Teatro Completo

Teatro Completo Nikolai Gógol




Resenhas - Teatro completo


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Tata 26/01/2024

Achei que por ser um clássico da literatura russa fosse mais difícil de ler, mas não. As falas são bem fluídas. O primeiro texto, O inspetor geral, é genuinamente muito engraçado
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literar 05/06/2021

Grande obra de um grande autor. Este livro reúne as peças teatrais escritas por Gógol. Repleto de humor crítico o autor nos apresenta 4 peças incríveis e um desfecho ímpar para O inspetor Geral. Um livro muito bem escrito e de leitura especialmente fluida que é difícil largar. Simplesmente incrível.
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Pepo 15/04/2021

O riso em Gógol
Gógol é genial, criativo, cativante e engraçado. O riso em sua obra não é aquele zombeteiro, desrespeitoso, mas surge da própria natureza humana e lança luz sobre a faceta obscura do ser humano. Clareando o que há de mais bizarro e irrisório como forma de expurgo, trazendo à consciência a própria vilania, desmascarando o grotesco de si mesmo, botando a face torta diante do espelho. Gógol é necessário para aprendermos a rir de nós mesmos como forma de autoconhecimento.
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Luiza.Castro 23/06/2020

Um tour pela vida de Gógol
Em matéria de literatura esses russos não brincam em serviço. Gostei muito de três das 5 peças do livro, porém reconheço a riqueza das peças que eu gostei menos e o apêndice no final do livro, com a cronologia dos principais eventos da vida do autor, me ajudou a entender o quanto elas representam determinados momentos da vida do autor. Enfim, ri á beça, quero continuar lendo o autor e gostaria muito de assistir a uma montagem de uma de suas peças.
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PH 12/07/2018

O riso como denúncia
Acabo de terminar o Teatro Completo do Gógol. Anteriormente tinha lido alguns contos pequenos do autor, mas só hoje consegui ter uma compreensão maior da dimensão derrisória do seu estilo. "O inspetor geral" é de longe a melhor peça escrita do livro e curiosamente tem ressonâncias muito claras com o nosso Brasil. Na representação teatral uma cidade inteira envolvida em corrupção (juízes, prefeito, altos funcionários e comerciantes) tomam por engano um Zé Ninguém por inspetor geral que irá fiscalizar e denunciar cada recanto daquela localidade. A confusão faz com que o tal "inspetor" acabe por sua vez se aproveitando da situação e enganando a todos. Como era de se esperar a peça não foi bem recebida, principalmente por expor as fraturas do poder na Rússia. Desapontado Gógol certa vez acabou escrevendo sobre as críticas que estava sofrendo e o que ele sentia sobre o seu papel enquanto escritor: "Todo mundo está contra mim. [...] Acreditam os velhos e respeitáveis funcionários que não considero nada sagrado porque me atrevo a falar assim de pessoas em serviço ativo. [...] Agora eu sei o que é ser um autor cômico. À menor sombra de verdade todos se voltam contra ele."

Gógol nos ensina que nada é mais contestador que o riso.
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Cristiano.Vituri 21/06/2015

Para gostar de Teatro! Gogol coloca no papel toda sua capacidade de criar tramas cheias de realismo, sátira e corrupção com nada parecendo ser exagerado. Alias, demasiadamente humano, Gogol atinge o cerne do ser humano, e cria histórias com personagens reais que demonstram seus medos, desconfianças e descobertas. A principal peça é o Inspetor Geral conta a história de um prefeito e seus subordinados ( todos envolvidos com atos corruptos em suas funções) que temem a vinda de um suposto fiscal que poderá desmascará-los, a partir disso, suborno, falsidade e esperteza dão o tom para um final genial e magnifico.
Surpreendente também é o final da peça Os Jogadores: Nunca previsível Gogol, dá uma lição de enredo, direto ao assunto, seco e chocante a história retrata historicamente as nuances dos jogadores de cartas na Russia e suas possíveis trapaças...
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Felipe 16/03/2013

O teatro de Gógol é eloquente, fascinante e virulento como sua prosa. Teatro de acusação, espelho erguido contra o mundo, mostrando sua face podre e torta, que reverbera até os dias de hoje.

Em "O Inspetor Geral" temos uma galeria de personagens corruptos que desfilam suas tolices e maquinações torpes por todos os cantos da peça. Enganados por um algoz igualmente torpe, são levados ao paroxismo da estupidez, e tudo isso em uma peça de tons revolucionários. Em "Os Jogadores", Gógol volta ao tema da corrupção humana e inaugura um vertiginoso teatro-dentro-do-teatro que é capaz de entontecer o mais inteligente dos leitores - Ninguém é capaz de descobrir o desenlace diabólico da peça antes do último minuto(o meu queixo caído permanece no chão, diga-se de passagem). Na terceira e última das peças acabadas de Gógol, "O Casamento", a risada gogoliana ganha alturas inimagináveis ao armar uma verdadeira farsa contra as narrativas emocionais e com 'happy-end' que até hoje dão o tom para as produções televisivas e cinematográficas - nenhum hollywoodiano apaixonado escapa da virulência dessa peça e o final, absolutamente cômico, é um verdadeiro touché na cara do mais emparedado dos clichês (perdoem o trocadilho).

Finalmente, temos duas peças que são um caso a parte. Trata-se de experimentos cênicos que buscam, de uma forma ou de outra, comentarem a própria produção do autor. Sim, Gógol escreveu duas peças para dialogarem, criticarem e analisarem suas próprias produções teatrais. É mole?

Se o Marquês De Sade e o Sacher-Masoch copilaram o almanaque das perversões sexuais humanas, Nikolai Gógol é responsável pelo Mapa-Múndi das corrupções e vícios que invadem toda a burocracia e política, toda a sujeira dessas ratazanas que escapam dos esgotos e ganham as ruas ocupando cargos importantes no cenário governamental do mundo. É impossível ler estas peças e não sentir uma profunda tristeza por elas serem implacavelmente atuais.
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