Caatinga

Caatinga Hermann Huppen




Resenhas - Caatinga


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z..... 19/01/2018

Uma das melhores HQs sobre o cangaço, representando de forma sensacional e fidedigna os elementos comuns ao contexto.

O autor é belga e teve empatia com o tema a partir do premiado filme "O Cangaceiro", da década de 1950. Dá para perceber pesquisa cuidadosa na idealização. Começando pela arte, sedutoramente instigante em sua rusticidade dramática e visceral. O cenário dá a sensação inclemente de calor, poeira, suor, sede, fome, aridez, isolamento, e o homem é retratado de maneira extremamente expressiva em dor e impactos na interação com o meio (social e ambiental).
Algo que também curti no desenrolar artístico é que a obra dispensa narrador, reforçando a exuberância que se garante em deixar a história fluir na interpretação e descobertas do olhar atento do leitor. Em alguns momentos é explícita no retrato (como na página 11, onde os irmãos encontram a família chacinada, revelando-se o ocorrido em cada detalhe), e em outros é sutil (tipo a página 34, onde Clóvis Mendes mata Tatarana, algo que pode não ser notado em leitura afobada).

Em linhas gerais, é fiel à realidade do contexto. Tem o coronelismo em suas arbitrariedades, o sertanejo menos favorecido sofrendo a pressão dos poderosos, a caatinga fazendo-se notar em suas peculiaridades, a vingança despontando no código de valentia dos sertões, o cangaço em seu banditismo convidativo, as volantes em práticas arbitrárias, a religiosidade em peculiaridades e ardências inusitadas, enfim, a vida e a morte comuns no sertão cangaceiro. Nesse meio, os irmãos Diamantino e Manuel procuram vingança contra o coronel Aristarco, cruzando seus destinos com o bando do famigerado capitão Clóvis Mendes. Mais que isso é spoiler brabo...

Leitura paidégua demais!
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