Bruno Vormer 02/01/2018
"Call Me By Your Name" é um livro poderoso. A narrativa em primeira pessoa, as descrições, os pensamentos acerca do inefável, tudo é construído com minúcia e causa um baque sem igual. Lê-lo é sentir gratidão por ler, no papel, aquilo pelo qual você já passou ou sentiu e também surpresa por conseguir sentir aquilo que nunca teve, talvez tenha, ou nunca chegará a ter. O amor, os conflitos internos, o desejo, tudo é dissecado enquanto acompanhamos as digressões do narrador, que também não se preocupa com a linearidade temporal. Tão real, ele te prende e te maravilha pela intensidade, mas também, em certos momentos, te obriga a parar e respirar.
Minha visão das coisas atritou um pouco com a terceira parte, mas a quarta - e última - me deixou sem palavras. Fiquei relendo e relendo e relendo o último parágrafo por alguns dias. Não sei se superei, ou se vou poder.
No fim, "Call Me By Your Name" soa como a vida.