Os demônios

Os demônios Fiódor Dostoiévski




Resenhas - Os Demônios


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Andrade 10/07/2017

NIILISMO,CAOS E SOCIALISMO..
“Os Demônios é um livro escrito por Dostoiévski em 1872. A obra foi motivada por um episódio verídico: o assassinato do estudante I. I Ivanov pelo grupo niilista liderado por S. G Nietcháiev em 1869.”
O enredo se passa em Petersburgo, no século XIX, onde o Niilismo era muito presente. Então o que é o niilismo? O niilismo é uma filosofia que acredita que a vida não tenha significado. Não é um livro que agrade a todos, pois no mundo de Dostoiésvki nos deparamos com o caos, onde muitos leitores não estão acostumados. Dostô também fala muito sobre o socialismo, então o que o socialismo trouxe? Destruiu as velhas forças e não introduziu novas.

Citações:
Para mim a felicidade não é vantajosa, porque logo me meto a perdoar todos os meus inimigos. (Página 622).
O homem é infeliz porque não sabe que é feliz. (Página 238).
Haverá toda a liberdade quando for indiferente viver ou não viver. (Página 120).
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Bruna 19/10/2017

Uma obra magnífica, após ler vários livros de Dostoiévski faltava esse romance psicológico escrito em 1872,que motivou o autor a escrever baseado em um fato verídico ocorrido na Rússia, ao qual um estudante metido em causas socialistas radicais,foi assassinado por discordar das ideias do grupo que ele integrava.

Stiepan Trofímovitch um intelectual respeitável,ex professor que nutria uma estranha amizade com uma viúva rica e influente na sociedade local, Varvara Peitrovna,essa não só o admirava por sua inteligência,mas também o sustentava,entre eles existia uma amizade longeva.
Nikolai Vsievolódovitch filho de Varvara, e Piotr Vierkhoviénski filho de Steipan Trofímovitch que estudavam fora,voltam a cidade,eles faziam parte de um grupo revolucionário niilista, e tinham um plano arquitetado,uma revolução social e política.Porém, tinham medo que um dos integrantes do grupo os denunciassem, e então tiveram a pérfida e cruel ideia de matá-lo,e assim fizeram.
A partir desse ponto todo o grupo se desestrutura, e vamos desvendando os personagens, sentindo a consciência cobrar cada um dos membros,seu medos e demônios sobem à tona.
No apêndice do livro,que só foi publicado após a morte do autor,por ser considerado muito realista pela editora ,fazendo que Dostoiévski na época reescrevesse o texto várias vezes, no intuito agradar a editora,mas não conseguiu que fosse aceito.
No apêndice vemos Nikolai Vsievolódovitch bastante perturbado, pela consciência, ele procura o bispo que vivia em um mosteiro e faz um catarse, confessando todos seus crimes inconfessáveis.
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Lismar 27/02/2018

Um livo de demonologia psicológico
Provavelmente o livro mais difícil que já li.
Não vou negar, encarar Os Demônios não foi fácil, pois possui muita informação, personagens, eventos, diálogos longuíssimos e complexos, apresentando filosofias e ideologias aos borbotões que suga bastante a energia do leitor.
É um livro em que Dostoievski não possui pressa alguma em desenvolver seu calhamaço, uma decisão que pode fazer que alguns leitores a achem bastante cansativo, pois são as passagens em que os personagens são apresentados, e ficamos sabendo de seus históricos, relacionamentos e modo de vida, ou seja, são passagens em que o autor põe as peças nos tabuleiro.
Mas são nesses momentos em que um gênio se sobressai, onde um autor limitado fracassa.
Ao longo desse desenvolvimento o russo fica inserindo elementos que vão aguçando o interesse do leitor, como a expectativa pela chegada de certos personagens.
Após essa fase o livro pega fogo, sempre tendo em vista o ritmo do autor: diálogos afiadíssimos e filosofias impactantes.
Contudo, como já disse anteriormente, não foi parada fácil. caso decida enfrentá-lo vá bastante descansado, relaxado e tranquilo. A sensação pós leitura é de que foste atropelado por um rolo compressor.
E sem falar nos debates contidos no produto. Dosto decide abordar temas espinhentos demais, como uma discussão entre dois niilistas sobre o suicidio. Cacete, pesado demais. Se fores sugestível ao tema, não aconselho a leitura, pois aqui o escritor atinge um local bastante perigoso: o psicológico. A maestria dele é tão impressionante que é capaz de tu leres isso, e pensar "ei, isso faz sentido". Completamente aterrador.
Apesar de ser a única obra de Dostoiévski com fins panfletários foi a que eu mais adorei. Sim, inclusive achei melhor que Crime e Castigo. Apesar deste ter me impactado bastante, mas não como em Os Demônios.
Mas voltando ao título em si, este é uma crítica ao Niilismo. Principal ideologia dos personagens integrantes de uma célula socialista que visam abalar os alicerces da Rússia através de ações terroristas e subversivas; e como ponto de partida decidem fazer uma experiência na cidade presente no livro. Nisso, seus integrantes recorrem a assassinatos, incêndios, divulgação de panfletos revolucionários e à corrupção e deterioração do modo de vida russa: a religião, família e cultura.
A edição da editora 34 é belíssima, em brochura, mas um pouco pesado, além de apresentar umas gravuras perturbadoras em seu interior. A tradução é muito boa, fazendo que a leitura flua bem, além de muitas notas de rodapé, com explicações e referências que Dostoievski baseou-se para criar seus folhetins.
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Leila 06/09/2020

Assustadoramente atual
Considerado como um romance panfletário, Os demônios, possivelmente, é a maior crítica política feita por Dostoiévski. Mas, vale ressaltar que a crítica em nada compromete a qualidade estética do texto, além da profundidade psicológica e filosófica tão presente nos romances do escritor russo.

Publicado em 1871, século XIX, Os demônios é uma reação de Dostoiévski ao assassinato de um estudante por divergências políticas e a decisão de se afastar do grupo revolucionário, ao qual era membro, e tinha por princípios o Chigaliovismo, um vislumbre do que viriam a ser o fanatismo e a violência dos regimes fascistas do século XX.

Numa época de intolerância, violência, conservadorismo e tentativa de cerceamento do conhecimento, Os demônios é um livro de assustadora atualidade.

?Ele propõe, como solução final do problema, dividir os homens em duas partes desiguais. Um décimo ganha liberdade de indivíduo e o direito ilimitado sobre os outros nove décimos. Estes devem perder a personalidade e transformar-se numa espécie de manada e, numa submissão ilimitada...
[...]
Cada um pertence a todos, e todos a cada um. Todos são escravos e iguais na escravidão... A primeira coisa que fazem é rebaixar o nível da educação, das ciências e dos talentos.? P. 392 - 407.
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Roberto 14/09/2019

Os Possessos
Li uma edição portuguesa dessa obra do grande Dostoiévski em ebook. Achei a tradução fraca, um pouco confusa e a edição mal cuidada.
No entanto, trata-se de um Dostoiévski na mais pura acepção que tal nome empresta a uma obra literária.
A maneira como ele mergulha na alma humana e na sociedade de seu tempo me impressiona profundamente.
Preciso reler um edição decente dessa obra.
Vou fazê-lo porque ela merece e eu mereço "me estatelar no chão" (como a skoober Lisa) novamente com essa história.
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Diego Rodrigues 19/02/2020

Obra atemporal
"Os Demônios" talvez seja o romance mais político de Dostoiévski. A obra foi inspirada em um fato ocorrido na Rússia do século XIX, mais precisamente no ano de 1869: o assassinato do estudante I. I. Ivanov pelas mãos do grupo niilista liderado por S. G. Nietcháiev. Esse acontecimento chocou e gerou reflexões tão profundas no autor que, mesmo estando envolvido na construção de outras obras, se sentiu obrigado a fazer uma pausa para escrever sobre o episódio.

Apesar de ser inspirado em um acontecimento real, Dostoiévski cria seus próprios personagens para representar as pessoas reais envolvidas e assim compor sua ficção baseada em fatos. Muito criticado na época de sua publicação, "Os Demônios" se tornou muito mais do que um registro político, mas também histórico, social, filosófico e religioso. Além de retratar muito bem o que era a Rússia na época em que foi escrito (temos aqui um amplo mergulho do cenário psicológico do povo russo) o livro também foi profético ao explicar os princípios do "Chigaliovismo", um vislumbre do que viriam a ser as ideias adotadas por Stálin e Hitler. Ainda na atualidade, "Os Demônios" serve como um alerta do que pode acontecer quando política e ignorância se fundem resultando no fanatismo e quando mentes pequenas tentam alcançar o poder pelo poder a qualquer custo.

Como é típico de Dostoiévski, o livro é denso e com uma grande gama de personagens. Foi uma leitura lenta porém não desprovida de prazer e de reflexões. O romance é um pouco truncado mas ao concluí-lo e perceber que aqui o principal personagem é o cenário político temos uma compreensão mais ampla da genialidade que o autor teve para construir essa obra atemporal. Com certeza fecho esse livro com a mente mais enriquecida e ciente de que os demônios da Rússia do século XIX infelizmente ainda assombram a nossa sociedade nos dias de hoje.

site: https://discolivro.blogspot.com/
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IgorPessoa 07/04/2020

Os Demônios
Livro sensacional. Ler Dostoiévski é sempre um mergulho na alma humana, e aqui temos personagens complexos que nos fazem enxergar o perigo do "nada". Vemos ali durante a história,personagens engajados numa causa comum, que de comum não tem nada, já que cada um tem uma visão dessa causa e que quanto mais distante do topo se está, menos se entende dessa causa, e menos ainda se sabe a respeito dela. Um dos casos mais curiosos pra mim, foi quando após a noite fatídica que desencadeia o fato desse livro, um dos personagens do livro Liputin, pergunta ao chefe dessa célula revolucionária se eles seriam os únicos Revolucionários em toda a Rússia, ou se haveriam mais espalhados pelo país, isso deixa óbvio a falta de informações que os membros da base tem em relação a toda essa Causa Comum, e o quão distante do "Uno" esses membros estão.
Dostoiévski é profético, como Paulo |Bezerra bem pontuou no posfácio desse livro. Foi além do mero grupelho revolucionário numa cidade interiorana da Rússia do Século XIX ,E viu os horrores que isso viria a ser no século XX com milhões de mortos pela ideologia revolucionária.
O livro vale a pena ser lido também pela história, mas principalmente por seus personagens bem trabalhados, pela queda da maioria, pela redenção de poucos e pelo sangue que o autor não nos poupa.
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Cassius 27/04/2020

Uma história densa e profunda
É sem dúvidas o melhor livro que eu já li. Cheio de dúvidas, de questões em aberto... Suspense e várias emoções giram em torno dessa grande obra. Uma grande investida contra as forças niilistas da época de Dostoievski
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Cadu 02/05/2020

Premonição: retrato realista dos dias atuais
Uma leitura de Dostoiévski nunca é fluida, clara e inocente: espere por uma trama repleta de informações nas entrelinhas, leitura densa proporcionada por personagens complexos, clima pesado e obscuro, trama intrincada que obriga a constantes interrupções, para fins de análise e reflexão na tentativa de compreender melhor, o que torna a leitura lenta e por vezes cansativa mas não menos prazerosa. Conhecer o contexto histórico e sócio-político, tanto do momento retratado na narrativa como da época em que foi escrito, auxilia o entendimento daquilo que o autor quis transmitir.
Após a ?Reforma Camponesa? de 1861 houve uma proliferação de grupos de esquerda (ditos revolucionários) na Rússia, principalmente nos anos 1860 e 70 e a atuação política desses grupos era foco constante da atenção de Dostoiévski.
Em novembro de 1869 o assassinato do jovem I.I. Ivanov, membro de um desses grupos, pelos próprios companheiros chama a atenção do autor e inspira a criação de ?Os Demônios?, que assume abertamente um tom panfletário e isso não é segredo. Inclusive o líder do grupo envolvido no assassinato real, o estudante S. G. Nietcháiev, inspira a construção do personagem Piotr Stiepánovitch. Porém, não obstante esse assunto que domina o rumo dos acontecimentos existe mais de uma trama no romance, centradas em vários personagens que de alguma forma acabam se cruzando em algum momento da história, como em outros livros do autor.
A edição da 34, traduzida diretamente do russo, traz um último capítulo (?Com Tíkhon?) cuja inclusão foi feita posteriormente pelo autor e terminantemente recusado pelo editor, acrescentado à obra de forma póstuma, constituindo ponto culminante (e perturbador) da narrativa e que foi responsável por elencar o personagem Nikolai Vsievolódovitch Stavróguin no hall dos meus personagens prediletos de Dostoiévski ao lado de Ivan Karamázov, Rodion Raskólnikov e Parfen Rogójin.
Por fim o posfácio do tradutor Paulo Bezerra (que na minha opinião deveria ser ao invés um prefácio) sintetiza com primor os principais pontos da narrativa e revela a assustadora atualidade da obra, tomada como ?romance-profecia?, e vale cada minuto da nossa atenção.
?Dostoiévski (...) mostra em *_Os Demônios_* como idéias grandiosas e generosas, uma vez manipuladas por indivíduos sem consciência cultural nem princípios éticos, podem se transformar na sua negação imediata, assim como a utopia da liberdade, igualdade e da felicidade do homem pode degenerar na sua negação, no horror, na morte, na destruição. Idéias grandiosas não podem ser geridas por mentes pequenas que não fazem senão amesquinhá-las (...) Sem valores elevados é incoerente professar ideais elevados?.
Isso atinge de forma cirúrgica os acontecimentos no campo sócio-politico-cultural que tem dominado as últimas décadas não só no Brasil como no mundo.
Mais atual, impossível!!
Leitura obrigatória!!
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Ste 10/06/2020

Em Os Demônios, Dostoiévski nos mostra uma narrativa madura e reflexiva. Com alguns personagens principais, o começo chega a ser confuso, mas logo os caminhos vão se ligando e nos mostrando um panorama maior do que estava acontecendo. Recomendo ler antes sobre a Rússia da época, vai ajudar muito a perceber o contexto histórico e entender alguns diálogos do livro.
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herbert.goncalves 21/06/2020

elegante e inteligente
"sua ideia é sórdida e imoral e exprime toda a insignificância da sua evolução. peço que não se dirija mais a mim."
virou minha frase de cabeceira, e vou usá-la para refutar pensamentos imbecis que sou obrigado a ouvir quase que diariamente. um livro necessário e obrigatório.

site: https://filmow.com/usuario/herbert_
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Julio.Argibay 09/07/2020

Pulsilanimidade
Os demônios, Dostoievsky. Vamos começar nossa resenha / histórico por Varvara. Ela uma personagem bem complexa, altiva, dominadora, inatingível. A senhora vive da renda de suas propriedades, é uma aristocrata. Além de bens, ela possui alguns amigos, dentre eles, destaca-se o Sr Stiepan. Ele é um antigo amor do passado, que nunca foi oficializado, como tal. Stiepan foi professor, muito inteligente e culto, apesar de fraco e dependente dela. Depois de uma temporada na Suiça, paga pela amiga, ele ficou ainda mais melancólico no decorrer do romance. Outra figura que orbita sob a influência de Varvara é Praskovia Ivanovna, amiga que mora em sua casa. A jovem Lizavieta Nikoláievna é uma protegida dela e é a possível pretendente de Nikolai, seu filho. Varvara escreve de vez em quando para ele, que raramente a vê, pois mora no exterior e a relação entre eles não eh das melhores. De uma hora para outra, Varvara propõe que Liza case com Stiepan. Motivo, não sabemos. Essa menina sempre teve uma boa educação a seu dispor, inclusive com o próprio Stiepan. A menina faz parte da família Drozdov. O amigo professor, tem um filho, Piotr Stiepánovitch Vierkhoviénski, esse não eh flor que se cheire (um dos demônios). A propriedade onde mora Stiepan pertence ao filho e foi herança de sua primeira esposa. Nikolai perde muito dinheiro no jogo. Esse filho tinha um certo envolvimento com os comunistas quando estava no exterior. Devido a alguns aspectos desse noivado. (O interessante aqui é que o narrador da estória é amigo de Nikolai). Stiepan conhece Mavrikii Nikoláievitch, amigo de Liza. Parece que Liza e Nicolai tiveram um relacionamento no estrangeiro. Chatov levou o narrador a casa do capitão Lebiadkin, que mora com uma irmã num quartinho, em péssimas condições, praticamente na miséria. Mudamos de cernário, a governadora da província: Yulia Mickhailovna chega a cidade. A mãe de Lizavieta, Praskóvia Ivánovna. é amiga de infância e tem uma rixa com Varvara, que não fica explicita. Neste momento, estamos numa reunião com praticamente todos as personagens na casa de Varvara e são discutidos diversos assuntos que afligem quase todos eles, nesse momento chega Nicolai na casa da matriarca. Piotr tenta explicar o mal entendido a Varvara, sobre um evento do passado entre Nicolai e uma jovem louca no estrangeiro. Nessa reunião na casa de Varvara ouve de tudo até uma agressão a seu filho. Após uma semana, há um clima ainda de mistério... será que realmente os acontecimentos foram devidamente explicados, ou há algo no ar? Em breve saberemos, espero. Temos uma conversa com alguns conhecidos de Nicolai: Kirilov, Liputin, Stravroguin e Chatov; eles estão aprontando algo e parece ser muito grave. Nessa reunião falaram sobre: ateísmo, felicidade, etc. Aqui temos uma informação importante, Nicolai confirma que já se casou com Mária, a louca, e eles discutem sobre a moralidade dessa relação e em que condições este fato ocorreu. Eles se associam secretamente e já tinham pensado nisso desde a viagem a Amárica e numa estadia na Europa a algum tempo atrás. Após a reunião, Nicolai conversa com Chatov e Lebiadkin na casa deles. Temos direito ainda a um duelo entre Nicolai e Artemi, o motivo: já esqueci; Acho que foi uma agressão sofrida por Nicolai patrocinada por Chatov. Uma parada para conhecermos o marido de Yulia, Von Lembk, o governador e saber como se caracteriza a relação de amizade entre ele. Yulia e Piotr. Varvara e Stiepan tem uma discursão sobre a relação deles. Yulia pede a Piotr para animar mais o governador. Piotr pede por Chatov, responsável por ser parte de uma conspiração, na forma de distribuição de panfletos revolucionários. Karmasinov chega a cidade e Piotr vai visitar. No grande dia da festa sonhada e organizada por Yulia, aconteceu diversos inconvenientes que a deixaram deprimida, na verdade, nada deu certo: confusão, incêndio, etc. Os revolucionário estavam envolvidos, será? Devido a seu histórico Chatov é dispensado. Kirillov é um personagem importante na conspiração de Piotr, tendo em vista a vontade desse último. Pois sim, existe uma conspiração a caminho. Conforme foi planejado, Kirillov vai amarrar todos os nós e por isso eles acham que tudo vai acabar bem. (Será?). Mudamos de ares, agora Stiepan sai pela estrada sem destino em consequência de tudo que houve na festa. Ele acaba chegando a um vilarejo, lá ele conhece uma moça, mas logo em seguida adoece e Varvara chega para socorrê-lo. A polícia continua investigando os crimes ocorridos na cidade. No final das contas um dos jovens: Liamchin acaba contando como tudo aconteceu as autoridades. Piotr está envolvido, também nos crimes, assim como os demais companheiros revolucionários, mais isso não é o pior. Outro teve um destino pior. Aqui termina esta grande obra e assim concluímos o último dos cinco grandes livros de Dostoievsky, dentre eles: Crime e castigo, O idiota, Os irmãos Karamasov, O adolescente e Os demônios. Pra completar, vamos botar na lista livros menores, mas não deixam de ser importantes: Notas do subsolo e Noites Brancas. Qual será o próximo? Vamos ver. Considerações gerais: o romance é cheio de reviravoltas, há muitos personagens, principalmente aqueles que fazem parte do grupo revolucionário e a criadagem. Numa análise mais introspectiva eu acho que esses romances me deixam meio perdido, devido a quantidade de personagens envolvidos na trama. Normal né? O autor explora de forma magistral a psique dos personagens, explorando cada um: suas angústias, traumas, sofrimentos, idiossincrasias. Nesses romances há uma obsessão pelo suicídio, nessa sociedade e a essa dualidade entre servos x aristocratas. Aqui também eh mostrada as convulsões sociais das classes confrontadas e a forma como essas ideias envolvem tanto a aristocracia quantos aos trabalhadores, recentemente livres da servidão. Um caldeirão social bem intrigante e ao mesmo tempo confuso. Uma sociedade em ebulição e em transformação.
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Vinícius 26/08/2020

Já no século XIX
Em meio ao turbilhão de ideias socialistas eles que dizem saber o que é melhor para todos, cometem assassinatos e provocam angústias em outros, nada diferente do que ocorre até nos dias de hoje. Tudo em prol da causa.
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