Eliane Sousa 20/02/2024
Gostei muto do livro, pois são dicas simples e objetivas, sem muita enrolação. Vou listar as que eu mais gostei.
As pessoas adiam as tarefas por motivos como: a tarefa é desagradável, não sabe por onde começar ou ela não se conecta ao seu real, propósito de vida. Porém as tarefas não irão simplesmente sumir e permanecem por fazer e ocupando um espaço na nossa mente, o que intensifica a sensação de culpa.
Monstro do pânico: em ocasiões em que um prazo está muito próximo de se encerrar ou há
perigo de constrangimento público, uma parte do cérebro, ligada à tomada de decisões, de repente, reage, como uma espécie de “monstro do pânico”, apto a auxiliar, de modo hiperfocado, na concretização de qualquer tarefa.
A inconsistência temporal se refere à tendência do cérebro humano de valorizar as recompensas imediatas em detrimento das recompensas futuras. Entretanto, enquanto o Eu Futuro pode estabelecer metas, somente o Eu Presente pode agir.
O seu cérebro valoriza os benefícios em longo prazo, quando é forçado a pensar no futuro (amanhã), mas valoriza a gratificação imediata, quando se trata do momento presente (hoje).
Você não deve confiar nas consequências e recompensas de longo prazo para motivar o Eu presente.
Você deve fazer com que as consequências futuras se tornem consequências presentes
Eu não deveria ter feito isso: quando você reconhece o que fez e usa isso como um gatilho para imaginar uma nova maneira de
agir, interrompe o ensaio anterior e passa a usar a experiência como uma oportunidade para melhorar e crescer.
- Qual foi o problema aqui?
- O que eu poderia ter feito diferente para obter o resultado que eu estava procurando?
- Se eu pudesse fazer isso novamente, como eu faria agora, dada a nova sabedoria que eu adquiri?
Aceite o que aconteceu e reconheça que agora você está pronto (a) para explorar novas opções.
Imagine-se na mesma situação, mas com um comportamento diferente, visto que passou a usar a sabedoria que você tem agora (tente ensaiar essa etapa várias vezes). Quando estiver ensaiando, é importante ver e se sentir completamente imerso na situação. Seja muito específico, e envolva o máximo de sentidos que puder.
Quanto mais confortável você quiser se sentir, menos oportunidades e estratégias desejará explorar. Os procrastinadores se concentram em como se sentir melhor no momento em vez de buscar entender o que os faz se sentirem mal.
As evidências sugerem que os procrastinadores se confortam no presente com a falsa crença de que eles estarão melhor equipados, em termos emocionais, para lidar com uma determinada tarefa no futuro. De alguma forma, eles acreditam que desenvolverão essas habilidades de enfrentamento milagrosas para lidar com determinadas emoções que simplesmente não conseguem enfrentar no momento presente. Os procrastinadores reconhecem o dano temporal proveniente das más escolhas, mas não conseguem superar o impulso emocional em direção a uma diversão.
O procrastinador adora fazer planejamento das coisas. Afinal, planejar não significa executar tarefas. A lista de tarefas muitas vezes não leva em conta o real tempo de duração das tarefas. Ainda que sua mente consciente crédula acredite que você de fato pretende realizar os itens dessa lista de
maneira eficiente, a supramencionada zona cerebral tem “certeza” de que você não tem a real intenção de executá-los. Por isso, ela fica “feliz”. As listas de tarefas por si só são inúteis. Já o planejamento obriga você a enfrentar a realidade de quanto tempo você realmente tem e o quanto as coisas vão demorar.
O filósofo chinês Lao Tsé disse certa vez: “uma caminhada de mil léguas começa com um simples primeiro passo”.
Quando você toma uma decisão, o seu cérebro interpreta que você tem controle. E, como será enfatizado a seguir, uma sensação de controle reduz o estresse.
Pequenas medidas de progresso ajudam a manter o impulso em longo prazo, o que aumenta a probabilidade de finalizar grandes tarefas. Você não precisa decidir se deve ou não trabalhar durante um determinado período. A decisão já foi tomada.
É isso que você precisa fazer. Concentre-se no seu próximo passo, e depois no próximo passo, e depois no próximo.
Nas tarefas difíceis, é preferível dar prioridade ao prazer, quando o prazo se inicia, e esperar que elas se tornem mais importantes à medida que o término do prazo se aproxima.
Você não precisa de mais força de vontade. Você precisa construir hábitos. A reprodução exaustiva da correta forma de agir, diante de situações que podem desencadear o pânico, permite a formação de um hábito que favorece o foco no controle de excitação. O que acontece aqui com a técnica é que, ao agir imediatamente para se livrar daquela tarefa, do ponto em que ela se encontra, você evita que a inércia domine seu corpo e sua mente.
A chave é ativar e depois fazer, não ativar e depois pensar em fazer.
Os maus hábitos são fáceis de serem adquiridos, porque geralmente têm recompensas muito imediatas.
A pesquisa mostra que cada hábito tem três componentes. Existe a sugestão, que é o gatilho para iniciar um comportamento automático. Então, uma rotina, que é o próprio comportamento em si. Finalmente, uma recompensa.
A forma interrogativa em comparação com a forma declarativa de conversa introspectiva favorece a ação e a reflexão.
O desperdício de tempo difere do desperdício material no sentido de que não pode ser recuperado. A perda de tempo ocorre com muita facilidade, mas é muito difícil corrigi-la, porque o tempo perdido não se torna tão evidente quanto um material desperdiçado, caído no chão.