Jamayra Greyce 14/09/2022
Em defesa de Agatha Christie
Bem gente, me aconteceu uma desgraça enquanto eu lia “A mansão Hollow”: infelizmente, inventei de pesquisar qual era a aparência de certas personagens nas adaptações da história e logo soube quem era a pessoa culpada.
De qualquer forma, levei a leitura até o fim, principalmente pq esse não é um caso mal concebido. Muito pelo contrário! Li alguns trechos depreciativos de leitores a respeito dessa obra, aqui mesmo no Skoob, mas só posso concluir que se trata de pessoas muito chatas, insuportáveis e amarguradas, incapazes de apreciar com tranquilidade nuances diversas nas tramas de uma das autoras mais TOPS de todos os tempos. Véi, me poupe!
O crime desse livro tem ares artificiais e encenados, mas ao mesmo tempo várias sutilezas que deixam qualquer um perdido. Eu mesma, antes de tomar o spoiler, estava caminhando para cada vez mais distante da resposta correta, pq é isso que a narrativa te leva a fazer, da maneira mais discreta e inocente possível. E mesmo depois de descobrir o que estava por trás do mistério, eu sequer pude acreditar que era aquilo de verdade, ou entender direito como tudo havia se dado...
Mesmo sabendo prematuramente quem matou quem, tive a incrível experiência de analisar com cuidado os brilhantes artifícios de Agatha Christie para causar confusão generalizada na mente de seu público. Por exemplo, de um jeito ou de outro, sempre somos arrastados para longe da possibilidade de desconfiar seriamente da pessoa assassina. Também, sempre acontece de um elemento do assassinato ser extremamente inexplicável, e dez vezes mais relevante que qualquer outra coisa no enredo. Então, geralmente a chave de tudo é isso... e boa sorte para quem quiser desvendar um enigma através de outro kkkkk.