Escrito a Fogo

Escrito a Fogo Marcus Sakey




Resenhas - Escrito a Fogo


13 encontrados | exibindo 1 a 13


Alessa 21/05/2023

Um encerramento honesto
Demorei 5 anos pra ler o último livro dessa série. O motivo? Gosto tanto dela que não tinha coragem de terminar e me despedir desse universo e desses personagens.

Mas agora finalmente li e digo com tranquilidade que essa é minha série de ação favorita de todos os tempos e que o encerramento dela faz jus a tudo que foi construído anteriormente. Gosto de como a tensão cresce, como vemos que ninguem é totalmente herói ou totalmente vilão e gosto como as pessoas podem ir longe pra defender seus ideais.

Entretanto, esse foi o livro mais fraco da trilogia pra mim. Achei que o autor se repete muito descrevendo e apresentando personagens que já conhecemos muito bem, ele sempre fica relembrando coisas óbvias (e as vezes usando as mesmas palavras dos livros anteriores) sobre Natalie, Quinn, Epstein, Smith, Millie etc.
Parece uma estratégia pra relembrar o leitor de quem são essas pessoas, mas acho que isso é totalmente cansativo pra quem já leu os dois volumes antecedentes.

O outro ponto que senti falta foi de uma expansão maior ainda das capacidades dos brilhantes, esse que pra mim foi o trunfo do segundo livro. A história ficou voltada mais pro viés político, perdendo um pouco a oportunidade de explorar o próprio Dr. Abraham Couzen e outros anormais que ficam dentro da CNC.

Há uma queda muito grande das cenas de ação e do uso do dom do Cooper, o que a ao meu ver deixou a narrativa lenta em alguns momentos, a coisa só fica tensa mesmo por volta dos 70% do livro.

Desde segundo volume, há uma presença maior de novos pontos de vista além do Nick, o que por um lado engrandece a história, por outro acaba quebrando um pouco o ritmo da leitura. Alguns dos núcleos da narrativa são muito parados e com personagens nem um pouco cativantes.


Falando de pontos positivos, gosto MUITO como o romance aqui não é prioridade. Os personagens são adultos e agem como tal, então acaba que o triângulo amoroso fica pra segundo plano, ainda muito bem intricado na trama, mas sem atrapalhar.

Olhando como um todo, é um bom livro sim. Só é difícil gostar tanto dele depois de ler obras tão dinâmicas e inovadoras quanto os dois primeiros. Mas fico muito feliz de ter (finalmente) terminado essa série e já estou sentindo falta dela.
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Jemilly 08/09/2022

o dilema do bonde em uma trilogia brilhante
"A humanidade nunca gostou muito dos excepcionais. E gostava menos ainda quando os excepcionais contra-atacavam."


Hoje é dia de despedida de mais uma série Brilhante ? essa até no nome ?, não tem como dizer que essa não é uma das melhores sci-fi que já li, apesar de alguns aborrecimentos que passei pelo excesso de patriotismo estadunidense, foi uma obra tão boa que até me fez engolir o egocentrismo imperialista dos nossos vizinhos da América. Mas vamos lá, para minha despedida dessa história vou lhe dar motivos pra ler esses livros de Marcus Sakey.


"? Estou simplesmente cansado de ser chamado de monstro por pessoas que nunca tiveram que tomar essas decisões."

Eu deixei claro desde a resenha do primeiro livro o quanto deu uma renovada nas minhas leituras do gênero um livro que contasse com um protagonista mais velho. Nick Cooper é um homem adulto, com dois filhos e uma ex-esposa, agente e um Brilhante do primeiro escalão, ele não foi jogado lá como o ?herói? por acaso, por ser um escolhido do destino, e isso fez toda diferença no desenvolvimento dele durante esses três livros. Apesar de que as escolhas moralmente certas que ele fez durante os dois primeiros livros dessem como resultado o desastre que o mundo está aqui, não dá pra culpa-lo inteiramente, já que as consequências são responsabilidades de um sistema de corrupção muito mais complexo.

 

"... aquele não era um mundo em que eu poderia viver. Decidi destruí-lo e construir um melhor. Escrever uma nova história, uma história escrita a fogo. E vou conseguir."

 
Falando em complexidade, isso foi uma das coisas que mais tiveram entre os personagens, nenhum poderia ser colocado em uma caixinha de bom e mal, vilão e mocinho, entre erros e acertos muitos se transformaram no que eram por conta de uma dinâmica de poder que não lhes deram chances, essa sociedade falhou com eles, e a consequência disso, principalmente para os anormais/brilhantes, era dar uma resposta à altura. Obviamente que os limites que alguns traçavam nos faz passar raiva do personagem, mas o livro deixa claro o motivo de suas ações e, apesar de não concordar, conseguimos entender. Foi um desenvolvimento espetacular.


"Nós fazemos a coisa que eu vinha tentando evitar (...) Nós vamos à guerra."

Escrito a Fogo foi o livro da trilogia que mais me fez sentir ódio, não tinha como, apesar de entender certas ações, a ignorância de grupos era terrível de acompanhar, não por ser ruim a leitura, mas imagina ler o ponto de vista de grupos conservadores extremistas, racistas e não passar raiva? Não tinha como. O ódio foi semeado por anos, e as ações do final de Um Mundo Melhor aqui mostra o resultado, o mundo está um caos como nunca se viu antes, e foi incrível perceber como as ações do primeiro livro levaram a isso, é tão bem conectado, as escolhas certas levaram a isso, não foi o erro, mas a errada também não era uma opção moral, surreal como isso também afeta o senso de ética do leitor. Que escolha você faria? É o grande dilema do bonde em uma trilogia.

   

"? Você está arriscando uma guerra civil. 

? Não estamos arriscando. Estamos declarando. E vamos vencer."

Enquanto há personagens secundários, como disse anteriormente, que são de uma complexidade maravilhosa, John Smith é um exemplo de alguém que lhe causa ódio por um lado, entende o que levaram suas ações por outro lado, ele tem uma mente que está sempre dez passos à frente que, às vezes, de má vontade não tem como não admirar. Erik é de um coração maravilhoso, que me vi gostando mais dele aqui, mesmo que tenha tomado caminhos tortuosos para defender os seus. Natalie já se havia se mostrado ser uma pessoa ótima, mas nesse livro ela para um pouco de ser só a ex de Nick e mãe de seus filhos, ela se mostra forte de outras maneiras, apesar de não achar tão crível alguns resultados de suas ações, eu não me incomodei tanto. Shannon, como sempre, incrível, ela e Cooper mostraram o porquê de eles serem uma bela dupla, apesar de que esperava que explorassem mais dela nesse livro, ela foi de suma importância.


"... a natureza de um meio-termo era que ninguém ficava contente. Era assim que se sabia que um acordo justo havia sido feito."


Eu já havia passado da metade do livro e não via como as coisas poderiam terminar razoavelmente bem, foi um nervosismo a cada capítulo, foi caótico (risos), mas o resultado final foi coerente, plausível e muito bom, apesar de querer que alguns outros personagens sofressem maiores consequências, a trilogia terminou com um final que poderia até abrir espaço para um spin-off, mas de qualquer forma só até aqui já foi espetacular, nada menos que Brilhante.


"Só existem duas posições: a favor da guerra e contra a guerra. Não escolher é escolher."
Alessa 21/05/2023minha estante
Li suas resenhas dos outros livros da série e meu deus como é bom encontrar alguém que se sente do mesmo jeito que eu kkkkk Simplesmente amo essa série e o tanto de nervoso que ela me fez passar. Suas resenhas foram ótimas e conseguem resumir perfeitamente tudo que eu queria dizer :)


Jemilly 22/05/2023minha estante
essa trilogia me deixou louca kjkkk pior q encontrei pouca gente q já leu, passamos nervoso só kkkk obrigada ?


Alessa 22/05/2023minha estante
kkk exatamenteee! Queria que o mundo inteiro lesse!




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Cidiane 11/02/2022

Escrito a fogo
O desfecho da trilogia foi normal. Mas mesmo assim, o conjunto da obra foi uma leitura muito agradável.
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Fran 20/09/2021

Escrito a Fogo é, essencialmente, mais do mesmo — e essa frase é o suficiente para descrevê-lo. A trilogia Brilhantes enfim chega a sua conclusão, mas a realidade é que existe pouco que eu possa falar sobre esse livro que já não tenha sido relatado na resenha dos dois anteriores.

Vemos, por exemplo, Nick Cooper sendo um protagonista tão cansativo e hipócrita quanto antes, enquanto mais uma vez os outros personagens são deixados sem o aprofundamento que era necessário. O desenvolvimento do triângulo amoroso continua inexistente, pontuado por interações estranhas e sem sentido. Um novo ponto é digno de nota, no entanto: os diálogos nesse livro estão absurdamente mal escritos, principalmente na primeira metade, sendo completamente irreais.

Como o encerramento de uma história supostamente tão grandiosa, a verdade é que acaba sendo muito pouco satisfatório. Voltando a ter um enorme foco em Cooper, o enredo segue um caminho muito similar ao do primeiro livro, sendo uma combinação de clichês comuns aos filmes de ação, reviravoltas previsíveis, furos de roteiro e um protagonismo exagerado e sem justificativas plausíveis.

A grande guerra que vinha sendo prometida desde Brilhantes finalmente acontece, porém de um modo insignificante e bem longe do que esperávamos, não passando da ação de uma milícia de patriotas perturbados que invadem a comunidade de Erik Epstein visando destruir a tudo e a todos que estão lá. O único sentimento que essa parte da história é capaz de gerar acaba sendo a incredulidade perante a tentativa de nos convencer de que foi possível isso acontecer no local com a maior concentração de brilhantes do mundo, sem que nenhum deles tenha sido capaz de prever ou criar um plano para impedi-los.

Fora isso, é preciso também falar um pouco a respeito de John Smith, o grande e terrível vilão, um terrorista brilhante com uma capacidade de planejamento inacreditável… e que praticamente mal chega a aparecer na trilogia inteira. Mesmo estando envolvido em diversas explosões e outros ataques durante os livros, ele acaba sendo uma figura trabalhada tão superficialmente que fica longe de causar o impacto que deveria, de forma que seu peso na história é quase nulo. Seus planos são outro ponto questionável, especialmente os apresentados em Escrito a Fogo: alguns simplesmente não fazem sentido, pois não existe nenhuma explicação para como John sabia o que ia acontecer. O enredo tenta dar a explicação de que ele possuía diversos planos de contingência, mas isso simplesmente não convence.

No fim, esse é apenas um dos vários pontos que terminam sem resposta. O destino de vários personagens secundários são outro — tendo eles sobrevivido ou não, grande parte acaba sendo esquecida durante o desenrolar da história. O livro se conclui em um final aberto, detalhe inegavelmente destoante da forma como todo o resto da história foi desenvolvida, acrescentando ainda mais as dúvidas com que acabamos.

A trilogia Brilhantes foi desde o começo uma experiência que pendia mais para o lado negativo. Ainda assim, era possível ver potencial na história e nutrir esperanças de que pudesse melhorar. Infelizmente, isso não chegou a acontecer, e não é uma história que eu recomendaria a leitura.

site: https://blogvestigiosliterarios.wordpress.com/2021/08/19/escrito-a-fogo/
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Ingrid06 01/06/2021

Boa trilogia
Gostei bastante livro. Devorei em poucos dias.
Não gosto muito de vários pontos de vista, mas nessa história, isso ajuda a ter uma visão das coisas.




Recomendo essa trilogia.
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fe.pauli 22/05/2021

Não sei pq ainda nao virou filme!
Que livro é esse?
Personagens fortes e bem construídos, cenários futurísticos porem, faeis de imaginar que seria possível, uma leitura fluída e uma história incrível.

Amei cada capitulo, cada ápice e sinceramente, o final foi de tirar o folego... Com gostinho, de caramba.. ta acabando as paginas, meu Deus, ele quer nos enlouquecer.

Incrível! Ainda nao sei pq não virou filme... Filmes!
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heitor 27/03/2021

LEIAM ESSA TRILOGIA
Admito que durante o começo desse último livro não senti o mesmo gás que tive no primeiro, pra falar a verdade já no segundo eu não li da mesma forma. O engraçado é que a razão disso não é um problema com o livro ou a escrita do autor - que por sinal é maravilhosa -, mas sim pela grandeza de proporções absurdas que o enredo toma, me fazendo não esperar mais nada, ou gerar mais nenhuma expectativa justamente por saber que iriam ser superadas de qualquer forma.

Um enredo muito bem formulado, digno de filme (não vejo a hora da adaptação com Will Smit como protagonista começar a ser gravada)! Tudo nesse livro é muito bom e super desenvolvido, extremamente eletrizante e inovador.

Eu mais que recomendo essa trilogia!
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Feh 06/12/2020

Livro muito bom
Não achei esse terceiro livro tão bom quanto os outros dois, talvez pelo tempo que levei para ler porque quando comecei a trilogia tive que esperar o lançamento do segundo e terceiro livro. Não senti que a leitura foi arrastada mas ao mesmo tempo não achei tão envolvente quanto os livros anteriores. A história de Cooper, Shannon, Natalie, Epstein, John Smith e todos os personagens principais foi concluída e gostei muito porém não gostei do final beeeem finalzinho do livro mesmo.
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Camila 24/08/2020

Escrito a fogo e sangue
No começa da leitura eu estava com medo desse livro ser uma bosta.

Os dois primeiros foram um melhor que o outro. Poucas séries tem o segundo livro melhor que o primeiro e, eu sem sombra de duvida, achei o segundo muito melhor que o primeiro nessa série. Por isso mesmo morrendo de medo e querendo por demais da conta empurrar a leitura com a barriga, eu li esse livro. E não me arrependi!!

O livro já começa tenso (até porque o anterior foi tenso), o meio é tenso e termina tenso. Gosto do fato de Sarkey conseguir marcar bem os personagens; acho interessante não saber se John Smith é o vilão ou não; acho massa o poder do Soren; tenho ódio mortal do Leahy; e gosto mais ainda que exista uma explicação crível (no contexto da literatura, nem sei se é possível no mundo real) para os Brilhantes existirem de forma que seja ampliado para o dar um final para o livro.

Aliás, esse final eu só fiquei aqueles emoji do whats depois que caiu meu queixo!! Pior que foi tipo pegadinha do malandro, quando você pensa "ah não, vai ficar aquela ponta solta lá, e agora?" #sqn

Mas como as coisas não são perfeitas tem duas que merecem citação: primeira, o ritmo da leitura é quebrado um pouco porque Sarkey insiste nas descrições e divagações; segundo o triangulo amoroso que de triangulo não tem nada, porque todo mundo sabe com quem o Nick termina, [SPOILER] aliás, odiei, não consigo gostar da Shannon, sou mais #teamNatalie mas confesso que não tinha clima na história para os dois voltarem [FIM DO SPOILER].

Eu realmente lamento muito que essa série não seja tão hypada quanto merecia, mas tudo bem, fico feliz por ter lido um livro tão bom, e ao mesmo triste, porque nunca mais vou conseguir ter as mesmas reações numa releitura!!
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Debyh 27/03/2019

uma ótima trilogia
Acho que se me perguntassem qual minha distopia favorita que não envolva adolescentes eu diria que é essa com certeza. Brilhantes trouxe para mim todo um conceito novo sobre como criar um mundo distópico com uma história envolvendo muita ação, personagens ótimos e ao mesmo tempo colocar nisso tudo questões sobre as minorias. Eu realmente amei acompanhar essa trilogia.
Nick tem consciência de que tudo o que a humanidade acreditava sobre os brilhantes está prestes a mudar. Ao mesmo tempo ele sente que as batalhas por todos os lados será inevitável, e vai tentando resolver a situação e ao mesmo tempo, enfim, encontrar os culpados. Nick está tentando sobreviver no meio de uma guerra e isso é o principal.
continua no link: http://euinsisto.com.br/escrito-a-fogo-brilhantes-3-marcus-sakey/

site: http://euinsisto.com.br/escrito-a-fogo-brilhantes-3-marcus-sakey/
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Luan 05/07/2018

Uma trilogia que retrata, com sucesso, as diferenças e as minorias, com uma trama recheada de ação, política ensinamento.
É cada vez mais comum que encontremos leitores que reclamem de trilogias ou séries. São vários motivos. Muitos livros, perda de foco no desenvolvimento, demora entre lançamento de um livro e outro, o que gera um certo desapego... enfim. Depois de um período em que elas estiveram em alta, agora parece que o leitor tá priorizando os stand alone ou até mesmo duologia. MAAAAAS, ainda não há uma sensação tão boa e triste ao mesmo de você terminar de ler uma trilogia ou série boa e, melhor, que se tornou parte de seu dia a dia. Isso aconteceu comigo em Brilhantes, que chegou ao fim com Escrito a fogo.

No desfecho da trilogia, Marcus Sakey traz um livro repleto de ação e acontecimentos, disso ninguém pode reclamar. Depois de deixar John Smith sobreviver e com isso dar uma chance aos brilhantes, Nick Cooper viu a a briga entre os anormais e o restante da população aumentar. Em Escrito a fogo tudo se encaminha para uma grande batalha entre os dois lados. E Nick está no centro dela, tentando evitar que o pior aconteça. Mas a dúvida é de como isso será possível já que, em função de ações extremas entre os dois lados, o abismo só aumenta.

O terceiro livro, de forma geral, não fica devendo de forma alguma aos outros. A história é de adrenalina total do início ao fim. Cada ação desencadeia uma nova reação, o que vai deixando o livro cheio de acontecimentos e nada monótono. O problema é que este tanto de coisa acontecendo pode ter atrapalhado o todo, mas isso é conversa para depois. Sem dúvida o livro entregou um desfecho dentro daquilo que o autor se propôs lá atrás, quando começou a trilogia em Brilhantes. Não era um simples livro de heróis ou pessoas com poderes, mas também uma grande trama política com reflexos sociais que desencadeiam reações, no caso guerras.

É interessante notar como o livro cresceu. Do primeiro para o terceiro, o desenvolvimento de toda a criação do autor é de se admirar. É bastante certo que ele chegou até onde havia planejado. Não se trata de um livro de heróis, mas sim de pessoas e de uma sociedade. O autor escreve com conhecimento de causa, quase me fazendo crer que aquilo está acontecendo de verdade e não é apenas uma ficção. A escrita do autor é muito boa, os diálogos são pontuais, embora veja um ou outro problema na falta de "personalidade" neles. Só tenho a lamentar pelo fato de que no Brasil a trilogia seja tão pouco conhecida - além de uma história boa, de ritmo ágil, as capas dos três são lindas.

E um dos problemas que encontrei no desfecho da trilogia é justamente a agilidade. O livro anda tanto, tem tantos acontecimentos, que em alguns momentos parece que falta profundidade e tempo para que o autor consiga abordar de um jeito satisfatório e semelhante aos outros dois. Um outro aspecto que me incomodou é que a construção para a chegada do grande ápice foi bastante ok, mas quando chegou na hora de encontrar uma solução para o problema, me pareceu muito fácil e um pouco irreal, quase um final feliz, que a gente sabe não existir. Esperava um pouco mais neste sentido, embora isso tenha sido relevado em certa medida logo em seguida, no epílogo, que me deixou com gosto de quero mais.

A maioria dos livros traz consigo uma mensagem que o autor quer passar, normalmente sobre problemas sociais que vivemos. Brilhantes faz isso com maestria. Marcus faz isso com, desculpe o trocadilho, brilhantismo. A mensagem está clara, jogada na nossa cara. E não é escancarada, beirando o exagero, passando do ponto. É real, sincera e pontual. Sem entrar em detalhes, ele consegue mostrar como a nossa sociedade protagoniza uma guerra social separando grupos de pessoas, especialmente as minorias. Uma pena que no mundo real o final nem sempre é como na literatura, onde nem tudo é sempre feliz, mas pelo menos parece ser mais fácil de alcançar um fim.
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Karini.Couto 26/03/2018

Este é o terceiro e último volume da trilogia Brilhantes de Marcus Sakey e me pergunto por qual motivo essa trilogia não bombou por aí? Acho que faltou um pouco mais de divulgação do Marketing da Editora, pois sinceramente é uma trilogia intensa e completamente arrebatadora, realmente digna de virar filme!

Podem ler tranquilamente a resenha, pois não tem spoilers!

Um porcento da população é composta por brilhantes, esses são caracterizados por "poderes ou dons" extraordinários que fogem a normalidade. Esses "poderes ou dons" podem ser cognitivos, emocionais, entre outros; porém essa coisa foi temida e com isso veio a necessidade de controlar por parte daqueles que não entendem ou almejam algo mais da situação; estando a beira de uma guerra entre normais e brilhantes.

Em Escrito A Fogo temos uma finalização para lá de eletrizante com muito suspense e tensão em cada página virada; o autor não apenas conseguiu manter o ritmo dos volumes anteriores, como se superou nessa conclusão, me deixando agoniada! E esse volume tem início com um país se recuperando de um forte ataque que deixou muitas sequelas e a uma espécie de 'contagem' que põe um chip em todos aqueles que não são normais, para que assim possam ser rastreados e até controlados; mas não para por aí; os brilhantes estão sendo dizimados, caçados e erradicados, apenas por serem diferentes. Já dizia minha avó, tudo aquilo que não compreendemos e não podemos controlar, tentamos dizimar.. Ironia cruel, mas real do mundo! Tendo isso em mente, temos uma espécie de guerra civil prestes a viver seus piores momentos e olha que muitos momentos ruins já aconteceram! Temos brilhantes bons e brilhantes ruins; assim como temos pessoas normais boas e ruins.. Ou com pensamentos que divergem.. Então, assim como temos o povo caçando as "aberrações", também temos aquele famoso terrorista brilhante que quer provar que seu povo e dons superam todo o resto e que devem se curvar aos seus caprichos, vontades e verdades!

Temos um Nick Cooper mais determinado e empenhado, mas talvez suas motivações não sejam mais as mesmas; antes ele escondia sua condição e ajudava a caçar semelhantes acreditando que eles seriam perigosos para a população em geral. Nick entende, e de perto os dois lados da moeda, afinal ele também tem seu pezinho lá no mundo das aberrações e ao mesmo tempo que teme pelos seus semelhantes, também teme pelos seus entes queridos e amigos; e uma guerra apenas iria causar ainda mais caos e destruição! E com isso Nick não medirá esforços para impedir que o mal prevaleça e o trem desgoverne de vez. Seria possível uma paz entre ambos os envolvidos? Anos de opressão, abusos, imposições e maldade até.. justificam mais violência e terror?

A ambientação da história é incrível e digna das telas de cinema com certeza; os personagens são muito bem construídos e passíveis de erros e acertos como qualquer "pessoa" o que nos aproxima ainda mais deles em se tratando de uma fantasia e ainda mais de "Super-Heróis" ou "Super-Vilões". Todas as pontas soltas mais importantes foram muito bem conduzidas e explicadas, sem deixar furos, apesar de não ter aquele famoso final redondinho como muitos amam.. O autor te deixa certa margem para um possível enredo dentro desse universo. O que achei maravilhoso, pois sou daquelas que quando ama uma história e encontra um autor bom, quer mais e mais!

O mundo com humanos e brilhantes é completamente insano e maravilhoso e a pergunta que nos fazemos desde o começo, é se será possível uma convivência tranquila entre a partes? O autor consegue essa ambientação tão crível que é impossível não imaginar essa história como algo possível. Sim! Eu sei! Meio louco! Mas sou meio louca! rsrs

Todo o avanço com os brilhantes, apesar das controvérsias da situação levaram também à grandes e incríveis descobertas que certamente fizeram toda diferença no mundo criado por Sakey. Ficção, ciência e imaginação caminham lado a lado transformando uma simples história em algo que nos deixa pensando muito tempo depois, pois poderia acontecer.. Quem sabe?

Bom, essa trilogia valeu a espera. Era para termos recebido o livro ano passado, mas devido alguns problemas internos na editora, fomos receber somente esse ano.. Mas estou super contente que tenha chegado o livro, pois eu amei demais! O simples fato de pensar que em um futuro próximo possa ter mais "pano para manga" dentro desse universo, já me deixou muito, mais muito animada mesmo! Os personagens são tão críveis e intensos que ficarão na memória por muito tempo. Este foi o livro mais macabro da trilogia, que me causou mais expectativas e não me decepcionou em nada!

Espero em breve poder ler mais histórias do autor!

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