Lucas 01/04/2018
Não adianta apenas otimismo e boa vontade
O livro não se restringe apenas ao caso do roubo da prova do Enem de 2009, propõe-se a nos mostrar uma breve historiografia dos exames de avaliação do ensino básico e dos exames de seleção ao ensino superior do Brasil dos últimos vinte anos, além, claro, de relatar o memorável furo jornalístico de Renata Cafardo no jornal O Estado de São Paulo.
A sensação que fica, a meu ver, é aquela de que não basta apenas otimismo e boa vontade de dirigentes do alto escalão do governo, tudo aquilo que é feito no improviso e por meio de agentes não tão capacitados tende a dar errado.
Aquele velho ditado popular "a ocasião revela o ladrão" se encaixaria perfeitamente ao ocorrido naquele ano e, por que não?, aos anos posteriores, os quais também foram marcados por erros.
Recomendo o livro àqueles que buscam um ótimo material sobre aquele que se tornou o exame mais importante do país, tanto pelo seu gigantismo, visto que milhões de brasileiros submetem-se ao crivo todos os anos, quanto pela incumbência dada desde 2009: tornar-se o principal e quiça único vestibular do Brasil, sendo a principal porta de acesso ao ensino superior público e privado do país.