O Leitor

O Leitor Bernhard Schlink




Resenhas -


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Lu Reis 09/01/2021

|O Leitor é um romance alemão escrito pelo juiz e professor de Direito Bernhard Schlink e que foi adaptado para o cinema em 2008 onde alcançou 5 indicações ao Oscar (incluindo melhor roteiro adaptado) além de outras indicações e prêmios. É sobre amor, vergonha e piedade, narrado em primeira pessoa pelo personagem Michael Berg que conta sua história de amor com uma mulher 20 anos mais velha.
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Michael tem somente 15 anos quando conhece Hanna. É o início de uma delicada relação amorosa, marcada por pequenos gestos e rituais. A leitura de clássicos de Tolstói, Dickens e Goethe precede os encontros. Ao longo de meses, o casal repete essas cerimônias, interrompidas pelo súbito desaparecimento de Hanna. O drama se desenrola na década de 1960 e aborda a problemática do Holocausto, confrontando a geração do Nacional-Socialismo de Hitler e a geração do pós-Segunda Guerra.
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A história trata de um tema controverso e o faz de uma forma sutil, forçando uma reflexão diferente sobre o Holocausto através da relação intima de Hanna (uma cobradora de trem, que tem seus segredos e os oculta) e Michael (um jovem estudante). A leitura é capaz de suscitar diversos dilemas importantes para a nossa reflexão sobre o tema, como por exemplo:
- É preferível preservar a memória ou optar pelo esquecimento?
- Como usar o passado para corrigir problemas futuros?
- Quais medidas tomar para evitar repetições?
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Schlink fala do cotidiano expressando o amor que Michael sente por Hanna em forma de metáforas, analogias e aforismos. Os capítulos são curtos, a leitura é objetiva e a história é fluida, porem ao mesmo tempo nos faz parar em alguns momentos para refletir, e nisso percebemos que mesmo quando seguimos a vida, algumas lembranças do passado (quer gostemos delas ou não) ainda podem ter efeitos sobre nós.
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Michael ensinou Hanna a pensar, imaginar e ver as coisas sob um novo olhar. O livro é uma reflexão sobre a vida, o comportamento de uma nação e o limite da culpa que nos auto atribuímos pelos erros de nossos antepassados. Normalmente, eu não gosto de assistir ao filme antes de ler o livro, mas eu assisti ao filme anos atrás (nem sabia que era baseado no livro, na época), e fazer a leitura agora, já conhecendo os segredos e as reviravoltas me proporcionou ver a história por outra perspectiva, mais minuciosa e sem devaneios.
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Claudio 02/12/2017

Matriosca literária
?Como poderia ser um consolo o fato de meu sofrimento pelo o amor a Hanna ser, de certa maneira, o destino de minha geração, o destino alemão? - página 138.

Este livro foi constituído por camadas desde a sua estrutura de três partes bem definidas e que aprofundam gradativamente a história, mas também na sua trama que esconde sob o romance as camadas do que de fato o autor quer falar.

A camada evidente trata do amor conflituoso de Michael, 15 anos, por Hanna, 36 anos, envolvidos em um ritual de leituras e sexo, que é interrompido abruptamente quando Hanna vai embora sem nada dizer. Somente após 7 anos se reencontram, quando ele, agora estudante de direito, a vê como ré em processo por crime de guerra cometido durante a Segunda Guerra e no qual ele pode intervir se revelar um segredo que ela mesma não quer que se torne público. Essa camada é interessante, mas isso é o básico, está na sinopse.

O surpreendente está na emulação que o romance faz do contexto histórico da Alemanha no pós guerra, por exemplo, dos desafios e conflitos das gerações nascidas no pós guerra em conviver com a geração que deixou acontecer ou participou ativamente da guerra; a vergonha e culpa pelo passado, mas também amor pelo que houve de bom neste mesmo passado; a necessária busca por justiça e a autoflagelação de uma nação envergonhada e que tem dificuldade em quantificar a culpa uma vez que todos estavam envolvidos; e, por fim, a resignação pela educação, pelo poder de transformação da literatura, pelo registro e respeito histórico.

Pode ser que eu tenha enxergado de mais nas entrelinhas, mas fato é que neste livro o contexto e o não dito são tão importantes ou mais que o romance em si.

Não assisti ao filme, mas agora pretendo.
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Angie - @livros_libras 15/05/2023

Já tinha lido e assistido ao filme anos atrás e resolvi fazer isso novamente neste fim de semana.

Achei o livro tão interessante quanto na primeira leitura, principalmente por ver os resquícios do pós-guerra em pessoas que não viveram aquilo, sabem somente pelos outros. Essa é a herança alemã sobre o seu povo, sobre o mundo.

O filme foi muito fiel ao livro, com frases iguais, inclusive. Gostei muito da junção, pois as ações (e a falta delas) nos personagens do filme são descritas no livro.

O livro não possui grandes plots, descreve o cotidiano da relação de Michael e Hanna, seus caminhos e tudo o que levou até ele começar a ler para ela. Aqui, destaco que uma das melhores coisas do mundo é alguém ler pra ti na cama. É inenarrável o afeto que cada palavra em voz alta paira no ar.

Voltando ao livro, anos mais tarde eles se reencontram num tribunal. Hanna está sendo julgada pelos crimes do Holocausto. Sim, ela é culpada, mas tem um motivo particular que só Michael sabe e poderia reduzir a pena.

Este é um livro que faz a gente se questionar sobre os segredos e a vergonha que cada um tem e que não admitimos a ninguém, independente das consequências.
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Sgt_Pm_Jamis 27/02/2024

O livro
Muito bem escrito. Tem grande chance de se tornar a leitura do ano 2024. História comovente. Quem puder assistir o filme, ajuda. Mas somente através da leitura do livro fecha com 10.
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Marcelo Nunes 20/02/2023

Quando os nossos segredos se voltam contra nós
Uma mulher de 36 anos inicia um romance com um jovem de 15 anos. A história se passa no após a segunda Guerra Mundial numa Alemanha que ainda está em reconstrução. Hanna marca a adolescência de Michael não apenas pela relação carnal que envolve ambos, mas por, mesmo com a distanciamento, ainda é presente na vida do jovem. Michael vê em Hanna uma mulher que o fez amadurecer antes do tempo natural. Nota-se isso no decorrer de sua história. O jeito como analisa as pessoas e a própria vida. Michael parece mais distante emocionalmente das pessoas. Hanna vê em Michael um companheiro e um leitor capaz de apresenta-la a um novo mundo de histórias e personagens até então desconhecido para ela.
Anos após a separação, há um reencontro onde o "segredo" de Hanna faz com que sua vida seja direcionada para um futuro triste e pesado.
O livro deu origem a um filme de 2008 com Kate Winslet (Hanna) e David Kross e Ralph Fiennes (Michael).
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jhulica 19/02/2024

O Leitor
Esse era o último livro que eu estava esperando ler esse ano, mas felizmente tive a oportunidade de conhecer tal livro comovente e reflexivo.
O livro nos leva para o final da 2ª Guerra Mundial, onde surge um relacionamento amoroso um pouco peculiar entre um menino de 15 anos e uma mulher de 36 anos.
Hanna e Michael vivem um lindo romance, até o dia em que ela desaparece.
Os dois se encontram novamente anos depois em um tribunal de justiça onde está sendo julgado diversos crimes de guerra cometidos pelos nazistas.
É difícil não ficar minimamente triste com o rumo que a história vai tomando, é lindo e doloroso. Eu terminei o livro dividida em opniões e não vou conseguir expressar tudo aqui, mas adorei ler esse livro.
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