Resenhas - O Terror

Leandro253 10/04/2024

Um livro maravilhoso.

Se você pensa que as coisas estão dando errado em sua vida, acompanhe a Expedição Franklin capitaneada por Crozier, Franklin e Fitzjames para o ártico.

A leitura começa lenta, mas cheia de mistérios. Um conto impossível de parar de ler e que te fará ficar vidrado e devorando páginas.

Allysson Falcon 18/01/2024

Intrigante e perturbador...
Muitos me perguntam de onde vem minha paixão pelos livros e pela leitura.

Ainda muito garoto lia aventuras de grandes exploradores nos primórdios das navegações.
Uma coisa era desbravar os mares bravios quentes. Outra era desafiar os mares dos gélidos pólos sul e norte.

As explorações polares começaram ainda no século XVI. Nem é preciso dizer que poucos voltaram vivos dos infernos árticos e antárticos.

Para se ter uma idéia do quão desafiador era encarar os pólos vale a pena assistir a mini-série O TERROR, disponível no Amazon Prime, baseada no livro de Dan Simmons.

É a história verdadeira da expedição da Marinha Real Britânica, comandada pelo experiente Sir John Franklin, a bordo dos navios HMS Erebus e HMS Terror, que buscavam encontrar a sonhada passagem noroeste, que permitiria navegar do Atlântico para o Pacífico, pelo extremo norte.

O ano era 1845, o Erebus e o Terror eram os navios mais modernos do mundo na época, reforçados como quebra-gelos e dispunham de motores a vapor, além do tradicional velame, aquecimento e outros confortos modernos.

A expedição levava milhares de latas de alimentos, algo revolucionário na época. Essas latas se mostraram uma péssima escolha.

A expedição foi trágica. Ficaram presos no gelo por 3 anos, as latas de comida estavam contaminadas com chumbo, o escorbuto grassou, a fome e a pneumonia, etc. Os últimos infelizes restantes ainda recorreram ao canibalismo para tentar sobreviver, algo que chocou a Inglaterra vitoriana.

O nome dos navios não foi nada auspicioso.

Erebus, na mitologia grega, significa aquele que anda nas trevas, e Terror dispensa comentários.

Nenhum dos 130 homens da expedição voltou para contar o que houve.

Até hoje essa é uma história fascinante e perturbadora.

O livro é muito bom, mas acho que o autor exagerou um pouco no tamanho, dava para reduzir uns 25% sem perda de qualidade. Esse excesso deixou a leitura um pouco cansativa, como alguns comentaram.

Em inglês existe uma vasta literatura sobre a expedição de Sir John. Em português existem os livros CONGELADOS NO TEMPO, de Owen Beattie e John Geiger.
E a obra MIRAGEM POLAR, de Scott Cookman. São recomendados para quem quiser saber mais sobre essa história.

O destino da expedição de Sir John Franklin ainda permanece um mistério...

Rosangela Max 16/11/2023

Me conquistou aos poucos.
O tipo de escrita cheia de informações detalhadas sobre o funcionamento de um navio, sobre a tripulação e sobre as mudanças ocorridas no gelo ártico e os perigos apresentados muitas vezes tornou a leitura arrastada e cansativa. Mas valeu a pena perseverar porque um tempo depois a gente se acostuma e o desenvolvimento do enredo foi interessante o suficiente para me manter lendo.
Eu classificaria como uma história de aventura com suspense, onde várias ameaças (físicas e psicológicas) à vida são exploradas: as ameaças implacáveis da natureza, as instintivas dos seres que nela habitam e a dos homens que, como sempre, são as mais perversas.
Os personagens foram bem construídos e os meus favoritos foram: Crozier, Irving, Fitzjames, Goodsier e Blanky.
A parte sobrenatural da história foi a que menos me agradou.
Recomendo a leitura.

Jackson240784 17/05/2023

Incrivel como o autor pegou um fato historico e romantisou de uma forma de chegamos a acreditar que realmente foi assim. Sob a liderança do renomado Sir John Franklin, os navios Erebus e Terror deixaram a Inglaterra em 1845 à procura da cobiçada Passagem Noroeste, que liga os oceanos Atlântico e Pacífico através do Círculo Polar Ártico. A Expedição Franklin, como ficou conhecida, contava com uma tripulação de mais de cem homens, os equipamentos mais avançados da época e provisões suficientes para três anos de viagem. Ao entrar na zona polar, no entanto, os navios depararam com o segundo verão consecutivo sem degelo. Logo, acabariam presos nas geleiras ao redor da remota Terra do Rei Guilherme, ao norte do Canadá. Aprisionados num ambiente hostil, os exploradores passam a lutar para sobreviver com alimentos contaminados e uma oferta cada vez menor de carvão e suprimentos, enquanto o gelo e a neve investem contra suas embarcações. Mas o verdadeiro inimigo da expedição pode ser um mal ainda maior: do lado de fora, um predador desconhecido está à espreita, tentando abrir caminho através dos cascos. Quando as primeiras vidas são perdidas, é preciso que novas lideranças surjam entre os sobreviventes para uma última e desesperada tentativa de fuga rumo ao sul. A incrível pesquisa feita pelo autor da mitologia dos esquimó é surpreendente. Dando um motivo de existir a criatura do gelo e o porque de não ser possível derrota-la.
Leitura simplesmente espetacular. Nas próprias palavras de Stephen King: "Estou maravilhado com Dan Simmons."

juresenhas 26/01/2023

O Terror de Dan Simmons é uma narrativa profunda e perturbadora que retrata os horrores efrentados pelas tripulações do Terror e do Erebus durante os anos que passaram na neve. Entre o longo período escuro de inverno, quando o sol para de nascer no horizonte, e a claustrofóbica imensidão solitária do deserto de gelo, a narrativa explora os limites do homem em situações extremas.

NickMiyo 24/01/2023

Eu quero ler Hyperion.
O motivo principal pra mim pegar "O Terror" foi o nome do autor, já queria ler Hyperion do mesmo mas a falta de uma publicação no Brasil me deixou na mão ((não tinha um kindle antes))
Então fui no que tava disponível, totalmente de mente aberta. E felizmente, é sensacional.
Não, não é um livro de terror, mistério thriller ou qualquer coisa que remeta a King, é um mobydick-esque onde na maior parte das paginas só vamos ver um bando de homem indo pra la e pra cá no gelo, trabalhando num navio e se relacionando, e é essa a graça.
É complexo, é muito denso, tanto quando foca na geografia quanto foca nas relações aqui, e é tudo MUITO verossímil (tirando um certo elemento) e ainda sim mantém um ar estranho, de que tem alguma coisa errada.
Não é um livro tãoooooooo de boa assim pelo tamanho e pela densidade, mas pra quem se esforçar, vai encarar um calhamaço de muita boa qualidade, pesquisa e escrita.

Marcela 11/08/2022

Uma jornada
O que a gente precisa entender antes de começar esse livro é que nada muito uau acontece. O que importa nessas mais de 700 páginas é a jornada dos personagens, ver oq eles pensam, sentem, vivem.
Quero fazer uma menção ao personagem Crozier. Prestem atenção como o desenrolar da história dele é lindo.
Por ser um livro baseado em fatos reais, imaginei que o final seria diferente do que foi, mas também entendi o ponto.
Foi uma boa leitura, uma jornada longa.

Ronan 20/07/2022

Eu gostei muito desse livro desde o começo, toda a ambientação, o clima, o mistério me agradaram muito, mas acho que o livro me perdeu um pouco no desfecho, nas últimas 100-200 páginas, acho que se estendeu mais do que deveria...

Giovanna.paginasda 11/07/2022

Motivos para ler O Terror @paginasdagio
1 - Baseado em fatos reais. A Expedição de Franklin realmente aconteceu, em 1845, com os navios HMS Erubus e HMS Terror, para descobrir uma passagem pelo Ártico a fim de chegar na Ásia com mais facilidade. Você pode procurar no wikipedia, ver no youtube o tour pelo navio encontrado em 2014 e até a série The Terror no Prime Video.

2 - Ambientação assustadora. Dois navios parados no meio do Ártico, sem nenhum animal para caçar, sem luz do dia, já que eles estão no inverno e simplesmente não tem Sol. Ao mesmo tempo que eles meio que estão em um lugar aberto, também é super claustrofóbico. Eles não podem sair do navio porque não tem para onde ir, e quando saem é frio demais e perigoso demais para sobreviverem.

3 - O monstro. São poucas às vezes que o monstro criado pelo autor aparece, mas sempre que aparece deixa aquele suspense no ar, o que ele é, o que ele quer, como ele existe? Vemos marinheiros desaparecendo e morrendo por causa desse monstro, mas a gente nunca vê o momento acontecer ou vê o monstro em si. Acho ser uma ótima ideia do autor criar uma criatura, mas que a gente não tem uma descrição inteira ou várias aparições, nos deixa mais assustados.

4 - Personagens. O livro tem muitos personagens, nos levando muitas vezes até a confundir quem é quem. Existem personagens odiosos, personagens que não fazem diferença nenhuma, e os personagens que ficam no coração. Então tem horas que dá uma tristeza quando eles morrem (não é spoiler, afinal, todo mundo morreu mesmo). Para mim os melhores personagens foram Capitão Crozier, John Irving, Sr.Blank, Peglar, Goodsir, Bridgens e Lady Silêncio (quando ela resolvia dar as caras).

5 - O final. É claro que o final fez parte da ficção do livro e não da realidade da tragédia, mas ao mesmo tempo que achei o final triste, eu achei bem bonito e esperançoso (diferente da realidade, óbvio). O Terror é um livro muito grande, cheio de detalhes e descrições que podem cansar o leitor. Mas se você parar para pensar que as pessoas citadas no livro realmente existiram e realmente morreram no Ártico, deixa a leitura ainda mais simbólica.

Macartiney 01/06/2022

Final pos tudo a perder
Misturar história real com fantasia que mal tem? Nenhum.
Mas nas últimas 70 páginas, pro meu gosto de leitura, Simmons errou muito na tentativa de impressionar com sua "mitologia artica" (com seus personagens de nomes impronuncíaveis), detonando com a história de um jeito que de repente eu me vi demorando mais tempo pra ler essa últimas páginas do que as mais de 650 até ali.

Pra quem já leu No Reino de Gelo de Hampton Sides e gostou vai curtir o livro enquanto a história se passava no navio e no gelo quando nada se sabia sobre os eventos mortíferos que lá aconteciam . Uma pena que diferentemente do primeiro (história real pura) este O Terror preferiu, do nada, partir pra um enredo sobrenatural de péssimo gosto.
Me senti quase ofendido.

Annaplima 18/04/2022

Muito bom
Gostei muito. Fiquei bastante envolvida com a leitura e emocionada com todas as dificuldades que os marinheiros tiveram que enfrentar no gelo. O final é revelador e mágico.

Vinicius 20/03/2022

O terror
Comecei a ler o terror no início de 2021 e estava gostando bastante da história, porém, não coloquei uma meta e lia somente quando tinha vontade. Quando no começo desse ano decidi terminar o livro, me peguei numa montanha-russa de sentimentos. Apesar de o começo ter muita definição acerca de termos marítimos, acredito que isso me fez mergulhar, com perdão do trocadilho, na história. Lá pela metade do livro, comecei a achar o livro chato, não evoluía, o que melhorou algumas páginas depois, quando eles resolvem deixar os navios. Estava novamente gostando da história, até que o último ato começa, aí me senti lendo um final de algum livro do King, estilo It com a tartaruga. Que viagem foi essa do autor? Eu particularmente não gostei dessa inserção de elementos sobrenaturais, ou seriam cósmicos? Não sei classificar, mas tirando isso, os acontecimentos são palatáveis, com o Crozier sobrevivendo e ficando com Silêncio. Só não achei necessário a parte cósmica da história.

Dendê 26/01/2022

Desolação
Esse livro me fez refletir por horas sobre o que é e como explica-lo. Eu realmente não sei como começar.

Ele tem um pouco de tudo do quê gosto. Ficção histórica, horror, e uma pitada de fantasia. Há fatos históricos passados nele, que realmente aconteceram. Digo sim, a Expedição Franklin, liderada pelo Sir. John Franklin, em 1845, realmente existiu!

Eles foram financiados pela realeza e almirantado britânico. Partiram com o objetivo de desbravar terras selvagens do Ártico, à procura da Passagem Noroeste entre os oceanos Atlântico e Pacífico no Círculo Polar Ártico. Até esse ponto, tudo tranquilo, a Expedição Franklin realmente ocorreu. Mas depois de zarparem da Inglaterra, os navios gêmeos HMS Terror e HMS Erebus nunca mais foram vistos. Não há registros do que realmente aconteceu. E na minha opinião, é nesse ponto onde a escrita de Dan Simmons brilha.

Passei algum tempo pesquisando sobre geografia do gelo, ciências náuticas e marítimas. É claro que isso não é necessário, o autor prepara o leitor leigo para que ele não fique "a ver navios" (nota para minha piadinha conceitual), e se situe ao longo da história sobre o que está acontecendo. Mas fazer isso me faz entrar realmente no mundo e participar do livro como um explorador.

Participei da história de tal maneira, que me senti desolado. E essa, na minha opinião, é a palavra que define O Terror, de Dan Simmons, Desolação. Em certos pontos ele chega a ser cruel e claustrofóbico.

Isso não se da simplesmente por crueldade do autor para com os personagens e o desenvolvimento da história. Mas sim por causa do fator humano. O orgulho do homem, a mesquinhez de sua alma, juntos com prepotência e sentimento de superioridade. Esses são pontos frequentes na história e na Expedição Franklin.

É visivel nas atitudes dos personagens, de como o homem branco acredita ser superior. Realmente acreditam estar preparados para explorar terras inóspitas, e doutrinar culturalmente os povos nativos, dito por eles, selvagens. Em busca da glória vinda de grandes feitos.

Mas a natureza é inexorável. Ela está preparada para reagir, sempre procurando o equilibrio. E o resultado da história é aquilo que já sabemos. O resultado é, O Terror.

"Puxando o trenó junto a Silêncio sob um céu cheio de cores violentas, ele lembra a si mesmo que Francis Rawdon Moira Crozier não acredita em nada. Ou melhor, se ele acredita em algo, é no Leviatã de Hobbes.
A vida é solitária, pobre, repulsiva, violenta e curta."