Resenhas -

Thiago Araujo 17/05/2021

Você sabe o que é ruína?
Na sinopse do livro já aparecia a palavra ?ruína?, mas prometo pra você que nem desconfiei que essa seria a tônica da narrativa.

Um futuro distópico, EUA em guerra de secessão, norte e sul se enfrentam. O norte poderoso e o sul guerrilheiro, um terreno fértil para a ruína.

Sarat passou sua infância e vida sultão convivendo com as mazelas dessa guerra, se envolveu até os dentes no conflito e buscou a vitória do Sul Vermelho usando todas as armas a sua mão.

O amor foi sendo arrancado de seu convívio e suas decisões foram sendo tomadas com essa ótica de vingança, não há mais esperança em saber quem é bom ou mal.

Da destruição a ruína o mundo a sua volta só vai ladeira abaixo. Sua força é seu único refúgio. Nada pode pará-la. Vilã ou heroína? Não dá pra saber. Só da pra saber que nada é tão forte como aparenta ser.

Gui 17/07/2021

O começo é terrivelmente chato e confuso, o autor apenas joga informações e não fecha nenhum parênteses. Porém, tudo começa a se encaixar na metade da obra, MUITO realista, jogando na nossa cara como a realidade é cruel (e sem poupar detalhes). Enquanto o livro trata da guerra, também temos a parte humana, sobre a união da família e como esse acaba sendo o refúgio do caos. Aprendi bastante com ele! Se você for ler, tenha paciência no início. O final é uma bomba, mas foi maravilhosa a leitura

Rodrigo Digão 03/05/2020

Uma história da perda da inocência, vc vai ver a transformação onde o meio influencia no indivíduo. Honesto, cruel. Vale a experiência.

Lucas Rey 01/11/2020

A guerra real.
Uma história de ficção sobre uma guerra em solo americano.

O livro é um soco no estômago a cada capítulo. Ao contrário da maioria das ficções sobre guerra, este não foca na ação. Nada de explosões, bombas ou tramoias. Aqui você vê a guerra de fato, como ela é, como ela pode afetar um indivíduo, uma família; e as consequências disso, pois indivíduos também influenciam guerras.

Personagens, história, relatos... Tudo nesta obra tem um porquê. Nada é colocado simplesmente para entreter, em algum momento você, leitor, terá que refletir sobre aquilo. Possui uma profundidade humana tremenda. E como diz um dos personagens: você pode concordar ou discordar dos motivos que faz uma pessoa entrar na guerra, mas jamais pode dizer que é mentira.

"Uma Guerra Americana" segue uma toada triste, melancólica e desesperançosa. Tem um final arrebatador que vai te fazer entrar numa ressaca literária por dias. Foi o segundo melhor livro lido por mim em 2020.

Cristina 31/07/2021

Todos lutam numa guerra americana.
O que dizer sobre uma história de ruína? Que livrão! Eu já adoraria ver uma série sobre ele, não é uma história tão fora da nossa realidade, e saber que tudo isso pode um dia acontecer, me dá um frio na espinha. Fim dos nossos recursos naturais, conflitos políticos, epidemias, o mar sugando tudo, nossa. Adorei a Sarat, personagem forte da porra. Indico muito a leitura.

Milena1285 02/03/2022

?
Comprei esse livro pela capa, sem saber absolutamente nada sobre ele (não leio sinopses). Achei interessante e intenso, pois aborda um assunto difícil que é a guerra.
A forma como retrata é bem íntima já que acompanhamos a vida da Sarat nesse período difícil que acaba durante a vida dela toda.
Infelizmente não foi a leitura que eu esperava pois achei meio arrastada e não consegui me conectar com os personagens. Demorei mais do que queria nesse livro (uns dois meses) mas ainda assim, não deixa de ser um bom livro com uma história interessante. Vale dar uma chance sim.

Lelouch_ph 12/08/2022

Processos importam, sejam eles benéficos ou não...
Quando conheci esse livro eu estava buscando qualquer Distopia de ficção científica para servir de inspiração e referência para a ficção que estou escrevendo, a ritmo de lesma, mas apesar da demora para terminar essa conseguiu ser sem dúvidas uma das obras que mais me impressionou por seu caráter prognóstico, sim exatamente o que você leu, quando utilizo a palavra prognóstico eu estou querendo dizer exatamente o sentido que esse adjetivo possui. O autor conseguiu ser extremamente preciso em usar sintomas, consequências e fatos da sociedade atual para construir um futuro, nem tão distante assim, que é totalmente factível em que ao contrário da situação atual em que o ocidente se vê como superior ao oriente e a África, estes dois formam dois impérios depois de todas as atrocidades sofridas por eles para que o ocidente, e quando digo ocidente me refiro aos E.U.A. e Europa, vivesse na melhor forma. Pois bem, nossa história é contada por um historiador que é parente de uma terrorista que cometeu um genocídio por vingança por tudo que foi tirado dela, por tudo que ela precisou passar, por todas as injustiças sofridas por ela e seu povo. O foco da história é em como a terrorista se tornou quem ela era e quem ela foi antes de se tornar essa pessoa, e além disso o que fez ela não desistir de seu objetivo. Não é uma obra leve mas ao mesmo tempo ela não pesa tanto quanto deveria para o leitor, a achei extremamente bem escrita com descrições que não são extensas e ao mesmo tempo possuem o suficiente para que você se situe no mesmo local que os personagens, os diálogos são bem fluidos e sinceramente são a melhor parte, eu senti pessoas ali realmente. A cada momento da vida da protagonista percebe-se que ela foi mais uma vítima daquela situação apesar de suas atrocidades cometidas e não estou passando pano, antes que alguém me acuse, só penso que foi interessante conhecer a fundo uma personagem assim. Quando ela é recrutada para se tornar uma arma viva é interessante que a primeira coisa que lhe é ensinada é quais as razões desta guerra e por quais razões ela deve persistir e cavar por uma mísera chance de vitória e vitória neste caso é atingir com força seus inimigos. Não há bom ou mal aqui, há interesses e dor, muita dor, além de ruína e miséria. O único autor que havia me feito sentir algo parecido havia sido Jack London em Tacão de Ferro, mas pelo visto existem muitos escritores de qualidade buscando evitar, entender ou prever o que nos aguarda pelas decisões atuais de nossos líderes.

Ivy 29/09/2021

Uma guerra americana
Quando comecei a ler esse livro comecei a ficar assustada de como os acontecimentos literários tinham a ver com o que está acontecendo atualmente? em parte pelo menos, um vírus destruidor lançado por um império ?oriental? para destruir o império dominante: o americano?
E conforme outras coisas foram acontecendo, o horror ía crescendo porque tudo parecia extremamente plausível, com chances de acontecer na vida real? E um romance distópico desse tipo assusta mais que qualquer um outro que a primeira vista pode parecer cruel mas, totalmente irreal?
Uma ótima leitura, porém, difícil de digerir em algumas partes, tudo muito cru e orgânico, acredito esse ser o maior trunfo do livro, recomendo

Safira 06/06/2021

Uma guerra americana
"Quando eu era pequena, morava com meus pais e meu irmão e minha irmã em uma casinha junto do mar do Mississipi. Eu era feliz."

Extremamente bem pensado, bem escrito e real. É difícil terminar este livro e lembrar que é uma ficção( muito provável de virar realidade). Como comentou o jornal The Independent: Sem dúvida, uma guerra americana deve ser lido como um alerta.

Não dei mais estrelas pois até um pouco depois da metade do livro, a leitura foi cansativa, pela quantidade de informações e detalhes. No entanto isto não tira a grande importância dele, recomendo a todos que vivem neste século.

JL Marcal 08/05/2021

Um relato cruel, ainda que fictício, dos horrores da guerra
Esse livro foi um achado e tanto que eu fiz numa livraria que gosto muito. Trata do tema da guerra de um modo muito bem elaborada e, com certeza, recomendo muito a sua leitura!!!!!

Acervo do Leitor 14/03/2018

Uma Guerra Americana de Omar El Akkad | Resenha | Acervo do Leitor
Algumas coisas são momentâneas e transitórias. Proporcionam certas emoções efêmeras e nada mais. Já alguns acontecimentos deixam marcas permanentes. Possuem a capacidade de mexer com seus sentimentos ou pensamentos mudando a forma como você observa e avalia a vida. Mais raro ainda quando um livro é o gerador disso tudo. Esse é o caso desta distopia que apresenta o começo, meio e fim da Segunda Guerra de Secessão Americana. Mas esta obra não é sobre os Estados Unidos, balas, batalhas e mortes, sim sobre vida e o que nos torna quem somos.

“Você luta na guerra com armas, você luta na paz com histórias.”

Petróleo. Quantas vidas já foram derramadas por este combustível fóssil? Parece que o “ouro negro” promovido pela terra é gerado pelo absorção do sangue derramado em seu nome. Sempre foi assim e sempre será. Não há apenas a destruição de vidas através de guerras, mas do meio ambiente. Sucessivas catástrofes ambientais fizeram a América dizer não a sua exploração… ou uma parte da nação. O Sul se recusou a encerrar sua exploração, e os EUA se dividiu novamente. O poderoso Norte “Azul” impondo a proibição, e o diminuto Sul “Vermelho” que se recusa a deixar a exploração e abaixar a sua cabeça. No meio de uma nação fragmentada ninguém está imune ou impune. Tiros podem ser direcionados, mas fragmentos se espalham por todos. E poucas famílias conheceram tamanha dor quanto os Chestnut.

“Olhou os corpos. A maioria estava caída para frente ou de lado, dando as costas para ela. Mas os que ela conseguia ver tinham rostos grotescos, irreconhecíveis, rachados na testa, contorcidos em agonia muda.”

Era uma vez os Chestnut, uma família negra e humilde de Louisiana no Sul dos EUA. Composta por Sarat, sua irmã gêmea, seu irmão mais velho e seus pais eles levam uma vida pobre mas feliz a beira do rio Mississippi. Porem a escassez fez seu pai se arriscar subindo ao Norte em busca de emprego. Acabou encontrando a morte através de um atentado terrorista promovido por Sulistas rebeldes. Sarat ainda cedo viu sua família se despedaçar e foi morar em um campo de refugiados de americanos na própria América. Lá encontrou miséria nunca antes imaginada e ódio. Ódio pela sua história e por “nortistas” que nunca conheceu. Uma raiva que rapidamente foi canalizada quando ela foi aliciada por um senhor, contando com a ajuda de um representante de um recém erguido Império Árabe renascido após sucessivas “primaveras”, que via na destemida jovem rebelde a arma perfeita para mudar os rumos da guerra. Uma jovem pobre, negra, homossexual que irá mudar para sempre a face da nação mais poderosa do Globo.

“Depois que ela morreu, em vez de enterrar ela no chão, eu a enterrei no rio.
– Por quê? – eu perguntei.
– Eu queria que ela não parasse nunca.”

SENTENÇA

Essa obra escrita pelo egípcio Omar El Akkad é uma obra-prima. Omar que é repórter e cobriu a guerras do Afeganistão, julgamentos de Guantánamo e alguns movimentos de direitos dos negros nos EUA traz um “insight” descomunal do que é uma guerra e seus desdobramentos. Criando um mundo distópico, mas extremamente verossímil, ele usa a vida da jovem Sarat Chestnut para ilustrar como somos produto do meio em que vivemos, e que o ódio é muito mais fácil de ser perpetuado do que qualquer sentimento. Livro extremamente violento e perturbador, não apenas por apresentar uma história de vida tão triste e miserável, mas porque nos faz questionar se faríamos diferente no lugar da mesma (protagonista). O livro serve como um espelho, mas provavelmente não gostaremos de ver seu reflexo.

site: http://acervodoleitor.com.br/uma-guerra-americana-resenha/

Eduardo 31/03/2024

Você conhece seu papel social?
Você sabe o impacto de uma ação sua?
Sabe o impacto de uma inação sua?
Você se conhece?
Conhece seu povo? Suas origens?

Em meio a uma guerra pela defesa da condenação do uso de combustíveis fósseis, Omar nos expõe aos enxertos da maldade humana, envolvida numa trama de uma família marcada, por gerações, pelos impactos de conflitos entre norte e sul do mesmo país.

Até que ponto podemos ser solidários? Até que ponto vale a pena lutar? Qual o preço? Aqui aprendemos sobre lugar de fala, sobre a necessidade de vermos outras nações como seres humanos, independentemente de cenário político e convicções religiosas.

A trama vivida pela família nada mais é do que a realidade vivida pela nações que vivem guerreando, somos colocados dentro das residências humildes, onde se alimentam com enlatados de restos de guerreiros.

No fim, vale a máxima de que, quem realmente perde é quem se vai, lutando por quem não conhece, pelo que acha que sabe, a mando de quem nunca viu.

Não dá pra descrever os sentimentos despertados por essa magnífica obra. Não conhecia o autor, sem dúvida não será a sua primeira e última obras no meu portfólio.

mcaroltheiss 29/04/2021

Livro bom, história de guerra e ruína. O início é um pouco arrastado, mas depois flui bem melhor.

Larissa.Melo 29/04/2020

Depois de 100 páginas fica ótimo
Primeiramente, quando iniciei a leitura, achei chato, é sem graça até a página 100. Então eu tiraria facilmente 100 páginas desse livro, a história ficou muito enrolada e só conseguiu me prender um tempinho depois, o final é excelente, e não é o clichê que eu estava esperando, um bom desenvolvimento, o pavor da guerra, as escolhas, as denúncias feitas, tudo isso é de extrema importância, Sarat é uma menina e da pra acompanhar seu desenvolvimento, ruína e vitória. Um ser humano forçado a viver no limite. Enfim, vale a pena a leitura.

Marcio440 14/07/2022

Ótima idéia, péssima execução
Leitura arrastada e cansativa. Tema é muito bom, mas mal desenvolvido. Personagens estranhos e não envolventes. No final quando a gente pensa que vai, não vai. Mas a ideia é muita boa.