Cinzas do Norte

Cinzas do Norte Milton Hatoum




Resenhas - Cinzas do Norte


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Silvia Schiefler 08/03/2024

Há muito venho querendo ler Milton Hatoum, um escritor amazonense, aclamado pela crítica e agraciado com inúmeros prêmios... O regionalismo de Hatoum é apaixonante, com personagens bem criados, enredos que encantam e um pano de fundo atualíssimo mesmo para o Amazonas pós guerra (1950). A exploração desenfreada da floresta e sua consequente destruição são o mote da crítica imbutida na bela escrita de Hatoum em Cinzas do Norte. Um romance familiar, onde os personagens estão cercados pela exuberância da floresta tropical, mas sofrem pelo desnível social e abandono político da região. Ambientado entre as décadas de 1959 e 70, o romance narra a história da longa amizade de Olavo, o advogado que permanece em Manaus e Raimundo, o artista incompreendido pela família e que se exila na Europa, de onde chegam as cartas que compõem o texto. Cinzas do Norte é um grande romance de um dos maiores escritores da literatura nacional da atualidade... Enquanto termino de escrever esta modesta resenha, penso em qual título de Hatoum escolherei para ler e seguir desfrutando desta escrita apaixonante... Recomendo! #leituras2024 #13/2024
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Silvia Schiefler 19/02/2024

Apaixonante...
Há muito venho querendo ler Milton Hatoum, um escritor amanauense, aclamado pela crítica e agraciado com inúmeros prêmios... O regionalismo de Hatoum é apaixonante, com personagens bem criados, enredos que encantam e um pano de fundo atualíssimo mesmo para o Amazonas pós guerra (1950). A exploração desenfreada da floresta e sua consequente destruição são o mote da crítica imbutida na bela escrita de Hatoum em Cinzas do Norte. Um romance familiar, onde os personagens estão cercados pela exuberância da floresta tropical, mas sofrem pelo desnível social e abandono político da região. Ambientado entre as décadas de 1959 e 70, o romance narra a história da longa amizade de Olavo, o advogado que permanece em Manaus e Raimundo, o artista incompreendido pela família e que se exila na Europa, de onde chegam as cartas que compõem o texto. Cinzas do Norte é um grande romance de um dos maiores da literatura nacional da atualidade... Enquanto termino de escrever esta modesta resenha, penso em qual título de Hatoum escolherei para ler e seguir desfrutando desta escrita apaixonante... Recomendo! #leituras2024 #13/2024
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@mariresenhando 22/01/2024

Gostei muito da leitura, tive um pouco de dificuldade para entender os personagens, mas aos poucos fui me envolvendo com a história e todo o drama familiar, fui muito surpreendida. E fiquei chocada com a carta do Mundo no final, valeu toda a leitura.
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Elaine Messias 01/12/2023

Misérias do cotidiano
As decisões tomadas por cada personagem vão entrelaçando-se para formar uma trama bem tecida, que tem por pano de fundo as transformações sociais da Manaus das décadas de 70 e 80
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Renato375 28/11/2023

Viva, Milton Hatoum!
Esse é um daqueles livros que vão ficar para sempre na minha memória. Que delicadeza e qualidade tem texto do Milton Hatoum. Terminei essa obra atordoado pelo enredo maravilhoso construído pelo autor. Seus personagens, suas vidas e o Amazonas são gigantescos.
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LimaJr 14/10/2023

Final pouco condizente
Cinzas do Norte é mais um ótimo romance de Milton Hatoum, bem construído e narrado, prende o leitor. O fim, porém, me pareceu pouco verossímil, levando em conta toda a narrativa pregressa. Não estranharia um final surpreendente, mas o fim foi pouco condizente com toda a história contada. Mesmo assim, vale a leitura.
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Dilso 04/10/2023

Perfeito
Terminei a leitura, fechei o livro e abracei-o junto ao peito como a vítima certeira de um sentimento ímpar e "inescrevível" que fui. Então, no esvaziar de um suspiro elástico que foi e regressou, pensei: "Que socão!" E senti o soco mesmo, ainda estou sentindo...

Sem mais, apenas leiam. Leiam, por favor! Obra ótima e... LEIAM! ?
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Louise 23/09/2023

A vida dos outros
Pouco ouvi falar sobre o Amazonas e sua capital. Esse livro me despertou algumas inquietações. Quase abandonei. Não me dou bem com textos muito descritivos. A história, até por volta das últimas 70 páginas, pareceu ser o pano de fundo para a descrição da cidade, costumes e pratos. Depois que compreendi (achei que tivesse compreendido) isso, desliguei-me do que, pouco a pouco, foi sendo revelado.

Pessoalmente, a descrição deixou de ser um incômodo quando internalizei que seria assim e eu teria alguma noção de onde meu avô, manauara, nasceu. Não escolhi lê-lo por isso, mas de modo geral gostei da trama e fiquei querendo saber mais sobre os personagens.

Para quem leu O Cortiço, a descrição da cidade do Rio, mais ainda a parte de Botafogo, se parece em muito com o tipo de descrição feito da cidade de Manaus. Foi como andar pelas ruas, bares, museu, escolas, pegar os barcos e me dirigir às ilhas próximas. A pobreza, o mundo à parte que é Manaus, a rápida evolução da cidade.

Não posso dizer que me encantei. Não. Mas gostei de conhecer essa parte do País a partir da leitura.

Sobre alguns dos personagens, inicialmente achei Mundo mimado, rebelde, cheio de vontades, menos de encontrar um rumo na vida. Claro que depois entendi o motivo. Tudo tem motivo. Alicia, achei oportunista. Mas também entendi, apesar não justificar seu comportamento durante a vida, explica. Ela é uma sobrevivente da miséria e alcançou a riqueza, mas era infeliz e não abria mão da vida que tinha pela que queria ter. Outros tempos também. Jano, rico, certinho, queria as coisas à própria maneira, não parecia mal no geral, mas para o filho era o inferno. Lavo, parecia o personagem principal mas o via à margem de Mundo. Como se a vida dele fosse menos importante. Tantas coisas acontecendo para ele, mas poucas passagens sobre. O foco era Mundo e aquela família. Quis saber mais sobre Lavo porque gostei dele. Ao mesmo tempo ele parecia anestesiado pela vida. Ran, miserável que se achava rico, com ideias liberais mas que não gostava de trabalhar. Esse personagem me deu preguiça.

Há ainda a evocação da arte em meio à ditadura militar. Um tempo muito confuso, incerto, de polêmicas.

Quis deixar registrado para não esquecer as minhas percepções do texto.
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Maylana.Spricigo 21/09/2023

Milton Hatoum me surpreendeu com esse livro!

a forma como a história vai se desenvolvendo, como os personagens vão mostrando suas perspectivas sobre os fatos, a relação com o cenário político (fortemente ligado com o crescimento urbano questionável da cidade) e a angústia dos artistas que buscam criar não para vender beleza e sim para protestar.

incrível demais!

e essa leitura foi mais especial porque eu acabei de voltar de uma viagem para Manaus, então tive a sorte de ter a imagem e a experiência de alguns lugares citados.
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maarcelamacedo 10/08/2023

Envolvente
Por ser amazonense, o livro me soa como uma história contada em casa. Conheço e visualizo os cenários de uma forma natura. Então, a experiência é bem legal.
Mas não deixa de ser uma história envolvente com plot twists incríveis. Tanto que terminei a leitura muito rápido.
Amo Milton! A cada livro fico mais envolvida.
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Gabi 18/05/2023

Confesso que demorei bem umas 100 páginas pra realmente me envolver com a estória. A forma como os personagens e lugares são descritos e conectados ente si certamente me causaram estranheza no início do livro, mas uma vez que entrei na narrativa, a leitura foi muito prazerosa e instigante. Me deixou com vontade de ler outros livros do autor pra entender melhor seu estilo.
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ClAudio 16/03/2023

Alícia seria a "Capitu amazônida"?
Terceiro romance de Hatoum premiado com o Jabuti (2006), Cinzas do Norte é um verdadeiro deleite da literatura brasileira!
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O livro traz relações familiares confusas e conflituosas, doenças (além do alcoolismo e do vício em jogos, e doenças psiquiátricas, uma doença misteriosa ou não revelada de um dos personagens principais)...
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Dramas de família ou sociais também perpassam o romance quase por inteiro: o amor pode vingar sem dinheiro/possibilidade de sair da pobreza/adquirir conforto? Um homem sem emprego e sem intenção de buscá-lo será no máximo um amante, nunca um chefe de família?
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De outro lado, o jeito esquivo e misterioso de Alicia e sua relação com seus homens (Jano e Ranulfo) me fez lembrar de Capitu e Bentinho. Alicia não foi descrita como tendo "olhos de cigana oblíqua e dissimulada", mas eu a via com "olhos de índigena oblíqua e dissimulada".
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Para nossa "sorte", ao contrário da polêmica sobre Capitu, Hatoum desde o início mostrou algumas das traições de Alicia e no final revela a principal delas.
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E finalmente, mas não menos importante: a leitura é uma verdadeira viagem pela cidade de Manaus! A ponto de deixar leitores que não conhecem o Amazonas quase íntimos da capital manaura!
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Leitura apaixonante!
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Rafael M. 28/02/2023

Gostei MUITO!
Essa confusão familiar é muito próximo da realidade de várias famílias. O contexto da cidade, a ambientação, a forma que isso descrito, os personagens, tudo isso nos une aos personagens.
Eu gostei demais da forma que o autor conta essa história, de como descreve as situações, os conflitos. Me senti preso na leitura, do início ao fim.
A paternidade, que é ausente em tantas famílias, é, mais uma vez, uma grande incógnita nessa história. Uma criança que clama por atenção do pai.
Em tempos de ditadura, o pai que flerta com os militares, o filho que prefere as artes, o amigo que funciona muito bem como ferramenta de explicação da história, esse conflito cultural, a sensibilidade ao tratar das questões problemáticas da história.
Eu só consigo elogiar essa obra...


Se não fossem os outros compromissos, eu teria devorado esse livro em dias, mas fico feliz em ter tido a oportunidade de desfrutar essa história.

Cinco estrelas é pouco.
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lisa 05/01/2023

Uma viagem!
O livro se trata de uma narrativa feita por Lavo, um estudante de direito, que fala especialmente sobre a relação conturbada de seu amigo Mundo com o pai Jano, tendo como plano de fundo a cidade de Manaus no período dos anos 50 aos anos 80, ou seja, rodeado pela esfera da ditadura militar.

Eu indico o livro para quem estiver a fim de conhecer personagens complexos e conflitantes, assim como pra quem deseja ter contato com a realidade da época através da ficção e refletir sobre perspectivas e sobre o ser humano.

Viajei mesmo no espaço e tempo propostos pela leitura e, no final, ainda fui surpreendida!

Enfim,
boa leitura pra quem estiver por vir!
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