Resenhas - É Assim Que Acaba

Lara.Bia 07/04/2020

Bom demais
Confesso que mesmo sem ser a minha intenção, julgava as mulheres que continuam casadas enquanto apanham do marido. Este livro serviu pra abrir meus olhos e perceber que não é tão fácil assim, falta empatia para não julgarmos a vítima

@Francielly 16/04/2023

"Continue a nadar"
Nossa, não sei nem como começar essa resenha, será a mais pessoal que já fiz aqui, então vamos lá.


Eu queria ler esse livro há muito tempo, mas fiquei muito relutante em ler porque aborda um assunto bem pessoal para mim: violência doméstica, eu presenciei isso na minha infância toda e parte da minha adolescência. E adivinhem? Sofri muito enquanto estava lendo, mas esse é um livro necessário, ele mostra a realidade de muitas mulheres e como a sociedade culpa a vítima ao invés do agressor, por que quem é agressivo não é tão julgado quanto a mulher que volta para ele? Porr@, tem tantas coisas que fazem uma mulher precisar voltar: amor, filhos, esperança de que a pessoa mude, dependência financeira, dependência emocional, coisas que não é possível mudar de uma hora para outra. E muitas dessas mulheres não têm nenhum tipo de apoio e mesmo que queiram desesperadamente sair desse ciclo, não conseguem. É triste saber que esse tipo de situação existe, mas é tão real, nesse momento pode estar acontecendo tão próximo de você e você nem imagina. No mundo real, a maioria dos agressores tem atitudes piores e muitas vezes nem os filhos conseguem escapar da violência. Apesar de muitas vezes não entender as decisões da minha mãe, eu sei que ela sempre quis o melhor para nós. Tenho orgulho da mulher foda que ela é, e por alguns anos atrás ter conseguido colocar um ponto final nesse ciclo. Então, se você conhece alguém que passa por algo parecido, não a julgue, o julgamento é a última coisa que essa pessoa precisa, tente encontrar uma forma de apoia-lá. Enfim, vamos aos acontecimentos do livro.


Bom, o livro começa com a Lily Blossom em um telhado em Boston, ela está sozinha pensando sobre os acontecimentos que ocorreram na sua cidade natal algumas horas antes. Até que alguém entra nesse mesmo telhado e chama a atenção dela, esse alguém é Ryle Kincaid, um neurocirurgião em residência, ombros largos, atraente, bonito e estava estressado porque acabou de sair de uma cirurgia. Eles começam a conversar de uma maneira diferente do tradicional, a conversa é através de verdades nua e crua, na qual eles expõem coisas que ninguém sabe sobre eles. Lily fica atraída por esse homem e ele quer uma noite com ela, mas algo muda o percurso que a conversa estava levando.


Depois de 6 meses, Lily está realizando um dos seus maiores objetivos de vida: ter uma floricultura. Ela comprou um local com bom acesso e no primeiro dia alguém entra procurando um emprego, essa pessoa é Allyssa, e adivinhem? Ela é irmã do Ryle. Eles acabam se encontram outras vezes e o desejo um pelo outro permanece. Mas, por terem objetivos de vida diferentes, eles não ficam juntos logo de cara. A Lily tem uma ideologia do que quer para a vida dela e o Ryle tem outra completamente distinta, porém, ele se vê incrivelmente atraído por ela, o que nunca havia acontecido com nenhuma outra mulher e em um determinado momento acaba propondo que eles tentem ter algo inicialmente sem rótulos.


Nesse meio tempo, Lily está relendo o seu diário da adolescência, no qual ela escrevia cartas para uma apresentadora de TV contando sobre a sua vida. Nesses fragmentos ela está com 15 anos, e conta como era a relação do seu pai com a sua mãe e nisso descobrimos o horror do homem que o pai dela era. A coisa boa desse diário é o Atlas Corrigan, o primeiro garoto por quem Lily se apaixonou. Conta como eles se conheceram, como ela o ajudou quando ele estava passando por um período difícil e ele também a ajudou nos momentos em que ela se sentia sozinha. Eles desenvolveram uma conexão que vai além da gratidão, acabam se apaixonando e se tornando a pessoa preferida um do outro, até que algo acontece e eles precisam se despedir.


No momento atual no qual Lily está tentada a ter um relacionamento com Ryle, ela reencontra o garoto por quem foi perdidamente apaixonada no passado, mas, ele não é mais um garoto, está totalmente mudado para melhor e ela quase não o reconhece. Eles conversam, a saudade é perceptível, trocam trivialidades sobre a vida um do outro e notam que estão em momentos diferentes da vida agora. Então, Lily e Ryle se encontram em um relacionamento incrível, cheio de sexo, companheirismo, eles são tão compatíveis, estão conhecendo a família um do outro e os objetivos da carreia de ambos estão progredindo da melhor forma. Até que algo acontece.


Seja por acessos de raiva, bebida ou ??n?? motivos, nada justifica nenhuma das atitudes que ele teve. E então, fica a seguinte reflexão: A bebida é a culpada para agir como um monstro ou é a desculpa perfeita para mostrar a verdadeira essência?


Já não é mais um relacionamento incrível, existiram momentos bons, mas, as partes feias se sobre saem com toda certeza. Depois de todos os atos, Ryle demonstra estar arrependido do que fez, e Lily o perdoa em vários, seja por ele ser sincero ao pedir desculpas, demonstrar querer melhorar e amá-la, por ele não saber controlar ou por ter tido um problema com o irmão na infância. A verdade é que nada justifica, e ela o perdoou porque o amava e queria enxergar somente as partes boas dele, mesmo que ela tivesse a perspectiva de que estava vivendo um ciclo semelhante com o que presenciou durante sua infância e adolescência.


Sabe o Atlas? Então, mesmo com um passado difícil e sofrido, ele era um garoto incrível, motivado e focado, o que ajudou tornar-se um homem incrível. Ele conquistou tantas coisas boas, pois, ele tinha um objetivo desde adolescente: tornar a vida dele digna da mulher que amava. Ele dá uma entrevista contando o motivo do sucesso dele, e em algumas partes ele fala sobre a pessoa que o motivou, mas não cita nomes. E nessa altura do campeonato o Ryle vê essa entrevista, lê os diários da Lily e a atitude que ele tem após isso é o que me fez odiá-lo ainda mais. É tão ruim, que a Lily precisa pedir ajuda, e ela vê que única pessoa possível para pedir é o Atlas, ele é a pessoa em quem ela confia no momento, já que ela não queria contar o que aconteceu para mais ninguém e o Atlas já havia demonstrado desconfiar que algo assim acontecia por causa de alguns momentos que eles se reencontraram inesperadamente.


Nesse ponto, podemos enxergar o quão forte a Lily é, não é porque ela voltou com ele outras vezes que ela é fraca, ela só não conseguia acreditar que o homem que ela amava, faria coisas desse nível. Até que ela precisa tomar uma decisão e com uma certa ajuda, enfim, ela consegue. Qual decisão seria essa? Leia para descobrir, tenho certeza de que não vai se arrepender, esse livro merece todo o hype que tem!


Favoritado? Sim, recomendo demais a leitura, o final desse livro é incrível, com toda certeza compensou todo o sofrimento que eu passei! Mas, não é um romance clichê, tem gatilhos e é importante estar ciente antes de ler. Era um gatilho para mim e consegui ler apesar disso, mas, nem todo mundo lida da mesma forma, e o que não me afetou, pode afetar você.

"Ele não te ama como você merece ser amada."

-Koraline 16/05/2021

Avassalador
Demorei para ler esse livro por que sabia que seria um dos melhores que leria na vida.
A história de Lily sobre violência doméstica é uma narrativa necessária para todas as mulheres, não apenas para as que já sofreram abuso,nmas para se identificar, se compadecer e compreender as várias nuances das situações vividas pela protagonista. Lily é uma mulher forte, e embora tenha tomado decisões difíceis, conseguiu se reerguer do próprio sofrimento.
Esse livro me fez rir, chorar, gargalhar, sentir tristeza, compaixão, raiva, mas principalmente empatia por todas as mulheres cujas histórias são remotamente parecidas com a de Lily.
Com uma narrativa avassaladora, É Assim que Acaba foi um dos poucos livros que me fizeram sentir além das páginas.

carol 11/01/2023

superestimado
O que dizer sobre essa bomba? simples, não gostei, booktok mais uma vez indicando livros medíocres? aiai.
Me senti lendo uma fanfic com 13 anos de idade novamente?
Escrita super simples, ela não consegue te abalar quando claramente precisa por conta dos assuntos abordados no livro, fica tudo muito superficial.

resenhasdajulia 07/06/2021

É assim que um livro acabou comigo.
Verdade nua e crua sobre essa história: ela me destruiu. Então, obviamente, dei 5 estrelas e favoritei.

Li o livro de uma vez, porque simplesmente não conseguia largar. Precisava muito saber o que ia acontecer com a Lily.

A Lily é maravilhosa e o Atlas é incrível!
Sobre o Ryle, vou compartilhar com vocês cinco coisas boas sobre ele. A primeira...
É isso. Como disse Lily no velório de seu pai "não tenho nada de bom para dizer sobre aquele homem."

Nada do que eu disser vai chegar perto do turbilhão de sentimentos que tive lendo essa história.
Obrigada, Colleen, por fazer um livro acabar comigo, pra variar.

Amei muito!

euindy 03/02/2022

E FOI ASSIM Q COLLEN HOOVER ACABOU CMG
BRAZIL I'M DEVASTATED!! ?

Assim, não sei por onde começar. Esse livro é simplesmente perfeito, me impactou bastante, e tenho certeza que apartir de agora irei olhar certas coisas de outra maneira por causa dele.

PFVR LEIAM OS GATILHOS!!
----------------

Esse foi o meu primeiro contato com a autora, estava somente esperando o momento certo, e eu me apaixonei! A escrita da Collen Hoover é sem dúvidas maravilhosa, sinceramente? eu devorei o livro!

O livro é tão envolvente que quando eu dava uma pausa, ficava pensando no que aconteceria nos próximos capítulos. A autora te faz sentir um mix de emoções: medo, tristeza, felicidade, ódio, orgulho...

A autora conseguiu retratar muito bem vários assuntos pesados, que infelizmente é a realidade de muitas mulheres hoje em dia. O livro é tão incrivel pelo simples fato de ser realista.

" [...] e às vezes as pessoas precisam lembrar que só devem continuar a nadar."

Com certeza a Lily é uma das personagens mais fortes que eu já vi! Conseguimos acompanhar um pouco da sua adolescência no livro, e é incrivel ver seu o quanto ela é forte e corajosa.

*preciso de um Atlas na minha vida!!

Chorei o livro quase todo, os temas bem pesados que foi dificil de ler e é muito triste se indentificar com algumas partes do livro. Mas sério, esse livro é NECESSÁRIO!!

Acabei o livro chorando e a nota da autora me destruiu mais ainda.

É pesado mas é necessário, LEIAM!!
* e vejam os gatilhos

Geisa Kauana 03/05/2019

Esse foi o primeiro livro da Colleen Hoover que eu li, em 2019. Agora, três anos depois, tendo lido todos os outros livros lançados pela autora, tenho um sentimento totalmente diferente ao reler ?É assim que acaba?.

O livro continua sendo um dos meus preferidos; o Atlas continua sendo o amor da minha vida; e eu continuo admirando a força e coragem da Lily.
Mas, durante a releitura pude ver, desde o primeiro capítulo, atitudes, falas e posicionamentos extremamente agressivos e abusivos do Ryle que antes passaram despercebidos, aparecendo só nos momentos mais intensos do livro.

Na primeira vez que li, sofri com os acontecimentos, é claro, mas agora (talvez mais madura?) acho que li com outros olhos, e achei tudo muito mais intenso, mais doloroso, mais triste.
Da primeira vez, me apaixonei pelo Ryle junto com a Lily e também sofri junto conforme tudo foi acontecendo. Mas agora, talvez por já saber o que esperar, ele não me convenceu.

Por outro lado, consegui entender a confusão de sentimentos da Lily muito melhor!

Quantos sentimentos?
Que especial ver a Lily sendo capaz de sair de situações difíceis, se tornar uma mulher forte e honrar seus sentimentos.
Que especial ver o amor da Lily e do Atlas sendo construído de forma tão verdadeira e intensa, que nada no mundo foi capaz de fazê-los esquecer.
Que especial ver o Atlas (meu grande amor) superando as dificuldades da vida e vencendo, mesmo quando todos esperavam o contrário.

Hoje, após a releitura percebi que esse não é mais meu livro preferido da autora, mas continua sendo incrivelmente especial pra mim. Levarei esses personagens no meu coração, e todas as lições aprendidas nessa leitura, levarei para a vida.

vit 14/07/2022

"Você pode parar de nadar agora, Lily..."
Que livro minha gente. QUE LIVRO! O meu primeiro livro que li da Colleen Hoover e pretendo ler muito mais! A escrita dela é simplesmente PERFEITA e esse livro se tornou meu favorito por motivos óbvios!

Agora vou debater sobre uma pauta importante que já vi muita gente comentando sobre e o que acho: sinto que muitas pessoas não gostam tanto desse livro porque a autora não deu prioridade ao casal (Lily e Atlas) e não "desenrolou" a história deles ou por algum outro motivo referente/particular. Sim, eu também queria saber mais sobre o que aconteceu depois do encontro deles e tudo mais, mas esse definitivamente não é o foco do livro, o livro vai MUITO além do relacionamento deles. Vai muito além de "um livro de romance". Esse livro é EXTREMAMENTE essencial! Aborda de uma maneira muito realista, é como se você tivesse na pele da pessoa, te fazendo entender muitas coisas (é só se colocar no lugar da Lily, ler e sentir cada coisa que aconteceu). Esclarecedor, eu diria. Todo mundo (que tem idade pra ler) realmente deveria ler esse livro e sentir isso que ela quis passar. Cada ação, cada frase, cada coisinha foi desenvolvido corretamente para passar o que tinha que passar. Não me decepcionou em nada e acho que como muita gente disse que eu iria precisar de terapia depois de ler, e parando para pensar nisso, chegou a conclusão que: Esse livro É A TERAPIA! Sim, eu sofri. Chorei. Senti tudo o que a Lily sentiu mas como ela, fiquei super feliz com a decisão final dela. Nem sempre tomar a decisão correta é o caminho mais fácil, as vezes pode ser dolorido e difícil. Muito difícil. E apesar de doer, foi o que ela fez, apesar das incertezas, ela chegou em um veredito certo. Digo que é terapia por ser (repito novamente) esclarecedor! Todo mundo que já foi no psicólogo/terapia sabe que não é um processo fácil, só que o resultado final, é revigorante! Entendem o que quero dizer?
Poderia ficar horas e horas dizendo o porque desse livro ser de diversas formas e aspectos, perfeito, porém, não vou me prolongar muito porque isso já tá enorme.

Apesar de sofrer tanto quanto a Lily, termino dizendo que ficou perfeito e meu coração está quentinho! Sinto que nem comecei a falar sobre esse livro, pois sinto tantas coisas inexplicáveis, e olha que não disse pouca coisa. Essa não será a primeira e última vez que lerei esse livro, tenho o enorme prazer de reler futuramente. Apesar que é assim que acaba, meu amor por esse livro nunca terminará. ?

labbacchio 29/12/2021

We can stop swimming now, Lily. We finally reached the shore
Nossa, que livro incrível.

Sinceramente, passei a última hora pensando em como escrever essa resenha, mas ainda não tenho ideia. Na verdade, cheguei a passar uma hora e meia falando tudo que acontecia no livro para minha mãe pra ver se eu conseguia digerir tudo melhor. No entanto, continuo não tendo a mínima ideia de como expressar o quão marcante e necessário é É Assim Que Acaba.

O livro não conta só com críticas sociais incríveis, importantes e necessárias, como também com um ótimo desenvolvimento e personagens super envolventes. E, honestamente, eu poderia falar só isso, mas resumir um livro tão intenso em umas 100 palavras não seria certo.

Bem, acho que o melhor jeito de comentar sobre esse livro é dividindo minha opinião em pontos, de forma que eu possa falar detalhadamente de cada ponto ? é provável que essa resenha fique enorme (venho do futuro para dizer que ficou mesmo), mas, no momento atual, vou focar apenas em escrever.

Primeiro ponto: críticas sociais incríveis. Eu não costumo colocar a questão das críticas sociais já no primeiro ponto, mas dessa vez acho necessário. É Assim Que Acaba dá grande foco às questões da violência doméstica e do relacionamento abusivo, e nos faz ver e sentir exatamente o que muitas mulheres ? e homens também, é claro, mas todos sabemos que para mulheres a porcentagem de casos é muito maior ? nessas situações passam. A forma que o livro aborda toda a questão do relacionamento abusivo é extremamente realista ? o que inclusive gerou muita polêmica, pois dizem que a autora "romantizou" o relacionamento abusivo (no meu ver, gente que não sabe interpretar) ?, e a maneira que a autora colocou tudo aquilo em palavras me fez, de alguma forma, sentir do mesmo modo que a personagem se sentia. Ademais, o livro também contém uma grande crítica relacionada ao abandono, e pode-se dizer que essa é tão importante quanto as outras.

Segundo ponto: ótimo desenvolvimento. O livro conta com um ótimo desenvolvimento em, literalmente, todos os sentidos; não só as relações entre os personagens foram perfeitamente bem desenvolvidas, como também toda a história tem um desenvolvimento impecável. Ademais, além de ser muito bem desenvolvido, enquanto você lê parece que está realmente lendo sobre um caso real. Quando digo que o livro foi otimamente desenvolvido, quero dizer que absolutamente tudo que li foi realista ao extremo; e eu adorei isso.

Terceiro ponto: personagens envolventes. Cara, enquanto eu lia o livro, era como se eu tivesse vivendo exatamente o que os personagens viviam. Eu chorava quando choravam, sorria quando sorriam e sofria quando sofriam. Cada um deles, todos tinham um toque de realidade tão intenso que me fez conseguir imaginar a mim mesma em todas as situações que se passavam.

Quarto ponto: escrita impecável. Nossa, a forma que Colleen colocou tudo aquilo em palavras foi simplesmente magnífica. A escrita não só me envolveu muito, como também me prendeu do começo ao fim. Sendo bem sincera, durante esse livro eu cheguei num ponto que estava tão mal que não conseguia ler mais de 30 páginas por hora, mas ainda assim não conseguia fazer pausas longas porque queria logo continuar lendo. Acabei em uma madrugada, mas acabei com 87 traumas diferentes.

Quinto ponto: um ótimo final. Sendo bem honesta, quando estavam faltando umas 30 páginas para acabar o livro, achei que o final seria ruim ou mal desenvolvido; mas não foi ? nem de longe, na verdade. Não via como toda aquela situação poderia se resolver em tão pouco tempo, mas se resolveu. E não, não foi resolvido de maneira superficial e vazia, tudo foi extremamente realista, bem desenvolvido e plausível. Simplesmente perfeito.

Outrossim, devo deixar claro que o livro contém muitos gatilhos, e se você não tiver um psicológico estável ? não que eu tenha, mas ok ?, sugiro que pense duas vezes antes de ler. Como eu falei anteriormente, o livro trata de toda a questão do relacionamento abusivo de forma muito realista, e em certos momentos chega a ser até difícil de ler de tão intensa que é a situação.

Sobre recomendação, sim, eu, definitivamente, recomendo. No entanto, é como eu disse nesse último parágrafo: É Assim Que Acaba contém muitos gatilhos. Todavia, realmente acho que vale muito a pena ler. A leitura é rápida e fluida, e os temas abordados são extremamente importantes e necessários, então quanto mais gente ler, mais visibilidade estaremos dando às causas.

Agora que "acabei" minha resenha, gostaria de expressar minhas opiniões "polêmicas" em relação ao livro. Logo, tudo após esse parágrafo provavelmente irá conter ??SPOILERS?? ? colocando assim só pra deixar bem claro ??.

Uau, nem sei por onde começar essa parte.

Ok, acho que, de início, vou falar sobre toda a questão com Ryle. Enquanto postava meus comentários aqui no Skoob, vi pessoas comentando coisas do tipo "Filho da put*" ou "Ele é um nojento" ? inclusive, eu já tinha previsto que ele iria agredir Lily, mas gente, cuidado com os spoilers nos comentários ? e, honestamente, não concordo com isso. Quero logo esclarecer que, não, não estou passando pano para os atos dele, mas não acho que seja uma má pessoa ? na verdade, acho que quem acha isso leu o livro com o c* (perdão, sou péssima com imparcialidade). Não estou dizendo que isso é uma desculpa para as agressões, jamais diria isso, mas o que aconteceu com Ryle quando era pequeno realmente destrói o psicológico de alguém ? na verdade, já vi gente que, em casos menos extremos, mal conseguem viver uma vida normal. Para todos que já leram, vocês viram como Ryle mudava. Quando se estressava, ele *literalmente* perdia a cabeça, era como se perdesse totalmente a razão e a noção do que fazia. Traumas fazem isso com as pessoas. Dizer que Ryle não é uma má pessoa não é dizer que aprovo o relacionamento dele com Lily ? literalmente, eu nunca, jamais mesmo, aprovaria aquilo ?, mas isso também não quer dizer que acho que ele seja a pior pessoa do mundo. Sim, ele fez coisas horríveis, porém tudo que eu tenho a dizer é que ele precisa ir regularmente para um psiquiatra ? e, provavelmente, também deve precisar de vários medicamentos.

Sobre a decisão de Lily de deixar Ryle continuar vendo Emerson ? inclusive, que nome viu, que nome ?, vi muita gente criticando a autora por isso, mas tenho duas coisas a comentar. Primeiro: lindos, vocês são burros ou não leram a nota da autora? Porque se alguém leu a nota e diz isso, puta merda, viu ???. Segundo: é exatamente o que falei no parágrafo anterior: Ryle não é uma má pessoa ? inclusive, fun fact, defendendo assim parece que amo o Ryle, mas não gosto muito dele não [lê-se: eu o odeio] ? (no entanto, não gosto por questões de personalidade [e porque acompanhei toda a relação dele com a Lily, óbvio, mesmo não o achando uma má pessoa não o perdoei], nunca fui com a cara dele, sabe?) ?, apenas faltou umas sessões na terapia. Claro que, eu não confiaria 100% nele sozinho com Emerson ? não sem estar fazendo terapia, pelo menos ?, porque se ele perdesse novamente a cabeça não sei do que seria capaz. Todavia, privá-lo da filha também não me parece certo; ele pode ter sido o pior marido do mundo, mas isso não significa que seria um pai ruim ? falando assim pareço meio babaca, mas se você leu a nota da Colleen entende o que quero dizer.

Ok, agora a questão do relacionamento de Atlas e Lily na adolescência ? sim, vi gente problematizando isso também. Sim, Atlas tinha 18 anos e Lily tinha 15, mas 1) não, não é crime, galerinha do TikTok que acha que entende das leis ? e sim, sei que a idade consensual nos EUA varia entre 16 e 18, mas isso é em casos de relações sexuais *com penetração*, e quando isso ocorreu Lily já havia feito 16 (e, gente, Atlas tinha 18, não 45). 2) Cara, teve o contexto. Se você é uma daquelas pessoas que leu e mesmo com todo contexto continua metendo o pau em Atlas e o chamando de pedófilo em plena internet, simplesmente não consigo compreender o que caralhos se passa na sua cabeça ? acho que to ofendendo muita gente nessa resenha, mas, sendo bem honesta, não dou a mínima ?. Olha, sinceramente, não sou a pessoa que mais concorda com relacionamentos em que há certa diferença de idade, porque em muitos casos realmente tem a questão da falta de maturidade por parte de ambos. Entretanto, não acho que isso aconteceu no relacionamento de Atlas e Lily. Sim, pode-se dizer que Lily era levemente imatura, mas Atlas nunca fez nada que não tivesse total certeza que era certo. E, honestamente, se Atlas está de um lado, eu estou desse lado ?.

Hm, além dessas polêmicas que citei, ainda tem aquela do "O livro romantizou o relacionamento abusivo!!!". Todavia, no caso dessa eu nem tenho paciência para argumentar. Se você acha isso, sinto dizer, mas você é burro pra cacete.

Bem, foi isso. Gostaria de parabenizar todos os que leram até aqui, porque eu não sei se teria tido tanta paciência.