DaniMassao 30/03/2024
O poeta em sua faceta cotidiana.
Costuma-se pensar que o poeta é alguém muito diferente da gente. Tanto pelo fato de ser hermético em seu texto, ou por ser piegas em demasia. Porém, o ser poeta nada mais é que um cidadã(o), o qual escreve algumas coisas.
Neste livro, isso se demonstra da forma clarríssima, ao passo que acompanhamos os relatos(quase íntimos) do grandioso poeta Carlos Drummond de Andrade(CDA) em relação aos amigos e familiares.
Ao longo do livro, percebemos não o poeta CDA, mas o senhor Carlos, com seus respectivos problemas, pensamentos, intercorrências no cotidiano e seu sentimento em relação a perda( tópico central do livro). Idas e vindas para visitar camardas doentes, dificuldades na locomoção para as visitas e inúmeras burocracias presente no fim da vida, são exploradas com uma visão simples e ao mesmo tempo muito detalhada do cotidiano.
Empermeada em textos quase crônisticos, o cidadão Carlos passa por sua vida e sentimentos em relação a efemeridade da vida de forma sutil, no qual nos evoca sentimentos de melancolia, risos e até mesmo saudade( mesmo que não haja tal justificativa).
De toda forma, o livro é uma obra agradável e de fácil assimilação. Observar que a poética, nada mais é que um reflexo do nosso viver é algo interessante. Contudo, não é uma leitura para todos. Caso esteja procurando os signicados para a poesia do Poeta, ou respostas para a arte poética de CDA, este livro definitivamente não é para você. Mas caso queira aprofundar nas relações do cidadão Senhor Drummond é muito válido e recomendada a leitura.