Bia 18/05/2020
Resenha - A Coroa Da Vingança
Eu estava protelando para pegar esse livro. Socorro.
Gente, eu sangrei durante essa leitura. Esse livro sugou minha vida! Já perdi as contas de quantas vezes pedi socorro durante a leitura. Perdi as contas de quantas vezes quis jogar esse livro no fogo. Se preparem porque eu vou xingar muito nessa resenha, porque eu estou emputecida por ter gastado meu tempo lendo essa coisa. Mas como sou orgulhosa e tenho esse toque de começou uma série então preciso terminá-la nem que seja a base do ódio, eu precisava concluir a trilogia... Mesmo sofrendo com a leitura. Eu não tenho nada de bom para dizer sobre esse livro, então não esperem encontrar flores aqui, pois só tem espinhos bem afiados kkkk. E quem é fã dessa trilogia, vai me odiar, mas eu recomendo não ler para quem não aceita criticas de suas séries favoritas.
Lily perdeu suas memórias. Por quê? Ninguém sabe. Ela acordou um dia e já não se recordava de sua aventura no Egito, ou mesmo sobre os Filhos Do Egito. Ela acordou com as lembranças de ser uma menina normal prestes a escolher uma faculdade.
Mas duas vozes em sua cabeça a chamam e Lily descobre no que esteve envolvida nos últimos meses. Tia e Ashleigh são as vozes na cabeça de Lily, duas criaturas que dividem o corpo e a mente de Lily. Quando Lily percebe que precisa fazer algo grande para salvar o mundo, mesmo sem as suas memórias, ela decide seguir uma jornada até o Cosmo e libertar os Filhos Do Egito, derrotar Seth que está se libertando de sua prisão e salvar não apenas o mundo, mas os Deuses.
Porém sua jornada não será fácil, pois aos poucos Lily irá perceber que para usar os poderes que tem em momentos de luta, ela terá que ceder toda a sua alma e corpo para um novo ser dentro de si, uma quarta pessoa. Mas se ela se entregar para essa quarta pessoa, Lily, Tia e Ashleigh deixaram de existir.
Lily é uma personagem bem sem sal e muito ridícula. Nossa, eu tenho muita coisa para falar dela, e nenhuma é coisa boa. É a típica personagem “donzela em perigo”, ou aquela personagem onde todos os homens a querem, todos a amam. Além do fato de tudo, absolutamente tudo, girar em torno dela. Esses dias fiz uma resenha falando a mesma coisa, a mesma situação, e se não me engano foi do livro Traída (House Of Night), onde qualquer coisinha tinha um holofote sobre a protagonista, fazendo assim não ter papel para outros personagens. É como se eles estivessem ali para serem enfeites, suportes para a personagem, ou um cenário. Lily é uma garota confusa, ela tem como desculpa o fato de ter duas outras pessoas em sua mente e os sentimentos delas misturado com os de Lily a deixam confusa pensando que ela gosta de uma pessoa quando na verdade os verdadeiros sentimentos de Lily se direcionam para outro cara. É uma embolação que a autora faz desnecessária, isso tudo para criar caso, criar uma conexão da personagem com os outros três caras. Eu poderia comparar ela com Kelsey assim como fiz nas outras duas resenhas? Poderia. Mas não vou fazer isso, porque a Lily se provou mais retardada do que a Kelsey.
Houve um momento do livro, onde os deuses começam a revelar todo um plano oculto a Lily, que ficou tão, tão, mas tão parecido com Harry Potter. Gente, esse momento foi quase uma cópia! Não vou dar detalhes, pois como se trata de um plano oculto desde o primeiro livro, temos varias revelações e descobertas aqui, então qualquer coisa que eu diga sobre esse momento é um spoiler. O que eu posso dizer é que ficou extremamente parecido com as questões das Horcruxes do Harry Potter.
Amon foi o personagem que menos apareceu nos últimos dois livros. Ele só foi o principal no primeiro livro, depois a partir do segundo livro ele só ficou de escanteio, sempre desaparecido. E aqui foi a mesma coisa. No segundo volume ele fugiu e não teve quase nada dele no livro, consigo contar em uma mão quantas vezes ele apareceu no livro. Nesse terceiro volume foi a mesma coisa, a diferença é que ele não fugiu de nada, só foi escondido de Seth e, portanto ficou longe. Ele e Asten só aparecem lá pro meio do livro.
Asten foi o mais quietinho desse livro, mal teve fala o coitado. Na metade do tempo ele só estava lá como um figurante, na outra metade ele nem estava lá.
Teve uma coisa engraçada que eu queria dizer pra vocês, mas não consigo sem spoiler. Por tanto não vou dizer totalmente, mas vou tentar me expressar com claresa sem spoiler, só espero que vocês consigam entender kk.
Teve uma cena logo no final do livro, provavelmente faltando umas trinta páginas para terminar o livro, acontece algo com Asten. Okay, depois que todo o drama passa... Foi muito engraçado isso, mas depois que tudo passou foi como se não tivesse acontecido. Teve uma doideira dramática, mas quando terminou e as coisas voltaram ao normal de antes, não houve nenhuma comemoração nem nada... Cara, eu não sei como explicar sem dar spoiler, mas não teve emoção depois do que aconteceu. Não teve abraço, depois de terem chorado horrores, não teve um reencontro depois de ter ido embora... Foi seco. Foi um nada, porque nada aconteceu depois de acertar o que aconteceu. Ele simplesmente não estava lá, depois ele estava, mas ninguém se quer dirigiu uma palavra a ele, ao que aconteceu. Está confuso? Com certeza, eu imagino que sim kkk, mas não tenho como explicar sem dizer exatamente do que eu estou falando. Eu só queria deixar esse comentário aqui, pois essa parte do livro foi ridícula. Quem leu o livro deve saber do que estou falando.
Ahmose o mais sem sal de todos! Ele é muito sério, é muito meloso (os três na verdade são né, mas Ahmmose passa do limite). Ele é um cara muito carente, é bem perceptível isso, e tenta alcançar alguém que não pode, mas claro que a autora que comanda o curso dessa história permite que o impossível seja possível, porque claro que a autora quer por nossa querida protagonista como o centro de tudo, e não podia deixar de por um terceiro homem aos seus pés e dizer que é super normal isso.
Tia e Ashleigh já são as personagens que menos gostei. EU estava em duvida quanto a Tia no segundo livro, mas depois ela até que me pareceu legal, mas ai aconteceu umas paradas (que não vou entrar em detalhes) que me deixou de mau humor com ela kk. Ela é uma leoa bem feroz mesmo, tem uma personalidade forte e é quase sempre quer partir pro ataque. Já Ashleigh é bem agitada e bem pra frente, é daquelas que fala o que pensa, porém é mais tranquila que Tia.
Dr. Hassan sumiu. Graças a Deus kkkk. Ele ficou para trás kk. O final dele foi hilário e totalmente sem noção. A autora quis fazer um final feliz para todo mundo e inventou permissões, lugares e posições onde não existia, onde não tinha nada a ver colocar Hassan no meio disso. Mas okay, ele é um personagem pra mim que é tanto faz. Não senti falta dele nesse livro e muito menos no segundo.
Eu olho para trás e só de pensar que eu amei (leiam bem, eu AMEI... Que surreal!) o primeiro livro eu fico chocada. Porque Colleen é uma autora que já comprovei durante todo o percurso de A Maldição Do Tigre que eu não gosto dela. Mas arrisquei e por curiosidade (já que nunca tinha lido uma história fantástica que envolva o Egito) comecei essa trilogia. Fiquei extremamente surpresa quando favoritei o primeiro livro. E ainda estou surpresa com isso, ainda mais agora que terminei a trilogia e vi que os dois últimos livros é uma enorme bosta, um enorme ridículo.
É uma pena que as cenas de ação desse livro são podres. Na verdade nem deveria está chamando de ação tudo o que aconteceu aqui, por que... Não foi ação... Não foi uma luta... Isso não foi uma batalha. Nesse livro em especial foi tão pobre as “lutas” que ela fez, foi tudo muito breve e sem mais detalhes. É uma pena, porque eu já confessei, em todas as resenhas de todos os livros que já fiz dela, que a autora sabe escrever uma cena de ação e aventura muito bem, ela realmente manda bem... Mas sempre estraga tudo metendo o romance no meio de tudo. Exemplo: Estamos no meio de uma luta e a personagem para pra admirar e descrever o físico do parceiro. Ou ela para pra refletir brevemente sobre seus sentimentos... Ai depois ela fica tipo: “balancei a cabeça para afastar o pensamento, pois precisava me concentrar na luta”. Tem cabimento isso? No meio da ação, no meio de uma fuga, no meio do perigo, no meio de uma quase morte, no meio da luta, a garota me para pra poder pensar no romance. É nisso que eu odeio muito na autora, porque é visível o potencial incrível que ela tem de criar histórias com uma base muito legal, com um tema muito legal, como foi com A Maldição Do Tigre e com Deuses Do Egito, só que ela enfeita o romance demais, em extremo exagero, e estraga tudo. Ela escreve uma cena de ação muito legal, mas ai estraga tudo colocando coisa que não tem nada a ver, não é hora para aquilo, até porque o livro todo tem romance e frases melosas em todas as páginas, será que para as cenas de ação ela não podia deixar isso um pouquinho de lado não?
Teve momentos do livro que eu quis realmente vomitar. Meu Deus era tanta frase melosa e ridícula! Era tanto mel, muito mel, em cada frase que chegou a me dar ânsia de vomito. Tudo, absolutamente tudo, no livro era romantizado em tal nível que meu estomago embrulhava. Cansava de revirar os olhos.
Outra coisa que sempre me incomodou nos livros da Colleen era as longas páginas de história. Um personagem sentava para contar uma história e levava uma vinda inteira pra contar. Se fosse uma ou duas vezes tudo bem, mas a questão é que a cada intervalinhos de páginas sempre tem uma longa história de alguma coisa (mesmo a mais insignificante) para se contar. Isso pesou muito a leitura. Com essa trilogia não foi diferente, o primeiro livro trouxe muito do Dr. Hassan contando histórias intermináveis. Fiquei feliz quando ele mal participou do segundo livro, pois significava menos histórias eternas, mas houve outros personagens que ocuparam o lugar dele para fazer isso… Nesse terceiro livro foi a mesma coisa. Dr. Hassan mal participa do livro, mas outros personagens ocupam seu lugar para contar histórias longas. Teve um momento do livro (no final do livro basicamente) que eu não sabia se ria do ridículo ou ficava emputecida, pois no meio de uma grande batalha, onde estavam todos quase morrendo, feridos e quase entregando os pontos, perdendo as tropas, etc., o deus Seth parou tudo para contar uma história... Gente! Não aguento com isso. É tão ridículo e desnecessário... Eu fiquei tipo: “… Que?! É Sério isso?!?!?!”. Foi do nada, tava todo mundo pronto pra atacar, mas ai ele começa a contar uma historinha.
Uma coisa que notei é que a autora distribuiu o foco dos três homens para cada livro. No primeiro livro o Amon foi o protagonista, o que mais apareceu, o que mais teve fala, em fim ele foi aquele que estava sempre lá desde as primeiras páginas do livro até a última. No segundo livro quem marcou presença constante ali foi o Asten, enquanto os outros dois irmãos estavam de escanteio, e depois só o Amon ficou de escanteio kkk. No terceiro livro quem mais ficou presente foi Ahmose enquanto os outros dois irmãos novamente estavam de escanteio.
A Coroa Da Vingança foi uma leitura bem lenta, bem arrastada, e me cansou demais do inicio ao fim, esse livro tirou minhas energias, sugou minha vida enquanto lia kkkk, pelo menos essa foi a sensação. Eu fiquei protelando para ler quando peguei o livro para ler e isso iria atrasar minhas leituras, minhas metas, então eu simplesmente sentei um dia e me dei uma bronca e passei a ler cem páginas por dia desse livro para acabar ele logo kk.
Eu comprei em pré-venda e já recebi o livro A Chama De Ember (que vai falar do cavaleiro sem cabeça), que graças a Deus é um livro único. Eu me pergunto por que sigo tentando dar chances atrás de chances para essa autora, já sabendo que não gosto dela, os livros dela são péssimos para mim... Mas aqui estou eu com A Chama De Ember me esperando na estante kkkk. Não sei quando vou ler, com certeza não será esse ano, não sei se será ano que vem, eu preciso de um longo intervalo dessa autora, porque já sofri demais com ela. Agora é me acalmar, tirar um tempo e tentar pegar o livro na paz kkk.
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