Doce Veneno

Doce Veneno Victoria Gordon



Resenhas - Doce Veneno


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Cris Paiva 06/08/2012

Eu adoro os florzinhas e os livrinhos mais antigos, mas muitas meninas torcem o nariz pra eles, e ficam abismadas com as “ogrices” cometidas pelos mocinhos, e tacam pedras nas pobres mocinhas. Nada contra a opinião alheia, mas o que a gente tem de ter em mente quando pega um florzinha para ler, é que esses livros foram escritos no século passado, na década de 70 e inicio dos anos 80, onde as pessoas tinham uma outra forma de pensar e que a mulher estava começando a se firmar no mercado de trabalho, e que o machismo, tanto masculino quanto o feminino, ainda eram muito forte na mentalidade das pessoas. Não era comum ver uma mulher em um cargo de chefia, e quando isso acontecia ela tinha de lidar com uma carga negativa muito grande, e não era bem vista por ninguém! O senso comum era que a mulher até podia trabalhar, mas somente até se casar, e depois disso tinha de abandonar o trabalho e se dedicar à família e filhos. E é difícil para quem não nasceu naquela época entender esses conceitos, e aceitar que isso acontecia, e que ainda ocorre.

A mocinha, por conta de uma máquina de escrever com defeito, tem o nome mudado de Justine, para Justin, e, sendo confundida com um homem é chamada para uma entrevista de emprego como chefe de cozinha. O futuro patrão e dono do restaurante, fica possesso e se sente enganado quando vê que ela é mulher, e tem uma atitude extremamente machista e se recusa e empregá-la. A mocinha, que não engole desaforos, responde a altura e o manda enfiar o seu precioso emprego naquele lugar, afinal ela é uma profissional gabaritada e não precisa ficar ouvindo desaforos. Depois disso, ele repensa a sua atitude e a emprega, mas exige um período de experiência de um mês. Ela aceita e os dois meio que se entendem... quer dizer, se entendem daquele jeito, ele se achando o último waffer do pacote, e ela dando uma de histérica e tendo ataques nervosos a cada provocação do bonitinho.

Gentem, eu fico abismada de ver como essas mulheres são nervosinhas! A pessoa não pode falar nada que ela já sobe nas tamancas e dá um pití! Será que ela ainda não aprendeu que um olhar de desprezo funciona muito melhor com essa raça abjeta que é o sexo masculino? Ela consegue lidar muito bem com os funcionários, inclusive com os masculinos, faz um ótimo trabalho no restaurante, mas em se tratando do patrão ela perde as estribeiras, aliás, ele também, o que deixou o livro um pouco cansativo com tantas briguinhas sem sentido. É claro que o livro tem de ter conflito, senão não tem historia, mas tudo o que é demais cansa, e outras partes podiam ter sido melhor exploradas, mas no geral até que o livro foi bom.

Outra coisa; eu adoro pegar esses livrinhos antigos e ficar comparando com as modernidades dos dias de hoje. Tem uma ceninha no livro, em que a mocinha está voltando para casa e o carro tem um problema e ela fica na beira da estrada, sem poder avisar ninguém, e eu logo pensei: “por que ela não usa o celular?”. Pois é, só que não tinha celular nessa época (inicio dos anos 80, dããã)!!! Ela não pode avisar o mocinho e ele já foi pensando que ela era uma puta devassa e que estava na cama com outro! Olha só a mentalidade do ogro! Kkkkkk
Ana Lidia 07/08/2012minha estante
Eu entendo que canse esta coisa de as mocinhas serem tão maltratadas pelos mocinhos e ficarem quietas... mas o que nós temos de livros "modernos" onde as mocinhas aceitam coisas escabrosas não é pouco. Umas dão uns chiliques mas continuam se submetendo... então vendo por este lado, acho que acaba não tendo diferença! O que me cansa nos florzinhas é que geralmente o cara humilha até a pg 123 e na 124 diz que ama e acabou o livro. Li poucos que não foram assim!


Cristine 13/08/2012minha estante
nos florzinhas até passa..o duro é ver esse mesmo comportamento nos livros modernos...já li cada um viu, que da vontade de socar as criaturas na parede para ver se arrumam um pouco de amor próprio!!




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