_Jorgeft 03/03/2022
Temos aqui um conto delicado e sensual sobre o despertar de um adolescente que provoca um turbilhão de sentimentos!
Aaaahh... O primeiro amor a gente nunca esquece, muito provavelmente por ser o primeiro de muitos... Tudo é novo! Sentimentos, descobertas, emoções, química e biologia agem de uma forma estranha no nosso corpo. Nossas memórias são lapidadas e moldadas naquela fase em que a gente sai da infância, deixa de ser uma criança, e entra na puberdade, quando achamos que sabemos tudo. O primeiro amor marca de um jeito que sempre vai estar lá e que provavelmente vai te definir para o resto da sua vida!
Que quadrinho gostoso de ler! Bastien Vivès consegue pegar essa essência do primeiro amor e espreme ela em um quadrinho pessoal para todos nós, meninos e meninas, homens e mulheres, paixões que já foram e paixões que virão. Vivès mostra em seu traço uma história que acontece em um verão na praia, mas que pode ter acontecido com você em uma viagem da escola, em uma visita a um parente, nas férias em outro estado, no recreio do colégio. É óbvio que aqui temos um teor sensual elevado, e isso até pode se tornar um problema para quem for ler de forma enviesada a HQ, mas o fato é que a essência do primeiro amor está presente desde o primeiro momento em que conhecemos a jovem, de 16 anos, Hélène. A diferença de idades fala muito aqui, afinal estamos dentro das férias do jovem Antoine que está no início dos seus 13 anos, e essa diferença faz total sentido a partir do momento em que Hélène, mais madura e se tornando uma mulher, desperta algo dentro de Antoine que nem ele sabe bem o que é. Depois disso, com uma narrativa sutil abordando o autoconhecimento em uma fase onde estamos mudando a cada minuto, Vivès transforma esses personagens em nossos alter egos, nos fazendo recordar de momentos em que a gente já esteve com sua narrativa poderosamente apaixonante.
Autor: Bastien Vivès
Tradução: Fernando Scheibe
Editora: Nemo
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