O Cabeleira

O Cabeleira Franklin Távora




Resenhas - O Cabeleira


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Clio0 25/07/2022

O Cabeleira, apesar de ser uma obra do Romantismo, escapa para algo como um romance regionalista em que a ornamentação, a formação descritiva serve para chocar o leitor com a força dos momentos narrados. Não é para dizer que haja cenas explícitas ou vocabulário carregado, pelo contrário, a ideia é emocionar e chocar o leitor com a crueza da vida dos personagens e suas tragédias.

A crítica de Távora não poupa governo, religião ou mesmo a população. Tem-se a noção pela carência e ignorância que a marginalização dos personagens poderia ter sido evitada se aquela população pudesse ter tido alguma assistência.

Cabeleira não é o típico personagem principal, pois é o antagonista e suas crueldades - que afetam sua família e sua namorada - não são esquecidas ou perdoadas, independentemente de seu remorso.

É uma boa história que se tivesse recebido um pouco mais de desenvolvimento, poderia facilmente competir com outros clássicos brasileiros que retratam o período posterior ao retratado, o cangaço.
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maria 16/04/2022

amei, um perfeito equilíbrio entre ação e drama
chorei igual neném, mas recomendo muito.
vc vai amar e odiar o cabeleira ao mesmo tempo
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mari 12/11/2009

Nem tudo é o que parece....
Muito bom o livro, uma mistura de romance com tragédia (no final), mas a principal lição da história é que você não é totalmente culpado por seus crimes (?). O Cabeleira se tornou um criminoso cruel e impiedoso durante a trama, mas não porque tinha um mal coração, mas, porque foi induzido pelo pai, Joaquim, que desde pequeno deu um ferro ao filho e o ensinou a matar os pequenos animais. Sua mãe Joana era uma mulher bondosa e muito religiosa, sempre ensinava o filho a rezar e praticar o bem, Joaquim, não querendo que seu filho, José, ficasse que nem a mãe, fugiu com ele para "o Oco do Mundo", e desde então começam a praticar os mais terríveis crimes, junto com o cabra Teodósio, e se tornaram os criminosos mais conhecidos e temidos da região. Como todo bom romance o final é tragico e vem acompanhado de muitas mortes, o autor deixa bem claro que os julgamentos da sociedade nunca são totalmente justos. =)
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Carol 11/04/2021

Romance histórico
O Cabeleira é um livro baseado em trovas populares sobre um bandido que aterrorizou Pernambuco pelos anos de 1770 e ficou marcado pela sua crueldade. O livro traz bastante conteúdo histórico sobre a região falando sobre como eram as cidades, quem governava, os costumes da época e etc.
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Alessandro117 07/08/2021

Um retrato para o presente.
A princípio não consegui ter empatia, isso até o final do livro. Mas toda a história tem propósito para a mensagem que o autor quer transmitir para os leitores.
Enquanto os ricos matam pela riqueza, promovem guerras, batalhas e destruição, exploram, os mais pobres morrem em nome de uma guerra que não existe, em nome de uma ideologia podre.
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Geisa 28/01/2022

Literatura do Norte
Visionário, Franklin Távora opõe-se em posicionamento e estilo ao contemporâneo José de Alencar e lança em escrita uma literatura permeada na vida do Norte brasileiro.
Apesar de figurar entre os grandes nomes da literatura nacional, é precursor de grandiosos nomes do que viria ser a Literatura do Norte, como Ariano Suassuna, Rachel de Queiroz, dentre outros.
Ler Cabeleira é como mergulhar no sertão nordestino. Não há sertanejo que não se identifique!
Pela continuidade de uma literatura do Norte!
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Thaysss 21/01/2009

Um romance que me surpreendeu pela estrutura narrativa.



O autor coloca a questão da marginalidade e pena de morte para reflexão, algo polêmico que eu não esperava encontrar em um livro do período em que foi escrito.



Fora isso há as características "tradicionais" do romantismo brasileiro.

*************
Thays
Blog sobre leituras e escritos: http://literaturainformal.zip.net
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Akin 11/04/2023

Eu li em janeiro..
Uma das melhoras histórias que eu pude conhecer, ver a destruição e ao mesmo a redenção do homem. É um livro que fala de segunda chance, recomeço, reflexão e compreensão de nós mesmos.
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Giovana Varotti 19/02/2022

Fim impecável
Esse é um dos livros favoritos do meu pai e por esse motivo quando ele me deu de presente não consegui dizer não.
Assim como todo livro nacional antigo a linguagem é meio complicada e o autor faz questão de dar contextos históricos muito específicos (pelo menos pra mim) sobre Recife, Pernambuco, a era do engenho e confesso que fiquei meio ???
O livro é basicamente sobre o cangaço e tem muitaaa violência. Sério. Do nada tem gente morrendo aos montes por zero motivos. Consegui me apegar aos personagens, apesar de achar a Luisinha bem dramática, como se coisas ruins só acontecessem com ela.
Encerrando, não esperava pela mudança de vida do final e a reflexão do ator sobre AQUELE TIPO de punição foi lindo demais pra mim.
Gostei e achei bem válido para a época que foi escrito, mas para os dias atuais não é nada demais. Bom.
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Paty Av 11/10/2023

É um bom livro.
O autor traz no final uma mensagem de reflexiva sobre questões sociais. É um bom livro, fala de José Gomes, o cabeleira que foi criado para o mal, por seu pai Joaquim. No livro percebo característica da época, como Cabeleira ser um homem bom (algo do romantismo), mas corrompido pelo pai (típico naturalista) e é "mudado" por amor (romantismo de novo).
Emanuel127 16/10/2023minha estante
A doido, a mulher faz todo uma análise, que lindooo




Samillymiranda 05/07/2020

A história é boa, mas a narração cansativa.
Sinceramente? Esperava mais. Tive que ler pra fazer um trabalho, acho que toda leitura que não é feita por vontade própria às vezes se torna um pouco cansativa. Tive dificuldades no início por conta da linguagem arcaica, os personagens não ajudaram muito. Só comecei a achar bom na metade, mas não durou muito. O único ponto de vista que achei necessário foi o do "Cabeleira" e foi o único personagem que me interessou também. Tanto pela personalidade, quanto pelas tristes motivações a continuar fazendo o que fazia. O fim acaba compensando o sufoco que passei pra terminar a história, a crítica social é ótima. Mas ainda me perguntando qual foi a necessidade de colocar a carta do início e a do final...
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16/07/2020

Em Pernambuco, o Leão do Norte: os rastro de O Cabeleira
Tinha esquecido de resenhar esse livro, e pelo tempo acho que serei breve. Entrei nessa leitura para conhecer melhor o romantismo brasileiro, em especial, a prosa regionalista. O livro de Franklin Távora foi uma bela introdução para conhecer essa fase. Objetivo, curto e nordestino, ele apresenta de forma clara as características daquela época, por isso destaco seus dois pontos positivos mais fortes, abaixo.
O primeiro é como não só conhecemos o alter-ego de José Gomes e suas aventuras, mas sim também desbravamos o Recife. As paisagens são descritas de formas singulares para de fator fazer o leitor conhecer um pouco do nordeste brasileiro - apesar de isso fazer o livro pesa como documental, pelas excessivas descrições. Nota-se ainda, como ele é também representa um período de transição para o realismo, pois há um forte destaque para a realidade social da população recifense, e em especial, uma crítica social para o autoritarismo do governo.
E em segundo, a temática, que trata de um assunto que iria se popularizar muito em seguida: o cangaço, na figura de O Cabeleira, o primeiro cangaceiro brasileiro. Conhecer um pouco de sua vida, permite uma reflexão de como se iniciou seu comportamento (o capítulo destinado a sua criação é um dos pontos altos do livro), e faz traços humanos sobre ele: não sendo nem herói, nem vilão. A presença de Luisinha é forte no livro e coloca o anti-herói no dilema clássico do amor x dever.
No final, é uma literatura que vale mais a pena para conhecer um pouco sobre a história de Pernambuco e da realidade social e cultura da época, de um Brasil que ainda não era independete.
"Os tempos vingam-se, e se a humanidade algumas vezes, como as aves, rasteja e se enloda nos charcos da terra, purifica-se como elas, nas chuvas celestes, e eleva-se a regiões sereníssimas donde vê a grandeza do Onipotente nos milhões de mundos que povoam a imensidade; a sua sabedoria na harmonia que os prende; a sua bondade no sem-número de leis, assim físicas, como morais, que protegem os corpos e dignificam os espíritos."
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profuilma 20/07/2021

O livro, publicado em 1876, não é pura ficção, pois retrata a vida de José Gomes, cujo pai Joaquim Gomes levou ao mundo da crueldade e da criminalidade desde muito pequeno.
A história aconteceu nos anos de 1770, em Pernambuco e foi contada por meio das trovas populares para as outras gerações.
O bando de Cabeleira, junto com Joaquim e seu comparsa Teodósio saqueavam, torturavam e matavam a população pobre. Até que um dia resolveram atacar a Vila do Recife e o governo para não ficar desmoralizado decidiu prendê-los.
Nesse mesmo período, o Cabeleira reencontrou Luizinha que era sua amiga de infância e o amor fez florescer a bondade novamente em seu coração. Mas, como apagar as crueldades praticadas por Cabeleira ?
A população ficou confusa, pois o garoto que foi levado ao crime pelo próprio pai poderia ser considerado culpado?
E o amor entre Cabeleira e Luizinha conseguiria vencer?
Vale lembrar que é um romance da escola literária conhecida como ROMANTISMO.
" (...) o responsável de males semelhantes não será primeiro que todos a sociedade que não cumpre o dever de difundir a instrução, fonte da moral, e de organizar o trabalho, fonte da riqueza?"
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Tatianees 13/02/2021

Triste
O Cabeleira de Franklin Távola é um clássico da literatura nacional bem pouco conhecido.
Esse livro é baseado em fatos reais e conta a história de José Gomes, o Cabeleira. Um bandido precursor de Lampião, mais cruel e perigoso do que o famoso cangaceiro.
José poderia muito bem está no meu livro, Maus Meninos, pois sua vida mostra claramente o poder do ambiente sobre a indole de uma criança.
Quando está com a mãe, José é um menino bom. Na companhia do pai, um ladrão e assassino, José se torna cruel.
"Homem não chora. Homem faz chorar."
Quando tinha nove anos, José ganhou uma faca do pai e a ordem de usá-la em qualquer um que cruzasse seu caminho. Fosse homem ou mulher, criança ou adulto, negro ou branco.
A mãe do menino trocou a faca por um rosário, que ele passou a usar no pescoço. Quando o pai de José descobriu, pegou o menino e sumiu no mundo.
Na companhia do pai, José se tornou o Cabeleira, o bandido mais cruel e perigoso de todo o sertão. Até o dia em que ele reencontra Luisinha, seu amor de infância.
José havia jurado para a menina que um dia se casariam e a partir desse dia, ele não faria mal a mais ninguém.
Junto com Luisa, José passa a fugir da milicia que o está caçando. Sem dinheiro, sem comida e sem abrigo José tenta manter sua promessa de se tornar um homem bom.
A leitura desse livro pode ser um pouco difícil para quem não está acostumado com a linguagem de séculos passados, mas vale a pena. Além da carga histórica, o livro tem uma bonita história de amor e uma critica social bem forte.
"Minha mãe me deu
Contas para rezar;
Meu pai deu-me faca,
Para eu matar."
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