crônica do Pássaro de Corda é melhor em termos de escrita do que "O Incolor Tsukuru Tazaki e seus anos de peregrinação", do mesmo autor.
Ao usar a maestria de sempre na escrita, com todos os recursos narrativos que ele sabe usar muito bem, acrescentando os diálogos em sonhos - que são pura loucura, no melhor sentido da palavra -, cartas, recortes de reportagens e até troca de mensagens (o cap. 23, intitulado "Águas-vivas do mundo todo, o que estragou").

Não é surpresa para nenhum leitor habituado que Murakami gosta de repetir sempre os mesmos elementos em seus livros... repetitivo não significa algo que satura - não necessariamente.

Por mais impressionante que seja Crônica do Pássaro de Corda, é importante lembrar que nenhum livro é perfeito. A extensão do livro (767 páginas) me permitiu refletir sobre a escrita, narrativa e recursos do autor. Embora Murakami repita elementos em suas histórias, o resultado pode variar dependendo da história e da forma como ela é contada. Neste caso, a repetição de mistérios sem aparente solução ao longo da trama pode se tornar desgastante.

Aqui, na obra em questão, acho que o resultado foi menos prazeroso.

Murakami continua sendo um colosso na escrita, narrativa e principalmente na criação de universos e em como eles funcionam.

Em suma, "Crônica do Pássaro de Corda" é uma obra impressionante de Haruki Murakami, que consegue cativar com sua mistura única de realismo mágico, personagens complexos, momentos cômicos, atmosfera profética e reflexões filosóficas. A experiência de ler esse livro é marcada pela imersão em um universo intrigante, que Murakami cria, o fazendo ser repleto de símbolos e significados que, mesmo não tendo sua explicação total, enriquecem a obra em toda a sua complexidade.
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Moya2 21/07/2023

Intenso
Comecei a ler as obras de Murakami em ordem cronológica e é incrível a evolução da sua escrita.
Nesse livro, ele mostra sua maturidade como escritor em vários aspectos, desde a variedade de personagens, a profundidade das suas histórias, a singular mistura do cotidiano versus o extraordinário e o desenrolar de textos que se equilibram na tênue linha entre o realismo e a fantasia.
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Ayumi.kimura 14/06/2023

Foi minha primeira leitura de Murakami Haruki e confesso que fiquei um pouco perdido por não saber o que era real, sonho, sobrenatural ou irreal. Chega um ponto do livro que ele se arrasta e perde um pouco o sentido. Os personagens até que são legais, e até mesmo profundos, porém lento no seu desenvolvimento. Depois quando fui pesquisar mais sobre o livro, não deveria ter sido o primeiro contato dos livros do escritor.
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Hayke.Alles 28/05/2023

Canela e Noz-moscada
O murakami tem uma forma diferente de escrever, meio que o final não importa, mas sim a jornada dos personagens, e tudo muito poético, o personagem está só sentado vendo uma estátua de um pássaro e divagando sobre a morte e outras coisas.

Neste livro o autor não deixou claro o que era real e fantasia, as duas coisas se misturam bastante, tem umas cenas bem pesadas e conta um pouco sobre a atuação do Japão na Segunda Guerra.

Esse livro pra mim começou muito bem, como já conhecia o autor eu só fui, mas mais perto do meio pro final ficou um pouco cansativo, diria que esse livro foi mais longo que o necessário (???????)

Recomendo ler Murakami, mas não comece por esse. \?(???????)?/
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Leo Leiva 18/05/2023

O fantástico da escrita do Murakami é o quanto ele consegue transformar o banal em um elemento cenográfico de sua peça mágica. Claro, muitas vezes ele parece um pouco perdido e vai se arrastando, e o leitor acaba pensando que é apenas o personagem perambulando, mas não sei, para mim era ele, avançando na madrugada diante de sua máquina de escrever sem saber aonde ir e nós acompanhamos ele em suas divagações. Há uma beleza em estar perdido e acho que ele se apoia muito nisso, nesse não pertencimento a nada, essa falta de exigência que o leitor, ao menos eu, acabo traduzindo de forma psicológica a uma sensação de bem-estar.
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Kezices 06/05/2023

"Crônica do Pássaro de Corda" foi a primeira obra que li do escritor Haruki Murakami. Antes só tinha assistido ao filme "Drive My Car" (baseado em outra história dele, um conto).

O domínio de Murakami com o desenvolvimento narrativo e com o crescimento gradativo da trama é notável.

Na história, aos poucos as linhas entre o conceito convencional de realidade e fantasia se misturam. Elementos que à primeira vista podem parecer prosaicos ou detalhes ajudam a compor simbologias importantes no livro.

O autor é muito hábil em criar imagens vivídas para o leitor. E a construção de personagens, incluindo as secundárias, e o retrato da sociedade, são muito bem executados.

Há também referências históricas sobre o Japão  (como, por exemplo, a invasão da Manchúria, crimes de guerra, Segunda Guerra Mundial, etc) e o impacto e traumas atravessando gerações.

A (re)construção da identidade é outro elemento presente na obra.

Ao iniciar a leitura, eu não esperava os rumos que a história tomou - o que foi excelente. Gostei do livro!
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