Férias de Natal

Férias de Natal W. Somerset Maugham




Resenhas - Férias de Natal


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Ana 17/01/2024

Tendencioso e falacioso....
William somerset maugham foi um escritor e dramaturgo Britânico. Nasceu em 1874 e faleceu em 1965. Escreveu diversos romances, contos e peças de teatro. Férias de Natal, publicado em 1939, é um livro tendencioso, nada natalino. Aqui temos Charley Mason, um jovem de classe alta, que ganha dos pais uma viagem para Paris, ele vai poucos dias antes do Natal e pela primeira vez sozinho. Lá se encontra com seu melhor, Simon que lhe apresenta uma moça Russa, Lídia, esta vai mudar sua forma de enxergar o mundo e si mesmo.
Achei a narrativa bem envolvente e interessante. O que me incomodou foram as falácias sobre Comunismo e a revolução Russa. O personagem do Simon é chamado de comunista, mas age como um fascista e a personagem Lídia relata mentiras sobre a revolução russa de 1917 que levou os bolcheviques ao poder destituindo a burguesia exploratória do poder. O autor tenta enganar misturando comunismo e fascismo. E por meio do Simon, que é um personagem detestável, vomita ideologias neoliberais, meritocráticas, capitalistas e diz que são conceitos comunistas e socialistas.
Fica claro a posição reacionária do autor nessas falas. Não utiliza argumentos sérios e nem detalha sobre as condições precárias da grande maioria do povo russo antes da revolução, e como a vida da maioria da população russa melhorou depois dela. Omite fatos sobre isso de propósito, tentando manipular o leitor. Livro tendencioso e falacioso.
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iara 18/12/2023

Férias de Natal, ao contrário do que o título parece indicar, não vai te dar uma sensação aconchegante em relação a essa época do ano. O livro nos mostra os infortúnios de uma mulher jovem, cuja a data é só mais um dia normal. Você passa o livro torcendo para que as coisas de alguma forma se encaixem, mas lá no fundo sabe que isso não vai acontecer. É um livro bem mediano e a propaganda anti-comunista é meio que escancarada mas ok né.
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Heidi Gisele Borges 13/12/2023

Adorei Servidão humana, desde então tinha planos de ler mais Somerset Maugham.

Esse livro, Férias de Natal, publicado em 1939, quando a Segunda Guerra batia à porta, não me entusiasmou tanto.

Gostei da história e da melancolia, das mudanças que Lídia (ou Princesa Olga) trouxe para a vida do protagonista, Charley. Mas sinto que, para mim, faltou algo.

Nem de longe é um livro ruim. Precisa-se ler com calma e atenção. Nada grande acontece, e isso reflete a vida de Charley.

O amigo do protagonista, Simon, com seus discursos cansativos me lembrou, de certo modo, de Bazarov, o niilista mor, personagem de Pais e Filhos, de Turguêniev.

Niilistas são cansativos.
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graziiffraga 09/02/2023

Não engatei
Vi muita gente falando bem desse livro, mas não consegui engatar na leitura, levei meses até terminar de ler. Mas é bem interessante, tira a expectativa de ser uma história sobre natal, se tornando uma reflexão sobre os pensamentos do personagem. Mais filosofia do que qualquer outra coisa
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Rafael 15/01/2022

Nada como uma história bem contada!

Nessa obra, o escritor britânico William Somerset Maugham nos apresenta Charley Mason, um jovem inglês de 23 anos que vive com seus pais em uma situação financeira bastante confortável, graças ao espírito empreendedor dos seus avós paternos, um ex-jardineiro e uma cozinheira.

Charley deixa seus planos de se dedicar à arte e, por sugestão de seus pais, empenha-se nos negócios da família. Essa dedicação lhe rende como prêmio uma viagem à Paris (pela primeira vez sem a companhia de seus pais).

Inicialmente, essa viagem teria como intuito dias de plena diversão na capital francesa, possibilitando a ele gozar da sua juventude, visitar o seu melhor amigo da infância Simon, e apreciar a arte local. Entretanto, tudo muda ao conhecer Lídia, uma russa cuja família é obrigada a fugir de seu país após a revolução russa, e assim, enfrenta diversas dificuldades no exterior.

Charley fica extremamente interessado na história de Lídia e dedica-se a ela durante toda a sua estadia em Paris. Durante esses dias, ele mergulha em uma realidade totalmente diferente da sua, vendo de perto um mundo repleto de maldade, prostituição, assassinatos, drogas, loucura, miséria e fome.

Certas vezes, alguns livros pouco conhecidos no mundo da literatura nos surpreendem de forma bastante positiva. Vivi isso quando li “O compromisso” de Herta Muller, e esse foi o meu sentimento com a obra resenhada. Além de possuir um enredo bastante interessante para ser acompanhado, nos permite refletir sobre diversas questões políticas que envolviam a Europa no período em que a obra foi escrita (1939 - ano em que foi iniciada a segunda guerra mundial). Para quem gosta de viajar com histórias bem conduzidas, sugiro fortemente esse livro. Inclusive, já adicionei na minha lista de próximas leituras outros romances do autor, como, por exemplo, a obra Servidão humana.

"Sossego, repouso, silêncio, solidão. Diria que são luxos que só os ricos podem ter. No entanto, não custam nada. E estranho que seja tão difícil alcançá-los."
Anderson.Henrique 13/03/2022minha estante
Livro maravilhoso!




Carla1468 31/12/2021

Resenha do livro: Férias de Natal - W. Somerset Maugham
Leitura finalizada como uma das favoritas! Que surpresa esse livro! Não era nada do que eu esperava e foi incrivelmente bom!! Minha primeira experiência de leitura com esse autor. Sim, comprei para ser uma leitura temática de final de ano. Mas não espere atmosfera natalina,pois apenas se trata do período de Dezembro.

A história acontece no período dos anos 30, nos tempos turbulentos da Revolução Russa, com ideias de fascismo, stalinismo,com personagens muito bem construídos,lembra e muito uma obra da literatura russa(embora o autor seja um inglês rs) é um livro de lembranças e diálogos.
Conceitos sociais, a questão do individualismo, de religião, de política são amplamente abordados e de boas reflexões.

Um jovem inglês,que tem uma ideia totalmente diferente da realidade social da maioria das pessoas,pois vem de uma família abastada e de focos nas Artes e estudos passa suas férias em Paris e nesse tempo entra contato com um mundo totalmente novo para ele: prostituição e crime. E o faz repensar muitas coisas da realidade dele na Inglaterra, inclusive que nem todas as pessoas apreciam as Artes e passam o Natal da mesma forma que ele e que a visão que tem da vida e da sociedade é a partir das vivências de cada um, daquilo que relacionado as experiências sociais.

"Tudo isso era muito estranho e complicado. Fazia crer que nada era tão simples quanto parecia, e que as pessoas a quem julgávamos conhecer melhor levavam consigo segredos que elas próprias ignoravam. [...] A verdade é que nada se sabe da alma de ninguém." (Pág 212)

Um livro sobre "sair da bolha", sobre perda da inocência, sobre a dura realidade humana . Para refletir...
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otxjunior 27/12/2020

Férias de Natal, W. Somerset Maugham
Mais uma peculiar "história de Natal" para fechar o ano e outra entrada entre as melhores leituras que fiz nos últimos meses. Vai ver que é meu nicho literário, mas Férias de Natal tem pouco de festivo, para falar o mínimo. Terceiro livro que leio de W. Somerset Maugham, ou escritor britânico "secundário", como é introduzido nesta edição. O título pouco apreciativo pode ser justificado por sua excelência como contador de histórias: domínio da narrativa não parecia ser um requisito para a literatura do século passado. Por outro lado, os temas caros a WSM são próprios da época, principalmente no aspecto político entreguerras. São estes, o sentido da vida e autoconhecimeno, tensão entre classes, amor e arte como os únicos fatores que tornam a existência tolerável. O que muito me interessa e torna a identificação com o protagonista fácil. Ao ocupar seu tempo entre galerias e concertos, Charley reflete o leitor em sua busca interminável por beleza e sentido. Eu sou Charley, não somos todos?
Figuras ainda mais nítidas povoam o romance, cirúrgico em número de personagens, lugar e tempo, com destaque para o amargo Simon e a trágica Lídia. A história desta ocupa maior espaço do texto, aos moldes de uma trama policial existencialista de André Gide, citado expressamente, ou Albert Camus. Não por acaso, o herói está em Paris; e sua busca por diversão descompromissada em terras estrangeiras, sozinho pela primeira vez, é frustrada ao passar os cinco dias de férias na presença quase integral de uma prostituta russa, também de férias curtas de suas atividades, pode-se dizer. Pois passam o tempo principalmente conversando, mas uma conexão real se dá, materializada na emocionante cena final. Outros diálogos mais acalorados ocorrem a partir da retomada de uma amizade de infância, agora quase irreconhecida, em trechos que justificam releituras. Na verdade, quanto mais penso nessas passagens, mais gosto do livro. O último parágrafo ainda é o perfeito arremate da jornada, que assim como a de Charley, é transformadora.
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Anderson.Henrique 16/08/2020

Esse autor autor inglês não é tão conhecido como Huxley, Virginia Woolf entre outros, mas vale muito a pena conhecê - lo. O livro foi publicado em 1939, pouco antes da Segunda Guerra Mundial e fica explícito como o trauma do período entre guerras foi grande. Além desse acontecimento, ainda podemos ver o efeito que a Revolução Russa trouxe para a personagem Lídia e sua família. O ideal da revolução soviética entra em constantemente conflito com a capitalista e industrializada Inglaterra do século XX representada pelo personagem Charley.
Ainda vemos no terceiro personagem da trama, o também inglês Simon, que trabalha em um jornal na capital Paris, os ideais fascistas crescentes na Europa naquele período.
É um livro que aborda diversos temas, entre eles a arte, a luta de classes e o existencialismo. Super recomendo. ;)
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Juliana Suzuki 04/02/2020

4/5
Um livro surpreendente, considerando sua premissa. A história acaba se revelando bastante engenhosa, mas ao mesmo tempo, é contada com muita naturalidade o que faz com que pareça muito simples. Fica clara a habilidade de Maugham para a escrita e apesar de não ser um dos livros mais conhecidos do autor, recomendo a leitura.
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Edna 22/12/2019

Divergências
"Não há nada que nos esclareça tanto sobre nós mesmos como estar só no mundo, ser estrangeiro em toda parte e viver toda a vida em companhia de gente para quem nada significamos."

Está é a terceira obra que leio desse maravilhoso romancista e dramaturgo inglês que infelizmente não foi muito reconhecido.

Ele tem um estilo próprio de narrar e dar vida a seus personagens, com uma linguagem direta, clara e absurdamente crítica, e sentir o pessimismo e o desconforto que ele provoca já faz a Leitor apreciar a leitura desde o início.

Férias de Natal, apesar de não estar entre seus principais livros, o outro que li dele "O véu pintado" livro magnífico, O fio da navalha (um pouco arrastado) mas todos são leituras que coloca em foco suas principais obsessões a Arte, que Ele detalha fatos dos Grandes nomes da Pintura e faremos juntos um passeio pelo "Louvre" para junto com os personagens desvendar fatos incríveis sobre as Obras e a Pessoa do Artista, além de política e principalmente o relacionamento humano são temas abordados.

Charley, o jovem que ganha do Pai uma viagem à Paris, questiona o que será melhor a Arte ou a segurança do Bom emprego que lhe rendeu a viagem da Inglaterra à Paris com o intuito de rever o amigo de infância, Simon, que o apresenta
à garota russa, a Lídia, e à uma realidade que abala suas convicções, fazendo ele analisar tudo em que acredita, fica sem chão diante da atitude do Amigo de infância que ele supunha conhecer e toda a história por trás da vida medíocre que Lidia leva.

Simon é um jornalista inglês com ideais revolucionários, Lídia a jovem russa solitária, que teve o marido preso por assassinato e resolve expiar a culpa empregando em uma casa de shows e se prostituindo.

É diferente de tudo o que o protagonista e até o Leitor acredita que viverá como Aventura incrível, Ele se depara com um drama, um suspense sobre a vida de Berger que sentia prazer em suas ações sórdidas quando via a face de suas vítimas após serem deixadas às escuras e Ele levava seus pertences em carros roubados com essa finalidade, com uma reviravolta na sua mente que levará o Leitor a refletir sobre muitos aspectos.

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Leila de Carvalho e Gonçalves 24/07/2018

Habilidoso Contador De Histórias
Durante sua vida, o romancista e dramaturgo inglês William Somerset Maugham (1874-1965), apesar de admirado pelo público, jamais conseguiu um elevado respeito por parte dos críticos e de seus companheiros escritores, boa parte ressentida pelo seu êxito comercial.

Habilidoso contador de histórias, suas obras seduzem a atenção, graças ao estilo linear e direto, assim como pela linguagem polida, redigida com clareza e objetividade. Singularmente, são esses os defeitos apontados por seus detratores numa época onde a literatura de vanguarda experimental seduzia as elites culturais, tendo como principais representantes: William Faulkner, Thomas Mann, James Joyce e Virginia Woolf.

Portanto, conhecer o trabalho de Mr. Maugham é uma boa oportunidade para compreender essa divergência e "Férias de Natal", apesar de não estar entre seus principais livros, é uma leitura que coloca em foco suas principais obsessões (arte, política e relacionamento humano), bem como seu costumeiro pessimismo.

Publicada em 1944, nessa narrativa somos apresentados a Charley, um jovem rico disposto a abandonar a segurança de um bom emprego, para viver da arte. Porém, durante uma viagem a Paris com o intuito de rever um amigo de infância, ele conhece uma prostituta, Lydia, e a seu lado, é apresentado a uma realidade que abala suas convicções, fazendo ruir os alicerces de seu mundo.

Essa é uma edição caprichada com tradução de Leonel Vallandro e prefácio de Luiz Ruffato. Apresenta biografia do autor, possui índice ativo e está adaptada à nova Reforma Ortográfica.
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none 08/01/2018

Se você curte Dostoiévski, Mishima e Hesse vai gostar (e muito) dessa leitura
Amizades contraditórias, quem não as têm ou teve que jogue a primeira pedra. Charlie é um jovem inglês inocente que pretende passar o Natal em Paris longe da proteção do lar e de sua família excêntrica. Simon é um jornalista inglês influente e politizado vivendo em Paris, acredita nos ideais revolucionários comunistas e que os fins justificam os meios. Lídia (Princesa Olga) é uma jovem russa solitária, que teve o marido preso por assassinato e resolve expiar a culpa (dele e dela) se prostituindo. Tirando um ou outro fato temporal ou espacial, parece enredo de um romance do Dostoiévski, ou do Hesse ou do Mishima, mas é um romance secundário de Somerset Maugham. E dos bons. Já tinha lido O fio da navalha, e me encantei com o jeito do autor e sua visão de mundo. A perda da inocência tem um preço, passamos a enxergar os outros e o mundo ao redor de um jeito que não é fatalista, mas também não é cor-de-rosa. Pode ser um misto dos dois jeitos até. Desde que haja conscientização. E este livro proporciona sérios debates e reflexões.
Vick 05/09/2019minha estante
Fiz o mesmo paralelo com o Hesse. ?tima resenha.




regifreitas 22/12/2016

a "transformação" do "protagonista" não me convenceu.
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@garotadeleituras 21/12/2016

O natal de Charley Mason em Paris
O livro “férias de Natal” narra a interessante “viagem solitária” de Charley Mason,um jovem de vinte dois anos, a cidade encantada de Paris na época de Natal. Essa viagem é na verdade um prêmio, como incentivo pelo primeiro ano de trabalho, quando este, persuadido pelos progenitores, trocas as pretensões artísticas pelo empreendimento da família.

Ao embarcar no trem, o jovem encontra-se ansioso para desbravar a cidade, munido de liberdade e independência. Ao contrário das animadas aventuras pretendidas pelo jovem, acaba deparando-se com realidades mais impactantes ofertadas pelos idealismos do amigo Simon e da jovem russa Lídia, atualmente prostituta de um prostíbulo de luxo, que usa Charles como ouvinte sobre acontecimentos do seu passado, como o casamento com o polêmico Roberto Berger; este é um ladrão de carros, assassino, traficante, bem nascido, mas que sente prazer em praticar ações deturpadas. Roberto Berger é um ausente bem presente na narrativa, que instiga o leitor a ler páginas e páginas, para conhecer a polêmica estória sobre sua pessoa.

Nos diálogos com seu amigo mais querido, o Simon, Charley é levado a questionar filosoficamente sobre a existência, política, religião e sociedade. O autor propõe um texto mais psicológico que narrativo, ao permitir o leitor conhecer os recônditos dos pensamentos do outrora inocente jovem inglês.
Estes diálogos sarcásticos com o amigo ou ainda, quando Lidia propõe que o mesmo discorra sobre a importância de determinado quadro na sua vida, propõe a Charley a construção de “achismos próprios”, não influenciados por ideias pré-concebidas e a mutabilidade de valor sobre uma determinada coisa para pessoas diferentes. São diálogos simples, mas que contribui para ruir algumas certezas, outrora inabaláveis para o jovem pelo poder da argumentação lógica.
Os grandes acontecimentos são relatados pelos personagens principais e Charley acaba tornando um ouvinte analisando uma realidade desconhecida. A escrita é de certa forma esquálida sobre o ambiente, mais centrada nos personagens coadjuvantes e suas aparições; ricos em reflexões que farão o protagonista redesenhar sua visão de mundo ao voltar para casa.

"Apenas uma coisa lhe acontecera. Era curioso quando se pensava nisso, e naquele momento deixava-o sem saber o que fazer; os alicerces de seu mundo haviam ruído. (p. 252)"
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