Planeta Brutal

Planeta Brutal Raphael Miguel
Rafael Danesin




Resenhas - Planeta Brutal


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Ritchelly - @garotagirassol_ 01/02/2020

#resenhadagirassol - Planeta Brutal
O Primeiro Dia foi um dia histórico. Tudo o que existia antes dele fora dizimado, deixando apenas desertos e uma população drasticamente reduzida.

Com as novas condições do ambiente e o aquecimento global, os sobreviventes precisaram se adaptar, alguns optaram pelo isolamento, outros por se unir e viver em comunidades pequenas e outros resolveram se apegar ao sentimento mais primitivo dentro do ser humano e destruir tudo que encontrarem pela frente.

Uma nova realidade, cruel, visceral...Um Planeta Brutal.

Em meio ao caos, uma mulher ainda encontra forças para seguir em frente e proteger seu pequeno filho. Eles buscam um lugar onde possam sobreviver por mais um dia, mas o perigo está a espera em cada canto, e qualquer decisão errada, pode ser fatal.

Eu amo distopias, e essa em especial estava bem interessada em ler. Li “Planeta Brutal” para o Projeto Lendo Nacionais, para o desafio do mês de Maio “Um livro com uma protagonista forte”.

Eu já sabia que neste livro iriamos ter uma protagonista forte, dona de si e do seu destino, que luta com unhas e dentes para viver (literalmente). Porém, essa não foi uma leitura que me agradou.

Eu tenho uma dificuldade enorme em ler enredos que mostram tantos lados negativos, aqui temos um ambiente hostil, personagens controversos e com motivações primitivas sem qualquer motivo em especial.

A protagonista, apesar de ter uma motivação para fazer o que faz no começo, chega um certo ponto que é possível perceber que ela perdeu o proposito e está fazendo por puro ego.

A narrativa também foi um problema durante a minha leitura, pois existem muitas repetições dos mesmos fatos e falas parecidas durante todo o livro. Isso tornou a leitura um pouco cansativa.

Porém, a ideia central, de trabalhar o extinto de sobrevivência, e como cada ser humano age em adversidades extremas, foi atingida. Outro ponto positivo são os personagens e suas características, apensar de no começo o autor omitir alguns nomes, é impossível confundir de quem ele está falando durante a narrativa.

O autor não deixou pontas soltar, e apesar de os capítulos se alternarem entre os personagens e situações, o autor conseguiu conectar tudo e dar um desfecho bacana para o livro.

O livro também conta com final alternativo, somando dois finais, o que achei bem interessante. A diferença entre eles é a perspectiva e eu achei bem bacana essa preocupação em fechar as pontas soltas.

É uma leitura que advirto: você vai encontrar muita violência, mas se isso não te incomodar, pode ser uma distopia bem interessante para ler.

site: https://www.instagram.com/garotagirassol_/
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Daniel.Martins 01/08/2019

Resenha do blog Desinformadoss
Planeta Brutal (uma singela homenagem ao grande Alice Cooper) é a típica distopia de fim de mundo. Um evento chamado na história de "primeiro dia" onde uma espécie de cataclismo bíblico destrói o mundo como o conhecemos deixando apenas alguns sobreviventes para disputarem as migalhas é o estopim para a obra.

Não fica muito claro o que aconteceu, mas isso não incomoda, já que o livro é narrado em primeira pessoa e os personagens não sabem realmente explicar o primeiro dia. Há somente alguns comentários dando a entender que o aquecimento global tem algo a ver com o fim do mundo.

CONFUSÃO E REPETIÇÕES: Como já dito, o livro é narrado em primeira pessoa, mas não apenas pela personagem principal, Kaiara.
Ao invés disso, o livro alterna o narrador a cada capítulo e principalmente no começo da obra é um pouco difícil entender quem está falando, principalmente quando aquela é a primeira vez que um personagem aparece. Isso acontece até a metade do livro, muitas vezes de forma meio brusca.
Talvez se o autor colocasse quem está narrando no começo do capítulo ficasse mais fácil de compreender.

Outra característica gerada por essa narração alternada é a repetição das cenas. Muitas vezes temos a mesma cena narrada por mais de um personagem, o que ajudaria a enxergar a perspectiva diferente de cada pessoa sobre um mesmo evento, entretanto, em certas horas o recurso fica um pouco exagerado e acabamos tendo um certo "mais do mesmo"
As repetições também acontecem em palavras específicas. O autor usou demais palavras como "brutal" e "danação" e acabou desgastando aquilo que deveria ter tido destaque.

VISCERAL: Planeta Brutal é um livro violento. Mais de metade do conteúdo é a descrição de lutas entre os personagens, a maioria delas envolvendo a perda de membros, quebra de ossos, tripas no chão e muito, muito sangue derramado. Em alguns momentos você se sente em uma sessão de RPG devido aos turnos de cada combatente na luta.

O autor não poupa nem velhos, nem crianças da carnificina, entretanto, resolveu manter a violência apenas nos combates. As cenas de tortura não são descritas tão detalhadamente e não há descrição de violência sexual, apenas a menção de que podem acontecer.

Se você é sensível a cenas violentas, este livro não é para você.

GEORGE R.R. MARTIN?: Outro detalhe importante de planeta brutal é que você não deve se apegar a nenhum personagem. A qualquer momento eles podem ser mortos e nenhum deles se comportará como herói, o que condiz perfeitamente com a ideia de um mundo onde a sobrevivência é a maior necessidade. Um dos pontos positivos da obra.

PERSONAGENS: Como eu disse acima, não dá para se apegar muito aos personagens, já que eles morrem o tempo todo ou não são exatamente heróis, entretanto a narração em primeira pessoa não consegue dar tempo suficiente a nenhum deles, nem mesmo à protagonista para que haja essa empatia toda. Não são personagens ruins, mas poderiam ter sido melhor trabalhados.

VÍRGULAS E ERROS INACEITÁVEIS: Planeta Brutal é um livro que tem um ritmo de leitura bastante rápido, e isso nos faria virar as páginas rapidamente não fosse um problema irritante: as vírgulas.
Elas estão em todo lugar, inclusive em lugares aonde não deveriam estar, mostrando que, ou o livro não foi revisado, ou o revisor precisa estudar urgentemente o uso das vírgulas.
Além delas, o livro ainda está cheio de errinhos de digitação como palavras juntas e erros ortográficos.
A literatura nacional continua a fazer livros com capas belas e diagramação de primeira, mas com revisões precárias. Uma pena.

CONCLUSÃO: Planeta Brutal traz uma proposta interessante e uma história redondinha. O final é coerente e satisfatório, mas se você não gostar há ainda um final alternativo.
A narração um pouco confusa e a revisão ruim estragam um pouco o prazer de ler, mas ainda assim é um bom livro, mas que irá agradar somente a um tipo específico de leitor que gosta ou não se importa de ler obras mais violentas e viscerais.


site: https://desinformadoss.blogspot.com/
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Aline.Brasil 24/07/2019

Brutal
Final impactante, Kaiara surpreendeu, como as pessoas se transformam, mudam ante ao caos e violência.
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Amanda | @mandalivros_ 28/02/2019

Repetições sem fim
No começo achei que o livro parecia ter uma premissa interessante, estava empolgada pela leitura mas no fim o autor não soube desenvolver, não gosto e não tenho o costume de abandonar uma leitura mas se não estivesse lendo em leitura conjunta (#BuddyreadDLX) provavelmente teria abandonado.
O livro se passa em um cenário pós-apocalíptico em que percebemos várias mudanças no planeta e nos próprios seres que permanecem vivos, alguns habitantes apresentaram mudanças genéticas após o chamado primeiro dia, mudanças essas que permitem que se adaptem melhor a esse ambiente "hostil" e "brutal" cheio de "danação", nesse cenário acompanhamos a jornada de uma mulher tentando sobreviver e proteger seu filho.
No fim o livro não passa disso, a história não evolui muito, além disso temos apenas um monte de lutas e pouco desenvolvimento de trama. Aos personagens também falta desenvolvimento não consegui me apegar a nenhum deles.
Há uma preocupação em explicar fatos que não precisam ser explicados ao mesmo tempo que deixa de fora explicações que deveriam ser feitas e um dos únicos pontos positivos é que a leitura é bem fluída.
O autor faz uso repetitivo de palavras como brutal, hostil e danação e quando eu digo repetitivo e de forma bem exagerada mesmo, além de repetir informações sobre as quais o leitor já tem conhecimento, tantas repetições que o livro poderia ter facilmente umas 100 páginas a menos.
Mas um dos piores erros do autor foi optar por escrever um personagem que não lembra de nada do seu passado, mas lembra de ser misógino e racista.
Por último, o livro foi mal revisado o que em alguns momentos até chega a incomodar.
Paula 28/02/2019minha estante
Perfeita essa resenha!


Amanda | @mandalivros_ 28/02/2019minha estante
Hahaha obrigada




spoiler visualizar
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Raquel.Euphrasio 20/02/2019

Segunda leitura do Projeto #BuddyReadDLX12de12 e mais uma experiencia incrível ou deveríamos dizer Brutal? rs. Muitas teorias, muitas questões levantadas... muitas piadas internas dessa vez! Como eu amo esse projeto.
Agora falando da leitura: Brutal é a palavra que eu procuro. rs
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Franciele.Borges 19/02/2019

Idéia original porém mal trabalhada.
Primeira leitura do projeto #BuddyRealDLX12x12.
A ideia até foi boa, porém os personagens são mal construídos e sempre da sensação que falta algo. Muitas partes sem explicação. Parece que a editora perdeu algumas partes do livro.
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Ana Mc Bairros 12/02/2019

Eu li - Planeta Brutal
O Brasil que conhecemos foi completamente dizimado. O aquecimento global exterminou praticamente toda a população, e os seres que sobreviveram tiveram retroceder em anos de tecnologias e descobertas científicas, e se adaptar às novas condições.

Para tentar sobreviver, algumas pessoas passaram a criar clãs, onde mantinham a ordem e encontravam recursos para dividir com os demais. Porém, outra parte da população acabou sofrendo mutações, e com isso, também perderam sua humanidade, trazendo grandes problemas àqueles que tentavam se reerguer.

Um exemplo disso foi o Distrito da Risca Paranaguá, que parecia um lugar seguro e aos poucos progredia, pois o seu líder, Rifer, guiava a todos de forma justa e firme. Mas o Bando da Discórdia de Haaz, a gangue mais temida dos dias atuais, destruiu a pouca fé que lhes restava, retirando suas vidas e eliminando tudo o que viam pela frente.

Os únicos sobreviventes do genocídio, uma mulher e seu filho pequeno, tiveram que fugir pelo imenso deserto em busca de abrigo. Nessa luta pela vida, ela encontrará muitos obstáculos, e, ao mesmo tempo, imagina como fará para se vingar de Haaz.

É de tirar o fôlego!

Há muita adrenalina, ação, disputas... Não sabemos em quem confiar ou acreditar.

Nos vemos totalmente invadidos pela história de Kaiara, uma mulher forte e determinada, que consegue se safar da mais terríveis armadilhas que o destino lhe prega.

E como esquecer Judah, o arenoso que amamos odiar? Que aparece só para atrapalhar os planos da heroína, mas que se une a ela com intuito de eliminar o inimigo maior.

Em uma linguagem prática, fluída, e nada convencional, Raphael Miguel mais uma vez conseguiu me envolver profundamente na história.

O planeta de fato se tornou algo brutal e cruel, então o autor não poupou complicações terríveis para os seus personagens. E como é narrado por vários deles, é possível ter uma visão mais ampla da trama. Não tive nenhuma dificuldade para saber quem era o narrador em cada capítulo, pois cada um possuía uma forma diferente de se expressar.

E quanto à parte física, está toda maravilhosa! A capa condiz totalmente com a história, o tamanho das letras e as folhas amareladas são confortáveis aos olhos, e encontrei poucos erros de revisão. E as ilustrações do Rafael Danesin são lindas demais, gente... Impressionante como ele conseguiu detectar perfeitamente o perfil dos personagens.

Além disso, o livro possui dois finais. Isso mesmo! Há um final padrão, mas há também um final alternativo. Se você não curtir o primeiro, poderá conhecer e se identificar mais com o segundo :)

É uma distopia marcante. Recomendo imensamente!

site: http://www.vicioseliteratura.com.br/2018/01/eu-li-planeta-brutal.html
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Morgana Brunner 08/01/2019

Planeta Brutal - Raphael Miguel
Oii gente, tudo bem?
Hoje é dia de trazer a resenha do lançamento do querido parceiro Raphael Miguel, confesso que fiquei criando muitas expectativas diante de tantos comentários positivos e fiquei bem doida com toda a leitura, não me decepcionei e isso foi fascinante! Fazia tempo que eu não lia algo assim e que ao mesmo tempo me desse uma ressaca literária dolorida e ao mesmo tempo gostosa.





Antes de tudo...
Querido Raphael Miguel, autor parceiro.
Quero que saiba que por entre essa resenha e a leitura de seu livro, me senti motivada a ler esse gênero que diversas vezes tentei fugir por não me agradar de outros livros e assuntos propostos. Este, no qual li, conseguiu me desvencilhar desse trauma e me viciar em livros assim, por isso lhe agradeço, você conseguiu me trazer de volta ao mundo da distopia.

O mundo definitivamente é cruel para todos, aqueles que não fazem pecados e os que fazem, sofrem da mesma maneira, não importa onde estamos, o Planeta Brutal, o caos vai nos pegar e nos ir a loucura e foi assim com esse mundo que apresento a vocês.

“Não sei explicar com detalhes o que aconteceu, tudo que posso relatar é o que presenciei naquele momento, que ficou e ficará gravado, para sempre, em minha memória.” Pág. 18

Eles estavam ali e o dia chegaria, mas por outro lado, ninguém acreditava porque sempre falavam que isso era mito, que diante dos maus cuidados em relação a terra, ela nunca iria se rebelar contra nós, nunca surgiria aquelas ocasiões pra iniciar o Primeiro Dia, eis que ali tudo começou a correr da maneira mais drástica, levando quem está ali atrapalhando seu caminho.



São corpos sendo queimados vivos e a tristeza emana em todos os lugares, até as crianças são corrompidas e levadas juntos a morte, o amor não existe mais, é um querendo destruir o outro para saber quem irá sobreviver devido a tantos problemas e loucuras que ali são nos contado com detalhes de deixar o queixo caído, conhecemos personagens que marcarão nossa vida afora do livro.

“Em meio aos caos e à destruição, presenciei tanta crueldade de sentimentos ruins, que me fizeram perder a fé inúmeras vezes.” Pág. 116

Uma mãe e um filho são os principais sobreviventes de todo esse caos exalado naquele mundo, procuram então sobreviver, mas diante do deserto é tudo tão difícil, se alimentam de animais que são encontrados por diversas vezes embaixo das pedras e o que lhe anima é ver que seu filho continua ao seu lado sorrindo e lhe divertindo, até mesmo com gritarias ao avistar um pássaro nos céus, coisa rara.

“Acho curioso o fato de um velho, que jamais vi na vida, estar tentando ler-me dessa forma, sem ao menos questionar-me sobre questões um pouco mais profundas.” Pág. 171

Estaria ali para enfrentar tudo pelo seu pequeno, mas não esperava que fosse encontrar outras pessoas ali tão maus, que sobreviviam bebendo o que tinha no corpo de outra pessoa, seria o final para todos, diante das atrocidades que ali são expostas e concretizadas ao decorrer do enredo, é de enlouquecer e ver que esse dia poderá chegar e também ser cruel, aliás, é o PLANETA BRUTAL.





Aquele livro que vicia, que nos emociona e dá aquela imensa vontade de chorar! É assim que me senti em relação ao Planeta Brutal, mais uma vez Raphael consegue me desmoronar e ver que sofri durante a leitura, não contarei o porquê, pois seria spoiler e quero que vocês possam ler e sentir o que senti.

A edição está tão linda, possui ilustrações na troca de capítulos e as folhas são amareladas e grossas! De encher os olhos e nos fazer querer ter essa belezinha na estante. Sinto-me cada vez mais motivada a ler os livros desse autor, com histórias revolucionárias e até mesmo únicas.

Ficou como favorito no Skoob e com toda certeza irei reler esse ano e nos próximos, impossível não amar e viciar em uma história dessas.
Recomendo para todos!

site: http://segredosliterarios-oficial.blogspot.com/2018/07/planeta-brutal-raphael-miguel.html
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Retipatia 05/11/2018

Como viver em meio ao caos?
Um líder tentando defender seu clã de um ataque violento de um bando errante.
Uma mãe viajando sozinha com seu filho pequeno, protetora, vigilante, mantedora.
Um assassino que é movido apenas pelo simples desejo de se alimentar, não importa quem seja.
Um bando destemido e semeador da discórdia que deseja apenas destruição, aniquilar todo e qualquer clã que tenha se instalado de maneira frutífera nas terras poeirentas do mundo pós apocalíptico.
Este é o prelúdio de Planeta Brutal, o mundo pós-apocalíptico devastado e recoberto de areia em que humanos e sobre humanos digladiam para sobreviver.
Intercalando os pontos de vista dos personagens, a história segue sempre avante narrando os episódios após alguns anos dos acontecimentos que fariam a contagem do tempo reiniciar para a humanidade. A partir do Primeiro Dia o caos se instalou no mundo e, desesperados por algo que regesse o incontrolável, foram instauradas as leis da Sobrevivência e da Sede.
Entre jogos de interesse, movidos não apenas pelo instinto de sobrevivência, um homem - se é que podemos chamá-lo por tal alcunha - segue pelas antigas terras do que já foi um Brasil, numa versão sanguinária do rei Xerxes. Como se tal ameaça não fosse suficiente, jogos menores, mas em escala tão ou mais perigosa, se desentranham entre os demais personagens.
O livro leva o leitor à esse mundo poeirento inicialmente sob os olhos de Rifer, que, na busca por defender o seu clã tão arduamente construído, cai num engodo. Em paralelo, conhecemos Judah, o assassino descontrolado que deseja apenas uma coisa quando acorda do seu esconderijo no deserto: saciar sua sede. Já Kaiara tenta cruzar o deserto no que parece ser uma busca infrutífera de paz em um mundo brutal.
O acontecimento que irá traçar o destino de todos que habitam essas terras inóspitas está prestes a acontecer quando o conhecido assassino, em sua busca por alimento, resolve que Kaiara e seu filho lhe servirão neste dia. O que ele não tem ideia é de que acaba de encontrar uma adversária à altura, disposta a lutar até a morte para proteger seu pequeno Diel.
Uma luta que trará tantas rachaduras no chão árido do deserto que levará suas consequências até os recantos mais distantes do mundo.
Sabe quando uma leitura inicia e, por mais que você tenha expectativa de gostar, não sabe bem o que esperar da história? Foi assim que iniciei a leitura de Planeta Brutal e, após virar a última página, pude perceber que fui surpreendida.
Para quem já leu algum outro livro do autor é possível notar as nuances de sua assinatura narrativa e, ainda assim, perceber os diferentes recursos utilizados para narrar as histórias que se cruzam e os pontos de vista existentes. A leitura flui com facilidade e, com capítulos curtos, o livro mantém a narrativa rápida e sem rodeios desnecessários.
A principal e, ouso dizer, melhor característica da distopia criada é não se prender no lugar comum de que todo livro que se preze deve se basear num relacionamento amoroso. O único amor pelo qual se acredita fortemente e pelo qual o leitor possa vir a torcer durante a história é o existente entre mãe e filho, Kaiara e Diel. Qualquer outro relacionamento afetivo, romance propriamente dito, é secundário e, apesar de compor a trama, não é responsável por segurá-la ou defini-la.
E, falando nessa quase ausência de romance, os melhores pontos trabalhados pelo livro são exatamente os que dizem respeito à natureza humana. Ou a falta de ser humanos. Todos, após a devastadora onda de eventos que ensejaram quase que na extinção da raça, se tornaram muito mais animalescos, como se a escala evolutiva voltasse aos primórdios em que nossos antepassados eram regidos, como a maior parte dos animais, pelo simples ato de alimentar-se. Ou talvez seja injusto comparar-lhes aos animais, ainda que selvagens.
Cobiça, ganância, inveja, ódio, amargor, violência, sadismo, crueldade, extremismo, sede de poder, preconceito... são apenas alguns dos já conhecidos sentimentos humanos que se perpetuam com ainda mais força nesse mundo brutal. Como se a dureza do mundo justificasse qualquer ação do indivíduo ou do todo. A cada passo a humanidade perde mais e mais exatamente sua parte humana. Também, nada que não sejamos capazes de identificar no nosso dia-a-dia.
Do mesmo modo, há demonstrações de amizade, amor, esperança, bondade, alegria e a certeza de que se constrói um mundo melhor quando se é capaz de ver a beleza nas pequenezas da vida e que um mundo melhor é feito muito mais de pequenas gentilezas do que de grandes atos de heroísmo.
Planeta Brutal é um reflexo do mundo em que vivemos atualmente, um extremismo. Uma forma de mostrar, em um mundo distópico, que a natureza humana não conhece limites, toda e qualquer ação possui um imediato resultado e infinitos reflexos que se assemelham à quantidade de grãos de areia do deserto insano que recobre o mundo.

site: https://wp.me/p7r1pU-1am
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florencio 14/10/2018

Impactante.
Para quem tem nervos de aço. É uma montanha russa de emoções! O próprio nome já diz, PLANETA BRUTAL.
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Conta-se um Livro 19/04/2018

"Planeta Brutal é um livro que nos mostra sem censuras o lado mais feio da humanidade. Não existem mais leis, não existe mais um julgamento para os atos mais vis, cruéis e desumanos. A única Lei que existe é a Lei da sobrevivência, que exime de culpa qualquer pessoa que tenha matado em prol de se manter vivo. É essa a realidade desse mundo.

Existem quatro pontos de vista, mas quando os capítulos começam você não sabe de quem é. No início isso me incomodou, mas depois de entender que nomes não definem quem você é, descobrir quem era por suas ações durante a história ficou muito mais interessante. Nessa história não existe data também, porque isso já não importa mais."

Leia a resenha completa no blog Conta-se um Livro

site: https://contaseumlivro.blogspot.com.br
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Paulinha - @ladaminhaestante 01/04/2018

Leitura mais que satisfatória
Um livro repleto de reviravoltas, combates que te deixam na ansiedade de saber quem vai vencer. Personagens inusitados com suas características peculiares, tudo mto bem detalhado, sejam os movimentos de luta, bem como os integrantes da história.

Uma ótima distopia, com boas doses de fantasia e suspense; uma história com uma premissa diferente de tudo o que você possa ter lido (ao menos eu, nunca soube de algo no estilo).

É carregada de significados, como por exemplo, até onde uma pessoa pode chegar, as coisas que é capaz de fazer, as provações que é capaz de suportar, quando movida pelo ódio e pela sede de vingança.
Como a inveja é capaz de corromper as pessoas e como algumas pessoas podem ficar cegas e surdas, alheias a qualquer opinião, quando se tem poder e só enxergam isso quando o pior acontece.
Como alguém, mesmo sendo um sanguinário, desonrado, pode em algum momento, ser capaz de fazer algo de grande ajuda, correndo o risco de sofrer consequências, mas ainda assim, ajudar.
E, mesmo em meio a esse caos, como existem tbm pessoas boas, capazes de enxergar algo de bom e ter alguma esperança de que as coisas melhorem e não deixam o medo impedir que falem do que sentem, do que pensam.

Leitura envolvente e com seus capítulos curtos e intercalados não deixam ser cansativa. Um livro que, se estiver com tempo disponível, lê super rápido, porque a cada página lida, vem o querer saber o que vai acontecer a seguir e quando se dá conta, está terminando a leitura. A escrita é simples (mas não "pobre", por assim dizer), não dá espaço para confusões.

E pra fechar com chave de ouro, tem playlist (livro que tem playlist nem é livro, é obra de arte, "né não?! Só faltou umas imagens pra completar a obra haha) e um capítulo final alternativo (que não sei qual gostei mais, então fico vcom a junção dos dois, que criei aqui nessa cabeça louca kkk).

E o que dizer do epílogo?! Só que fiquei com uma p**a curiosidade, lógico. Livro que não te deixa curioso e com gostinho de quero mais...não tem nem graça né

Enfim, recomendo pra quem gosta de distopia, mas não dispensa uma boa fantasia e um bom suspense (como eu haha).
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Leia com a gente 04/03/2018

E se você presenciasse o fim do mundo?
O apocalipse é um tema recorrente na literatura e no cinema. A ideia de que nosso mundo caminha para um inevitável fim está presente no nosso imaginário desde tempos muito remotos. Cataclismos cósmicos, mudanças climáticas severas, guerras nucleares e pandemias são alguns dos motivos que poderiam levar o planeta Terra a um colapso e consequentemente a raça humana a extinção. Planeta Brutal, do autor Raphael Miguel, tem como premissa o apocalipse. Mas a trama não está focada no fim do mundo ou em explicar os motivos que levaram a isso. Planeta Brutal fala do que acontece depois e de como o ser humano reagiria ao fim do nosso planeta como o conhecemos.


A trama se passa no Brasil e começa narrando um dia comum, com pessoas vivendo suas rotinas normalmente quando ocorre um evento catastrófico e de modo abrupto aniquila o planeta Terra e a maior parte da raça humana. A partir daí os sobreviventes precisarão aprender a viver num novo planeta, hostil e brutal. É possível sentir, através da narrativa de uma das personagens que presenciou o acontecimento, toda a perplexidade e angústia diante do que parecia ser o fim de tudo. É de arrepiar.


“O Primeiro Dia foi o apocalipse, a danação final da humanidade. Poucos sobreviveram e, estes, foram obrigados a repensarem a sua existência na Terra. Retrocedemos. Anos de avanços científicos e tecnológicos foram dissipados naquela tragédia. Perdemos nossa essência, nossa identidade, nossa fé.”


Após o evento – que foi chamado pelos sobreviventes de Primeiro Dia – começam a surgir novas leis e costumes, fazendo com que os humanos que restaram tivessem que lutar diariamente pela sobrevivência. O perigo não é apenas a nova atmosfera do planeta – que se tornou desértico – mas o próprio ser humano, que regrediu a um estado de barbárie. Poucos, muito poucos, ainda conservam alguma humanidade em si.


As mudanças no clima também causaram mutações em alguns seres conferindo-lhes um aspecto físico singular e também uma vantagem física sobre a raça humana tradicional. Os aquáticos e os arenosos são uma constante ameaça a sobrevivência humana no planeta. Os sobreviventes procuram se agrupar em clãs de modo a se protegerem, mas existem aqueles que preferem se reunir em bandos e promover o caos e a destruição por onde passam.


“Incutiam o terror e a danação por todos os lados, salgavam e amaldiçoavam a terra, até não restar mais nada do lugar por onde passavam.”


Acompanhamos a saga de Kaiara, uma sobrevivente dos eventos do Primeiro Dia, que agora tem um filho e luta dia a dia pela sobrevivência de ambos. Kaiara é uma mulher forte e lutadora, mas carrega muitas marcas e feridas na alma, causadas por tudo de ruim que lhe aconteceu desde o dia em que o mundo acabou. Sob outra óptica conhecemos Judah, um arenoso que tem algo em comum com Kaiara: ambos lutam apenas para sobreviver. Em determinado momento da trama seus caminhos se cruzam e embora cada um lute apenas por si mesmo precisarão formar uma aliança contra inimigos mais fortes. Judah é o tipo de personagem que amamos odiar!


“Na verdade, creio que esta sempre seja a sina da humanidade: caminhar sem parar, sem um rumo certo. A vida se repete incessantemente, um destino cíclico, entediante e sem graça. Corremos na angústia de fugir de nossos problemas, tentando afugentar nossos demônios, ignorar o sofrimento. Corremos para continuar vivos.”


A trama de Planeta Brutal é repleta de lutas e sequências de ação que tiram o fôlego. O autor não tem medo de promover cenas brutais e que vão te chocar. Portanto, não se apegue demais aos personagens, pois tudo pode acontecer. O desenrolar da parte final do livro é eletrizante e quando você pensa que a trama acabou o autor nos surpreende com um final alternativo, um recurso literário ousado, mas que dá muito certo com Planeta Brutal. Ao final, você pode escolher o fim que mais gostou, sem deixar de refletir sobre o que poderia ter acontecido caso algumas coisas ocorressem de maneira diferente.


“Se a humanidade prestasse mais atenção à própria destruição, poderia parar a tempo e rogar por um melhor destino.”


Como toda boa distopia, Planeta Brutal nos leva a refletir sobre questões como aquecimento global e até onde as pessoas conseguem manter sua humanidade e seus valores morais ao serem expostos a circunstâncias extremas. É possível manter nosso código moral e de conduta ou vale tudo para sobreviver? Leia o livro e tente responder a si mesmo essa questão. A resposta não é tão simples quanto pode parecer.

site: www.leiacomagente.com.br
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