O Terror

O Terror Dan Simmons




Resenhas - O Terror


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Gustavo Rodrigues 26/07/2021

"A vida é solitária, pobre, repulsiva, violenta e curta".
Que jornada! Ler essa história baseada na Expedição comandada pelo Capitação Sir John Franklin foi difícil, mas valeu demais!

O Terror conta a história da Expedição Franklin, que tentou achar a Passagem do Noroeste, próxima ao Círculo Polar Ártico, em meados de 1845 e simplesmente desapareceu. Era composta por dois navios (HMS Terror e HMS Erebus), com quase 130 tripulantes experientes e convictos que achariam o caminho de ida e volta em meio ao clima inóspito.

Até hoje o que aconteceu depois da partida deles é um mistério que tá longe de ser descoberto (por mais que algumas pistas já tenham sido encontradas), e é aí que Dan Simmons entra. Ele dá vida a essa história, usando todos os meios possíveis pra retratar o provável sofrimento e agonia que esses caras passaram.

Mesmo com poucas informações, sabe-se que o grande vilão da expedição foi o clima, além das prováveis doenças. Frio, neve, tempestade de raios, escorbuto, fome, mares congelados deixando navios presos são fatos conhecidos, mas não muito além disso. Toda essa falta de informação do que de fato aconteceu acabou dando ao autor uma certa "licença poética" de ousar e adicionar um elemento além dos perigos óbvios: alguma Coisa que vive no gelo, caçando os tripulantes.

Ainda que tenha adicionado um componente menos óbvio, ele foi muito perspicaz ao inseri-lo na trama. Os grandes vilões continuam sendo o clima, a fome e o escorbuto.

É uma leitura densa, descritiva, e que carrega uma história grandiosa.
Vanessa.Liandro 26/07/2021minha estante
Ainda colocarei esse livro nas minhas metas??




Rosangela Max 16/11/2023

Me conquistou aos poucos.
O tipo de escrita cheia de informações detalhadas sobre o funcionamento de um navio, sobre a tripulação e sobre as mudanças ocorridas no gelo ártico e os perigos apresentados muitas vezes tornou a leitura arrastada e cansativa. Mas valeu a pena perseverar porque um tempo depois a gente se acostuma e o desenvolvimento do enredo foi interessante o suficiente para me manter lendo.
Eu classificaria como uma história de aventura com suspense, onde várias ameaças (físicas e psicológicas) à vida são exploradas: as ameaças implacáveis da natureza, as instintivas dos seres que nela habitam e a dos homens que, como sempre, são as mais perversas.
Os personagens foram bem construídos e os meus favoritos foram: Crozier, Irving, Fitzjames, Goodsier e Blanky.
A parte sobrenatural da história foi a que menos me agradou.
Recomendo a leitura.
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Marselle Urman 02/07/2020

Pegue seu cobertor e siga adiante...
Estava querendo ler Moby Dick há meses. Ainda não consegui...mas a busca da Amazon me recomendou esse livro com base na minha busca. Como de cara já gostei do título, vi algumas avaliações e resolvi tentar.

**** NÃO RECOMENDO PARA LEITORES INICIANTES ****

Não, não por causa do volume. Afinal acredito que qualquer um pode ler as mais de 3.000 páginas da saga Harry Potter, por exemplo. Digo isso por causa da densidade...Não é uma história fácil de digerir. Queria só não ter feito a busca por "northwest passage" no Google. Tomei spoilers terriveis. Avante...

O primeiro capítulo já conseguiu me tirar do meu sofá confortável e me jogar lá, no HMS Terror, navio preso no gelo, literalmente, na noite sem fim de um inverno ártico. A agradáveis -45?C de temperatura exterior.

Conheça o capitão Crozier. Irlandês turrão e bravo, fazendo carreira na Marinha Real Britânica, aquela força magnânima dos sete mares do tempo das grandes navegações. A idéia comum da Royal Navy sintetiza o espírito britânico de meros 150, 200 anos atrás : o oficial bravo, cavalheiresco, imbuído do espírito de aventura e desbravamento, singrando os mares com sua rígida disciplina, tecnologia de ponta e sem deixar de lado sua classe e fair play, destinado a descobrir e dominar terras remotas, e ensinar a civilização a selvagens bárbaros e inferiores por onde passarem.

Esquece isso, amassa a maior parte e joga no lixo. Vou, a custo, deixar de lado meus comentários pessoais sobre o orgulho eugênico, que sabemos ser real nesse cenário. Vou focar nessa fotografia adorável e odiosa d'OTerror, na Noite Sem Fim do Polo Norte em 1848.

Encontramos o capitão Crozier no convés de seu navio, preso na noite de vários meses do sol que não brilha, entre homens congelando. Presos há dois anos. Chamado a cuidar de um marinheiro rebelde, que se recusa a levar sacos de carvão até a caldeira no porão inundado e congelado, porque teme que o fantasma de outro marinheiro falecido o assombre lá em baixo. No caminho, o capitão, que quase não dorme, avalia suas sentinelas no convés, bem como os homens já famintos e adoecidos dormindo em suas redes entre os sons reconfortantes de seus próprios roncos e peidos. Sem ligar para o barulho deveras mais preocupante do gelo, lá fora, se movendo e espremendo o navio, sem pressa rompendo seu casco. Ele pensa brevemente na única mulher a bordo, a esquimó Lady Silêncio, encontrada por uma expedição em "terra" (gelo, tudo é gelo), sua mudez absoluta causada pela língua arrancada há anos pelo que parece ter sido uma mordida, mistério. Pensa na má sorte de ter uma mulher a bordo, ainda mais uma selvagem, mas não poderia abandoná-la à própria sorte "lá fora", depois do que aconteceu...Sobretudo, espera que os barulhos que ouve sejam somente os ratos, aqueles que nesse momento estão comendo os cadáveres empilhados congelados na Sala dos Mortos no porão. Que não seja A Coisa lá fora, A Coisa do Gelo. Isso sem contar a serpente peçonhenta que, sem saber, leva a bordo.

Temos a narrativa intercalada pela visão de vários personagens que fazem parte da expedição dos dois navios, buscando encontrar e mapear a mítica "Passagem Noroeste", onde nenhum homem 'civilizado' esteve. O principal é o próprio capitão Crozier, que se aferra a seu uísque e à memória de seu amor frustrado em terra, para ser o melhor capitão possível para o inferno que encontraram. Outro é o anatomista Goodsir, auxiliar de saúde entre 4 da tripulação, cirurgião encarregado de cuidar das queimaduras de gelo, suturar feridas abertas e emendar ossos quebrados, ministrar tratamentos experimentais às vítimas do escorbuto. Homem de estudos, jogado na bruta realidade da expedição, ele foi forjado à força. Ainda temos o tenente Irving, querido pela maioria, jovem oficial brilhante, mestrado nas artes do amor na sua terra pátria mas ainda assim apaixonado pela mulher esquimó. Outro, é Sir John Franklin, laureado comandante mor da expedição, agarrado a essa oportunidade de liderança e redenção depois de fracassos em sua carreira, devidos majoritamente à sua natureza bondosa, porém fraca. Sir John, conhecido por ter, numa expedição difícil no passado, comido seus próprios sapatos para não ser obrigado a canibalizar marinheiros falecidos. Não foi talhado para seu cargo, ao contrário do capitão Crozier, mas dele muito se orgulha, em sua enorme cabine no navio HMS Erebus, cercado dos possíveis luxos como taças de cristal, porcelana, radiola, relógio de seu tataravô. Sir John, que com suas decisões estúpidas, condena a vida de diversos homens ao inferno. Há outros narradores, ainda.

Difícil falar mais, sem maiores spoilers. Só tenho a dizer que era difícil largar o livro. E sempre precisava ler sentada ao sol, ou embaixo de cobertores, tamanha a imersão. Não há consolo ou brancas nuvens, aqui. Lembro de avançar com espanto, sobre as condições cada vez piores que esses homens enfrentaram. Quando você pensa que eles estão na merda - perdoe meu francês - aí você descobre que aquilo era um mar de rosas perto de quão fodidos eles logo estarão.

"Abandonai toda a esperança, vós que aqui entrais", anuncia o portal dos infernos de Dante. Acho que a expedição Franklin merecia mais esse aviso. A vida é uma coisa persistente, meninos e meninas...porque euzinha, em diversas ocasiões, preferiria morrer a ter que passar por aquilo.

Daí temos os últimos 10% do livro.

Ele parece quase ser outra coisa, e ainda assim dança belamente com nossa estória principal. Ele traz sentido, poesia e redenção. Redenção inclusive do orgulho eugênico que mencionei. O inferno permanece sendo o que foi, veja bem. Mas esse desfecho tirou um pouco do travo ácido dos anos de desesperança e desgraça.

Gostei imensamente.

Caraguatatuba, SP, 01/07/2020
Theo 22/07/2020minha estante
Bela resenha, me deu muita vontade de ler.


Patygoldstars 06/09/2021minha estante
Excelente resenha !!!! Estou Maravilhada na imersão deste livro ? Trezentas páginas lidas em 1 dia e sigo Avante !




Pistille 09/01/2018

"Tem muito mais de onde veio esse." - Dan Simmons
Espero que com a publicação do sensacional "O Terror", o autor ganhe a merecida atenção no Brasil e seu mercado soterrado de YAs, tragam sua obra-mestra: "Hyperion", que foi homenageado até pelo Rick and Morty (não que valha algo...rs).
Vanessa.Brizola 23/08/2018minha estante
Foi exatamente o que pensei quando terminei essa leitura. Torço pelo sucesso da publicação para que mais obras deste autor chegue aqui para que possamos conhecer seu incrível trabalho. Muito curiosa por conhecer Hyperion eu estou...!!!


Rodrigo 13/01/2022minha estante
E até hoje nada de Hyperion




Rayssa 19/04/2020

Um desastre épico.
Que experiência louca e cativante. O livro, embora seja categorizado como de terror, para mim vai muito além disso. Aliás, o terror aqui é quase irrelevante.
A narrativa é baseada na história real da Expedição Franklin, quando, em 1845, os navios Erebus e Terror, lotados com mais de cem homens, deixaram a Inglaterra em busca da cobiçada Passagem Noroeste através do Círculo Polar Ártico. Ao entrar na zona polar, os navios se depararam com o segundo verão consecutivo sem degelo, ficando, por consequência, presos nas geleiras próximas ao norte do Canadá. Por anos, as buscas não encontraram vestígios do que pode ter ocorrido com a tripulação durante tantos anos perdidos. Na história do livro, os exploradores tem que lutar para sobreviver não só no frio extremo e no ambiente hostil do Ártico, mas também na presença de um predador monstruoso sobrenatural e feroz que os espreita do gelo.
A leitura não foi exatamente fácil. No começo foi difícil adentrar na história, pois a ambientação é tediosa e repetitiva. As tecnicidades relatadas sobre o gelo, o ambiente, e sobre o navio, são detalhes um pouco complexos de se entender para um leitor leigo, o que acabou deixando a leitura um tanto cansativa e difícil de avançar. Para tentar ajudar, no início do livro há um mapa detalhado do lugar, mas senti falta de um mapa sobre o próprio navio. Teria evitado ficar interrompendo a leitura toda hora pra buscar no Google algum termo desconhecido e impossível de entender.
Porém, à medida que fui avançando na leitura, cada vez mais fui me afeiçoando aos personagens. Diria até que o Capitão Crozier já é um dos meus favoritos da vida. Cada um deles é muito bem construído, são personagens tridimensionais, humanos, falhos, e acima de tudo, corajosos. Cada dificuldade narrada na leitura nos mostra como em nenhum momento os mais de cem homens da tripulação tinham vontade de desistir. O frio, a fome, o medo, o desespero, a ganância do homem sobre o homem, e a morte, são determinantes que precisavam ser enfrentadas por todos e, embora a crueldade do gelo, a falta de alimentos, a doença crescente a cada dia, bem como a presença do monstro do gelo, tornasse a expectativa de sobrevivência algo quase impossível, a esperança foi quase sempre mantida por todos.
Todo o sofrimento é retratado pelo autor de forma direta. Algumas cenas são muito tristes e pesadas, sobretudo pra quem já se sente muito próxima/o de cada personagem, como foi o meu caso. O final é emocionante e corajoso por parte do autor. Fiquei perplexa com o esforço da pesquisa para construir o livro e fazer respeitar cada homem que lutou tanto para viver na vida real.
É uma leitura que exige do leitor, mas entrega tudo o que se espera e até mais. Excelente!


site: @abibliotecaoculta
Lu 20/04/2020minha estante
Gostei da resenha! Pretendo ler esse ano, eu amei demais a série! E sim, Crozier é mto querido. Mas sei q o final da série e do livro são diferentes... quero saber como.


Rayssa 20/04/2020minha estante
Ainda não vi a série! Espero que o final seja tão bom quanto o livro :)




spoiler visualizar
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Alessandro.Aguilera 10/11/2020

Claustrofóbico
Uma história baseada em fato histórico, a Passagem Noroeste, que liga os oceanos Atlântico e Pacífico através do Círculo Polar Ártico, onde a Marinha Inglesa tentou achar essa passagem através de várias expedições no século XIX. Onde a expedição que se refere a história do livro se passa em 1845, onde os navios e seus tripulantes desapareceram. Nos anos seguintes várias expedições foram enviadas para encontrá-los e até o lançamento deste livro continua um mistérios sobre essa expedição. Em 2014 e 2017 foram encontrados os destroços dos dois navios e em 2018 foi adaptado para a TV, The Terror, dirigido por Ridley Scott. Referente ao que Dan Simmons escreveu é simplesmente espetacular. O autor nos transporta para 1845, em uma expedição com dois navios, o Erebus e o Terror, com mais de 120 tripulantes, com carvão, alimentação, água para 3 anos de viagem e se racionarem para até 5 anos. Um ambiente inóspito, frio de -72º, sem água em estado líquido, sem comida fresca, sem sol e um frio interminável. Sem contar com uma criatura que se acostumou a comer carne humana. Um livro angustiante...
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Arlan 13/04/2020

Uma agradável surpresa !!! Uma aventura histórica, fantasia sombria e trágica em um ambiente hostil.
Durães 01/07/2020minha estante
A parte da sobrevivência e do terror do monstro me prenderam bastante. Depois de um tempo achei que ficou muito maçante e o final achei nada a ver rsrs




Amanda @litera.pura 04/01/2021

Mais resenhas em @litera.pura
Em 1845, os navios Terror e Erebus partiram da Inglaterra em uma audaciosa missão: encontrar a Passagem Noroeste, que ligava os oceanos Atlântico e Pacífico. Se fossem bem sucedidos, a Inglaterra teria uma enorme vantagem em termos de navegação sobre os outros países. Com uma tripulação de mais de cem homens e os melhores equipamentos disponíveis, os navios foram em busca do que seria a mais notável e importante descoberta da época.
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Entretanto, as condições climáticas se mostraram muito piores do que o esperado. O Terror e o Erebus ficaram presos no gelo, meses se tornaram anos... e além de todas as adversidades enfrentadas em um ambiente com temperaturas que chegavam abaixo dos 50 graus, outra coisa espreitava a tripulação: uma criatura gigantesca, com dentes afiados e garras capazes de partir um homem em dois sem nenhum esforço.
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Frio, fome, doenças, morte e um predador desconhecido, sedento por carne humana. Os homens do Terror e do Erebus estão abandonados à própria sorte e só um milagre será capaz de salvá-los daquele pesadelo.
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Ler O Terror foi uma experiência única. Ao longo das mais de 700 páginas, o autor consegue nos transportar para aquele mundo gelado e ermo. Foi angustiante imaginar aquela situação, onde o frio machucava e matava, onde a comida era cada vez mais escassa e não existia a possibilidade de arranjar mais, com corpos se acumulando e homens sem esperança, sabendo que era apenas uma questão de tempo até a morte chegar. E aí, como se isso não fosse o suficiente, surge a criatura do gelo, espalhando medo e despertando o pior que existia dentro de cada um.
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Você consegue imaginar como deve ser ficar preso no gelo durante anos e sem perspectiva de resgate, sendo consumido pela fome e por doenças, ouvindo o barulho dos ratos comendo os corpos que se acumulam no porão do navio?
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E aí vem a pior parte: essa história é baseada em um acontecimento REAL! A expedição realmente existiu e, se vocês pesquisarem por "Expedição John Franklin", vão encontrar coisas bizarras (envolvendo canibalismo e múmias).
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O livro traz termos técnicos que me incomodaram um pouco, mas foi só no início. Depois disso a leitura fluiu muito bem e foi incrível!

site: http://www.instagram.com/litera.pura
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Ju Ragni 04/04/2021

Um suspense poderoso
Sou fã de Stephen King, porque gosto de suspense, mas principalmente pelo modo de escrever, que é detalhista sem ser cansativo, que parece nos transportar para dentro do enredo, de uma forma tão minuciosa que parece que estamos em um filme. Pois Stephen King elogiou esse livro. Quando comecei a leitura, no primeiro capítulo, achei que não ia gostar, porque parecia que a descrição de uma expedição ao Ártico no final do século XIX iria ser meio cansativa, embora tivesse notícia de uns acontecimentos meio sobrenaturais, mas não estava muito certa que queria continuar. Terminado o primeiro capítulo, eu não queria parar de ler. Embora seja um calhamaço (quase 800 páginas), os capítulos são curtos, e em cada um tem um acontecimento. E a situação daqueles homens, presos naquele gelo... O livro é uma ficção sobre uma expedição verdadeira, e essa parte é surpreendente, a logística daquilo, dois navios viajando juntos, mas levando outros navios menores, a estrutura física e logística, a tripulação, a hierarquia, a viagem em si... É envolvente e surpreendente. Minha única restrição: li no kindle, e se eu soubesse antes, teria lido o livro físico, porque pelo kindle não dá para acompanhar a aventura olhando nos mapas. Mas, por outro lado, peguei emprestado na Amazon, então o custo benefício compensou. Gostei muito, me surpreendi e vou procurar mais livros desse autor.
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Caique.Nascimento 07/02/2020

O inferno pode ser artico
Mesmo que o livro não seja didático é possivel aprender algo com ele. Coisas simples, como conservação de alimentos ou coisas mais complexas, como formas de não morrer de escoburto. Mas tem coisas que nem esse livro pode ensinar. Como sobreviver a coisa no gelo.
Nao vou negar que Dan Simmons escreve tão bem que eu decididamente nunca vou escrever nada por vergonha kk diante de uma obra tão bem elucidada. Com certeza a forma de escrita do autor é como uma assinatura. Conheço poucos autores com tamanha característica.
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Esse é um dos poucos livros que eu amei todos os personagens, até os mais detestáveis merecem respeito pela complexidade e personalidade.
Este livro tem outra peculiaridade que só vi num livro O CAVALEIRO DOS SETE REINOS. O fatalismo. O autor não te dá qualquer esperança, eu acho incrível o leitor permanecer na leitura diante de tantos indícios de um final trágico, mas não dá pra morrer agora, se você desisitir agora é como um marinheiro do livro que padeceu pelos mais diversos males.
Outro fator maravilhoso é a surpresa. É aquele elemento que te faz reler o capítulo pra ter certeza que aquilo esta realmente acontecendo. Adoro livro que faz isso.
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O livro vai deixar muitos fatos no ar, mas não se preocupe. Junte tudo no potinho da sua memória pois certamente será útil.
E claro, por bem ou mal, eu bato palmas pela coragem do autor. Eu nao imaginaria um terço dos acontecimentos. Isso também é bom. O final, pode ter certeza. Você nunca acertaria por conta própria.
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O livro tem problemas. De boa. A parte técnica só vai ser interessante pra você se tiver curiosidade sobre como funciona um navio. Confesso que eu apanhei até com kindle pra me ajudar com o dicionário. Mas isso é um problema no começo, o autor não vai jogar na sua cara esse tipo de informação o tempo todo.
O livro vai ter uma fantasia, como você mesmo deve imaginar. Particularmente eu não curti. Outra coisa ruim é o excesso. Eu sei que to errado em achar isso um problema, mas você já viu o tamanho do livro? Tem coisa que ficou sem real utilidade, mas não ouso chamar de prolixo, pelo contrário. Mostra o quanto o autor ama escrever e o quanto pesquisou pra fazer o livro tão rico.
Leia. Esse livro é único. Voce não pode perder essa experiência.
isra 13/04/2020minha estante
que incríveeel!! amei a resenha, sério. muito obrigado, migo.


Caique.Nascimento 13/04/2020minha estante
Muito bom saber disso! É um prazer ajudar :D




Ryllder 19/12/2017

Excelente!!!
Tudo neste livro me agradou: a ambientação (muito gelo e neve),a construção de personagens e situações,a escrita.O trabalho de pesquisa do autor sobre a expedição Franklin foi primoroso, fazendo com que o leitor sinta a angústia de cada um dos envolvidos nessa trágica expedição. A ficção criada em cima da realidade torna a tensão das situações maior ainda, como se não bastasse a própria natureza massacrando os tripulantes,o autor acrescenta um terror soberano, cruel e incansável. Melhor leitura em anos.
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Nat 13/05/2020

Uma aventura extraordinária
Ler esse livro não foi uma leitura simples pra mim, foi como viajar numa expedição pra o ártico. É uma leitura lenta e por vezes recheada de fatos históricos reais e curiosidades que tornam a ambientação da história crível. Por causa desse livro, eu passei horas na internet buscando sobre os oficiais, as expedições e os legados que eles deixaram. Tem alguns vídeos no yt mostrando como os navios estão intactos até hoje no mar gelado e é assustador ver como ainda tem garrafas de vinho, documentos e pratos praticamente perfeitos nas mesas e prateleiras - apesar de ter se passado quase 200 anos desde o desaparecimento do navio. Apesar da leitura ser desafiadora, principalmente pra mim que nunca havia lido um livro repleto de termos de navegação, foi uma aventura extraordinária.
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Matheus.Dutra 08/11/2020

Livrão
Não existe palavra melhor para esse livro do que a palavra: provação.

É uma obra muito bem ambientada, densa e que te coloca junto com os marinheiros no gelo e no frio. Confesso que ele só não foi 5 estrelas pra mim em razão da parte mística e fantástica (principalmente nos últimos 10%) que não me cativou tanto quanto eu gostaria.

É um livro recomendadíssimo, leiam!!!
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Jose.Henrique 22/03/2021

Agoniante
O terror - Nota 4,5/5?

Você já se perguntou em como seria ter que optar por esperar pela morte ou ir de encontro à ela?

> Você irá descobrir as respostas.

Nesse livro as pessoas lutam, morrem, matam umas as outras, gritam para que os pedidos de socorro sejam ouvidos e se rastejam para não serem abandonadas.

O terror circunda sua história em fatos, relata sobre a expedição marítima em busca pela passagem Noroeste do HMS Erubus e HMS Terror. E sobre o mistérioso fato dos tripulantes de ambas as embarcações terem sido encontrados mortos e as embarcações desaparecido. Uma história fantasiosa de ótima qualidade para um fato curioso, porém comum naqueles tempos.

O Terror é um livro angustiante, que tira as esperanças de quem o lê e dos seus personagens. A tensão é frequente e as pequenas calmarias precedem mortes aterrorizantes e tristes. Dentre os inimigos de nossos tripulantes estão o inverno rigoroso, que os prende no gelo e os impossibilita de prosseguir com a expedição, a escassez de alimento, doenças típicas de viagens marítimas e uma criatura misteriosa que encontrou em nossos navegantes uma nova presa.

Super recomendo O terror, mas se você não está disposto a ler sobre a rotina de uma embarcação e sobre as atividades principais de um mestre de calafetes ou as atribuições de um mestre do gelo... Esse livro certamente não é para você.
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