Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico

Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico Friedrich Engels




Resenhas - Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico


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Fabíola 01/03/2023

Uma boa introdução ao socialismo (:
A escrita de Engels é bem acessível, recomendo para quem deseja iniciar os sobre o tema.
Fabíola 01/03/2023minha estante
os estudos *


MarcosK 14/03/2023minha estante
Engels, o didático.




Patrick 08/09/2022

Só a finalidade, nunca o modo como as coisas serão feitas
Achei interessante que pensadores como Proudhon, Robert Owen, Charles Darwin e o próprio Hegel foram citados. Este último, em especial, é citado junto com sua teoria do idealismo, fortemente rebatida pelo materialismo proposto por Marx. O idealismo parte do princípio metafísico de que o pensamento humano precede a realidade ao seu redor, ao passo que o materialismo defende justamente o oposto: o pensamento humano é determinado por suas condições materiais, fato que leva à luta de classes entre a burguesia e o proletariado. Esse conflito entre as classes ocorre devido à propriedade privada dos meios de produção por parte exclusiva da classe burguesa.

Talvez o principal ponto que me incomoda são as pinceladas do pós-revolução. Parece que as soluções são expostas de maneira bastante vaga. Vou dar um exemplo: "Quando já não existir nenhuma classe social que precise ser submetida; quando desaparecerem, juntamente com a dominação de classe, juntamente com a luta pela existência individual, engendrada pela atual anarquia da produção, nada mais haverá para reprimir, nem haverá necessidade, portanto, dessa força especial de repressão que é o Estado.". A grande dúvida é como tais coisas serão feitas: desaparecimento das classes sociais e desaparecimento da luta pela existência individual. Somente a tomada dos meios de produção pela revolução do proletariado não irá garantir o desaparecimento de nenhuma dessas coisas.

Cito outro exemplo similar: "Acabando-se com o parvo desperdício do luxo das classes dominantes e seus representantes políticos, será posta em circulação para a coletividade toda uma massa de meios de produção e de produtos." Parece que Engels ignora a complexidade de realizar tal feito. Logo na frase seguinte, Engels prossegue: "Pela primeira vez, surge agora, de modo efetivo, a possibilidade de assegurar a todos os membros da sociedade, através de um sistema de produção social, uma existência que, além de satisfazer plenamente e cada dia mais abundantemente suas necessidades materiais, lhes assegura o livre e completo desenvolvimento e exercício de suas capacidades físicas e intelectuais.". O detalhamento de quais agentes irão assegurar tais coisas e de que maneira é o que realmente falta; o que Engels escreve, me parece, é apenas a finalidade.

E acredito, por fim, que assegurar a TODOS os membros da sociedade todos esses benefícios (satisfação plena das necessidades materiais e garantia de livre desenvolvimento e exercício de suas capacidades físicas intelectuais) sem sequer dizer como as ações serão realizadas ou quem irá garanti-las é algo muito mais utópico do que científico.


Carlima 11/09/2022minha estante
O primeiro trecho que citastes é Engels ironizando o pensamentos dos utópicos da época e não uma afirmação dele próprio.


Patrick 23/09/2022minha estante
Obrigado, Carlima, vi aqui e realmente foi erro de interpretação da minha parte, até editei a resenha.




isxcaparelli 23/12/2023

Resumo do livro

capítulo 1 - socialismo utópico
teorias antigas e idealistas, é necessário converter o socialismo em ciência. segundo hegel, ''o mundo girava sobre a cabeça''. a ''razão'' guiava, época da reforma e guerras camponesas na alemanha, e influência da revolução inglesa e francesa. o contrato social de rousseau tomava corpo na época. três grandes utopistas:

saint-simon (1808 cartas de genebra - o antagonismo entre o terceiro estado e os estados privilegiados da sociedade tomou a forma de um antagonismo entre ''trabalhadores'' e ''ociosos'' - la classe la plus nombreuse et la plus paurre - transferência de todo o poder da sociedade para as mãos dos cientistas e industriais com o objetivo de restaurar a ordem social)

fourier (1800 - satírico e crítico - primeiro a proclamar que o grau de emancipação da mulher numa sociedade é o barômetro natural pelo qual se mede a emancipação geral - divide a história em 4 etapas de desenvolvimento: selvagismo, barbárie, patriarcado e civilização/sociedade burguesa, onde a civilização se move num círculo vicioso de contradições - teoria da falange - atração passional)

owen (1771 - o caráter do homem é, de um lado, produto da sua organização inata, e de outro, fruto das circunstâncias que envolvem o homem durante sua vida - jardins de infância, educação -segundo ele, haviam três obstáculos: propriedade privada, religião e a forma ''atual'' do casamento - diversos movimentos sociais - fundou a new lanark -

esses novos sistemas sociais nasciam condenados a mover-se no reino da utopia; quanto mais detalhados e minuciosos fossem, mais tinham que degenerar em puras fantasias. o novo modo de produção começava a galgar, e por consequência, o amontoamento, da submissão patriarcal e da família, prolongação abusiva do trabalho, desmoralização em massa, campo para a cidade, agricultura pela indústria.


capítulo 2 - dialética
os antigos filósofos gregos eram todos dialéticos inatos, espontâneos, e a cabeça mais universal de todos, aristóteles, chegara a já estudar as formas mais substanciais do pensamento dialético. heráclito: tudo é e não é, pois tudo flui, tudo se acha sujeito a um processo constante de transformação, de incessante nascimento e caducidade. crítica a metafísica: os dois polos de uma antítese, o positivo e o negativo, são tão inseparáveis quanto antitéticos um do outro e que, apesar de todo o seu antagonismo, se penetram reciprocamente. a dialética focaliza as coisas e suas imagens conceituais substancialmente em suas conexões, concatenação, sua dinâmica, seu processo de nascimento e caducidade. um sistema universal e plasmado do conhecimento da natureza, e história, é incompatível com as leis fundamentais do pensamento dialético, que não exclui.

a consciência da total inversão em que incorria o idealismo alemão levou ao materialismo. o materialismo, além de ser dialético, resume os novos progressos das ciências naturais. hegel libertara da metafísica a concepção da história, tornando-a dialética. agora, o idealismo fora despejado do seu último reduto: a concepção histórica, substituída por uma concepção materialista da história, com o que se abria o caminho para explicar a consciência do homem por sua existência, e não esta por sua consciência.

a partir daí, o socialismo não se apresentava mais como uma descoberto de intelecto genial, mas como produto necessário da luta entre classes. sua missão já não era mais criar um sistema perfeito, mas investigar o processo histórico econômico. o socialismo tradicional, no entanto, era incompatível com essa nova concepção materialista, tanto quanto quanto a concepção da natureza não podia ajustar-se à dialética e novas ciências naturais. com efeito, o socialismo anterior criticava o modo de produção capitalista, mas não conseguia explicá-lo e nem destruí-lo ideologicamente.

o materialismo converte-se em ciência graças as descobertas como a concepção materialista e a mais-valia (karl marx)


capítulo 3 - o materialismo histórico
a produção é a base de toda a ordem social, e com ela, a troca dos produtos. em todas as sociedades que passam pela história, a distribuição dos produtos é determinada pelo que a sociedade produz e como produz, juntamente com a divisão social dos homens em classes.

a burguesia lançou por terra a ordem feudal e levantou sobre suas ruínas o regime da sociedade burguesa, o império da livre concorrência da liberdade de domicílio, da igualdade de direitos etc. ao chegarem o vapor e a maquinaria, transformando a antiga manufatura em grande indústria, as forças produtivas criadas e postas em movimento sob o comando da burguesia desenvolveram-se com uma velocidade e proporção até então desconhecidas. o socialismo não é mais que o reflexo do conflito material entre as forças produtivas e o modo de produção na consciência.

antes da produção capitalista, ou seja, na idade média, dominava a pequena indústria, baseada na propriedade privada do trabalhador sobre seus meios de produção; no campo, a agricultura corria a cargo de pequenos lavradores/vassalos; nas cidades, a indústria achava-se em mãos dos artesãos; as ferramentas de trabalho eram individuais. não necessitava apropriar-se, pois os produtos já eram deles pelo simples fato de terem os produzido. a propriedade dos produtos baseava-se no trabalho pessoal, e mesmo naqueles casos em que se empregava ajuda alheia, recebia frequentemente além do salário outra compreensão; o aprendiz e o oficial das corporações não trabalhavam menos pelo salário e pela comida do que para aprender a chegar a ser mestres algum dia. o teor manual e o martelo foram substituídos pela máquina de fiar, pelo tear mecânico, pelo martelo movido a vapor; a oficina individual deu lugar à fábrica. com os meios de produção, transformou-se a própria produção, deixando de ser uma cadeia de atos individuais para uma cadeia de atos sociais. agora o proprietário dos meios de trabalho apodera-se do produto, embora já não seja produto seu, mas fruto exclusivo do trabalho alheio. o trabalho assalariado, que era antes exceção e mera ajuda, passou a ser regra e forma fundamental de toda a produção, o que era antes uma ocupação acessória se converte em ocupação exclusiva do operário. de temporário para a vida toda. o produto impera sobre o produtor.

assim, a principal arma contra o operário se tornou a máquina. a expensão dos mercados não podo desenvolver-se ao mesmo ritmo que a da produção. formam-se crises. nas crises, estala a contradição entre a produção social e a apropriação capitalista. a circulação de mercadoria fica paralisada; o meio de circulação; o dinheiro; converte-se num obstáculo para a circulação; todas as leis da produção viram pelo avesso.

o estado moderno não é tampouco mais que uma organização criada pela sociedade burguesa para defender as condições exteriores gerais do modo capitalista contra os atentados, tanto dos operários como dos capitalistas isolados. a propriedade do estado sobre as forças produtivas não é a solução do conflito, mas abriga já em seu seio o meio formal, o instrumento para chegar á solução. o proletariado toma em suas mãos o poder do estado e principia por converter os meios de produção em propriedade do estado. nesse mesmo ato, destrói-se a si próprio como proletariado e todo antagonismo de classes. dessa forma, redime os meios de produção da condição de capital e dá seu caráter social plena liberdade.
isxcaparelli 24/12/2023minha estante
perdão pelos erros gramaticais!!




Na Tancredi 14/08/2023

Difícil
O texto tem seu valor informativo. Mas foi difícil ler. A escrita não é nada fácil. Talvez seja a edição, mas não tenho como saber.
Lucas007 14/08/2023minha estante
É importante ler "o manifesto comunista" antes para saber o porquê da crítica marxista aos "utópicos"




Rojú Soares 26/02/2020

Um livro bem sintético, que traduz elaborações complexas numa linguagem simples e didática. Muito acessível!
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hk.liv 09/04/2024

Uma otima intro ao socialismo
Essencial para qualquer um que queira começar a estudar sobre o assunto. ele faz o desenvolvimento do Socialismo, o desenvolvimento das sociedades Européias e o Materialismo como meio de organização social em menos de cem páginas.
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Ingrid.Pardinho 05/01/2021

Um leitura primordial sobre o socialismo
É fundamental para compreender os princípios do socialismo científico. Nele é possível identificar o pensamento que Engels desenvolve em A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado.
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natalia 06/01/2021

Além de ser uma aula sensacional sobre materialismo histórico ainda trás a narração de alguns acontecimentos do final da Idade Moderna. Muito didático e tranquilo de ler.
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alanamendesm 13/02/2021

adorei pq consegui ver com o que me identificava mais skoob te odeio por me obrigar a fazer resenha pro desafio de leitura
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Leandro 11/03/2021

Primoroso
Infelizmente a obra solo de Engels muitas vezes é subestimada em face de Marx, mas se trata de um teórico com luz e estilo próprios.
O livro trata das primeiras teorias dos socialistas utópicos, o surgimento do materialismo histórico dialético e o desenvolvimento do capitalismo na Europa, tudo em linguagem fácil e direta.
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flemingmariana 13/04/2021

leitura chata e arrastada
achei o tema interessante mas o livro em si foi um fardo pra mim: não tive prazer em ler. não tinha muito conhecimento sobre o assunto e fiquei realmente confusa com os elementos abordados. se você é leigo nessa área como eu, não recomendo de jeito nenhum.
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Galardo 17/04/2021

Necessário
Para todos que querem entender o caminho que originou o socialismo e compreender melhor esse pensamento, ótimo livro inicial nos estudos
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Amelie 01/05/2021

As bases do socialismo
Engels, com uma didática excelente, segue uma lógica muito fluida para explicar as bases do marxismo: materialismo, dialética, história, luta de classes. Além disso, o livro segue uma linha do tempo em relação aos socialistas utópicos e também com a história das três maiores revoluções pós-feudalismo, descritas no prefácio à edição inglesa.
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