Crônica do Pássaro de Corda

Crônica do Pássaro de Corda Haruki Murakami




Resenhas -


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Rodrigo 15/10/2020

A melhor leitura do ano.
Bom, o livro parte do desaparecimento do gato do casal formado por Toru Okada e Kumiko Wataya. Toru está desempregado e sem ideia do que fazer com a sua vida, por isso está cuidando da casa enquanto Kumiko trabalha. Tudo isso está prestes a mudar quando Toru Okada que prepara o seu spaghetti é perturbado por uma ligação telefônica de uma desconhecida que pede apenas dez minutos do seu tempo. À partir deste ponto, começa a surgir diversas coisas na vida de Toru.
Bom, o livro é um realismo fantástico que tem diversos elementos místicos ligado a história. Os personagens são extremamente bem desenvolvidos e o livro alterna o foco da narrativa entre a cidade de Tóquio em 1984 e a região da Manchúria, ao final da Segunda Grande Guerra, quando o Japão é derrotado pelas forças da União Soviética, marcando o final da violenta ocupação da China.
O Murakami é genial, de verdade. Tudo que ele descreve e retrata tem um significado e nada se perde no final. Apesar de ser um livro grande (768 páginas), a leitura é muito fluida e instigante, de forma que eu não me cansava de ler em nenhum momento, por isso acabei lendo em 5 dias.
Enfim, não quero entregar nada do livro porque eu acho que qualquer informação pode estragar um pouco a experiência. Eu não li nada sobre o livro então tudo foi uma surpresa pra mim. Foi a minha melhor leitura do ano e já é um dos meus livros favoritos. Murakami é um gênio.
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Hamilton* 26/01/2022

Eu tive que pensar bastante sobre esse livro, não para saber o que escrever, mas sobre como. Ele é estranho, essa frase o resume tanto o livro quanto a maior parte dos seus personagens, e eu falo isso de uma maneira extremamente benéfica, ele é estranho, por não ter um padrão, e por ter uma estória não comum. E já que eu só não quero soltar spoilers, termino por aqui.
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Nicole939 15/04/2021

Recomendo para iniciar com Murakami
Honestamente, se fosse o primeiro livro lido do Murakami, ganharia 5 estrelas. Crônica do pássaro de corda possui quase tudo do famigerado "bingo do Murakami". Todas as suas obras possuem elementos parecidos. No entanto, todas as suas obras são absurdamente imersivas.
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Leila 11/02/2023

E eis que aqui encerro minha carreira com a obra ficcional do Haruki Murakami! Não aguento mais o haxixe estragado que encontro em suas obras. (eu gosto de um livro doido, mas tudo tem limite). Cansei também da repetição de elementos que vi em praticamente todos os livros de realismo mágico dele (as obras mais realistas contém alguma coisinha também), mas poços, meninas novinhas com caras mais velhos, senhoras com moços mais jovens, mundo paralelo, coisas estranhas saindo de dentro de corpos humanos e por aí afora é o que vi em todos os livros que li dele, e olha que não li todos e nem posso dizer que li tantos assim também não, mas pra mim já deu o que tinha que dar. Leitura tem que ser por prazer (além de ser por conhecimento e informação) e ler pra se estressar não dá. Depois de Kafka À beira-mar que odiei com força, li + 2 com suspensão de crença e me abstraindo totalmente para poder aproveitar melhor, mas realmente não adianta forçar algo que não está no meu gene, não gosto muito desse viés dele. Gostei demais, amei até O incolor Tsukuru Tazaki e também do Romancista como vocação, então se aparecer livros do autor pé no chão e não-ficção eu encaro, todos os outros, carreira encerrada.
Dito tudo isso, eu diria que se você nunca leu nada do autor e quer conhecer, encare logo esse livro dele que contém todoossss os elementos que o autor utiliza e aí você já terá um panorama completo de seu estilo e gênero, se você gostar, cai dentro dos outros que a diversão será garantida, agora se for do meu time, se dê por satisfeito e não sofra mais lendo outros (exceto O incolor Tsukuru Tazaki que é lindo e fora da curva). É isso...simbora pro próximo.
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Jão.Silver 25/06/2022

Crônica do pássaro de corda
Foi um sacrifício terminar esse livro, tive de pausar a leitura várias vezes, e só consegui finalizar ele 4 meses depois praticamente.
Sinceramente, não gostei da proposta do livro, e nem do desenvolvimento. Não sei o que sinto em relação ao autor, já que tive uma experiência maravilhosa e outras muito medianas, que infelizmente se sobrepõem.
A escrita de certa forma consegui te prender, mas não o suficiente para se garantir por 700 páginas.
Acho que no fim não irei ler mais nenhuma obra dele, finalizo a resenha sem nenhuma conclusão.
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Leo 19/08/2021

Te deixa pensando
Já terminei há um tempo, mas só agora vim escrever uma resenha porque ainda penso nesse livro. Comprei e demorei pra ler, enrolando pela quantidade de páginas, mas, assim que peguei, não me arrependi em nenhum momento.

O livro é cheio de metáforas - comum nas histórias do Murakami - e dá pra fazer várias conexões com o que vivemos. Tenho impressão que é daqueles livros que, a cada releitura em diferentes momentos, vai se conectar diferente. É uma grande metáfora da vida.
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kika 15/03/2021

O que esperar de Murakami? Esse livro é incrível.
O livro é extremamente descritivo e detalhado, o que nos leva a uma experiência única, nos proporcionada pela escrita do autor.

Eu normalmente não gosto de livros muito descritivos pois eles tornam a leitura cansativa, mas a escolha de palavras de Murakami não deixa com que isso aconteça aqui.

Confesso que demorei muito para ler esse livro. Por ser um gênero do qual não estou acostumada, ele exigiu um tanto de mim. Mas cada segundo de leitura valeu a pena.

A leitura desse livro é lenta mas ao mesmo tempo muito dinâmica. O autor usa de diversas referências, muitas descrições e inúmeras reflexões.

Uma coisa que me agrada no autor e nesse livro é o desenvolvimento dos personagens. Eles são todos muito peculiares e misteriosos mas muito bem desenvolvidos.

Acredito que ele não seja uma leitura qualquer e apesar de considerar o livro altamente recomendável por ser um livro muito bom, não é uma leitura para qualquer um. Por ser uma leitura de ritmo lento e até mesmo um pouco complexa, se a pessoa busca uma leitura mais simples, esse livro não é pra ela.
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Danilo 12/04/2021

O que é a realidade?
Término esse livro com um grande vazio no peito, porém um sorriso no rosto. Me deixou mais dúvidas do que respostas. Quem sabe se a vida real e a fantasia estão misturadas de uma forma que não conseguimos definir? Quem sabe o mundo dos sonhos e o mundo acordado não são só dois lados de uma mesma moeda, e na escuridão tudo se mistura? Precisarei visitar esse mundo mais vezes, e ouvir o conto do pássaro de corda, que todo dia da corda ao mundo e o faz funcionar.
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Paulo 26/04/2020

Esse é o terceiro romance que eu leio do Murakami. Se Sono foi uma narrativa hermética e possuindo um roteiro bem limitado a analisar a protagonista, Crônica do Pássaro de Corda vai pelo caminho oposto para alcançar o mesmo objetivo. Temos um protagonista que está conformado com sua vida do jeito que ela está. Mas, tudo na vida se move como dunas de areias e as coisas começam a dar errado rapidamente. Murakami luta para fazer o personagem reagir àquilo que acontece ao seu redor. As batalhas e angústias que serão vividas pelos personagens espelham problemas bem reais de nosso cotidiano. Claro que tudo isso entremeado por aquele limiar entre o real e o fantástico que o autor adora atravessar.

Preciso dizer que Crônica do Pássaro de Corda é um livro bem metódico. Aliás, Murakami é um autor que todos dizem admirar, mas poucos confirmam que realmente leem. Isto é porque mesmo a escrita dele sendo belíssima, suas histórias contém camadas e mais camadas de histórias que se passam em uma velocidade reduzida. Acreditem: tudo o que é colocado nas mais de setecentas páginas deste livro tem uma resolução e um propósito para existirem. Vi elementos de enredo mencionados no primeiro e no segundo capítulos que só irão se resolver nas páginas finais. Esse é o exemplo da estranha mulher do telefone que fala sacanagens para o Toru Okada. O curioso é que em determinado momento eu jurei que o autor tivesse esquecido desse plot. Na verdade não. Você só vai entender aquilo após ter juntado todas as peças da narrativa. Não digo que seja uma narrativa convergente porque ela não tem essa característica, mas muito mais um enorme quebra-cabeças cujas peças estão espalhadas pelo sofá da sala e você não sabe onde estão as bordas ou o miolo. Aos poucos vamos tendo insights de onde encaixar cada uma delas. As informações completas sobre o formato da imagem do quebra-cabeças só teremos muito mais à frente. E talvez seja esse um dos calcanhares de Aquiles deste ótimo livro para aqueles que não estão acostumados com a escrita do Murakami.

Ou seja, nunca, jamais comecem a ler Haruki Murakami por Crônica do Pássaro de Corda.

Se posso falar que as informações são fornecidas de forma homeopática, o mesmo pode ser dito acerca de sua explicação. Murakami não explica nada aos leitores, deixando-os tirarem suas conclusões por si mesmos. Então não espere que o autor entregue informações de forma mastigada. Várias conclusões eu tirei por mim mesmo e pode estar certo ou errado. Depende de nossa interpretação acerca de várias situações acontecidas na narrativa. Como vocês verão mais abaixo, a essência do que é contado por Okada, que nos narra a história em primeira pessoa, pode ser entendida a partir de diferentes pontos de vista, dos quais eu citarei três. E isso se levarmos em conta que o narrador é confiável, o que ele pode perfeitamente não ser.

O autor continua a empregar os seus truques que acabam colocando o livro em uma região cinza que se situa entre o mundo real e o fantástico. Por isso eu trouxe ele para o Ficções. Embora o autor tenha ótimos romances calcados na realidade como Norwegian Wood é quando ele deixa a sua imaginação correr solta que obtemos o seu melhor. E esse romance tem vários momentos bastante surreais. A primeira parte (o livro é dividido em três) possui o ambiente mais normal. É lá pelo final desta primeira parte que as coisas começam a ficar esquisitas principalmente a partir do aparecimento das irmãs Kanô, Malta e Creta. Então o que eu entendi (e isso não é spoiler) é que existe uma espécie de mundo que se situa um pouco acima do nosso. Algumas pessoas parecem estar sintonizadas e possuem maior facilidade para alcançá-lo. O que esse outro mundo é capaz de fazer com as pessoas não ficou muito claro para nós. Fato é que determinadas situações que acontecem neste outro mundo possuem certas influências físicas ou psicológicas sobre os personagens.

No que diz respeito à composição da história, preciso dizer que fiquei impressionado com como Murakami consegue impor ritmos distintos à sua narrativa. As três partes de Crônica do Pássaro de Corda possuem escritas e objetivos diferentes. Na primeira parte vemos o cuidado do autor em deixar o pé bem travado e nos apresentar os personagens e seus respectivos cotidianos. Os capítulos são mais longos e voltados para a descrição do ambiente e dos personagens. É aqui que Murakami constrói a nossa empatia pelos seres que ele coloca em seu mundo. A relação de Toru e Kumiko recebe bastante atenção porque vai ser a partir dela que as bases da narrativa principal se centram. Quase todos os personagens tem um capítulo dedicado a contar a sua história e se apresentar para o público: May Kasahara, Noboru Wataya, Malta Kanô, a primeira parte de Creta Kanô, o senhor Honda... até como Toru e Kumiko se conheceram e enfrentaram a rejeição da família dela.

Já a segunda parte temos o primeiro acontecimento impactante que vai fazer a narrativa se mover adiante. O ritmo aqui fica ainda mais desacelerado já que o intuito é construir capítulos mais contemplativos. Toru precisa chegar a termos consigo mesmo e entender como ele se encaixa em seu mundo. Até aquele momento parecia que o personagem pegava carona em sua existência. As coisas que acontecem com ele o colocam em uma posição em que ele precisa fazer algo, sair da inércia. Mas, ele não sabe como fazer isso. Então esta segunda parte é uma longa digressão sobre "o que eu devo fazer" e "qual é o próximo passo". Somente quando ele se encontrar definitivamente é que a narrativa pode recuperar sua velocidade. E aí chegamos na terceira parte, que é a maior em quantidade de páginas (e não parece). Aqui parece que Murakami colocou um turbo na sua escrita e tudo acontece em uma velocidade assustadora. A ponto de os capítulos serem bem curtinhos e representarem mais cenas do que acontecimentos per se.

Os personagens criados por Murakami para esta narrativa são muito complexos e alguns chegam a se relacionar uns com os outros. Por exemplo, uma relação óbvia a fazer é entre Toru e May Kasahara. Ambos são pessoas paradas em suas próprias vidas. Não conseguem tomar um rumo específico para elas. May não deseja ir à escola por conta de algumas situações que aconteceram em sua vida enquanto Toru saiu da empresa de advocacia em que trabalhava. Ele sequer deseja tirar sua carteira da Ordem dos Advogados. Então, para onde ele quer ir? No começo eu achava May uma garota petulante e impertinente, mas à medida em que a narrativa ia passando eu percebi que a verdade é que ela apenas não conhecia nada sobre o mundo. May é o espelho de Toru quando ele perde a Kumiko no final da primeira parte. O que a May vive na primeira parte é o que Toru faz na segunda: ele se isola completamente daqueles que o cercam, deixando o mundo para trás. Sua solução para o problema foi fugir, o mesmo que May faz. Mas, o legal na narrativa do Murakami é como os personagens crescem e evoluem com o tempo e as ações. Eles realmente saem de um ponto A para um ponto B.

O mistério principal fica por conta da Kumiko. E o autor consegue segurar esse mistério praticamente até o final da história. No começo vemos como Murakami desenvolve a relação entre os dois protagonista. Sim, eu considero a Kumiko também uma protagonista, embora o autor faça um truque de prestidigitação com ela. Se ele não tivesse feito toda aquele preâmbulo, o sumiço dela e suas ações não teriam o mesmo impacto sobre o leitor. Os mínimos detalhes acabam fazendo parte do quebra-cabeças: a água viva, a rotina de trabalho, a casa, o comportamento ora indiferente, ora intempestivo. Quando tudo estoura, no começo tomamos um choque, mas em seguida vamos juntando as peças ao lado de Toru.

E afinal, que casal se conhece por completo? 100%? Sempre temos aquela parte de nós que escondemos do mundo e dos nossos parceiros. Às vezes são pensamentos, podem ser segredos. Procuramos ser o mais honestos possíveis, mas uma parte de nós deseja manter aquele espacinho onde somente nós podemos entrar. Aquele pequeno terreninho em que mesmo o casamento não pôde alcançar. É nesse pequeno espaço que a narrativa de Murakami acaba agindo. E Toru não é de todo inocente na história já que ele mesmo admite ter tido ocasiões onde ele se colocou em uma situação dúbia. Até acho que a Kumiko foi bem tranquila (até demais) quando recebeu a notícia. O autor trabalha alguns momentos que são emocionalmente terríveis. Cito dois que tocaram em particular em mim: a carta deixada por Kumiko e todo o simbolismo por trás da presença de Toru no fundo do poço.

Podemos interpretar toda a narrativa a partir de três pontos de vista:

1 - Tudo aconteceu de verdade e mesmo as partes sobrenaturais estavam inclusas. Nesse sentido acreditamos na narração de Toru e consideramos seu testemunho de confiança.
2 - Toru está mentindo e nos dando apenas meias informações sobre o que aconteceu. Aqui a gente entende que o protagonista encontrou em Noboru Wataya alguém que realizou mal feitos, mesmo sabendo que ele também contribuiu para tudo o que aconteceu com sua apatia e indiferença. Sabemos que Toru ama Kumiko, mas o casamento dos dois já havia se tornado uma rotina incessante de ações repetidas. E o narrador conta isso da maneira mais mecânica possível ao longo da primeira parte. Quando Kumiko se vai, Toru busca um bode expiatório.
3 - Toda a parte sobrenatural é um mecanismo de defesa emocional do Toru para lidar com o sentimento de perda. Os trechos que acontecem no sobrenatural são todos ignoráveis e precisamos entender a ida ao poço como uma espécie de reset na vida dele.

Outro ponto que muito me agradou foi a exploração da guerra pela visão dos japoneses que se encontravam na Manchúria. Isso nós vemos através da história do senhor Honda e do primeiro-tenente Mamiya. O lado japonês da guerra nos é pouco conhecido e me lembro que só tive a oportunidade de ver mais quando assisti ao filme Cartas para Iwojima. No livro, somos colocados na região da Mongólia e no norte da China e o quanto a batalha foi suja e cruel. Os soldados japoneses já se encontravam desmotivados, principalmente por causa dos frequentes ataques dos cavaleiros mongóis. A cena da tortura feita por Bóris é de embrulhar o estômago. E depois quando a cena se volta para a prisão presenciamos toda a decadência do ser humano e o desespero dos japoneses que se tornaram prisioneiros de guerra.

Crônica do Pássaro de Corda é uma narrativa repleta de camadas. Seria possível conversar por horas a fio sobre tantos temas diferentes que explodiria as cabeças de todos. Pode até ser um livro intimidador e lento no seu desenvolvimento. Mas, é de uma profundidade única. Você sabe quando está lendo Murakami. A escrita é peculiar demais. Venci esse desafio de leitura e convido a todos a fazerem o mesmo. Vale a pena.

site: www.ficcoeshumanas.com.br
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sara320 30/12/2021

?ric-ric? faz o pássaro de corda
a crônica do pássaro de corda é uma obra muito mais ramificada do que eu imaginava. cada detalhe, acontecimento e palavra dita têm sua importância para o seu entendimento como um todo; no fim, tudo faz sentido e se encaixa - o que nem precisava ter acontecido, já que só de entrarmos em contato com os escritos do murakami a leitura já valeria a pena (sou sim muito murakamista). aqui você encontra gatos, guerras (em todas as suas definições e esferas de aparição possíveis), a condição humana explorada no seu mais profundo íntimo e muitos ensinamentos de vida. espero que o autor japonês continue dando corda nos seus livros por muito tempo.
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Lali 18/10/2021

É incrível a capacidade de Murakami de passear pelo fantástico sem nos deixar perder o senso de realidade em nenhum momento. A todo momento você consegue sentir tudo que Okada sente, de forma vívida e intensa. Realmente uma obra prima.
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sabrina 06/07/2021

crônica do pássaro de corda - haruki murakami
esse foi o meu segundo contato com a escrita de Murakami e digo que esse foi um dos livros mais originais e surreais (no sentido literal) que já li em minha vida. sua escrita é feita de forma muito particular e única, totalmente crua e com reflexões de uma narrativa voltada para o mundo real e o surreal.

a narrativa vai abordar principalmente em como solidão pode alienar uma pessoa, como estar só pode afetar sua vida. Murakami tem uma característica de criar personagens que seriam secundários, porém são como personagens principais também e nisso conhecemos a história de cada um deles que durante a narrativa vão criando laços e trazendo mais sentido pra história (são personagens excêntricos e intensos, com muitas particularidades). Murakami também em grande maioria de seus livros traz contextos históricos de guerra em que se teve no Japão (um país que foi aliado ao nazismo) e que com certeza nessa narrativa também se encontra falando bastante sobre.

nesse livro não espere encontrar um enredo em que todos os problemas da narrativa sejam "solucionados", em muitos momentos você vai se pegar achando que foi "enganado" pela história não seguir totalmente linear e sim as vezes modificando perspectivas e deixando o leitor com muitas perguntas, é o tipo de livro que o leitor deve se entregar e ter a mente livre pra se permitir entrar nesse mundo real e surreal ao mesmo tempo, o tipo de livro que não se esquece!
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João Pedro 30/12/2020

Apaixonante
Simplesmente perfeito, e totalmente arrebatador, com certeza uma das melhores leituras de 2020. Posso reconhecer que talvez alguns pontos não sejam tão bem conectados ou explicados no final, mais sentir que foi exatamente essa a proposta. Murakami vai continuar marcando presença nas minhas próximas leituras.
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Gilzão 03/11/2021

Uma das obras mais profundas
Excelente! Uma viagem aos cantos mais escuros do inconsciente humano! Li uma vez e o reli, com muito gosto...
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