O arroz de palma

O arroz de palma Francisco Azevedo




Resenhas - O Arroz de Palma


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Bookster Pedro Pacifico 11/01/2023

Arroz de Palma, de Francisco Azevedo
100 ano de história de uma família. É essa a proposta de “Arroz de Palma”, belíssimo romance sobre imigrantes que vêm de Portugal para o Brasil no início do século passado. O ponto de partida da narrativa é um casamento celebrado em 1908. Só que diferentemente do que você imagina, o mais importante desse evento não é apenas a história dos noivos, mas também os grãos de arroz que são jogados sobre eles para desejar prosperidade e fertilidade.

Ao ver o arroz esquecido na porta da igreja, Palma, a irmã do noivo, decide catar grão por grão como forma de recordação daquele momento tão importante e presenteá-los aos noivos. O que ela não imagina é que esse gesto dá início a uma tradição que seguirá os descendente dessa família por um século, sendo testemunho de novos amores, brigas e reconciliações.

Confesso que romances geracionais como esse estão no topo dos estilos favoritos de leitura. Gosto de acompanhar as novas gerações, com o amadurecimento dos personagens, ao mesmo tempo que percebo as mudanças no cenário político e social. E, na minha opinião, Francisco Azevedo faz isso com muita habilidade. O autor consegue não apenas criar personagens bem construídos e um enredo interessante, mas também se vale de uma escrita poética. E para dar um toque a mais na narrativa, “Arroz de Palma” ainda apresenta elementos do realismo mágico, atrelados à figura de Palma.

Por tudo o que escrevi, e pelo que ainda você vai encontrar na leitura, “Arroz de palma” é um livro delicioso, daqueles que dificilmente alguém não vai gostar. Só faço uma consideração: em um momento, quando trata de um personagem gay, o narrador – um senhor de 88 anos – faz menção ao termo opção sexual. Talvez isso seja um reflexo de o livro ter sido escrito há mais de 10 anos, mas ainda assim acho importante destacar que o correto é sempre orientação sexual. Nunca é uma escolha.

Nota 9/10

site: https://www.instagram.com/p/CnQGMbSp8pS/
Yasmin V. 11/01/2023minha estante
Só amor por esse livro! Uma delícia de ler!


Julia.Maranhao 29/01/2023minha estante
Gostei da história, mas me irrita que o autor escreve em períodos curtos, muitos pontos finais para poucas conclusões deixa a leitura lenta.

Mas achei legal que me fez perceber o tipo de escrita do autor


Ana 01/02/2023minha estante
Foi a minha leitura preferida de 2022: ?família é um prato difícil de se preparar?.


Sperandiocarol 19/02/2023minha estante
O mais amado?. O preferido!


Karla 28/10/2023minha estante
Lendo e amando.


Cris.Ramelo 19/03/2024minha estante
Amei!! Passei vários dias refletindo sobre a leitura. Gostei da escrita de Francisco Azevedo. Já estou lendo Fio Condutor.... Amando.




DIRCE 13/02/2015

Da magia à sedução
Arroz de Palma provoca encantamento logo na capa pela delicadeza e beleza - contornada por rendinhas tendo no centro um coração preenchido com arroz. Arroz, o grão mágico e sagrado “ caído do céu” como chuva sobre os noivos ( José Custódio e Maria Romana) , e que a literalmente encantadora tia Palma ,face a fome e a pobreza que assolava Portugal, não hesitou em recolher o arroz, grão por grão, resultando em 12 quilos de arroz - tudo o que tinha para ofertar aos noivos. Entretanto, para o seu irmão José Custódio esse presente estava mais para um presente de grego e, ironicamente, é ele ( o presente) o causador da primeira briga do casal . Briga de recém-casados não dura muito e a paz reinou, porém o que o enfezado (literalmente) José Custódio não ficou sabendo é que o arroz deixou Portugal juntamente com o casal e a tia Palma rumo ao Novo Mundo – Brasil. Era o ano de 1.908.
Essas são as primeiras lembranças do octogenário Antonio ( cozinheiro por profissão), que ao preparar um jantar comemorativo – o centenário de casamento dos seus pais- , onde reuniria membros de várias gerações da sua família , se vê menino, sentado no colo de tia Palma, ouvindo e vendo embevecido as narrativas e encenações da tia Palma.
Eu, embalada pela escrita musical, como um passe de mágica, sentei, sem pedir licença, junto a quarta cadeira e a tia Palma e me tornei também uma sua espectadora e ouvinte. Acompanhei por meio dessa escrita compassada, como a batida do coração, a saga familiar do octogenário Antonio, até o ano de 2008. Acompanhei também as transformações ocorridas nesse intervalo do tempo: 100 anos – um século de inovações tecnológicas e de mudanças de hábitos e comportamentos, porém a família permaneceu com os ingredientes de sempre: ressentimentos, brigas, partidas, distanciamentos, apaziguamentos e a redenção, ingredientes que torna família, como dizia Antonio: um prato difícil de preparar.
O enredo traz um toque do realismo fantástico, o arroz não se deteriora em 100 anos, como não se deteriora as nossas idealizações, principalmente quando se trata de nossos filhos. Nosso filho real quase nunca ( ou nunca) corresponde ao nosso filho ideal, mas é ele que nos passa um ensinamento precioso. Filhos não são nossas extensões. Filhos têm vontade própria e, portanto, as suas escolhas não são as nossas escolhas e, muitas vezes, essas escolhas ,que à priori, condenamos, nos trazem muitas alegrias. Antonio não fugiu à regra e teve sua quota de aprendizado, já Isabel ( esposa do Antonio), talvez por ter menos expectativas em relação aos filhos, teve uma reação que surpreendeu o marido e o filho diante dessas escolhas.
Arroz de Palma está longe de ser uma obra-prima, mas é um livro que nos envolve como um abraço. É um livro que fala sobre um presente com poderes mágico e eu tive a felicidade de ser presenteada com esse livro pela Marta ( minha amiga virtual, mas não menos real) e pude desfrutar de uma leitura enternecedora, diria até mágica, e fui completamente seduzida pela narrativa do menino octogenário .

Marta Skoober 13/02/2015minha estante
Dirce, eu também concordo que não é uma obra prima, mas é um livro gostoso de ler, poético em certo sentido.
Eu me sentia sentada na cozinha da fazenda ouvindo Antonio contar sua história enquanto eu bebericava minha caneca de café.
Adorei a resenha. (vai eu chovendo no molhado, sempre gosto de suas resenhas)


Renata CCS 19/02/2015minha estante
Também quero ouvir as histórias da tia Palma. Quinta cadeira reservada para mim!


Helder 26/05/2015minha estante
Dirce, eu já acho que é uma obra de arte. Há tempos não era tão tocado por uma leitura. Posso dizer que li o livro inteiro com lagrima nos olhos. Uma preciosidade!


Ana Karina 23/06/2016minha estante
Excelente resenha, Dirce! Acabei a pouco a leitura e já deixou saudades!




Caian.Gabriel 31/01/2023

Família e arroz
Assim que meu pai viu que comecei a tomar gosto pela leitura, ele foi em uma livraria e me deu esse livro de presente. Me surpreendi porque ele não é esse pai que tenta agradar dando presentes.(com certeza ele acertou em me presentear dessa forma kkk).
Assim que ganhei o livro fiquei muito feliz mas meio desconfiado de como seria a leitura pois a capa ao meu ver não é muito atrativa.
Certo tempo depois fui ler o livro sem a menor expectativa e foi com certeza a maior surpresa que já tive nesse meio literário. (Uma surpresa extremante boa)
O livro conta a história de uma família, de raizes portuguesas e um amor puro em forma de arroz que atravessa gerações. Nela acompanhamos Antônio que nos conta toda essa historia, toda essa vida enquanto prepara um almoço de família. Ele nos apresenta seus pais, a amada tia Palma, sua mulher, filhos, irmãos e tudo quanto é gente que participou do seu caminho e sem esquecer do bendito? Bendito! Arroz de palma.
A leitura é um pouco lenta pois a escrita é beeeem poética mas a história tem muito a entregar e sem dúvidas, muito a ensinar!
Uma história de amor e família que eu recomendo pra todo mundo.
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Rodrigo 07/09/2021

O arroz nosso de cada dia
Acabo de encerrar uma linda obra da nossa literatura, um livro que conta a singela história da minha família, e da sua também, e de tantas outras pessoas.... A história de um Brasil que acorda cedo pra trabalhar, e que não tem medo de encarar a vida de peito aberto, trilhando seu futuro com seus próprios pés.

O autor apresenta a saga de uma família portuguesa, que, no início do século XX, migra para o Brasil em três - o marido José Custódio, a esposa Maria Romana e sua cunhada, Palma, a solteirona que a todos cuida como filhos. Entre as malas de viagem, o arroz jogado sobre o casal, no fim da cerimônia de casamento. Um arroz mágico, que carrega em si todas as bênçãos de amor e prosperidade dedicadas aos noivos, e que, nos momentos especiais, mesmo após anos, uma vez cozido em água quente, volta a exalar sua magia. Assim, uma simples canja vira fertilidade rejuvenescida, e um almoço de família vira um reencontro de antigos amantes e uma promessa de casamento.

Ao chegarem, se instalam numa fazenda do interior de São Paulo, cujo dono, também português, contrata o marido pra ser seu braço direito. Ali, o casal constrói sua história, com quatro filhos nascidos na fazenda, e tia Palma, que, ao longo do texto, se torna o pilar ao redor do qual a família se mantém unida.

A saga é contada em 1a pessoa pelo mais velho dos irmãos, Antônio, como se fosse um livro de memórias, mas sem seguir uma ordem cronológica rígida. Sua narrativa é leve e cheio de poesia, até nas partes mais carregadas de erotismo, e, em cada começo de capítulo, uma minúscula pitada de filosofia familiar.

Antônio, já aos 21 anos de idade (em 1941), resolve deixar fazenda para ir tentar a vida na então capital federal - Rio de Janeiro, levando apenas uma mala de roupas e a tenacidade herdada da família, e consegue um emprego na icônica Confeitaria Colombo. Após cinco anos, já chef de cozinha, resolve abrir seu próprio restaurante, e, a partir daí, uma nova geração vai surgindo, crianças nascem e crescem, adultos envelhecem e morrem e o ciclo da vida segue seu rumo... e o arroz de Palma, venerado como uma relíquia, segue abençoando a todos de dentro do relicário na parede do restaurante.

Por fim, faço apenas uma ressalva - do meio do livro pro final, o excesso de intrigas familiares e passagens filosóficas deixou a leitura um pouco arrastada. Eu que não tenho rede social pra não saber da vida dos meus parentes, acabei me sentindo um intruso nas brigas alheias, e isso drenou meu fôlego, só recuperado já perto do final.

Em resumo, um livro carregado de bons sentimentos, que vai agradar a pais, filhos, cozinheiros, imigrantes, paulistas e cariocas, fãs de Gabriel Garcia Márquez, torcedores do Vasco e amantes da literatura brasileira contemporânea em geral. E, da minha parte, estou muito grato pela indicação.
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Nice 03/12/2021

"Família não se copia, se inventa!"
O Arroz de Palma é um livro diferente , cheio de humor e poesia . Com uma narrativa saborosa e bem contada. É um livro simples , natural e encantador. Como li em algum lugar...
É um livro para pegar com respeito, ler com alma e guardar com carinho!
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Helder 18/01/2015

Saborosas Lições de Vida
É difícil tentar fazer uma resenha quando você encontra uma obra tão especial como essa. Minha vontade é escrever a resenha mais especial e interessante a ponto de convencer todos a lerem este livro, pois ele tem que ser lido.
Eu tenho uma opinião de que existem livros que devem ser lidos em certas idades. Alguns, se você passar da idade vai achar um saco (Apanhador no Campo de Centeio, A Vantagem de Ser Invisivel, Demian, etc). Outros, se você for muito novo talvez não entenda nada e não tenha paciência (Clássicos como Anna Karenina ou livros modernos como Precisamos Falar Sobre Kevin). Existem outros que devem ser lidos a cada 10 anos, pois sempre lhe trarão uma mensagem diferente (O pequeno príncipe, O Menino do Dedo Verde).
Arroz de Palma é uma mistura de tudo isso. Não deve ser lido por adolescentes, pois ainda estão muito longe daquela vivencia. Talvez a melhor idade para começar a lê-lo seja aos 40, como eu fiz, mas agora ao termina-lo, sei que precisarei lê-lo de novo aos 50, 60, 70, 80 e até quando meus olhos ainda conseguirem.
Quem nos conta a estória de um arroz muito especial é Antônio, cozinheiro profissional, que hoje aos seus 88 anos está preparando um almoço onde toda a família voltará a se encontrar para comemorar os 100 anos de casamento de seus pais. Com ele, voltamos ao passado dessa família. O casamento de seus pais em Portugal, a viagem para o Brasil, o nascimento dos filhos, os filhos saindo do campo e indo buscar a vida na cidade, a separação destes irmãos pelo tempo, os netos, e até os bisnetos. Tudo isso sendo acompanhado pela evolução do tempo. Das canetas tinteiros sendo substituídas pelo Messenger.
Parece uma estória simples, e é, mas numa linguagem tão poética que precisamos ter um lápis para sair marcando os trechos. No começo existem as metáforas comparando a vida em família com a culinária, mas aos poucos a linguagem vai ficando mais abrangente e vamos ficando cada vez mais emocionados, pois vemos nossos sentimentos explicitados no papel. E me pergunto: Como uma pessoa pode escrever daquele jeito? Teria o autor 88 anos também e toda aquela vivência? E são muitas as passagens. Impossível de lista-las aqui, sem deixar esta resenha com diversas paginas.
Começamos conhecendo Tia Palma com toda sua sabedoria e seu jeito teatral de ser. Existe um "quê" de realismo fantástico que a envolve. Vem dela o arroz, que seguirá durante anos nesta família. Palma vem para o Brasil junto com Joao e sua esposa, e vão morar numa fazenda, onde nasce Antônio e onde ele conhece Isabel, e ambos são abençoados pelo arroz trazido de Portugal. Mas “família é prato difícil de preparar. São muitos ingredientes”. Existem os irmãos, e depois seus filhos.
E Antônio vai nos contando a estória destes e vamos vendo características de nossas vidas ali. O tempo muda as vidas. Aquilo que antes era só um núcleo vai se ramificando e os interesses já não são os mesmos. Cada um vai seguindo seu caminho e parece que já não existe mais tempo para se encontrar no velho núcleo. E deixamos de lado aquilo que nos era tão importante e focamos no novo “ramo” que estamos formando e que a partir de agora passará a ser nossa família. E foi ai que o livro me pegou completamente.
Em minha vida vivo um momento muito forte de reencontro familiar e recomeço, onde existe toda uma incerteza com relação ao futuro “idealizado” e o que possa vir a ocorrer. Estamos mudando de cidade. Nova escola para nossos filhos. Como serão seus amigos? Como eles serão quando crescerem? Que caminhos seguirão? Quais “temperos exóticos” trarão para nosso seio??
Como não se emocionar com a relação de Antônio e seus filhos. Posso dizer que li as ultimas 70 paginas dos livros com lágrimas nos olhos. Quando Nuno resolve ir para Paris e explica sua decisão de vida para seu pai, tão claramente e sem medo. O casamento de Rosário. O jantar em Nova York. Os velhinhos do lado de fora do restaurante. O encontro com Damião no parque.
Que eu seja capaz de compreender e aceitar meus filhos como Antônio e Isabel conseguiram. Que meus filhos sempre me vejam como uma porta aberta e não tenham medo de dividir seus problemas comigo. Que nossos filhos possam nos amar tanto quanto Nuno e Rosário amavam Antônio e Isabel.
Mas lendo Arroz de Palma, recebi um pouco de conforto e algo ali me disse: Deixe rolar e assista. O filme da sua vida vai ser bonito. Apenas acredite e siga em frente.
Daqui a 10 anos, volto com certeza para reencontrar Antônio e os seus, e tenho certeza que as mensagens captadas já serão diferentes, e o mesmo daqui a 20 anos e assim a cada década, e te convido a fazer o mesmo.
Sente-se em uma das 12 mesas com oito lugares e toalha bordadas para o dia de Reis, e venha se fartar com o Arroz de Palma e as maravilhosas receitas de vida de Antônio.

“Meus filhos me mudaram. Cada filho é aprendizado, lição de vida. E ao mesmo tempo, muito dever de casa, exercícios complicados, que nós, pais, vamos tentando resolver com paciência a cada dia pela vida afora.”

“Neto faz bem a saúde. Se avô é pai com açúcar, neto é filho com proteínas, vitaminas e sais minerais. Um abraço de neto a cada 24 horas substitui perfeitamente qualquer tipo de medicamento”

“ Fiz ver a ele que não adiantam micro ondas com programação computadorizada, congelados, sopas instantâneas e tantas outras modernidades: sempre haverá sustos numa cozinha. Sempre haverá aprendizado. Maquinas se reproduzem e evoluem com tamanha rapidez que nem há tempo para conflitos entre uma geração e outra. Mas nós, humanos – mesmo os de ultima geração – somos lentos demais. Nossos progressos são imperceptíveis. Demoramos décadas para perceber êxitos e fracassos. Quando, depois de muito esforço, nos tornamos mestres na arte da culinária, quando, de olhos fechados, acertamos o ponto do doce, muitos já se foram. A família que se senta à mesa é outra. Já não somos netos, mas avós.”

“ A memoria afetiva do mundo vai se apagando, enquanto os dados do planeta cabem todos num computador”

“ Nossos defeitos e picuinhas nos tornam humanos e iguais a todos os demais neste planeta”

Leiam!!
Renata CCS 19/01/2015minha estante
Que resenha cativante e apaixonada, Helder! Está em minha lista de futuras aquisições, mas com essa resenha, vai para a sacola de compras ainda este mês!


DIRCE 20/01/2015minha estante
Não dá para ficar imune a esta resenha. Quero ler esse livro.


Paty 21/01/2015minha estante
Resenha 5 estrelas!


Nanci 29/01/2015minha estante
Linda resenha, Helder.
Confesso que esse livro estava esquecido na minha estante. Graças a você, agora entrou na minha meta de leitura. Achei o livro comovente e fiquei encantada com o tom poético do narrador.


Eloiza Cirne 01/02/2015minha estante
Helder, a impressão que tive do livro é a mesma que você: merece ser lido por todos nós. Adorei sua resenha.


Helder 26/05/2015minha estante
Obrigado por todos os comentários, e fico feliz em ter conseguido despertar a curiosidade de todos pelo livro também. Leiam e publiquem suas resenhas por aqui também. Gostaria muito de ouvir outras opiniões.


Manuella_3 14/07/2017minha estante
Helder, que resenha maravilhosa. Ganhei o livro de uma amiga queridíssima, que conhece bem o meu gosto literário, mas sei lá por qual motivo, ainda não me dediquei a ele. Acho que toda a expectativa alimentada por ter sido presenteada e por ela ter gostado tanto a ponto de me recomendar. Ou o momento turbulento que passei, enfim, são apenas desculpas para entender o que não me puxou ainda. Sua resenha era o que eu esperava. Obrigada!


Aline.Elias 22/08/2017minha estante
Vim pesquisar sobre o livro, pois recebi um trecho dele no zap, aí encontro essa belíssima resenha. Parabéns Helder, já me emocionei ao lê-la, imagine lendo o livro, obrigada por despertar ainda mais em nós o desejo de ler "O Arroz de Palma".




Isabella.Wenderros 06/02/2021

“Família é afinidade, é ‘à Moda da Casa’. E cada um gosta de preparar a família a seu jeito.”
A premissa de “O Arroz de Palma” chamou minha atenção e acreditei que poderia ser conquistada por sua narrativa. Uma história familiar contada por um integrante mais velho, misturando passado e presente? Comecei com as expectativas lá em cima, mas terminei decepcionada.

Antonio é um homem de 88 anos que está preparando um almoço importante para o reencontro de sua família, algo que não acontece há décadas. Durante essa manhã atribulada, o protagonista começa a narrar todos os acontecimentos que o trouxeram até ali.

As primeiras páginas foram cativantes através do casamento entre José Custódio e Maria Romana, além da relação de gato e rato de José com sua irmã, Palma. Depois da cerimônia, o jovem casal recebe da cunhada como presente o arroz que foi jogado para o alto durante a saída da Igreja e se torna presença constante em todas as fases de suas vidas.

Por parte da leitura eu fiquei envolvida, mas o foco ser em Antonio (primogênito de Custódio e Romana) me atrapalhou bastante. Eu simplesmente achei o protagonista chato, presunçoso e insípido. Já que ele é o narrador, sobrou pouco espaço para que os outros personagens pudessem brilhar, personagens esses que, talvez, poderiam ter tido uma atração maior para mim – de todos, Palma e Nuno foram aqueles que mais me chamaram a atenção.

O livro é bom, a escrita é poética – apesar de achar um pouco lenta – e sensível. A família retratada aqui é real, com erros e acertos que podem fazer com que o leitor se perceba através de suas próprias experiências. Pensei em abandonar em alguns momentos, mas decidi insistir para ver o que aconteceria nessa reunião familiar. Apesar de não ter amado como esperava, recomendo a leitura.
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sonia 29/01/2014

Família – bom em album de fotografia, mas ninguém inventou ainda nada melhor.
A incrível história de um arroz que ficou bom por mais de 40 anos, sem gorgulhos, sem fungos, sem esfarelar...milagre?
A história é contada por Antonio, sobrinho de tia Palma, que deu o arroz a seu irmão no dia do casamento dele; quando Antonio casa-se com Isabel, o mesmo arroz é passado de presente para ele.
Aos 88 anos, a preparar o jantar para o almoço da família, Antonio vai relembrando as passagens mais siginificativas da história da família, com tenura e muito humor.
O estilo é bem agradável.
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Nivia.Oliveira 23/04/2022

“Família somos todos”.
Francisco Azevedo nos conta a história da família de Palma... Opa... ou será da nossa família? Não são todas iguais? Com chegadas e partidas...Ora acrescentando uma cadeira à mesa... ora retirando...que apesar de brigas e ressentimentos, tem sempre um arroz no meio que nos une sem nós mesmos sabermos o porquê.
O autor sai do óbvio, que é o simbolismo de se jogar arroz nos recém-casados para atrair fertilidade, harmonia e prosperidade, e cria um arroz que dura, “cura”, emociona (é coração - capa), é sagrado e vira herança.
O arroz é um alimento essencial para nós brasileiros, e o Arroz, presente de Tia Palma assim é para a família de nosso protagonista. Um chef de cozinha, que num saudosismo natural da avançada idade, faz correlações amorosas da família com a arte de cozinhar. Por exemplo: é essencial saber “meter a colher”; a hora de “abaixar o fogo” ou “mexer rapidamente”; “tem que experimentar e comer” “a faca é língua”...
Sim, fazer uma família exige coragem, devoção e paciência. “Não existe ensaios”. Não há receita perfeita.
E aí fiquei pensando que essa história poderia ser uma metáfora para aquele momento em que o despertador não toca mais às seis da manhã para o trabalho: a hora de se aposentar, de deixar a família laboral.
Não raramente voltamos no tempo para relembrar os altos e baixos da carreira; as pessoas com as quais convivemos e raramente reencontramos; os aventais (funções) que trocamos: “já fomos tantos”; “repetem cenas sem imaginação”, “rivalidades inimagináveis”, “vontade de passar tudo a limpo”, é “choro acumulado”.
Talvez na vida profissional o alimento fosse outro... O feijão? É pesado. O órgão é outro: o intestino! Necessita de panela de pressão para cozinhar e não raras vezes, para não ser deixado de lado no prato, é bom incrementar com cebola e pedacinhos de bacon.
Em ambas as famílias um dia acabamos por nos perguntar: “é Possível? Seguir em frente andando firme pra trás”? Pecamos em querer organizar nosso arquivo pessoal: onde ficaram amizades, sonhos, feitos, frustações... “Canseira inútil”. E no final das contas vale o que se viveu.
Quando terminei de ler o livro já não pensava que o arroz aqui de casa fosse mais empapado que o de Palma. Tampouco é um risoto de frutos do mar. O que une os gravetos é o amor fraterno, apesar de.


site: https://www.instagram.com/niviadeoliver/?hl=pt-br
Patresio.Camilo 27/04/2022minha estante
Impossível não se apaixonar com o arroz de Palma... linda resenha...


Siomara 28/04/2022minha estante
Amei esse livro e desejo ler mais livros desse autor




Paula 20/12/2011

Fiquei feliz por ter achado esse livro, uma belíssima estréia de Francisco Azevedo. A delicadeza da capa também está presente no texto, que nos conquista pela simplicidade e doçura com que essa história de família é contada. Dá pra sentir o cheiro do café fresquinho e do bolo saindo do forno, dá pra lembrar de nossas próprias histórias de família, dos avós, das travessuras de infância, do primeiro amor. Desafio qualquer um a ler "O arroz de Palma" e não se identificar com o que o autor conosco compartilha. Porque família somos todos e todos teremos, no mínimo, alguma lembrança querida, alguma história engraçada, pra contar. Ler esse livro foi um mergulho em lembranças que a correria do dia a dia às vezes nos faz esquecer, mas que merecem ser recontadas. Um livro com gosto de saudade, de nostalgia, e que se parece mesmo com um almoço de domingo em família. Recomendo.
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Marcos Aurélio 19/11/2023

Família é prato que depois que acaba, nunca mais se repete
Reler "O arroz de Palma" foi maravilhoso. A releitura é sempre um olhar diferente. Vejo algo que deixei passar, revisito personagens, lugares, e me emociono uma vez mais com a mesma frase ou palavra...

Francisco é poeta.E poeta emociona. Poeta liberta, e desperta.

Revisitei Viana do Castelo em Portugal, o atlântico, a Fazenda de Santo Antônio da União, e as pedras portuguesas do calçadão de Copacabana.

Reencontrei Tia Palma, Maria Romana, José Custódio, a prole e os anexos.

"Água que flui, água que cai. O que deve ficar, fica. O que deve seguir, vai".

Assim Tia Palma tece os caminhos da família. Com amor, poesia, fé e encantamento.
Nos braços da tia-avó Antônio recebe o carinho que não pode receber dos avós paternos. Na cadeira palco, a atriz lhe apresenta os dilemas da vida, de forma lúdica e emocionante.

Ao comemorar os 88 anos, (dois infinitos verticais), Antônio relembra sua história, a história da família e dos antepassados. E Francisco nos conta a história sussurrada por Antônio, no ambiente acolhedor, cheiroso e gostoso da cozinha da Fazenda.

Um alerta, você vai se emocionar. E se chorar, vá adiante, com choro mesmo.
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Manoela Pontual 31/08/2020

INCRÍVEL!!!
Esse livro me foi indicado faz algum tempo, mas com a lista de leitura quase infinita acabei deixando sempre para depois. E como me arrependo de ter esperado tanto para ler essa obra prima. O autor tem uma escrita poderosa e sensível e consegue te envolver na vida dessa família e do arroz de tia Palma, que é praticamente mais um personagem dessa história incrível.
Amo histórias onde o tema principal é família, histórias que falam de amor, falam de perdão, das brigas e reconciliações, falam das idas e vindas, dos que chegam e dos que partem, falam de momentos marcantes, sejam eles felizes ou tristes. É impossível não comparar em vários momentos essa família fictícia com a nossa própria e relembrar pessoas e acontecimentos.
Esse livro é uma obra de arte, tem uma escrita lírica que fascina completamente, é sensível, é poético, é maravilhoso. Com certeza entrou para a lista dos meus livros favoritos da vida e vou indicar para quem eu puder.
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Flá Costa 19/07/2021

Que livro sensível
Eu não consigo dizer o porquê de tanto ter gostado de Arroz de Palma. A história em si não tem nada de muito diferente, mas a maneida com que ela é contada ?????? é de encher os olhos.

Pra quem tem família portuguesa então, que belo prato cheio é arroz de palma!
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Tiago 22/07/2020

Arroz (levemente) queimado
Interessante o percurso deste livro, que mesmo com pouco marketing conseguiu ser um pequeno sucesso comercial e gerou bastante burburinho. Fiquei curioso para ler também pelo fato de haver uma ou outra comparação de semelhança com "A Vida Invisível de Eurídice Gusmão", que eu amei. Acho inclusive que até existe entre ambos os livros uma estrutura similar construída em torno de histórias familiares e pequenas doses de humor. Mas de forma geral "O Arroz de Palma" não me cativou.

A faísca de vida que o livro obtêm quando foca a trama no casamento e nos conflitos entre Palma e seu irmão dão a impressão que teremos uma leitura deliciosa pela frente. Mas infelizmente o foco e narrador da trama é Antônio, sobrinho de Palma e que é um chatonildo de marca maior.

Antônio para mim é aquele personagem insuportável. Dono da verdade, unidimensional e adepto de discursos clichês. Não cativa em nenhum momento e infelizmente consome quase toda a trama, deixando pouco espaço para seus irmãos e demais familiares.

No geral apesar da ótima premissa e um ou outro bom momento, "O Arroz de Palma" tem aquele gosto de arroz levemente queimado. Você fica com pena de jogar fora e acaba comendo, mas o gosto ruim está lá e acaba estragando um pouco a refeição (ou leitura, neste caso).
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leiturasdaursula 08/07/2023

Família é prato que se come quente
Histórias, intrigas e segredos de uma típica família brasileira. Há amor, ciúmes, traição, magoas, festas, alegrias e muito arroz compartilhado
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