A morte do Brasil

A morte do Brasil Lêdo Ivo




Resenhas - A morte do Brasil


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Sté 27/07/2021

Desconfiança
O livro é um conjunto de histórias distintas que unidas se relacionam seja por serem parte da história do protagonista ou por seu pensamento investigativo. Nós temos um protagonista obcecado por limpeza, mas principalmente o significado disso o qual é revivido a cada novo momento da história um homem que deseja limpar o mal que há no Brasil com seu trabalho policial.
O autor utiliza diversas vezes de artifícios sexuais na história e a característica do protagonista ser extremamente observador para mostrar ao leitor a junção das duas realidades presentes na história. O cotidiano limpo e alvo da carreira policial com a imundice da prostituição que ele consome e criminalidade que ele persegue, mas sempre se permanecendo impoluto.
No fim é sobre o que é mentira ou verdade o apresentado pelos personagem, o que seria aceitável ou não. Uma história sobre questionar o que está ao seu redor.


"Aceitar a mentira como uma verdade ou aceitar a verdade como uma mentira ou ficção."
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Wlianna 26/08/2015

Artigo de morte
"Ao leitor cabe escolher: aceitar a mentira como uma verdade ou aceitar a verdade como uma mentira ou ficção". Essa é a última frase do posfácio do romance "A morte do Brasil", e é também uma frase que muito diz sobre a obra de Lêdo Ivo, que foi escrita a partir de questionamentos sobre o que é mentira, o que é verdade, o que é o Mal e o que é o Bem.
O autor traz no livro, como personagem principal, um alagoano que após se formar em direito e trabalhar como jornalista tornou-se um competente delegado de polícia do Rio de Janeiro, e que está sempre cercado de questionamentos que o acompanham desde a infância.
O romance é extremamente urbano, e além do delegado, de seu protetor (delegado Plutarco), dos escrivães da delegacia, de uma senhora que procura em vão por seu marido desaparecido, de altas figuras da sociedade e dos porteiros, há também a presença marginalizada de "putas, veados, alcaguetes, bicheiros, punguistas e outros comparsas da arraia-miúda". Há uma busca incessante por respostas para a situação periclitante de um país que é um artigo de morte, para o que é uma pátria "(...)tudo isso era a Pátria. Igual a Deus, ela era uma soma de todas as coisas e seres existentes e inexistentes".
A obra é muito bem escrita, e apesar de pincelar várias histórias, não tem um enredo consistente, mas nos leva até a última linha movidos pelas mesmas questões que movem o personagem principal, e nos presenteia com as lembranças de Maceió, cidade natal não só do peraonagem mas também de Lêdo Ivo.
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Egídio Pizarro 28/02/2015

Senti falta de um foco na história. É muito bem escrito, Lêdo Ivo tem um estilo interessante, mas a história não me apresentou nada. Apenas um delegado passeando pelo Rio de Janeiro e vendo isso, vendo aquilo, investigando um pouco aqui e ali... de início achei que seria um romance policial (e que prometia ser ótimo, porque o estilo de escrita é realmente bom), mas não foi.

Uma pena.
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